quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Esclarecimento

 Esclarecimento

Por essa razão, eu me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toda a família, nos Céus e na Terra, recebe o nome. Efésios 3:14, 15

Em várias línguas modernas, o esclarecimento é empregado para acrescentar informações ou fazer comentários quando escrevemos. É como se fizéssemos uma parada em nosso discurso, deixássemos as coisas claras e retornássemos ao que estávamos dizendo. Na Bíblia, é costumeiro empregar-se o recurso do esclarecimento ou da inclusão para fornecer algum dado que o autor crê ser necessário que conheçamos. Em certos casos, o recurso é utilizado para enfatizar uma ideia.

Em Efésios 3:15, Paulo está falando sobre os gentios, sobre a missão deles e sobre orar a Deus. Assim, ele utiliza um esclarecimento para indicar que todos os que vivemos na Terra e nos Céus somos da mesma família, pois todos levamos o sobrenome de Deus. Seria necessário fazer esse esclarecimento? Sim, porque poderíamos achar que a família de Deus consiste apenas nos que creem em Jesus, isto é, os cristãos. Mas não é assim. A família de Deus consiste em todos os seres inteligentes do Universo, os caídos e os não caídos, os crentes e os não crentes, os cristãos e os não cristãos – além dos que consideramos bons e dos que consideramos ímpios. Todos, absolutamente todos. É hora de compreender essa realidade, pois Deus não é nossa propriedade pessoal. Ele é Deus, é o Criador. Nós somos Suas criaturas, Sua possessão, Seus filhos. E como somos uma família, temos que agir como tal.

Alguns me dirão que o próprio Paulo pede que tratemos de maneira especial os que são da nossa fé. Esse argumento está parcialmente correto, mas o texto diz algo mais: “Enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé. Vejam com que letras grandes escrevi a vocês de próprio punho” (Gl 6:10, 11; itálico acrescentado). Enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos. Temos “primos” de segundo, terceiro e de centésimo graus que não conhecem Jesus, mas que são parte de nossa família espiritual. Devemos tratá-los com carinho. Certamente, Paulo nos daria essa exortação com letras garrafais.

Agora que você sabe que somos da mesma família universal de Deus, procure tratar todos com o mesmo amor com que gostaria de ser tratado por seus familiares.

 Devocional Diário
Vislumbres da eternidade
31 de janeiro
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Jeremias 3 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 3
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 3 – Se a infidelidade matrimonial resulta em desgraça, quanto mais a infidelidade espiritual! Contudo, o Soberano Deus, traído por Seu povo ingrato, está disposto a perdoar aos infiéis que estiverem dispostos a se arrependerem!

Em Jeremias 3, temos...

• A apostasia do povo de Deus comparada a um casamento arruinado pela infidelidade: Parece que o adultério conjugal é mais sério que o adultério espiritual, mas Deus mostra quão terrível é a negligência religiosa. Israel foi infiel ao Deus do Céu indo atrás de deuses fabricados na Terra, isso gerou idolatria como fruto da apostasia.

• Deus fazendo um chamado amoroso ao arrependimento: Nada pode separar-nos do amor de Deus, nem mesmo o pecado ou o diabo: Nada! (Romanos 8:37-37). Por isso, em Jeremias 3, apesar da infidelidade de Seu povo, Deus chama aos infiéis ao arrependimento e exorta-os a retornarem a Ele.

• O perdão como fruto da graça divina resultante da promessa de um Deus compassivo: Apesar da rebelião de Israel, o próprio Deus promete perdão e restauração se os infiéis se arrependerem de coração.

Em Jeremias 3 aprendemos que Deus não é indiferente aos desobedientes. Por isso, Ele apela:

• “Volte, ó infiel Israel...” (verso 12)
• “Mas, reconheça o seu pecado: Você se rebelou contra o Senhor... e não me obedeceu” (verso 13).
• “Voltem, filhos rebeldes...” (verso 14).
• “Voltem, filhos rebeldes! Eu os curarei de sua rebeldia” (verso 22).

Deus faz promessas, Ele oferece bênçãos aos que se arrependerem de seus pecados e voltarem-se para Ele! Se esse é teu caso hoje, não relute... retorne para Deus!

O mesmo Deus de amor e compaixão do passado continua revelando Seu caráter no chamado a cada um de nós ao arrependimento. Em Apocalipse Deus apela a congregações inteiras e a indivíduos...

• “Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se a pratica as obras que praticava no princípio...” (Apocalipse 2:5).

• “Portanto, arrependa-se!” (Apocalipse 2:16).

• “Repreendo e disciplino aqueles que eu amo. Por isso, seja diligente e arrependa-se!” (Apocalipse 3:19).

A última mensagem de misericórdia ao mundo, com ênfase no evangelho eterno, contém um convite eloquente para todo habitante do Planeta: “Temam a Deus e glorifiquem-nO, pois chegou a hora do seu juízo. Adorem Aquele que fez os Céus, a Terra, o mar e as fontes das águas” (Apocalipse 14:7).

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Don Juan

 Don Juan

Filhinhos, não amemos de palavra, nem da boca para fora, mas de fato e de verdade. 1 João 3:18

Contam os historiadores que, no século 17, na cidade de Sevilha, um tal Miguel de Mañara tinha a notável fama de ser um conquistador de mulheres. Sua principal arma era a palavra. Por ser tão galanteador, ele se tornava quase irresistível. Até as mulheres mais religiosas caíam presas dos encantos do conquistador. A história de Miguel se converteu em uma lenda, na qual seu nome foi mudado para “Don Juan”. Foi assim que surgiu o mito, e existe muita literatura que fala desse protótipo.

Ainda existem pessoas que empregam fraudulentamente palavras de amor para obter benefícios próprios, não apenas no contexto do namoro, mas em muitas facetas da vida. Você nunca se sentiu lisonjeado pelas palavras cativantes de um vendedor? A proximidade, atenção e simpatia confundem sem mostrar a verdadeira intenção: vender o produto. Curiosamente, você só precisa decidir comprar ou não comprar para ver como toda aquela amabilidade se desmancha. E o que dizer de alguns políticos em campanha? Fazem mil promessas – até o dia seguinte à votação. Como em todas as situações da vida, existem políticos sinceros, mas também há muitos “Don Juans”. E os divulgadores dos esquemas de pirâmide? Tudo é amor cristão, até aparecer a conta bancária para onde você deve enviar suas doações.

O apóstolo João (não o Juan) se opõe a tudo isso e, tratando todos como se fôssemos uma família (ele nos chama carinhosamente de “filhinhos”), pede que deixemos de lado essa técnica. Seu conselho é que amemos de fato e verdadeiramente. Atrevo-me a assegurar que aquele que ama de verdade “fala do que está cheio o coração” (Mt 12:34). Além disso, estou certo de que “a pessoa boa tira do [seu] tesouro bom coisas boas” (v. 35). As pessoas que não se limitam a pensar em si mesmas e pensam nos outros realizam, de maneira natural, obras de amor. Além disso, João acrescenta que esse amor deve ser um amor de verdade. Não quer dizer que o amor que conheça as verdades filosóficas ou religiosas reflita o amor em sua totalidade. O amor de verdade é um amor sincero, sem fingimento. Nada a ver com o “donjuanismo”.

Aprenda a amar como Jesus amava. Essa é a chave para abrir os corações e alcançá-los com a salvação.

Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
30 de janeiro
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Jeremias 2 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 2
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 2 – De forma particular, o conteúdo deste capítulo contém exortações divinas para Israel, o povo de Deus do passado; de forma geral, podemos extrair princípios para o novo Israel, o povo de Deus da atualidade.

Pelo menos três temas sobressaem nos 37 versículos proféticos de Jeremias 2:

• A infidelidade do povo que deveria ser fiel: A mensagem inicia com Deus relembrando a fidelidade inicial durante sua caminhada pelo deserto; porém, Deus alega que Seu povo afastou-se dEle, abandonando essa fidelidade do início. Hoje também, indivíduos e congregações no geral, têm deixado o primeiro amor; esfriando, assim, o relacionamento com Deus – agora, precisam voltar e reconsagrar a vida a Ele (Apocalipse 2:4-5).

• Quebra dos dois primeiros Mandamentos: Uma boa parte dos versículos de Jeremias 2 trata da corrupção religiosa do povo de Deus, ao cair na prática da idolatria (Êxodo 20:3-6). Quando o povo se torna infiel a Deus, cai na horrenda prática da idolatria. O abandono a Deus implicará em busca de auxílio e proteção em outras fontes, as quais são cisternas que não retêm água.

• Consequências da desobediência: A idolatria revela rebeldia diante do Deus que ama e deseja o melhor para Suas criaturas; tal atitude levou Jeremias a profetizar sobre as consequências que Israel enfrentaria devido à sua idolatria. Diante da maior idolatria da História, João adverte os habitantes do Planeta a rever suas atitudes para não incorrer na vergonha e desgraça resultantes da desobediência (Apocalipse 14:6-12).

Infelizmente parece ser muito fácil trocar o certo pelo duvidoso, o bom pelo ruim, a religião verdadeira pela falsa (Jeremias 2:13, 20-37) e, ao sofrer as consequências, parece automático culpar a Deus – entretanto, a culpa é de quem cometeu os crimes. Considere as seguintes colocações do próprio Deus:

• “Não foi você mesmo o responsável pelo que aconteceu a você, ao abandonar o Senhor, o seu Deus?” (Jeremias 2:17).

• “O seu crime a castigará e a sua rebelião a repreenderá. Compreenda e veja como é mau e amargo abandonar o Senhor, o seu Deus, e não ter temor de mim” (Jeremias 2:19).

O abandono espiritual pela busca de bens materiais é tão perigoso atualmente quanto foi antigamente. O profeta nos chama a reavaliar nossa religiosidade nos dias atuais: O Soberano Deus é nossa prioridade?

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Amem e amém

 Amem e amém

Eu lhes dou um novo mandamento: que vocês amem uns aos outros. Assim como Eu os amei, que também vocês amem uns aos outros. João 13:34

Preciso explicar o contexto para que se compreenda a história. Fazia meses que eu frequentava uma igreja que havia alterado notavelmente sua forma de adorar. Não sigo nenhum clichê com relação a esse assunto, contanto que o eixo da adoração seja o louvor e o reconhecimento do Senhor como o Deus vivo. Aquilo, no entanto, era uma experiência um tanto caótica e de certa complacência. De vez em quando, se ouvia um amém aqui e outro ali (pronunciados como em inglês), o que me parecia não somente estranho como um tanto esnobe. Opinião minha e, portanto, subjetiva. Por outro lado, eu havia lido um artigo que falava dos anglicismos que vinham sendo introduzidos no espanhol e de como a Real Academia da Língua Espanhola se esforçava para combater essa tendência. O slogan da campanha era: “Só há uma língua pátria.” Como filólogo, sentia-me como se estivesse levantando a bandeira da defesa linguística.

Vamos à história. Nossa família tem um grupo em uma rede social. Em dado momento, uma de minhas sobrinhas postou uma figura que dizia: “Amem” (assim, sem o acento agudo). Sem reparar na referência bíblica subscrita à frase, entendi a palavra como o amen (pronunciado como “eimén”) das reuniões que mencionei. Assim, enviei uma crítica em defesa do meu amado idioma e apontando a relevância de um bom “amém” bem escrito e falado. Minha sobrinha me respondeu carinhosamente indicando que aquilo era um “amen” do verbo “amar” (em espanhol) e que, por isso, não havia colocado o acento. Que lição! Eu me perdera em discussões litúrgicas e linguísticas, esquecendo-me do sentido mais básico dessa palavra.
Não sei bem o que acontece, mas vivemos em tempos de pavios curtos. Basta uma suspeita, e a faísca já aparece. Muitas das discussões são sobre assuntos facilmente solucionáveis com diálogo e consenso (dois resultados naturais do amor). Muitas vezes, os assuntos de igreja nos distanciam, e o mesmo acontece nas realidades sociais. Talvez devamos voltar ao mandamento (sim, é uma ordem) de Jesus. Amem e Amém.

Amemos uns aos outros. Porque, se há amor, tudo o mais está incluso. E se não está incluso, é porque não se trata do amor verdadeiro. 

Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
29 de janeiro
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Jeremias 1 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 1 – É difícil ser instrumento de Deus num mundo hostil, inclusive entre o próprio povo de Deus. Por isso, ouvir o chamado divino nem sempre é recebido com alegria e empolgação; Deus precisa operar para gerar não apenas convicção, mas aceitação.

Ao ler o texto do chamado de Jeremias ao ministério profético, é possível concluir que foi uma experiência linda; Deus mostrou o quanto Ele valoriza a quem chama, que conhecia Jeremias desde antes de ser formado no ventre materno, etc.; contudo, a pessoa chamada age com relutância, pois sabe que servir à Deus exige coragem, maturidade e ousadia (Jeremias 1:1-8).

No entanto, ciente da fragilidade humana, Deus sabe como preparar as pessoas para Seu serviço. E, um destaque vai para duas visões (Jeremias 1:9-14) divinamente concedida ao tímido e relutante jovem Jeremias:

• Um ramo de amendoeira: Visando preparar Jeremias para aceitar o chamado, Deus pergunta o que ele vê; o jovem responde que vê “o ramo de uma amendoeira”. “Na Terra Santa, a amendoeira floresce em janeiro, dando a primeira indicação de que a primavera está chegando. A palavra em hebraico para amendoeira é ‘saqed’; enquanto a palavra ‘vigiar’ ou ‘acordado’ é soqed’. Deus usa esse jogo de palavras para chamar a atenção de Jeremias para o fato de que Ele sempre está acordado para velar sobre Sua Palavra e cumpri-la”, aponta Warren Wiersbe. O que Deus prometeu que faria com a desobediência e idolatria de Israel, estava a ponto de cumprir-se.

• Uma panela no fogo inclinada: Jeremias vê uma panela fervendo inclinada do norte, simbolizando a ameaça babilônica aproximando, vindo do norte.

“A amendoeira, o primeiro sinal da primavera, indicava a proximidade do cumprimento da Palavra de Deus. A panela ao fogo... era a Babilônia, pronta para transbordar em Judá porque o povo havia traído o Senhor pela idolatria (vs. 13-16)”, explica William MacDonald. Para proclamar a poderosa e verdadeira Palavra de Deus em cumprimento, Jeremias precisou de uma promessa e um cuidado sobrenatural da parte de Deus (Jeremias 1:17-19).

As lições são claras: Devemos conhecer bem a Palavra de Deus, Ele age de acordo com elas. Além disso, precisamos anunciar as ações de Deus, ainda que as pessoas nos ignorem, pois o que Deus prometeu, Ele cumprirá! Ele nos capacitará! – Heber Toth Armí.

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domingo, 28 de janeiro de 2024

Doping espiritual

 Doping espiritual

E o mandamento que Dele temos é este: quem ama a Deus, que ame também o seu irmão. 1 João 4:21

Acreditávamos que ele fosse um grande atleta, até que descobrimos que se dopava. Era um ciclista com letra maiúscula, até que reconheceu que tomava EPO (eritropoetina), fazia transfusões de sangue e aplicava testosterona. Havia outro que era o jogador de futebol mais reconhecido de sua época, até que encontraram rastros de efedrina em seu sangue. Gauguin, Pissarro e Picasso pintavam sob os efeitos do absinto. Edgar Allan Poe se drogava com ópio; Jean-Paul Sartre, com mescalina. Essas pessoas transpareciam uma coisa, mas eram outra.

Você sabia que existe “doping espiritual”? Existem certas condições sob as quais uma faceta espiritual se sobressai de tal maneira que se produz um grande desequilíbrio. Em nossos dias, a faceta mais comum é o fundamentalismo. O fundamentalismo desenvolve tamanha paixão pela religião que chega a deformá-la. Para pessoas assim, a religiosidade se converte em imposição, e a liberdade de decidir desaparece. O controle toma o poder, e seus irmãos de fé se sentem subjugados pelos caprichos de sua religiosidade.

Outro tipo de doping espiritual é a religião emocional. É dada tanta ênfase à experiência pessoal que tudo passa a depender das emoções individuais. A vida espiritual se torna mera subjetividade e, supostamente, Deus fala de maneira tão específica que os afeitos ao doping espiritual terminam se convertendo em “deus”. Nossos gostos e nossos tempos marcam nossas decisões religiosas ou nossas crenças. Deus não é somente um Deus de emoções, mas também da verdade e do pensamento.

Preocupa-me, no entanto, um doping que, embora mais elaborado, não é menos perigoso: a religião sem espaço para as pessoas. Existe gente que se gaba de amar a Deus sem ter, no entanto, sentimento algum pelo seu próximo. Conhece todos os detalhes das doutrinas, das normas e dos manuais, os protocolos eclesiásticos, mas vive em uma “torre de marfim”. Parece muito religioso, mas não é. João escreveu para essas pessoas lembrando-as de que, se não amassem, não passariam no “teste de doping”, pois Jesus disse que aquele que ama a Deus deve também amar seu irmão.

E você? Passaria no teste? Amemos mais a Deus e ao nosso próximo, pois “Deus é amor” (1Jo 4:8).

Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
28 de janeiro
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Isaías 66 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Isaías 66
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ISAÍAS 66 – Deus revela que o mal terá fim; Seu plano original será restaurado, os vestígios do pecado deixarão de existir, o Jardim do Éden perdido será restaurado, inclusive a adoração verdadeira.

Observe o que o próprio Deus diz: “Assim como os novos céus e a nova terra que vou criar serão duradouros diante de mim, assim serão duradouros os descendentes de vocês e o seu nome. De uma lua nova a outra e de um sábado a outro, toda a humanidade virá e se inclinará diante de mim” (Isaías 66:22-23).

• Os pagãos, idólatras, incrédulos, arrogantes e os inimigos do bem (Isaías 66:3-6) enfrentarão a sentença do juízo divino (Isaías 66:14-16); com isso, o propósito de Deus visa trazer paz e consolo ao coração de Seu povo (Isaías 66:7-12).

• Judeus e gentios que aceitarem ao Deus verdadeiro, terão o privilégio de desfrutar plenamente dos maravilhosos planos divinos (Isaías 66:18-21). Mas “os que consagram para entrar nos jardins indo atrás do sacerdote que está no meio, comem carne de porco, ratos e outras coisas repugnantes, todos eles perecerão”; os salvos “sairão e verão os cadáveres dos que se rebelaram contra mim”, diz o Senhor, “o verme destes não morrerá, e o seu fogo não se apagará, e causarão repugnância a toda a humanidade” (Isaías 66:17, 24).

“A doutrina antibíblica de um inferno que arde para sempre é um mito satânico que faz de Deus um monstro sádico. O inferno bíblico nada mais é do que o fogo que Deus enviará sobre a superfície da Terra. Esse é o ‘lago de fogo’ mencionado em Apocalipse 20:14-15. Por meio dessa destruição após o milênio, Ele purificará o Universo e eliminará o pecado, os pecadores, Satanás e a morte (Ap 20). Depois que o fogo tiver feito seu trabalho, e os mortos forem consumidos, Deus recriará este planeta, transformando-o em nosso lar eterno e perfeito (Ap 21-22)” (Roy Gane).

Enfim, o Soberano Criador tem prazer em pessoas humildes. Ele mesmo declara:

“A este eu estimo: ao humilde e contrito de espírito, que treme diante da minha palavra” (Isaías 66:1-2).

No versículo 5, o profeta diz: “Ouçam a palavra do Senhor, vocês que tremem diante de Sua Palavra”. Deus tem planos para quem está disposto a ouvi-lO.

Reavivemo-nos: Ouçamo-lO! – Heber Toth Armí.
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sábado, 27 de janeiro de 2024

Membros da mesma família

 Membros da mesma família

Vocês ouviram o que foi dito: “Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo.” Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês. Mateus 5:43, 44

Você já percebeu como muda a avaliação que fazemos das pessoas quando se trata de nossa família? Enquanto os outros são teimosos, nossos familiares são persistentes. Enquanto os outros são fofoqueiros, nossos familiares se interessam pela vida dos demais. Eu tive um amigo brasileiro que afirmava com fina ironia que seus amigos só tinham virtudes; qualquer coisa negativa era pertinente aos outros.

A certa altura do Sermão do Monte, Jesus Se dedicou a corrigir conceitos equivocados. Um deles tem a ver com quem amamos e quem odiamos. Se fosse feito um estudo sobre o que pensamos acerca dessa questão, tenho certeza de que a grande maioria afirmaria que é necessário apreciar os que estão perto de nós (nosso próximo), ser neutros com os que conhecemos e, obviamente, rejeitar nossos adversários. Jesus, no entanto, não pensa assim. Ele sabe que amar ou odiar nos modifica e que odiar nos transforma em pessoas piores. Ele sabe que tanto o amor quanto o ódio são estilos de vida que não podem coexistir.

Certa lenda conta que um menino indígena se aproximou do avô em busca de conselho. “Vovô, existem dois lobos dentro de mim. Um lobo bom, que deseja ser fiel; e um lobo mal, que deseja causar danos. Eles vivem lutando dentro de mim. Qual deles você acha que vencerá?”, perguntou o menino. O avô olhou para ele com o carinho dos que realmente são sábios e afirmou: “Aquele que você alimentar.” O que Jesus nos pede é que deixemos de alimentar qualquer tipo de ódio. Deixe que a maldade morra de inanição. Como indica Ellen G. White, “os filhos de Deus são os que partilham de Sua natureza. Não é a posição terrena nem o nascimento, tampouco a nacionalidade ou os privilégios religiosos, o que prova que somos membros da família de Deus; é o amor, um amor que envolve toda a humanidade” (O Maior Discurso de Cristo, p. 54 [75]).

É como se Deus nos dissesse: “Estes também são Meus filhos e, portanto, seus irmãos também. Somos uma família, e a família vê as coisas de outra maneira.” Quando procuramos enxergar as pessoas dessa forma, não há inimigos. Todos se tornam alvos do nosso amor e perdão. 

Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
27 de janeiro
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Isaías 65 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Isaías 65
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ISAÍAS 65 – Antes da recriação do Novo Céu e Nova Terra, Deus erradicará ao mal. Assim, a vitória total sobre o bem implicará na aniquilação total do mal.

Visando um despertamento que leve ao arrependimento e mudança de vida, o texto deixa bem claro que Deus pune àqueles que ignoram Seus planos e apegam-se veementemente ao mal (Isaías 65:11-12). “O Soberano, o Senhor, matará vocês, mas aos Seus servos dará outro nome...” (Isaías 65:15).

• Isaías 65:1-16 trata de juízo e, Isaías 65:17-25 trata de redenção. É esse o tema geral do livro de Isaías.
• Deus é Juiz e Salvador, Ele julga para proteger Seu povo e restaurar o planeta dos efeitos destrutivos e corrosivos do mal.

“Deus assume a responsabilidade pela destruição dos ímpios. Em algumas ocasiões, Ele mesmo age, como aconteceu no Dilúvio (Gn 7), na destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19), no massacre dos primogênitos do Egito (Êx 12), na morte de Corá, Datã, Abirão (Nm 16), e como ocorrerá na aniquilação final após o milênio (Ap 20). Outras vezes, o Senhor usa Seus agentes, como um anjo destruidor (Is 37:36) ou os israelitas, quando os encarregou de exterminar os cananeus (Dt 7:1-2; 20:16-17; Js 6:21; 10:28; etc.)” expande Roy Gane.

Deus dará fim ao mal para que exista somente o bem, como foi seu plano originalmente. A nova criação da qual fala o profeta apontava para um plano especial que Deus intencionava para os judeus antes da vinda do Messias – como o povo de Deus não viveu o ideal divino, não se cumpriu (Isaías 65:17-25). “Embora essa profecia não possa se cumprir na era atual, ela terá um cumprimento mais grandioso após a segunda vinda de Cristo. Nesse momento, Deus literalmente recriará os céus e a terra. Todas as criaturas finalmente viverão em paz, e então não haverá mais morte”, explica Gane.

Nesse novo lugar, os que cultivaram a arrogância, comeram carnes imundas em rituais pagãos, praticaram o ocultismo, e os falsos religiosos... não terão acesso – serão exterminados por Deus, para purificar o planeta (Isaías 65:2-7; Apocalipse 21:8, 27; 22:15).

Deus tem tudo registrado (Isaías 65:6); deste modo, no dia do juízo, abrem-se os livros (Apocalipse 20:12). Nada será feito ao léu, a salvação será apenas para o fiel. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

O melhor de todos os vistos

 O melhor de todos os vistos

Amem os estrangeiros, porque vocês foram estrangeiros na terra do Egito. Deuteronômio 10:19

Minha esposa e eu passamos metade de nossa vida adulta no exterior. Já moramos em diversos lugares e, no momento em que escrevo estas linhas, estamos em um lugar onde se pode contabilizar cerca de cem nacionalidades diferentes. Nossos vizinhos são camaroneses, brasileiros, coreanos, chineses, dinamarqueses e há até um bielorrusso. É muito divertido ouvir as crianças, com seu inglês carregado de todos os sotaques imagináveis, gritando enquanto correm pelos pátios. A experiência de ser estrangeiro ilumina nossa vida!

Morar em sua terra natal proporciona estabilidade em muitos sentidos. Os costumes são os mesmos, a história familiar é compartilhada por muitos e as expressões são facilmente compreendidas em seu amplo sentido. Morar no país dos outros envolve dependência em quase todos os aspectos. É preciso aprender os costumes e as tradições locais. O que dizer do humor? Não há nada mais frustrante do que você contar uma piada e, ao terminar, observar a fisionomia inexpressiva dos presentes. E o que dizer dos documentos? Sempre uma dificuldade: burocracia em cima de burocracia. Ser estrangeiro significa manter uma forte dependência dos outros, em inúmeros aspectos.

Deus pede que amemos os estrangeiros, pois são pessoas necessitadas. Amar os estrangeiros destrói estereótipos, preconceitos e a xenofobia. Eu sou andaluz (do sul da Espanha) e, quando cheguei à Catalunha, estava carregado de preconceitos. Hoje, aprecio de coração meus amigos catalães e me sinto querido por eles. Sou espanhol, e quando cheguei à Argentina, trazia comigo uma mochila cheia de clichês (já esperava todas as piadas de galegos). Hoje, sinto saudades da hospitalidade e generosidade daquelas pessoas. Ali, sempre me senti apreciado. Quando cheguei aos Estados Unidos, trazia comigo todos os receios que um intelectual europeu carrega. Hoje, tenho que afirmar que ali há uma grande elegância no trato. Sinto-me como se estivesse em casa. Qual é o segredo? O amor sincero.

Há estrangeiros que vivem ao seu redor? Ame-os, pois o amor é o melhor visto que há no mundo. Lembre-se de que você também é estrangeiro nesta Terra, pois sua pátria está no Céu (Fp 3:20).

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Devocional Diário 

Vislumbres da eternidade 

26 de janeiro

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Isaías 64 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Isaías 64
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ISAÍAS 64 – A oração deste capítulo inicia em Isaías 63:7. É a “oração da aliança. Assim como a oração em Dn 9, ela começa falando sobre o relacionamento de aliança entre Deus e Seu povo. A lealdade do Senhor à aliança é mencionada em primeiro lugar e, logo em seguida, os louvores a Ele devidos. A oração propriamente dita, em forma de pedidos, entra em foco” de Isaías 63:15 em diante (Bíblia Andrews).

Warren Wiersbe nota que...

• “Em Isaías 63:1-6, o profeta olha o futuro e vê Jesus Cristo voltando da Batalha do Armagedom, o auge do Dia do Senhor (Ap 19:11-21)”.

• “Em seguida, o profeta olha para trás, para o que Deus havia feito por Israel (Is 63:7-14). Glorifica a Deus por Seus ternos afetos de misericórdia e bondade, pela compaixão e o amor concedidos a Israel”.

• Então, “o profeta olha para o alto e clama ao Senhor para que mostre Sua força (Is 63:15-64:12)... O profeta pede a Deus: ‘Atenta do Céu’ (Is 63:15) e exclama ‘Oh! Se [...] descesses!’ (Is 64:1). Trata-se de uma das maiores ‘orações de reavivamento’ das Escrituras”.

• Mas, “por que Deus não estava operando maravilhas? Os judeus haviam pecado (Is 64:5-6) e precisavam confessar e deixar suas transgressões... De acordo com o versículo 4, Deus havia planejado para Seu povo maravilhas além da imaginação, porém o pecado o impediu de compartilhar Suas bênçãos”.

Temos muito a refletir sobre o conteúdo de Isaías 64, especialmente quanto à nossa condição.

No versículo 6 diz que nossa justiça é como trapo de imundícia. O contexto aqui não se refere aos pagãos, incrédulos e ateus, mas ao povo de Deus. “Esta é uma provável referência aos panos usados pela mulher durante a menstruação. Observe que não são os pecados que se comparam a trapos da imundícia mas as tentativas humanas de praticar justiça” (Bíblia Andrews). “Se nossa justiça é imunda”, exclama Wiersbe, “imagine como nossos pecados são diante de Deus!”

Diante destas revelações, torna-se assustador saber que compareceremos ao tribunal de Cristo (II Coríntios 5:10). Contudo, mesmo que nossas ações sejam como trapos de imundícia, Deus nos oferece perdão e reconciliação por meio de Jesus. Por isso, é possível reconhecer nossa situação e submeter-se a Deus Pai suplicando-Lhe misericórdia (Isaías 64:8-12) – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Mais que dinheiro

 Mais que dinheiro

Amem uns aos outros com amor fraternal. Quanto à honra, deem sempre preferência aos outros. Romanos 12:10

Gostaria de compartilhar com você alguns pensamentos de Teresa de Calcutá: “Com dinheiro, você pode comprar um piso, mas não um lar. Com dinheiro, você pode comprar uma cama, mas não o sono. Com dinheiro, você pode comprar um relógio, mas não o tempo. Com dinheiro, você pode comprar livros, mas não conhecimento. Com dinheiro, você pode comprar alimentos, mas não o apetite. Com dinheiro, você pode comprar posição, mas não o respeito. Com dinheiro, você pode comprar medicamentos, mas não a saúde. Com dinheiro, você pode comprar sexo, mas não o amor. Com dinheiro, você pode comprar seguros, mas não a tranquilidade. No entanto, dando amor, você pode presentear e receber tudo que, com o dinheiro, você não pode comprar.”

São palavras que nos levam a entender o mundo de forma diferente, pois existem mais pessoas preocupadas com a decoração da casa do que com aquilo que une sua família. Há muitas pessoas escravizadas pelo relógio em vez de desfrutarem do tempo; há muitas letras e pouca espiritualidade; muita comida para poucos e pouca comida para muitos; muita gente em boa forma e pouca autoestima; muita pele e pouco coração. Entendo que andamos com escassez de amor fraternal.

Com relação a esse assunto, João diz: “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é assassino, e vocês sabem que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si. Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a Sua vida por nós; portanto, também nós devemos dar a nossa vida pelos irmãos” (1Jo 3:14-16). Essa não é uma questão sem importância. Antes, é um assunto de grande relevância que nos apresenta um diagnóstico de nossa vida espiritual.

Amar-nos como irmãos é amar-nos sem segundas intenções. Amar-nos como irmãos é voltar à intensidade da infância, quando um atrito era compensado com uma carícia, um confronto breve com um abraço interminável e uma lágrima com muitos sorrisos. Amar-nos como irmãos é a resposta para a maioria das necessidades relacionais. É mais importante do que o dinheiro. Muito mais!

 

Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
24 de janeiro
https://mais.cpb.com.br/meditacao/mais-que-dinheiro/


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Isaías 63 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Isaías 63

Comentário: Pr. Heber Toth Armí

ISAÍAS 63 – Em Isaías 63 temos um poema que fala sobre o ‘dia da vingança’ e menciona o Salvador que virá para redimir Seu amado povo. A figura do Salvador é descrita como Alguém cujas roupas estão manchadas de vinho, sugerindo uma imagem de juízo. O vinho nessa passagem tem uma conotação de ira de Deus vinculada ao juízo divino.

Warren Wiersbe comenta que “quando Jesus veio à Terra da primeira vez, foi para iniciar ‘o ano aceitável do Senhor’ (Is 61:2; Lc 4:19). Quando vier pela segunda vez, será para culminar no ‘dia da vingança do nosso Deus’ (Is 63:4; 61:2). O inimigo será esmagado como uvas e forçado a beber seu próprio sangue do cálice da ira de Deus (Is 51:17; Jr 25:15-16). Essas figuras podem não ser atraentes para as pessoas sofisticadas de nossos dias, mas os judeus da época entenderam bem que o elas significavam”.

Wiersbe explica: “Na antiguidade, o lagar era uma pedra na qual se fazia uma cavidade e onde as uvas eram postas para serem pisadas. O suco escorria por um buraco na pedra e era recolhido em jarros. Quando os trabalhadores pisavam as uvas, o suco espirrava em suas roupas. As vestes de nosso Senhor ficaram tingidas de sangue como resultado da grande vitória sobre seus inimigos (Ap 19:13)”.

Assim, temos:

1. Do ponto de vista do povo de Deus, o Messias vem para julgar e salvar. A referência às roupas tingidas de vermelho sugere um evento de derramamento de sangue, indicado juízo contra os ímpios e redenção para os fieis (Isaías 63:1-4).
2. O próprio Deus alega não encontrar ninguém no mundo que O apoiasse em Sua obra de condenação ao mal. Porém, mesmo sozinho, a vitória é alcançada pelo Seu próprio poder e ira (Isaías 63:5-6).
3. Do ponto de vista do profeta, ele ora clamando e apelando a Deus, sugerindo um pedido de retorno e misericórdia (Isaías 63:7-64:12).

Hoje, nós precisamos reconhecer a importância de Cristo ser o Salvador como uma verdade crucial para os fieis dos últimos dias (Apocalipse 14:14-20). Nesses dias finais, os fieis devem confiar na capacidade de Deus de trazer salvação e justiça em meio aos desafios e tribulações. A oração é fundamental diante do juízo divino. Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Big brother

Big brother

Quando os seus irmãos viram que o pai o amava mais do que todos os outros filhos, odiaram-no e já não podiam falar com ele de forma pacífica. Gênesis 37:4.

Em 1949, George Orwell publicou o livro intitulado 1984, que trata de um país onde o partido do governo vigia constantemente cada um dos seus cidadãos. Foi dessa ficção que surgiu o conhecido programa de televisão no formato de reality show em que várias pessoas são trancadas em uma casa e cada momento da vida delas fica exposto ao público. As repetidas edições do programa (não recomendado para cristãos) têm demonstrado algo: as tenções humanas são constantes.

Quando lemos a história dos filhos de Jacó, temos a sensação de nos encontrar em um reality show. As conspirações por conta da poligamia ou do favoritismo não os tornaram uma família feliz. E é em um dos capítulos da história dessa família que a Bíblia nos mostra um modelo a ser imitado.

Há um texto bíblico que nos surpreende por sua dureza. O texto corresponde a um tipo de provérbio conhecido como “n+1”, por mencionar um número e, para intensificar a mensagem, acrescentar ainda outro número. O texto é Provérbios 6:16 a 19: “Seis coisas o Senhor Deus odeia, e uma sétima a Sua alma detesta: olhos cheios de orgulho, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que faz planos perversos, pés que se apressam a fazer o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia discórdia entre irmãos.” Pesado, não? Não há nada muito estranho nos primeiros seis casos, mas o que dizer do sétimo? Para Deus, o pior são as desavenças entre irmãos. Quem diria?!

Vivemos em tempos estressantes, de constante atrito. Manipula-se a informação e cria-se medo para que as pessoas sejam mais controláveis. Em meio a esse processo destrutivo, as famílias são esfaceladas. Seja pelas mandrágoras da cobiça, pelas vestes coloridas do favoritismo ou pelos sonhos de protagonismo, as relações mais valiosas desaparecem e dão lugar à inimizade.

Sim, houve problemas na família de Jacó, mas José aprendeu a superar a dor com carinho fraternal. Na primeira oportunidade que você tiver, não pense duas vezes: lembre-se do provérbio e tenha em mente que o mundo não se acaba por causa de uma discrepância. Aproxime-se do seu irmão e lhe dê um abraço de verdade.

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
24 de janeiro
https://mais.cpb.com.br/meditacao/Big-brother-2/
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Isaías 62 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Isaías 62
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ISAÍAS 62 – O amor de Deus é essencial para nossa salvação. Sua motivação em restaurar-nos deve-se ao Seu infinito amor.

• Isaías 62 “continua o tema de Isaías 61, sem interrupção: o glorioso futuro de Israel como mensageiro escolhido por Deus para proclamar a verdade ao mundo, sob a condição de que permanecesse fiel. Israel falhou em viver à altura dos privilégios da aliança, por isso as promessas se cumprirão para o novo Israel. Ainda é o Messias quem fala, como em Isaías 61:1, e diz o que fará em favor de Sião. Sião é nome poético para Jerusalém”, analisa o Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. E continha: “Cristo promete não deixar de trabalhar em favor de Seu povo até que o propósito eterno para ele se cumpra”.

Podemos notar que Deus expressa Seu zelo e amor por Seu povo. Ele promete não sossegar, mas agir em favor da justiça e salvação. O amor de Deus por Seu povo é comparado a um casamento. Ele não apenas ama, Seu amor é comparado ao amor de um noivo por Sua noiva – a ênfase é colocada na restauração da dignidade e honra de Sião aos olhos do mundo.

Deus designa intercessores para Seu povo, que estejam continuamente buscando o bem-estar dele – até que a restauração seja completa!

Deus promete nunca abandonar Seu povo. A imagem da Terra Prometida produzindo frutos reflete a bênção e prosperidade que virá sobre o povo restaurado. Apesar da falha de Israel em produzir esses frutos, Deus não falhará em levar avante Suas intenções, e ninguém O impedirá.

• “Cristo jamais abandonará a alma por quem morreu. A alma poderá deixá-lO, e ser vencida pela tentação; Cristo, porém, não pode nunca Se desviar daquele por quem pagou o resgate com a própria vida”. Por isso, “vivei em contato com o Cristo vivo, e Ele vos segurará firmemente com uma mão que nunca soltará. Conhecei e crede o amor que Deus os tem, e estareis seguros; esse amor é uma fortaleza inexpugnável contra os enganos e os assaltos de Satanás”, diz Ellen White.

A confirmação das promessas divinas aos fieis (Isaías 62:1-4) move os pregadores a propagar as boas-novas (Isaías 62:5-9), e a preparar um povo para desfrutar do plano divino (Isaías 61:10-12). Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Mamihlapinatapei

 Mamihlapinatapei

Mas Esaú correu ao encontro de Jacó e abraçou-se ao seu pescoço, e o beijou. E eles choraram. Gênesis 33:4, NVI

Os yámanas eram nômades que viviam na Terra do Fogo, a região mais austral do mundo, marcada por ventos gelados e pouca luz solar. Passavam a maior parte do tempo em suas canoas feitas de casca de árvores caçando lobos-marinhos e guanacos. Não era uma vida fácil e afetava até a maneira de se expressarem. Na língua deles, o “háusi kúta”, encontramos uma das palavras mais compridas e de mais complicada tradução que conheço: mamihlapinatapei. Seria algo como se duas pessoas quisessem começar algo e nenhuma das duas se atrevesse a dar o primeiro passo.

O relato de Gênesis 33 é um longo mamihlapinatapei. Não há nada mais doloroso do que um problema familiar que venha se acumulando, e tanto Jacó quanto Esaú se mantinham inertes diante de um problema assim. Questões de herança costumam gerar tensões e, neste caso, as discrepâncias não eram insignificantes. Um insistia que o outro lhe havia vendido a primogenitura; o outro alegava que o primeiro era um ladrão e que usara de artimanhas para tomar o que não lhe pertencia. Teimosos, nenhum deles arredava o pé.
O verso 4 começa com um “mas”. Algo inesperado aconteceu. Esaú mudou a história das duas famílias. Imagine aquele abraço gigante e peludo ao redor do pescoço de Jacó, e o beijo do irmão lhe sinalizando o perdão. Aquilo não podia acabar de outra maneira senão com lágrimas de alegria, lágrimas de encontro, lágrimas de consolo.

Séculos depois, continuamos nômades. Trocamos a casca de árvores por alumínio, enjoos por jet lag e frutas silvestres por fast-food, mas continuamos sendo nômades, pelo menos de sentimentos. Quantas vezes abrigamos os problemas e eles nos acompanham pelos itinerários de nossas emoções e culpas. Quanta dor por causa do orgulho ou do medo! Em Mateus 5:23 e 24, Jesus dá a chave para aqueles que sofrem de mamihlapinatapei: “Se você estiver trazendo a sua oferta ao altar e lá se lembrar de que o seu irmão tem alguma coisa contra você, deixe diante do altar a sua oferta e vá primeiro reconciliar-se com o seu irmão; e então volte e faça a sua oferta.”

Há algo em sua vida que precisa ser acertado? Então, o que está esperando? 

Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
23 de janeiro
https://mais.cpb.com.br/meditacao/mamihlapinatapei/


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Isaías 61 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica – Isaías 61
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ISAÍAS 61 – Os planos de Deus acontecerão (Jó 42:2), independentemente do péssimo comportamento de Seu povo (João 1:10-11).

A glória de Jerusalém entoada em Isaías 60 será vista no final do milênio, quando o mal for completamente erradicado, conforme revelado em Apocalipse 21:1-22:5.

A restauração prevista acontece mediante o ministério de Cristo, primeiramente terrestre (Isaías 61:1) e, posteriormente, no final do milênio (Isaías 61:2-3); não mais com uma Jerusalém terrestre renovada e restaurada (Isaías 61:4-7), mas com uma Nova Jerusalém, num Novo Céu e Nova Terra (Apocalipse 20:11-21:5).

O Deus que declara em Isaías 61:8 que ama a justiça e odeia o roubo e toda maldade, não deixará qualquer pessoa entrar na Nova Jerusalém. Isso está claro na profecia de João: “Os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam a feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos – lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte... Nela jamais entrará algo impuro, nem quem pratique o que é vergonhoso ou enganoso, mas unicamente aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro” (Apocalipse 21:8, 27).

Entretanto, os perseverantes fieis servos do Senhor serão recompensados. A salvação está disponível para quem reconhece sua condição, e aceita o perdão submetendo-se à justiça de Cristo (Isaías 61:8-10). A salvação é gratuita a nós, embora tenha custado muito para Deus. O sacrifício de Cristo proveu uma oportunidade onde não havia nenhuma luz no fim do túnel. Por isso, Ele pode dizer com segurança:

“Está feito. Eu Sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, darei de beber gratuitamente da fonte da água da vida. O vencedor herdará tudo isto, e Eu serei Seu Deus, e ele será Meu filho... Já não haverá maldição nenhuma. O trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade, e os Seus servos O servirão” (Apocalipse 21:6-7; 22:3).

O Deus que restaurará as nações conforme Isaías 61:11, promete que terá uma árvore, cujas “folhas servem para a cura das nações” (Apocalipse 22:2).

Vivemos num mundo onde as tribulações muitas vezes nos cercam, mas podemos ter nossos mantos de lamentos por vestes de louvor. Permitamos que as promessas divinas nos reavivem! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Comparações

Comparações

Cumpridos os dias para que desse à luz, eis que havia gêmeos no seu ventre. Gênesis 25:24

Esaú e Jacó eram gêmeos, mas eram bem diferentes. O primeiro era peludo, tinha abundantes cabelos castanhos e um temperamento áspero. O segundo tinha poucos pelos, seus cabelos eram escassos e seus modos, diplomáticos.

Não se costuma fazer comparações entre gêmeos idênticos ou univitelinos (nascidos da mesma bolsa amniótica e “iguais” entre si) porque suas semelhanças os unificam. Não é o caso dos gêmeos fraternos (nascidos de duas bolsas e diferentes) porque são as dessemelhanças que motivam os comentários. Essas comparações podem gerar rótulos como “diferentes”, “distintos” e até “contrários”. Era o caso de Esaú e Jacó. Suas diferenças, potencializadas por favoritismos paternais, os converteram em inimigos.

Foram necessários muitos anos para que esses gêmeos entendessem que era muito mais importante ser irmãos do que competidores, manter os vínculos de sangue do que perdê-los, abraçar-se do que trocar socos. Um dia, porém, tudo mudou para eles e para os seus.

Vivemos em tempos de competitividade e comparações. Os estudos são medidos por competências; o sucesso, por contas bancárias; a fama, por likes; e o status, por marcas. É como se tudo se resumisse a números e estatísticas, a balanços e superávits, a rankings e tendências. Com tanta luta para alcançarmos o topo, estamos nos esquecendo de que é bom ser diferente e, ainda melhor, ser irmãos. Uma relação de afeto é muito mais importante do que dinheiro.

É hora de reaprender, de abandonar aqueles hábitos que nos levam a nos opor uns aos outros, e implementar atitudes de solidariedade. É hora de compreender que o valioso nem sempre coincide com o caro, visto que essa é uma coincidência rara. É hora de lembrar que Jesus deve unir, que a vida na igreja deve nos potencializar individualmente Nele e que somos irmãos, sem que essa expressão seja meramente um rótulo. Como disse Paulo: “Irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, peço-lhes que todos estejam de acordo naquilo que falam e que não haja divisões entre vocês” (1Co 1:10).

Tenho um irmão gêmeo, bem diferente de mim. Gosto disso, porque Deus, em Sua sabedoria, nos deu talentos variados e um mesmo coração em Cristo. E você? Ama seu irmão?

Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
22 de janeiro
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Isaías 60 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Isaías 60
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ISAÍAS 60 – As profecias deste capítulo não se cumpriram como Deus predissera. Pois, Israel falhou; não preencheu os pré-requisitos para viver a glória de Jerusalém. O povo não viveu para ser luz entre as nações.

Além de tornarem-se exclusivistas, egoístas e com sentimentos de superioridade, os judeus não melhoraram sua espiritualidade após o exílio babilônico. As evidências dessa perversão são as repreensões de Ageu, Zacarias, Esdras, Neemias e Malaquias. Porém, Deus não cancelou Suas maravilhosas promessas; pelo contrário, Ele as ampliou, graças à obra de Cristo na cruz!

• Em Isaías 60:1-3, 19-20 a luz e a glória divinas se levantariam sobre Jerusalém. A cidade é descrita como brilhante e iluminada pela presença de Deus. Porém, será na Nova Jerusalém, profetizada por João, que não precisará de sol nem de lua, “pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é Sua candeia. As nações andarão em sua luz, e os reis da Terra lhe trarão a sua glória. Suas portas jamais se fecharão de dia, pois ali não haverá noite” (Apocalipse 21:23-25; 22:1-5).

• Em Isaías 60:4-12 está profetizado sobre reuniões das nações em torno de Jerusalém, trazendo riquezas e recursos à cidade. Contudo, de forma plena, isso acontecerá na Nova Jerusalém, após o milênio, quando “a glória e a honra das nações lhe serão trazidas” (Apocalipse 21:26).

• Em Isaías 60:13-16 Jerusalém é mencionada como uma noiva adornada para seu esposo, simbolizando a união especial com Deus. Mas, será quando forem recriados Novos Céus e Nova Terra que Jerusalém será retratada como a noiva do Cordeiro – quando “o tabernáculo de Deus esta[rá] com os homens, com os quais Ele viverá. Eles serão seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus” (Apocalipse 19:7-9; 21:1-3).

• Em Isaías 60:17-18, 21-22 fala de Jerusalém totalmente restaurada, “sem violência em sua terra, nem de ruína e destruição dentro de suas fronteiras”, em que “todo o seu povo será justo...”. Tal realidade se dará quando o mal for completamente exterminado e, Deus não permitir que entre na Cidade Santa covardes, incrédulos, depravados, assassinos, imorais, amantes de feitiçaria, idólatras e mentirosos (Apocalipse 21:8).

A garantia divina no final de Isaías 60 foi reiterada em Apocalipse 21:5 “estas palavras são verdadeiras e dignas de confiança”. Então... aguardemos! – Heber Toth Armí.

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domingo, 21 de janeiro de 2024

Imperativo?

 Imperativo?

Maridos, que cada um de vocês ame a sua esposa, como também Cristo amou a igreja e Se entregou por ela. Efésios 5:25

Certa vez, Jorge Luis Borges, o laureado escritor argentino, declarou: “O verbo ler, assim como o verbo amar e o verbo sonhar, não tolera o modo imperativo.” Que grande verdade! Não se pode obrigar a ler, a amar ou a sonhar. Tenho um sobrinho de nove anos que, neste momento da vida, diz estar muito preocupado porque toda a família gosta de ler e ele não. O que podemos fazer? Resta esperar que ele compreenda quão fascinante é o mundo dos livros. Tenho outros sobrinhos que amam viajar e planejar roteiros e experiências novas. Eles têm sonhos revolucionários, os quais não são impostos por ninguém.

O mesmo acontece com o amor: ninguém pode forçá-lo. Especialmente no casamento. Talvez a cultura, as tradições ou certas interpretações incorretas da Bíblia levem alguém a pensar que, em um casal, existe um que é superior ao outro e que essa condição lhe permite fazer exigências. Embora existam cristãos que pensem assim, essa não é a proposta de Deus. No amor verdadeiro não há imposição de autoridade, mas diálogo e assertividade. No amor verdadeiro não há grosserias, mas expressões de carinho e ajuda. No amor verdadeiro não há opressão, mas esforço para que o cônjuge cresça como pessoa.

Na época de Paulo, o mundo grego tinha uma relação desigual entre homens e mulheres. A verdadeira relação afetiva se dava entre amigos. Por essa razão, Paulo sugere aos maridos que amem como Jesus nos ama (Ef 5:22-33). E como Jesus nos ama? Para começar, com um amor que salva. Cristo é o Salvador da igreja e busca o melhor para ela. Depois, no mesmo contexto, Paulo sugere uma relação de dependência saudável em que os cônjuges aprendam a viver como companheiros em uma relação de respeito e apoio mútuos. Sua orientação é para que reine um amor que dignifique a outra pessoa e seja exclusivo, de entrega total. Um amor puro que a embeleze e que não abandone sua autoestima. Por fim, o apóstolo recomenda que manifestemos um amor que se esforce para ser permanente e que seja abundante em detalhes e cuidados.

O amor não se impõe; deve ser conquistado. Não se exige; deve ser desfrutado. O amor se conjuga em todos os modos e tempos verbais, menos no modo imperativo. 

Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
21 de janeiro
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Lapsi

 Lapsi

Não servindo apenas quando estão sendo vigiados, somente para agradar pessoas, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus. Efésios 6:6

No 3° século d.C., a perseguição aos cristãos era intensa. Foram tempos difíceis. Alguns não foram fiéis, como foi o caso dos lapsi (termo em latim para “caídos”). Eram pessoas mornas que relativizavam seus princípios e que acabaram mudando o cristianismo. Como o fizeram? Quando as coisas se acalmavam, eles pediam para ser aceitos de novo na igreja. Por essa razão, Hipólito de Roma enfrentou Calixto I, e os questionamentos sobre os limites da disciplina eclesiástica são discutidos até hoje por cristãos. Além dos debates sobre conceitos de registro de membros na igreja, encontramo-nos diante de um modelo de pensamento perturbador: a mentalidade intermediária. Essa expressão se refere ao tipo de identidade que, de tão leviana, releva, justifica e aceita certos elementos estranhos ao cristianismo. Esse tipo de pensamento levou ao abandono dos valores bíblicos e à amálgama doutrinária.

No cristianismo, a dissonância surge do choque entre o modelo bíblico e o comportamento discrepante com esse modelo. Essa irregularidade de comportamento é chamada de pecado (errar o alvo), a qual é solucionada com o retorno ao modelo bíblico (arrependimento e mudança de comportamento). A atitude dos lapsi abriu as portas para a cristianização de muitas práticas e crenças pagãs, criando uma religião híbrida, diferente da mensagem de Jesus.

Infelizmente, a história às vezes se repete. Parte da nossa membresia está sendo afetada pela mesma dissonância, e tendemos a querer amenizar essa tensão com a mentalidade intermediária, justificando ideias e comportamentos antibíblicos. Esse é um diagnóstico fácil de fazer, e não vamos nos deter nele porque não há solução. Paulo nos propõe que não sirvamos aos olhos, ao desejo de ser complacentes, mas à vontade divina. Ser coerentes individualmente é um dos métodos que o Senhor nos ensinou para que outros tenham a oportunidade de ver coerência no cristianismo e de prosseguir em direção ao nosso referencial, que é Cristo.

Não é tempo de ser lapsi, pois a mensagem de Jesus deve ser vista com clareza por todos. Não é tempo de ser lapsi, pois nosso reino não é deste mundo.

Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
21 de fevereiro
https://mais.cpb.com.br/lapsi/
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Isaías 59 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Isaías 59
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ISAÍAS 59 – Este capítulo continua a abordar temas relacionados à justiça, pecado, restauração e redenção seguindo o fluxo de mensagens dos capítulos anteriores.

Em Isaías 59, o profeta trata dos seguintes itens:

• A prática insistente do pecado produz afastamento de Deus, cria obstáculo ao relacionamento íntimo com Ele e, consequentemente, impede Suas preciosas bênçãos resultantes do envolvimento com Ele (Isaías 59:1-2).

• O afastamento de Deus resultante das práticas incorretas da religião descritas em Isaías 56, 57 e 58 resulta em ações incorretas no dia a dia da sociedade; as pessoas passam a ferir o próximo, falam mentiras, reclamam, ignoram a justiça, acusam falsamente, “concebem maldade e geram iniquidade”, enganam, maquinam o mal, agem com violência, “seus pés correm para o mal”, “seus pensamentos são maus”, “não conhecem o caminho da paz” (Isaías 59:3-8). São pessoas briguentas, perigosas e cruéis; “...os ímpios são como o mar agitado, incapaz de sossegar e cujas águas expelem lama e lodo” (Isaías 57:20).

• Nossa sociedade é a evidência do que acontece quando esquivamos da verdadeira religião: Nosso habitat se torna um lugar onde a justiça está ausente e as pessoas estão sempre se envolvendo em práticas que tornam a sociedade num lugar de alta periculosidade. Por isso, “todos nós urramos como ursos; gememos como pombas. Procuramos justiça, e nada! Buscamos livramento, mas está longe!” (Isaías 59:9-11).

• Então, precisamos analisar nossa condição e avaliar nossa situação a fim de reconhecermos que por nós mesmos não conseguimos solução, redenção e transformação em parte alguma (Isaías 59:12-15).

• A atuação de Deus Pai, enviando Seu Filho através do Espírito Santo traria solução aos que Se arrependessem de seus pecados; assim, teríamos livramento nesta sociedade decadente, deplorável e corrompida (Isaías 59:15-21). O próprio Deus decide agir por conta própria e trazer redenção! A salvação do pecador passa pela necessidade de reconhecimento e arrependimento diante do pecado.

Em meio à escuridão da imoralidade, podemos iluminar a sociedade com a luz da verdade que restaura.  Através da mensagem bíblica podemos melhorar o mundo.

“Embora existam muitos livros de autoajuda ou reflexivos que tenham mudado a mente de várias pessoas, nenhuma produção literária da História modificou tantas vidas como a Bíblia Sagrada”, diz Rodrigo Silva!

Caso queiramos uma sociedade melhor, devemos compartilhar a mensagem da Bíblia! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sábado, 20 de janeiro de 2024

A verdadeira beleza

 A verdadeira beleza

A jovem era bonita e formosa. Ester 2:7

Faz alguns anos, tive a oportunidade de trabalhar na tradução da Bíblia denominada La Palabra. Foi uma experiência muito positiva, sobretudo por poder cooperar com outros tradutores de grande conhecimento e amor pela Bíblia. Até hoje, lembro-me de um fato curioso. Eu tinha começado a traduzir o segundo capítulo do livro de Ester quando me deparei com uma descrição da jovem Hadassa, isto é, Ester. Sinceramente, logo percebi que havia encontrado um problema. É que o texto original dizia literalmente que a moça “tinha belas formas e aspecto agradável”. A expressão “belas formas” não era algo que eu esperava encontrar em um texto bíblico, mas o texto indicava que o aspecto físico de Ester era, sim, relevante.

A história de Ester poderia ser comparada ao caso das participantes de um concurso de beleza. Poderíamos até imaginar um concurso de “Miss Pérsia”. A jovem Ester (nome parecido com Ishtar, deusa da beleza na mitologia da época), de tão atraída por aquela incrível cenografia, se esqueceu de dizer o mais importante sobre si mesma: sua verdadeira identidade. É bastante comum que isso aconteça com as pessoas. Elas ficam tão fascinadas com as coisas ao seu redor que se esquecem daquilo que as faz peculiares e únicas. O fato é que a moça judia foi escolhida para se casar com o rei por causa das belas formas que possuía.

Ester, porém, era muito mais do que formas; era uma mulher de Deus. Alguém que amava seu povo e sua família. Uma mulher de princípios, disposta a lutar por sua gente. Quando chegou o momento de ela ser sincera com seu esposo, este demonstrou que havia apreciado a valentia dela e a genuinidade do seu interior, tanto que, além de admirá-la, confiou plenamente nela.
Há muita coisa que se pode fazer para valorizar a beleza de uma pessoa. A confiança e a fé melhoram o sorriso. A sinceridade dá brilho ao olhar. A bondade e a simpatia tornam a pessoa atraente. E, acima de tudo, a presença de Deus faz seu semblante resplandecer. Quando o Espírito Santo nos concede essas virtudes, tudo se transforma.

Decida ser um bom cônjuge, um bom filho ou uma boa filha, um bom amigo ou uma boa amiga, um bom cidadão ou uma boa cidadã. Faça a diferença na vida das pessoas. Seja agradável e revele o amor de Jesus. Essa beleza é irresistível!
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Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
20 de janeiro
https://mais.cpb.com.br/meditacao/a-verdadeira-beleza-2/

Isaías 58 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Isaías 58

Comentário: Pr. Heber Toth Armí

ISAÍAS 58 – Seguindo a sequência da mensagem de Isaías 56 e 57, temos um maravilhoso clímax no capítulo 58. As práticas espirituais instituídas por Deus visam a nossa saúde espiritual. A negligência ou perversão delas resultam em corrupção moral, podridão espiritual – danificam a fé.

Para que sejamos saudáveis espiritualmente, devemos atentar àquilo que o Médico da Alma prescreve em Sua Palavra. Note o que diz Tiago White: “Se o homem sempre tivesse observado o sábado, não poderia ter havido um idólatra ou ateu”.

• Nosso mundo está tomado de idólatras e ateus, devido à distorção do quarto mandamento da Lei de Deus (Êxodo 20:8-11).

Note que, “se as bênçãos garantidas ao homem pelo sábado forem apenas um dia de descanso das labutas diárias e um dia para culto público a Deus, então a teoria de um dia entre sete e a de nenhum dia em particular parecem bastante plausíveis. O homem pode descansar seus membros cansados, ou o cérebro fatigado, tanto em um dia da semana como em outro. E, se o único propósito for garantir um período de tempo para o culto, o domingo pode servir de resposta. De fato, um dia em seis poderia ser tão adequado para descansar e adorar como um dia em sete, se essas forem as únicas razões para o estabelecimento do sábado”. Mas, “o propósito original do sábado era que ele fosse um memorial do Criador”. Em Isaías 58:13-14 “o grande objetivo do sábado é definido: honrar a Deus. Requer-se que o homem desvie o seu pé do sábado e se abstenha de buscar seus próprios caminhos, palavras e prazeres nesse dia, não porque ele precisa de um dia de descanso, mas porque, ao fazer isso, ele pode honrar o grande Deus. Os que guardam o sábado com esse objetivo em vista, vão chamá-lo de deleitoso, o santo dia do Senhor e digno de honra”, afirma Tiago White.

Da mesma forma que o verdadeiro sábado é essencial à saúde espiritual é prática do verdadeiro jejum, que significa aproximar-se de Deus para ser transformado por Ele, e então exercer justiça, bondade, amor, misericórdia e compaixão na sociedade adoecida, desprovida da verdade (Isaías 58:1-12).

• Isaías 58 chama nossa atenção para o reavivamento e reforma no jejum e no sábado.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Janelas quebradas

 Janelas quebradas

Aproveite a vida com a mulher que você ama, todos os dias dessa vida fugaz. Eclesiastes 9:9


Nos anos oitenta, o metrô de Nova York era um lugar violento e perigoso. David L. Gunn mudou tudo. O diretor de transportes públicos da metrópole norte-americana empregou uma teoria psicológica conhecida como “teoria das janelas quebradas”. Ela diz que se uma janela da nossa casa estiver quebrada e não for consertada, a probabilidade de outras também se quebrarem será maior. O motivo é o abandono. As pessoas que todos os dias veem essa casa com a janela quebrada pensam que aquela residência não é uma propriedade de valor e que o abandono se deve às más condições do imóvel. Com esse conceito, é de se esperar que alguma pessoa quebre uma cerca ou mais uma janela. A imagem ficará cada vez mais deteriorada, e a casa mais danificada. Gunn se dedicou à limpeza do metrô e à eliminação dos grafites. Cada vez que alguém o sujava ou pintava, voltavam a limpá-lo. Pouco a pouco, as pessoas foram se conscientizando de que o metrô não era um lugar abandonado.

Algo semelhante pode ocorrer no relacionamento conjugal. Um dia, em meio à rotina da vida, abandonamos os detalhes da relação: as palavras amáveis, os projetos conjuntos, o respeito mútuo. Essa “janela” quebrada desvaloriza nossos vínculos. Entramos em um espírito de distanciamento, desconforto, falta de afinidade e, finalmente, ruptura. Culpamos a falta de amor e paixão. Mas isso não é verdade. O problema é que não consertamos a primeira janela que se quebrou. Não se iluda: sempre que algo se quebra, é preciso que seja consertado.

Salomão não se destacou por ser um bom marido, mas ninguém pode negar que ele foi um homem sábio. Em Eclesiastes, seu último livro, ele analisa a efemeridade da vida e o que é verdadeiramente importante. Entre os muitos conselhos está aquele no qual deveríamos nos deter: “Aproveite a vida com a mulher que você ama, todos os dias dessa vida fugaz.” O sábio não orienta a abandoná-la assim que os problemas apareçam. Ele enfatiza: “todos os dias dessa vida…”.

Cada momento é uma oportunidade para fortalecer o amor, para restaurar, embelezar e redecorar seu matrimônio. Se houver algo para ser consertado, conserte o mais rápido possível – com a ajuda de Deus.

Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
19 de janeiro
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Isaías 57 - Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Isaías 57
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ISAÍAS 57 – Isaías 56 e 58 formam o contexto imediato de Isaías 57; como uma moldura, eles auxiliam na compreensão do cenário de Isaías 57.

Leia os três capítulos sequencialmente. Depois, retorne a esta análise...

Considerando atentamente o contexto, ao estudar Isaías 57 podemos estar mais cientes da importância de uma espiritualidade saudável e uma adoração verdadeira, que vai além de meros rituais externos. Assim, este capítulo pode ser entendido no contexto mais amplo da chamada de Deus para uma prática espiritual genuína e uma vida justa, em contraste com a formalidade vazia.

Deus deseja o melhor para os fieis, justos e honestos; inclusive a morte se torna uma bênção, um descanso para quem O serve genuinamente (Isaías 57:1-2; Apocalipse 14:13). Contudo, as pessoas preferem o caminho do ímpio, cheio de lodo e sem paz (Isaías 57:20-21).

• Em vez de seguir a orientação divina, os religiosos preferem perverter a espiritualidade, deturpar as práticas espirituais e assim, corrompem a religião. Práticas desvirtuadas da religião desviam o foco da verdadeira adoração a Deus. Isso afeta drasticamente o comportamento humano. A perversão religiosa pode chegar a alcançar as profundezas da corrupção espiritual: A prática da idolatria, que é adultério espiritual, uma afronta ao Deus verdadeiro (Isaías 57:3-6).

• A falta de integridade na religião promove a imoralidade na vida diária: Injustiças, falsidades, etc. Tais pessoas têm falta de consciência espiritual, dormem relaxadamente sem considerar as consequências de suas atitudes displicentes: “Você fez o leito [a cama] numa colina alta e soberba”; porém, Deus diz, “ao me abandonar, você descobriu seu leito, subiu nele e o deixou escancarado...”. A falsa religião pode oferecer uma falsa ilusão, mas no fim só trará decepção. Entretanto, quem faz do Deus verdadeiro seu refúgio, Deus mesmo diz: “possuirá a terra por herança e possuirá o meu santo monte” (Isaías 57:7-13).

• A infidelidade espiritual é mais séria que a infidelidade conjugal; porém, Deus está disposto a perdoar e restaurar o relacionamento de quem O traiu. Abrir mão do orgulho e arrogância significa abrir espaço para Ele – o Soberano do Universo – habitar em nosso coração para trazer alento, conforto, cura, vida, restauração e paz (Isaías 57:14-19).

A mensagem de Isaías desafia-nos a examinar nosso coração, e convida-nos a afastar da falsa religião para, então, reavivarmo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Pacto de pureza

 Pacto de pureza

Fiz uma aliança com meus olhos de não olhar com cobiça para nenhuma jovem. Jó 31:1, NVT

O que chama a atenção na integridade de Jó é que nos encontramos diante de uma pessoa normal. Qualquer pai que ama seus filhos já pensou em interceder por eles ao ficar sabendo que passaram o fim de semana em clima de festa. Qualquer esposo de bem que recebe uma palavra ríspida da esposa (como Jó recebeu da sua) tende, como ele, a guardar silêncio. Qualquer pessoa acusada, mas genuinamente inocente, se defende dizendo que a acusação é mentira. Jó era um homem normal, que tinha vontade de fazer a coisa certa.

Como era sua relação matrimonial? Não sabemos exatamente. O casal tinha vários filhos, e tudo parecia bem até que o infortúnio se instalou. Sua esposa não o apoiou quando ele mais precisava. Será que estava com ele apenas por sua posição e riquezas? Também não sabemos. O que sabemos é que esse homem íntegro quis ser assim até o mais profundo de seu ser. Em sua época, a poligamia e o concubinato eram normais, mas não corretos. Jó decidiu fazer as coisas corretamente em seu relacionamento com a esposa, e fez um pacto. Um pacto consigo mesmo, uma aliança com seus olhos. Não iria deter seu olhar sobre donzelas para, secretamente, desejá-las. Ele não faria isso, pois queria ser correto até nesse espaço em que só habitam nossos pensamentos e Deus. Que lição!

Jesus declarou: “Todo o que olhar para uma mulher com intenção impura já cometeu adultério com ela no seu coração” (Mt 5:28). O pecado não tem que ser público para ser pecado. Existem muitos pecados que nunca se concretizaram e que modificam nosso caráter até torná-lo inadequado para a eternidade. Em uma hipérbole dramática (Jesus era dado a essa maneira de falar quando queria deixar algo bem claro), Cristo sugeriu que arrancássemos um olho antes de seguir pecando. Parece exagerado, mas nos põe de sobreaviso acerca da gravidade do assunto.

Esse é um tema muito delicado, muito mais no mundo em que vivemos, de valores invertidos. Um mundo em que as relações são artificiais e o que importa, acima de tudo, é o que os olhos veem. É hora de romper com os padrões do mundo e fazer um trato com nossos olhos e nosso coração. Com a ajuda do Céu, decida não pecar contra o Senhor. Com certeza, Ele o ajudará.

Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
17 de janeiro
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Isaías 56 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Isaías 56
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ISAÍAS 56 – A vida espiritual para ser saldável requer que alimentemos de “toda Palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4:4). Talvez o alimento que mais necessário é o menos palatável; o mesmo se dá com a Palavra de Deus.

Consequentemente, algumas pessoas são seletivas na Bíblia; quando não gostam de certos ensinamentos, acham conveniente descartá-los. Isso não é novidade! O povo de Israel também tinha grandes dificuldades com a aceitação de certas verdades. Por isso, Deus precisou investir grandes esforços para despertá-lo!

• Aquilo que Deus requer visa beneficiar Seu povo. Entretanto, Ele não é seletivo nem exclusivista; Ele almeja as bênçãos de Seus princípios a cada povo da Terra (estrangeiros, eunucos).

Os judeus libertos do exílio babilônico deveriam “praticar juízo e justiça e guardar o sábado. Nem o estrangeiro nem o eunuco precisam temer serem impedidos de desfrutar os benefícios do reino de Cristo. Na verdade, quem obedecer à Palavra do Senhor ocupará lugar privilegiado. O templo do Senhor será Casa de Oração para todos os povos, não apenas para Israel. Deus trará os gentios para dentro de Seu aprisco junto com Seu povo”, analisa William MacDonald.

E continua, “o versículo 9 volta a Israel em seus dias de rebelião. As nações (feras) são convocadas para disciplinar o povo cujos atalaias não veem o perigo. São como cães mudos que não conseguem ladrar para alertar as pessoas. São sonhadores que gostam de dormir. São pastores mercenários, egoístas e cheios de ganância”.

• Atalaias honestos proclamam toda a revelação de Deus; ensinam que o ser humano “descansa no dia de sábado em honra ao Criador. E, onde quer que ele possa dirigir seu olhar, seja para os céus, a terra ou o mar, ali ele contempla a obra do Criador. Ao descansar no sétimo dia, ele vê nas incontáveis variedades da natureza e a sabedoria e o poder dAquele que que criou tudo em seis dias e, assim, é dirigido, pela natureza, para o Deus da natureza. O sábado se torna, agora, a corda que liga o homem ao infinito Criador. Ele é a corrente de ouro que une a Terra e o Céu e o homem a Deus” (Tiago White).

A guarda do sábado impede a idolatria e o ateísmo. Portanto, reavivemo-nos guardando-o! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Todos falam disso

 Todos falam disso

Por isso, o homem deixa pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Gênesis 2:24

Dizem que os melhores poemas de amor em espanhol foram escritos por Adolfo Bécquer, um escritor romântico em todos os sentidos da palavra. Talvez seu poema mais apreciado seja este:

Pode nublar-se o Sol para sempre;
Pode secar-se o mar num instante;
Pode romper-se o eixo terrestre
Como frágil cristal.
Tudo pode acontecer! Pode a morte
Cobrir-me com negra mortalha
Mas em mim nunca vai se apagar
A chama do teu amor. 

É um poema entre milhões, pois, se existe um assunto sobre o qual todos falam, é o amor. O verdadeiro amor no casamento é o que mais se assemelha ao amor divino. Deus nos outorgou o dom de sermos duas pessoas em uma, de viver em cumplicidade, amizade e igualdade. Ele determinou que deixássemos nossas estruturas familiares anteriores, nos uníssemos com uma pessoa do sexo oposto e fôssemos com ela uma só pessoa. Esse amor é de tal calibre que a palavra “eterno” o acompanha.

No entanto, chegou o pecado. E embora Bécquer não o diga, muitas condições favoreceram o enfraquecimento desse amor autêntico. Em primeiro lugar, o par deixou de ser par. Os dois passaram a pensar de forma diferente. Eram complementares, mas desiguais. A intimidade ficou limitada à sexualidade; os desejos da pele se distanciaram das razões do coração. A família nuclear se converteu em patriarcado, em poligamia ou concubinato. E a imagem de Deus ficou diluída. Ele teve que recorrer a mandamentos e leis para que tanto homens quanto mulheres pudessem voltar a perceber o panorama daquele amor. Essa é a razão pela qual Jesus Se esforça tanto para que compreendamos a grandeza de Seu projeto original com relação ao homem e à mulher. Ele sabe que esse é um amor que, de tão poderoso, pode mudar tudo se estiver bem ajustado. E é por esse motivo que Satanás se dedica tanto a esse assunto. Ele sabe que, quando desvirtuado, o amor é uma imensa distração que nos deixa cegos e infelizes. Anelamos tanto por amor que, de insatisfação em insatisfação, podemos passar a vida atrás dele.

Peça agora ao Espírito Santo que derrame sobre você o amor do Pai (Rm 5:5), o amor verdadeiro que transcende a eternidade.

Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
17 de janeiro
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Os limites da religião

Devocional Diário Vislumbres da eternidade 5 de outubro Os limites da religião Pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, po...