quarta-feira, 21 de maio de 2025

Gênesis 35 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 35
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 35 – A igreja de Deus no Antigo Testamento dava tantos maus testemunhos que talvez muitos de nós seríamos pagãos para não pertencer a um povo com uma história moral tão baixa. Infelizmente muitos mestres da Bíblia são maquiadores das histórias reveladas por Deus. Inúmeros professores cristãos não são íntegros em suas preleções.

Veja que, “quando Benjamim, o décimo segundo [filho], chegou, sua mãe morreu durante o parto (Gn 35:17, 18). Portanto, a inveja, o ciúme, a rivalidade e a contenda manchou o mundo em que aqueles irmãos nasceram. Um pai. Quatro mães. A melhor maneira de relacionar os irmãos e suas mães é lendo a genealogia em Gênesis 35: ‘Eram doze os filhos de Israel. Rúben, o primogênito de Jacó, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom, filhos de Lia; José e Benjamim, filhos de Raquel; Dã e Naftali, filhos de Bila, serva de Raquel; e Gade e Aser, filhos de Zilpa, serva de Lia’ (v. 22-26)” (Philip W. Dunham).

A dor e o sofrimento castigam o povo de Deus tanto por situações naturais como a morte de Débora, ama de Rebeca e a morte de Rebeca no parto de Benjamim, quanto por escolhas estúpidas, como é o caso de Diná (em Gênesis 34) e o caso de Ruben, que “deitou-se com Bila, concubina de seu pai. E Israel ficou sabendo” (Gênesis 35:22). Que família desestruturada e disfuncional!

Observe como Ellen White comenta sobre essa família: “O pecado de Jacó e o séquito de acontecimentos que determinou, não deixaram de exercer influência para o mal, influência esta que revelou seu amargo fruto no caráter e vida de seus filhos. Chegando esses filhos à virilidade, desenvolveram graves defeitos. Os resultados da poligamia foram manifestos na casa. Este terrível mal tende a secar as próprias fontes do amor, e sua influência enfraquece os laços mais sagrados. O ciúme das várias mães havia amargurado a relação da família; os filhos cresceram contenciosos, e sem a devida sujeição; e a vida do pai obscureceu-se pela ansiedade e dor” (PP, 208-209).

Para reverter esse quadro horrível da família de Jacó, Deus pede a ele devoção e adoração (Gênesis 35:1); Jacó age entendendo a importância da consagração resultante de reavivamento e reforma (Gênesis 35:2-14).

A intimidade transforma nossa vida! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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O INIGUALÁVEL JESUS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

21 de maio

O INIGUALÁVEL JESUS

Eu e o Pai somos um. João 10:30

Jesus foi inigualável. Até eruditos não cristãos admitem isso. Um exemplo é o judeu polonês Sholem Asch, que disse: “Jesus Cristo é a personalidade mais marcante de todos os tempos. […] Nenhum outro mestre se equipara a Ele. […] Outros pensadores podem ter algo básico para um oriental, um árabe ou um ocidental, mas todo ato e palavra de Jesus tem valor para todos nós. Por que eu, como judeu, não deveria me orgulhar disso?” (citado por Ben Siegel, The Controversial Sholem Asch, p. 148).

Há mais de cem anos, um texto anônimo resumiu o que o autor pensava de Cristo: “Os nomes dos antigos estadistas orgulhosos da Grécia e de Roma surgiram e desapareceram. Os nomes dos antigos cientistas, filósofos e teólogos surgiram e desapareceram; mas o nome deste Homem permanece cada vez mais. […] Herodes não poderia destruí-Lo, e a sepultura não poderia detê-Lo” (study.bible/lesson/339).

Declarações assim me fazem pensar no que Jesus disse: “O céu e a terra passarão, mas as Minhas palavras jamais passarão” (Mt 24:35). E o que Ele falou de Si mesmo que seria tão inédito? Jesus foi o único homem que, em sã consciência, afirmou ser Deus.

Várias situações confirmam isso. Uma delas é o versículo de hoje. À primeira vista, pode não parecer uma autoafirmação de divindade, mas na cultura da época era. Tanto que os judeus queriam apedrejá-Lo porque Ele estava “Se fazendo de Deus” (Jo 10:33). Jesus em nenhum momento corrige o entendimento deles. Pelo contrário, o reafirma (v. 38).

Em outra ocasião, Ele declarou: “Em verdade, em verdade lhes digo que, antes que Abraão existisse, Eu Sou” (Jo 8:58). Essas palavras ecoam aquelas proferidas por Deus a Moisés: “Assim você dirá aos filhos de Israel: ‘Eu Sou me enviou a vocês’” (Êx 3:14). A força de Suas palavras foi tão clara que, mais uma vez, os judeus quiseram apedrejá-Lo (Jo 8:59).

Quando uma pessoa alega ser Deus, como Cristo fez, ela só pode ser mentirosa, louca ou verdadeira. Nenhum louco ou mentiroso arrancaria o reconhecimento de tantos eruditos que não foram seus discípulos. Até os não cristãos reconhecem a grandeza de Jesus. Diante disso, só me resta uma alternativa: Ele é Deus. Assim, não tenho outra escolha senão cair prostrado e adorá-Lo como meu Senhor.

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terça-feira, 20 de maio de 2025

Gênesis 34 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 34
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 34 – Grande parte dos que ensinam a Bíblia tende a apresentar os aspectos positivos dos seus personagens; porque, a verdade nua e crua da Bíblia pode assustar muitos crentes.

Jacó disse a Esaú que iria para Seir, entretanto foi para Sucote (Gênesis 33:14-17). O engano fazia parte da família. Seus filhos aprenderam dominar bem a prática da mentira (Gênesis 34:13).

A única filha de Jacó saiu sozinha a conhecer as mulheres da região da nova residência, evidenciando que “as más companhias corrompem os bons costumes” (1 Coríntios 15:33). Siquém, governador pagão daquela região agarrou-a e a violentou; contudo, depois a quis em casamento. Um requisito foi solicitado pelos irmãos de Diná: Todos os homens de Siquém deveriam circuncidar-se. Após três dias de aplicarem a condição, sob a liderança de Simeão e Levi, os filhos de Israel foram à cidade para cruelmente matar todos os homens – enquanto recuperavam do órgão genital dolorido; saquearam a cidade levando seus bens, mulheres e crianças.

“A horrível violação de Diná por Siquém motivou seus irmãos a manifestar uma reação de engano e violência muito maior que seu pai Jacó havia cometido”, comenta Philp W. Dunham. Mentira, assassinato, roubo, vingança, violência... Fazem parte do início da igreja do Antigo Testamento.

Esse capítulo de chacina mancha as páginas da história do povo de Deus; porém, não é por capítulos assim que devemos afastar-nos do corpo de Cristo. Mesmo no Novo Testamento havia casos horríveis. Além do casal mentiroso em Atos 5:1-10, na igreja de Corinto “por toda parte se houve que há imoralidade entre vocês”, diz Paulo, “imoralidade que não ocorre nem entre os pagãos, a ponto de um de vocês possuir a mulher de seu pai” (1 Coríntios 5:1) – o mesmo pecado da igreja do Antigo Testamento (Gênesis 35:22).

No tempo do fim, não é diferente. Ellen White afirma que “a igreja talvez pareça como prestes a cair, mas não cairá” (2ME, 380). Pois, “fraca e defeituosa como possa parecer, a igreja é o único objeto sobre que Deus concede em sentido especial Sua suprema atenção. É o cenário de Sua graça, na qual Se deleita em revelar Seu poder de transformar corações” (AA, 12).

Apreciemos a Igreja como Deus aprecia e, permitamos que Ele transforme nosso coração! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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OS IMPROVÁVEIS DE DEUS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

20 de maio

OS IMPROVÁVEIS DE DEUS

Nem cego nem coxo entrará na casa. 2 Samuel 5:8


O versículo de hoje apresenta um antigo provérbio hebreu de significado difícil, que surgiu por ocasião da conquista de Jerusalém. Quando Davi estava prestes a tomar a cidade, o rei local desdenhou de sua força, dizendo: “Você não entrará aqui. Até os cegos e os coxos poderão impedi-lo de entrar.” Com isso, queria dizer: “Davi não entrará neste lugar” (2Sm 5:6).

Alguns sugerem que os “cegos e coxos” mencionados aqui seriam talismãs que os jebuzeus possuíam, semelhantes às imitações de tumores dos filisteus (1Sm 6:5), que serviam como amuletos de proteção. No entanto, é mais provável que se refira literalmente a pessoas cegas e coxas que, conforme o deboche do rei, seriam suficientes para expulsar Davi da cidade.

Assim, quando Davi conquistou Jerusalém, ele reverteu o ditado que proibia coxos e cegos de entrar na casa. Mas que casa seria essa? A tradução judaica mais antiga entende que se trata do futuro templo, e, de fato, mesmo antes de qualquer proibição davídica, cegos e coxos não podiam se aproximar do santuário do deserto (Lv 21:18).

O tempo passou, e Jesus, Filho de Davi, veio a Jerusalém, cumprindo as profecias. O sinal de que a era messiânica havia começado estaria no fato de Ele expulsar os comerciantes do templo e levar para lá os coxos e os cegos que a lei proibia (Mt 21:14).

Não é que Jesus desprezasse a lei de Moisés; afinal, Ele mesmo a havia dado ao profeta. A aparente transgressão era, na verdade, o cumprimento de Jeremias 31:8, que fala da restauração messiânica de Israel: “Eis que Eu os trarei da terra do Norte e os congregarei das extremidades da Terra. Entre eles estarão também os cegos e aleijados […]; em grande congregação, voltarão para aqui.”

Por isso, o Evangelho de João só menciona dois milagres de Jesus em Jerusalém, ambos ocorridos ao norte e ao sul do templo: a cura do coxo no tanque de Betesda e do cego no tanque de Siloé. Os que antes “expulsariam” o rei Davi da cidade eram agora beneficiados pelo Descendente dele.

O protagonismo de cegos e coxos cumprindo a profecia nos mostra como Deus, em Sua bondade, conta com todos na realização de Seus propósitos. Isso é graça ilimitada para os que lidam com limitações.

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segunda-feira, 19 de maio de 2025

Gênesis 33 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 33
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 33 – Se estivéssemos na cena deste capítulo, certamente as emoções se aflorariam e, em nossa face, as lágrimas se deslizariam. Os gêmeos separados pela ameaça de morte se reencontrarão...

“Mais tarde naquela manhã, quando Esaú estava se aproximando dele, Jacó foi ao seu encontro curvando-se diante de seu irmão sete vezes (Gn 33:3). Porque Jacó primeiro se humilhou diante do Senhor, ele agora era capaz de se humilhar diante de seu irmão. E Esaú graciosamente o aceitou. Naquele momento de reconciliação (v. 4), Jacó explodiu em um reconhecimento especial. De acordo com Gênesis 33:10, ele confessou que viu a Deus em Esaú: ‘Se te agradaste de mim, aceita este presente de minha parte, porque ver a tua face é como contemplar a face de Deus; além disso, tu me recebeste tão bem!’ (NVI). O que Jacó estava vendo no rosto de seu irmão? As mesmas expressões de amor, compaixão, perdão e graça que ele viu na face do Senhor. O sorriso de Deus em Jacó se reflete na aceitação de Esaú”, explica Jiří Moskala; e, então aplica:

“O que as pessoas leem em nossa face quando interagem conosco?”.

Só demonstraremos perdão e graça aos que nos ofenderam somente após experimentarmos perdão e graça de Deus.

O mesmo Deus que reatou o relacionamento de Jacó e Esaú pode reatar qualquer relacionamento que for colocado sob os Seus cuidados. Ao guiar nossa vida, as estratégias divinas nos levarão à alegria da reconciliação.

Diante da experiência marcante da reconciliação, assim que comprou um campo dos filhos de Hamor próximo a Siquém e acampar ali, Jacó “edificou um altar e lhe chamou El Elohe Israel” (Gênesis 33:20). Por Suas bênçãos, Deus é digno de adoração!

Reconhecendo que o Deus de Israel é poderoso, o Jacó admite que o Deus que mudou seu nome no capítulo anterior, agora mudou sua história.

Diante disto, notamos que não é o tempo que cura feridas da alma; é Deus. Sua graça resolveu a desgraça resultante das atitudes carnais que tiveram os gêmeos 20 anos antes.

Por conseguinte, aprendamos que relacionamentos danificados podem ser restaurados com ingredientes de origem celestiais. Amizades destruídas por atitudes impróprias podem ser concertadas quando a graça de Deus é despejada sobre corações feridos e almas dilaceradas...

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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AMAR O INIMIGO

  Devocional Diário - Descobertas da fé

19 de maio

AMAR O INIMIGO

   Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês. Mateus 5:44

   Essa é uma das ordenanças de Jesus mais difíceis. Como ser compassivo com alguém que viola crianças ou mata inocentes? Nosso anseio por justiça pede que um raio caia na cabeça dele. Freud dizia que esse mandamento, além de impraticável e absurdo, inibe a resistência ao perverso e desfaz a justiça. Melhor seria abrir as cadeias e homenagear os delinquentes.

   A indignação não é nova. Nos dias de Cristo, a população oprimida ansiava por um messias que os livrasse de seus inimigos. Não puni-los seria como premiar sua injustiça.

   De fato, considerando que a misericórdia envolve tanto um sentimento de solidariedade para com o que sofre quanto de indulgência para com o que errou, podemos dizer que ela é injusta quando não pune quem merece o castigo. Isso incomoda, especialmente quando a clemência é dada àquele com quem não simpatizamos.

   Contudo, observe que Jesus pediu para amar os inimigos, não para gostar deles. Amar e gostar não são sinônimos perfeitos. Amar é um ato de obediência, enquanto gostar é subjetivo.

   Quando ajudei os refugiados sírios no Líbano, fiz isso por amor, atendendo ao mandamento de Cristo. Mas, para dizer se gosto ou não deles, precisaria primeiro conhecê-los e conviver com eles.

   Gosto é algo muito pessoal e não tem nada de antiético em apreciar mais uma pessoa do que outra, desde que não o façamos por partidarismo ou preconceito. Jesus, que não discriminava ninguém, tinha entre Seus discípulos aqueles que eram mais próximos: Pedro, Tiago e João.

   Sobre a punição dos ímpios, Jesus nunca a negou, apenas a reservou para o futuro. Seu ensino era para que não adiantássemos o juízo final, como se pudéssemos fazê-lo antes de Deus. Ações perversas devem ser denunciadas, e atos ilícitos, condenados, porém nas instâncias competentes. Se estas falharem, não compete a nós fazer justiça com as próprias mãos.

   Quanto ao lado “injusto” da misericórdia divina, que não apenas perdoa, mas tolera a existência do ímpio, lembremo-nos de que essa mesma “injustiça” nos foi concedida quando, mesmo sendo merecedores da morte, o inocente Filho de Deus tomou nosso lugar.

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domingo, 18 de maio de 2025

Gênesis 32 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 32
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 32 – Todos nós precisamos encontrar-nos com Deus para mudar o turbilhão que borbulha no íntimo de nosso coração. Quem busca a face do Soberano do Universo enfrentará as ameaças da vida e não fugirá.

O medo estimula muitas de nossas ações. O medo motivou Jacó a presentear seu irmão, a clamar a Deus, e a separar seus bens. Além disso, a angústia o levou a lutar com Deus que viera para lhe socorrer.

O contexto do relato revela que “a imagem de Esaú perseguiu Jacó por 20 anos; durante esse tempo, ele nunca visitou sua terra natal, seus pais ou se reconciliou com seu irmão. Portanto, antes que Jacó pudesse se encontrar com Esaú, ele precisava se encontrar com seu Deus. Antes de ver o rosto de seu irmão novamente, ele tinha que ver a face do Senhor” (Jiří Moskala).

Embora Jacó avistasse anjos como exército de Deus em sua companhia, ele mandou mensageiros à frente com muitos presentes. Porém, seu irmão saiu encontrá-lo com 400 homens. Consequentemente, o medo aumentou; então, Jacó dividiu seu grupo em dois, caso um fosse atacado, o outro escaparia. Além disso, ele caiu de joelhos; humildemente clamou pela misericórdia graciosa de Deus baseando-Se em Suas promessas. Aumentando a angústia, Jacó multiplicou os presentes para seu irmão. O medo também o levou à luta contra o Senhor à noite, tendo assim sua articulação deslocada. Finalmente, reconheceu a Deus e clamou por Suas bênçãos, chamando aquele lugar de Peniel, por ter a vida poupada depois de ver a face de Deus.

O medo revela fragilidades, mostra nossas fraquezas. Apresenta a insignificância de nossa existência. Quanto mais entendermos nossa pequenez, mais reconheceremos nossa necessidade do Deus poderoso. Eis as razões pelas quais Jacó se debruçou em oração clamando pelas bênçãos divinas.

O medo do desconhecido é indicação que não podemos controlar a história; portanto, é importante que esse medo refresque nossa memória e nos leve à oração em busca do Salvador que mudou o nome de Jacó e pode mudar qualquer situação.

A alma angustiada é fruto de consciência culpada. Todavia, quando enfrentamos nossos traumas confiando em Deus, a fé fará o medo recuar diante de nós.

Portanto, permitamos que a fé, não o medo, tome conta de nossas ações! – Heber Toth Armí.

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EXCESSOS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

18 de maio

EXCESSOS

Não seja demasiadamente justo, nem exageradamente sábio; por que você destruiria a si mesmo? Eclesiastes 7:16

O versículo de hoje é curioso. Ele adverte contra a escrupulosidade mórbida e o rigor excessivo, alertando sobre aqueles que fazem coisas boas na dose errada. É o caso das pessoas que trabalham demais. Em 2021, a Organização Mundial da Saúde divulgou que jornadas excessivas de trabalho estão contribuindo para a morte de quase 1 milhão de pessoas por ano.

A palavra temperança é muito apropriada nesse contexto, pois até mesmo coisas boas devem ser moderadas. Veja o caso do otimismo. A falta dele paralisa, e seu excesso cria ansiedade. Vivemos em uma cultura que transformou o otimismo e a felicidade em uma obrigação. Uma avalanche de livros de autoajuda e técnicas de coaching exigem uma inteligência emocional que não tolera o sofrimento nem o desânimo.

Segundo a doutora Joanne Wood, da Universidade de Waterloo, “a obrigação de ter de evitar pensamentos pessimistas e ser positivo o tempo todo é impraticável para a maioria das pessoas. Quanto mais você tenta evitar um tipo de pensamento, mais ele aparece em sua mente” (citado por Natália Spinacé, “O Lado Bom do Pessimismo”, Época, 26/2/2014).

Qual o mérito de nos convencermos de que tudo dará certo, quando há inúmeras evidências do contrário? Esse tipo de pensamento nos leva a crer que, se algo der errado, a culpa será nossa por não termos seguido as regras do pensamento positivo.

Ariano Suassuna encontrou um jeito de lidar com isso. Ele disse: “Não sou nem otimista, nem pessimista. Os otimistas são ingênuos, e os pessimistas, amargos. Sou um realista esperançoso. Sou um homem da esperança. Sonho com o dia em que o sol de Deus vai espalhar justiça pelo mundo todo.”

Ele podia não saber tudo sobre a volta de Jesus, mas suas palavras estão repletas de verdade. Seja otimista, mas permita-se também ser humano, chorar, desanimar e perguntar a Deus o porquê de tudo isso. Os salmistas fizeram isso e não ofenderam o Altíssimo. Pelo contrário, tornaram-se modelos de pessoas que realmente se apegam a Deus.

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sábado, 17 de maio de 2025

Gênesis 31 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 31
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 31 – Cunhados chateados, invejosos e traiçoeiros incomodam quando aparecem para infernizar a vida do marido de suas irmãs. Filhos de Labão surgem na história para prejudicar ainda mais o judiado Jacó.

Jacó ouviu-os comentando: “Jacó tomou tudo o que o nosso pai tinha e juntou toda a sua riqueza à custa do nosso pai”. Consequentemente, “Jacó percebeu que a atitude de Labão para com ele já não era mais a mesma de antes” (Gênesis 31:1-2).

Diante dessa tensão, Deus pediu que Jacó voltasse a Canaã e prometeu acompanhá-lo. Jacó comunicou a suas esposas, e falou também da forma estranha que vinha sendo tratado pela família delas. Sendo exímio trabalhador, abençoando a si e a seu sogro (Gênesis 30:27), Jacó foi tratado como bobo, tendo o salário alterado dez vezes objetivando prejudicá-lo (Gênesis 31:3-13). Se não fosse por Deus, Jacó teria saído sem nada.

Raquel e Lia concordaram que o pai usou de malandragem, e ainda gastou tudo o que Jacó pagara por elas. Então, fugiram de Labão; Raquel ainda roubou os deuses do pai.

Se não fosse a intervenção de Deus em sonhos ao irado Labão, a lambança que ele faria seria descomunal. Todavia, fez acusações infundadas contra Jacó (Gênesis 31:14-30).

A tensão entre Jacó e Labão foi intensa. Jacó expôs a verdade nua e crua perante o sogro egoísta e ganancioso; entretanto, tudo terminou num acordo entre os dois (Gênesis 31:31-55). Ellen White afirma que “Jacó apresentou claramente o procedimento egoístico e ambicioso de Labão, e apelou para ele como testemunha de sua própria fidelidade e honestidade... Labão não pôde negar os fatos apresentados, e propôs então entrar em um concerto de paz”. A partir daí, não houve mais “conexão entre os filhos de Abraão e os moradores da Mesopotâmia” (PP, 193).

Inveja, ganância e egoísmo cegam quem se deixa levar por esses pecados. Faz o indivíduo errado pensar que está certo, fazendo condenar quem agiu com honestidade. Explora e ainda faz seu hospedeiro de vítima. É melhor afastar-se de gente assim, mesmo que Deus transforme tensão em celebração!

Durante os 20 anos na casa do sogro, Jacó aprendeu que enganar cria mais problemas do que evita a existência deles; assim, Deus moldava seu caráter!

Permita que Deus molde teu caráter também! – Heber Toth Armí.

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BÍBLIA SEXISTA?

Devocional Diário - Descobertas da fé


17 de maio

BÍBLIA SEXISTA?

Assim Deus criou o ser humano à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Gênesis 1:27


Muitos acusam a Bíblia de sexista e propõem mudanças. A teóloga feminista Carter Heyward, por exemplo, acredita que “a fé e a prática cristãs são necessariamente destrutivas para a maioria das pessoas no mundo, na medida em que são cimentadas na insistência de que Jesus Cristo é o Senhor e Salvador de todos” (Our Passion for Justice, p. 117).

Outros, tentando redimir o texto, dizem que ele deve ser adaptado, mas não abandonado. A jornalista Chine McDonald, seguindo esse entendimento, decidiu parar de usar pronomes masculinos para se referir a Deus. Ela argumenta que Deus está além dos estereótipos.

É verdade que na Bíblia encontramos ilustrações tanto masculinas quanto femininas retratando Deus. Ele é comparado a um homem que carrega uma criança (Dt 1:31) e a uma mãe que consola o filho (Is 66:13). Contudo, isso não faz de Deus um ser possuidor dos dois sexos. Deus é espírito (Jo 4:24), mas geralmente é representado com pronomes masculinos. Alterar a forma como os profetas O descreveram apenas para atender a uma agenda é algo muito perigoso.

A crença em um Deus monoteísta, frequentemente descrito com pronomes masculinos, foi o que tornou a cultura hebraica menos sexista e opressora do que as culturas pagãs circunvizinhas. Embora os politeístas cultuassem o feminino sagrado por meio de suas deusas, sua preocupação primordial era a procriação e a licenciosidade litúrgica, muitas vezes resultando em diversas formas de violência contra as mulheres.

Os mitos politeístas estavam cheios de histórias de conflito entre os sexos, com deusas usando sua sensualidade para manipular os homens. Não há isso na Bíblia. Tanto mulheres quanto homens lutam pela sobrevivência de sua família, e, embora estivessem sujeitas à liderança masculina, elas não viam isso como algo depreciativo. A Bíblia apresenta os méritos da esposa em igualdade com os do marido.

Se o princípio bíblico for aplicado, não haverá necessidade de guerra dos sexos ou alteração da Palavra de Deus. “Assim sendo, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vocês são um em Cristo Jesus” (Gl 3:28).

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sexta-feira, 16 de maio de 2025

Gênesis 30 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 30
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 30 – Trabalho duro, ciúmes, perseverança, compromisso e exploração encontramos neste capítulo, que merece nossa dedicada atenção; o qual “contém uma unidade que inicia em 29:31 e termina em 30:24. Relata os 12 filhos de Jacó e dá uma explicação para algumas das tensões e para a pressão vivenciadas pela família (e, de modo especial por seus filhos). Como tudo no AT, o dom dos filhos é ligado claramente à ação divina. O nome de cada filho é dado pela esposa, que nem sempre era a mãe biológica, mas recebia o filho da serva como se fosse próprio”, comenta a Bíblia Andrews.

Raquel deu sua serva para ser concubina de Jacó, devido à infertilidade e movida pela rivalidade com sua irmã que já era mãe de 4 filhos. O que parece loucura, era normal em sua cultura. Lia fez o mesmo entregando a Jacó sua serva para lhe dar mais filhos.

“As responsabilidades maritais de Jacó eram negociadas pelas duas esposas, transformando o patriarca num elemento passivo. Raquel desejou as mandrágoras que Rúbem, o primogênito de Lia, descobriu no campo, pois a fruta era considerada afrodisíaca (Ct 7:13). Lia só deu as frutas em troca de uma noite com Jacó, o que Raquel concebeu com relutância” (Bíblia Andrews).

Soma-se a isso a exploração de Labão sobre seu genro, Jacó. Apesar de todas as mudanças de salário visando prejudicá-lo, Jacó tornou-se “mais e mais rico; teve muitos rebanhos, e servas, e servos, e camelos, e jumentos” (Gênesis 30:43).

Nesse contexto, Raquel conseguiu engravidar e Jacó pensou em retornar a seus pais em Canaã; entretanto, seu pedido foi negado por Labão que queria aproveitar do genro para enriquecer.

Com Jacó aprendemos diligência, criatividade e dedicação no trabalho; com Labão aprendemos o que não é certo fazer: Explorar, defraudar e prejudicar um funcionário (ou parente).

Seja proprietário, gerente ou funcionário, “o modo como trabalhamos indica se somos honestos, eficientes e confiáveis, e devemos tentar incorporar os mais altos padrões... Qualquer que seja o cenário em que trabalhamos, precisamos encorajar-nos uns aos outros a trabalhar com integridade, contribuir para o bem-estar de outros e fazer tudo para a glória de Deus”, diz John Stott.

Nosso cristianismo precisa nortear nosso comportamento tanto no trabalho quanto em casa. Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí!

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A RECOMPENSA DE CRISTO

 Devocional Diário - Descobertas da fé

16 de maio

A RECOMPENSA DE CRISTO

Por isso, Eu Lhe darei a Sua parte com os grandes, e com os poderosos Ele repartirá o despojo, pois derramou a Sua alma na morte e foi contado com os transgressores. Isaías 53:12


Pelo título de hoje, alguns podem pensar que falarei sobre a recompensa que Cristo nos oferece, mas o enfoque será outro. Quero falar daquilo que Cristo recebeu como recompensa. Por isso, faço menção a Isaías 53:12.

Considerando que Cristo é Deus e possui absolutamente tudo por natureza, como poderíamos recompensá-Lo? O que poderíamos oferecer que Ele já não tivesse? Seria como oferecer a titularidade de um clube para quem já é dono dele.

Não há nada que possamos acrescentar à riqueza de Deus, nem informação que aumente Seu conhecimento, nem luz que potencialize Sua glória. Então, o que poderia ser a recompensa de Cristo?

Talvez Isaías 53:12 nos responda. Vários estudiosos apontam que a maioria das traduções modernas não transmite exatamente o que o hebraico diz. A forma como as palavras são traduzidas pode parecer um elogio fraco: o Servo de Deus recebendo honra entre os grandes, mas apenas como um herói entre muitos. Isso não parece fazer sentido.

Note como a versão inglesa da Sociedade de Publicação Judaica traduz esse texto: “Certamente Lhe darei muitos como Sua porção; Ele receberá a multidão como Seu despojo.” Essa tradução muda completamente o sentido do texto. Aqui, quem fala é Deus Pai, e o Servo não está recebendo um prêmio entre os grandes. As multidões são sua recompensa.

Assim, ser salvo significa aceitar ser entregue a Cristo como recompensa por Seu sofrimento em nosso favor. No entanto, ninguém é dado contra a sua própria vontade. Isso significa que, mesmo sendo nosso dono por direito (pois Ele nos adquiriu na cruz), o Senhor não nos recebe se não aceitarmos pertencer a Ele. É nesse sentido que podemos nos dar a Deus, mesmo que Ele, em essência, já tenha tudo.

Isso é impressionante. O Servo Sofredor não merece apenas menções honrosas; Ele merece que multidões sejam dadas a Ele, desde que não sejam forçadas a isso. Já pensou? O Deus que criou e redimiu você jamais o salva sem o seu consentimento. Que resposta você daria a Jesus hoje?

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quinta-feira, 15 de maio de 2025

Gênesis 29 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 29
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 29 – Fraudes, ciúmes, invejas, rivalidades, paixões, decepção na lua-de-mel... Tudo isso no capítulo da história do jovem que teve ajuda de sua mãe para enganar o pai, e agora foi enganado pelo sogro. Que caos familiar!

Após a fuga devido à ameaça do fraudado Esaú, e após experimentar a bênção de Deus através da escada com anjos do céu descendo à terra, Jacó chegou a Harã, ali procurou pelos familiares da mãe, Rebeca. Com ajuda dos homens da região, encontrou a filha de Labão, por quem apaixonou. Porém, depois de 7 anos trabalhando arduamente, no dia das núpcias, o “egoísta e ganancioso Labão, desejando reter um auxiliar tão valioso, praticou um cruel engano substituindo Raquel por Lia”, comenta Ellen White (PR, 189). Um enganador enganando outro! Assim, Jacó colhia fartamente em sua vida o que havia plantado em sua casa.

Estudando as Escrituras, aprendemos que nem tudo o que dá certo, é o modo certo de fazer. Jacó conseguiu a benção do pai, mas complicou seu relacionamento com o irmão. Labão conseguiu casar Lia, mas agiu com malandragem. Lia consentiu em participar da fraude, e sofreu rejeição do marido enganado. Que loucura!

Através das Escrituras aprendemos que aquilo que numa cultura é normal, para Deus pode ser imoral. A cultura de Labão levou Jacó à frustração; e Lia, à rejeição. Embora nem tudo numa cultura seja ruim, tudo precisa passar pelo crivo da Palavra de Deus em comunhão com o Deus da Palavra. Sempre!

Os pais, os avós e o tio/sogro de Jacó, dependeram da mentira em algum momento da vida. Todavia, Deus os tomou como Seus instrumentos para fazer avançar Seus planos.

É digno de nota que a rejeitada e amargurada Lia foi percebida por Deus; O qual agiu em prol dela tornando-a fértil, enquanto que, a preferida e formosa Raquel não podia engravidar. De Levi, surgiu a linhagem sacerdotal do povo de Deus; e, de Judá, a linhagem real – de onde veio o Messias (Mateus 1:1-17).

Deus é maravilhoso. Mesmo com nossas falhas e defeitos em meio ao caos, Ele consegue conduzir perfeitamente Seu plano de redimir a humanidade.

Deus não é indiferente ao sofrimento de ninguém. Ele percebe e, no momento certo, intervém. Nas horas de crises, Deus atua! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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LIÇÕES DO DESERTO

 Devocional Diário - Descobertas da fé

15 de maio

LIÇÕES DO DESERTO

O menino crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até o dia em que havia de manifestar-se a Israel. Lucas 1:80

Em uma entrevista, o malinês Moussa Ag Assarid falou sobre suas origens: “Não conheço minha idade; nasci no Deserto do Saara, sem endereço nem documentos. Nasci em um acampamento nômade tuaregue, no norte do Mali, e fui pastor dos camelos, cabras, cordeiros e vacas que pertenciam a meu pai. Hoje, estudo administração na Universidade de Montpellier, no sul da França.”

A vida de Assarid mudou graças a uma jornalista que o presenteou com o livro O Pequeno Príncipe, durante uma das provas do Rali Paris-Dakar. Depois de ler o livro e migrar para a França, ele se tornou um intelectual respeitado, e parte de suas reflexões foi publicada em seu livro Não Há Engarrafamentos no Deserto!, lançado em 2006.

Quando lhe perguntaram o que mais o havia chocado na Europa, ele respondeu: “Ver gente correndo nos aeroportos só para pegar bagagem. No deserto, só corremos quando uma tempestade de areia se aproxima. […] Depois, no hotel, vi uma torneira pela primeira vez: ver a água fluindo deu vontade de chorar.”

Ele disse ainda: “Tenho saudade do leite de camela, das fogueiras, de caminhar descalço na areia e das estrelas. Enquanto vocês veem televisão, lá, admiramos o céu e conversamos sobre a vida. […] O que mais me incomoda aqui é a insatisfação. Vocês têm tudo, mas nada é suficiente. Vivem se queixando. Acorrentam-se por toda a vida a um empréstimo de banco e vivem com pressa, numa ânsia de possuir que nunca acaba. No deserto não há engarrafamentos, porque ninguém quer passar na frente de ninguém! Aqui, vocês têm o relógio; lá, temos o tempo” (citado por Paulo Castro, Revista por um Mundo Melhor 3 [2018], p. 29-32).

Você não precisa se tornar um morador do deserto para viver feliz. Mas que tal considerar a observação de um oriental e ajustar alguns aspectos do seu estilo de vida? Ele vivia mais próximo da cultura bíblica do que nós, que estamos imersos na correria dos grandes centros. Eu sei que pode ser difícil eliminar alguns maus hábitos, mas, como diz um provérbio beduíno: “Se você tem um destino certo, até o deserto se torna uma excelente estrada.” Sejamos sempre gratos, mantendo o foco no que é essencial.

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quarta-feira, 14 de maio de 2025

Gênesis 28 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 28
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 28 – Muitas vezes as falhas de caráter dos pais se tornam maiores e piores na vida dos filhos. Assim como se aprende coisas negativas, também se aprende as positivas. Isaque mentiu, mas também edificou altares para adorar a Deus; ambos praticados por seu pai Abraão.

Abraão mentiu pelo menos duas vezes, a mentira de Isaque foi pior; agora o neto de Abraão é o ícone do engano. O problema de Esaú não era suas falhas, pois Jacó também tinha as suas. Seu problema era que “sua mágoa não se originava da convicção de pecado; não desejava reconciliar-se com Deus. Entristecia-se por causa do resultado do pecado, mas não pelo próprio pecado”. Ele “representa aqueles que têm em pouco valor a redenção a eles comprada por Cristo, e estão prontos para sacrificar sua herança no Céu por amor as coisas perecíveis da Terra. Multidões vivem para o presente, sem qualquer pensamento ou cuidado pelo futuro”, destaca Ellen White (PP, 181).

Por outro lado, quando Jacó fugia ameaçado, “sentia-se como um rejeitado; sabia que toda esta inquietação fora trazida sobre ele pelo seu próprio procedimento errado... achava-se tão completamente só que sentiu necessidade da proteção de Deus, como nunca antes sentira” (PP, 183).

Deus agiu em prol de Jacó, mostrou Sua infinita misericórdia, porque viu seu coração estraçalhado. Deus percebe tudo!

A escada de anjos é a escada da graça que nos alcança nas profundezas de nossas desgraças. Não há lugar tão fundo que Deus não possa nos alcançar (Salmo 139:8-12). Não há pecado tão grande que possa obstruir o plano de Deus de salvar. Quando pecadores entendem tão grande amor e compaixão sendo eles merecedores da morte, a vontade de doar toma conta do coração.

Jacó prometeu entregar o dízimo de tudo; não para adquirir o favor de Deus, mas porque desfrutara desse favor sem qualquer mérito. Quanto mais entendermos nossa situação e notarmos a misericórdia de Deus, mais nosso coração se apegará a Ele! Quanto mais entendemos nossa desgraça, mas valorizaremos a Sua (Gálatas 3:13-14).

Deus desce e liga o Céu a Terra para “levantar” ao miserável pecador! Deus é gracioso, maravilhoso! Ele alcança os mais improváveis!

Os moribundos deste mundo podem contar com Deus sabendo que Ele anseia contar com eles! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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NÃO DESISTIR

 Devocional Diário - Descobertas da fé

14 de maio

NÃO DESISTIR

Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou. 1 Reis 19:18


Elias estava desanimado, com medo e deprimido. A apostasia do povo de Deus e a perseguição imposta por Jezabel o fizeram pedir pela morte. “Basta, Senhor! Tira a minha vida” (1Rs 19:4).

Em sua fuga, Elias percorreu a pé quase 550 km desde o monte Carmelo até o monte Horebe. Foram quase 50 dias caminhando. Ao mesmo tempo que desejava morrer, ansiava por ser salvo. Por isso, dirigiu-se ao Horebe, desesperado para ver a Deus.

O Horebe é o mesmo monte Sinai onde Deus apareceu a Moisés, primeiro na sarça ardente e depois na entrega da lei. Talvez Elias almejasse uma experiência semelhante: ver pessoalmente o Altíssimo.

Contudo, seus sentimentos depressivos bloquearam as memórias boas, deixando apenas as lembranças ruins. Ele havia orado pela chuva, e Deus o atendera. Corvos tinham vindo alimentá-lo, o azeite da viúva transbordara, e o filho dela havia sido restaurado à vida, tudo em resposta às orações de Elias. No entanto, o medo de Jezabel fez com que ele esquecesse tudo isso.

Onde estava o intrépido homem que havia enfrentado os profetas no monte Carmelo? Agora, ele se tornara um menino com medo da mulher perversa. “O que você está fazendo aqui?”, perguntou Deus. “Tenho sido muito zeloso”, respondeu Elias, “só fiquei eu, e eles estão querendo tirar-me a vida” (v. 9, 10).

Deus então fez passar por Elias todos os eventos que sacudiram o Sinai na entrega da lei: vento, terremoto e fogo. Mas o Senhor não estava em nenhum deles. Assim como Se manifestou a Moisés na forma de bondade (Êx 33:19), o Senhor Se mostrou a Elias na forma de um sussurro (1Rs 19:12): “Conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal” (v. 18).

Eu me identifico com o lado humano de Elias, principalmente em seu momento de angústia. Se ele pôde ser usado por Deus apesar de suas lutas emocionais, então qualquer um de nós pode ser instrumento em Suas mãos, desde que nos entreguemos a Ele. Portanto, ouça o sussurro de Deus, que diz: “Volte ao seu caminho e realize a Minha obra, pois ainda tenho muito a fazer por intermédio de sua vida.”

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terça-feira, 13 de maio de 2025

Gênesis 27 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 27
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 27 – Deus reforçou as promessas proferidas a Abraão duas vezes com Isaque (em Gênesis 26:2-5, 24). Agora, essa bênção precisa ser passada adiante. “Nenhum patriarca é perfeito. Isaque partilha de algumas fraquezas de seu pai [Gênesis 26:7-9]; mas, como seu pai, ele não permite que suas fraquezas estraguem permanentemente sua fé... Os fieis celebram a graça de Deus e não se deixam vencer culpando-se, nem se deixam destruir desprezando-se” observa Bruce Waltke

Em Gênesis 25:23 Deus havia prometido a Rebeca que, dos seus filhos gêmeos, “o mais velho servirá ao mais novo”. No mesmo capítulo, Esaú desprezou seu privilégio da primogenitura ao barganhá-la por um prato de lentilha com Jacó, ávido pelas bênçãos divinas (Gênesis 25:26-34). Contudo, o patriarca Isaque ignora tudo isso e deseja que seu filho preferido receba a bênção que outrora havia desprezado. Esaú já havia demonstrado não ser digno de um posto espiritual tão elevado e de grande responsabilidade casando-se com duas mulheres hititas: Judite e Basemate, amargurando a alma de seus pais (Gênesis 26:34-35).

Mesmo assim, teimosamente Isaque insiste que Esaú receba a bênção da primogenitura. Sua ignorância custou muito não apenas para si, pois toda a família sofreu consequências dolorosíssimas. Sua ignorância levou sua esposa a tomar atitudes erradas para não permitir que Esaú tomasse a bênção que seu preferido filho havia legitimamente comprado do irmão. Enganar pode dar certo, mas é errado.

Em meio à trapaça, mentira e engano, pensando estar abençoando Esaú, Isaque abençoa Jacó. O resultado foi catastrófico. Jacó precisou fugir da fúria mortal de seu irmão que respirava vingança implacável. Esaú desejou a bênção, porém, nem toda lágrima de arrependimento promove reavivamento (Hebreus 12:16-17).

Quando o diálogo entre marido e mulher se despede, os problemas chegam para hospedar-se. A preferência dos pais por um filho em detrimento do outro causa problemas irremediáveis. Que o relato em pauta, leve aos pais que praticam o favoritismo com seus filhos, repensarem suas práticas!

Mesmo que Waltke declare que “o futuro das promessas pode ser esbanjado por uma família arruinada pelo ciúme, a fraude e as lutas pelo poder” declara Waltke, a graça divina atua na desgraça humana.

Certamente nada, nem ninguém, pode interromper os planos de Deus de salvar a humanidade. Deus é extraordinário! Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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RECADOS DE DEUS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

13 de maio

RECADOS DE DEUS

E blasfemaram contra o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos. Porém, não se arrependeram para darem glória a Deus. Apocalipse 16:9


Após a crise provocada pela Covid-19, vários infectologistas alertaram para a alta probabilidade de enfrentarmos novas pandemias no curto ou médio prazo. Por isso, é essencial estarmos preparados.

Entretanto, a preparação não é apenas sanitária. Há um sinal profético nas catástrofes que assolam o mundo. Jesus disse: “Haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e também grandes sinais vindos do céu” (Lc 21:11). Esses eventos prenunciam o juízo de Deus, e o grande risco é cairmos na “síndrome de faraó”.

Essa doença não está listada na Organização Mundial da Saúde, mas existe no campo espiritual. Trata-se de pessoas que, à semelhança do faraó do Egito, continuam endurecidas mesmo diante dos flagelos que caem ao redor. Elas parecem anestesiadas diante das advertências judiciais de Deus.

Esse episódio tem possíveis testemunhos fora da Bíblia. Um deles seria o diário de um escriba chamado Ipuwer, encontrado em 1820, que atualmente está em um museu na Holanda. Nesse documento, o autor lamenta o infeliz estado do Egito, que talvez ele mesmo tenha presenciado. O texto diz: “O que está acontecendo? Os estrangeiros vieram para o Egito… [Eles] têm crescido e estão por toda a parte… O Nilo se tornou em sangue… [As casas] e as plantações estão em chamas… A casa real perdeu todos os seus escravos… Os mortos estão sendo sepultados pelo rio… Os pobres estão se tornando os donos de tudo… Os filhos dos nobres estão morrendo inesperadamente… O nosso ouro está no pescoço dos escravos… O povo do oásis está indo embora e levando as provisões para o seu festival religioso.”

Essas palavras têm muitas semelhanças com Êxodo 7:14 a 24, incluindo a referência aos escravos que levaram consigo muitas riquezas. A Bíblia diz: “E pediram aos egípcios objetos de prata, […] de ouro e roupas. […] De maneira que estes lhes davam o que pediam. E despojaram os egípcios” (Êx 11:35, 36).

As tragédias de hoje afetam a todos, incluindo o povo de Deus. O ideal, portanto, não é julgar aqueles que são afetados, mas ver nesses acontecimentos os passos de um Deus que Se aproxima. Que Ele nos proteja da síndrome de faraó e que nosso coração esteja aberto aos recados de Deus.

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segunda-feira, 12 de maio de 2025

Gênesis 26 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 26
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 26 – Este capítulo foca em Isaque como nenhum outro o faz.

Isaque era um indivíduo falho, enfrentando com paciência as crises da vida. Deus lhe pediu que ficasse em Gerar quando fugia da fome rumo ao Egito, como fizera Abraão. Isaque revelou ousadia espiritual permanecendo, quando a lógica humana pedia para migrar; contudo, falhou terrivelmente ao mentir sobre Rebeca ser sua irmã, como seu pai fizera. Apesar disso, Deus o abençoou.

Acreditando nas promessas divinas, Isaque arduamente trabalhou o solo árido, obtendo fartas colheitas. Sua prosperidade incomodou os invejosos de Gerar. Como a inveja promove a loucura, os poços perfurados por Abraão foram enterrados. Isaque cavou outros poços, mas também enterraram.

Sem tirar satisfação, brigar, vingar-se ou lutar pelos próprios direitos, Isaque pacificamente migrou ao vale de Gerar. Ali perfurou outro poço e levantou um altar para adorar, como seu pai fazia.

Tempos depois, o rei pagão, Abimeleque, procurou Isaque visando à reconciliação. Sem indiferença e retaliação, Isaque o convidou à festa de celebração.

Ao enfrentar inveja, rejeição, injustiça e oposição, seja pacífico e paciente. Viva com cristão (1 Pedro 2:19-21, 23-25; 3:13-16; 4:15-15; Tiago 3:13-18).

Estar onde Deu quer não implica ser blindado dos problemas. As crises chegam até mesmo aos mais fervorosos servos de Deus. Contudo, não fuja para lugares aparentemente seguros neste mundo. Refugie-se no abrigo do Altíssimo e descanse à sombra do Todo-poderoso (Salmo 91:1).

O capítulo destaca que mesmo com nossas limitações e imperfeições, Deus cumpre Suas promessas. Se cultivarmos a paciência e aprendermos a evitar brigas em prol da paz, o resultado será reconciliação até daqueles que nos odeiam (Provérbios 16:7; 1 Pedro 2:11-12).

Paulo sintetiza a lição deste capítulo em Efésios 4:2 – “Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor”.

E, complementa com Colossenses 4:5-6 – “Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades. O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um”.

Contudo, nenhuma paz nos tranquiliza se há amargura em nosso lar. A bigamia pagã do filho Esaú afligia o coração de Isaque e Rebeca (Gênesis 26:34).

Precisamos de Cristo para lidar com os desafios da existência (Mateus 11:29). NEle teremos paz! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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PORTA QUE IMPORTA

 Devocional Diário - Descobertas da fé

12 de maio

PORTA QUE IMPORTA

Então Jesus disse mais uma vez: “Em verdade, em verdade lhes digo que Eu sou a porta das ovelhas.” João 10:7


A fala de Jesus fica muito mais clara quando entendemos a cultura do Antigo Oriente Médio. No deserto da Judeia, os pastores costumavam construir muretas circulares de pedra e colocar espinheiros em cima delas para evitar que animais pulassem e atacassem o rebanho. Isso era conhecido como um aprisco, e na sua entrada havia apenas uma abertura, sem portão, onde o pastor ficava sentado durante toda a noite vigiando suas ovelhas.

A posição era desconfortável, mas os pastores do deserto estavam acostumados, pois a segurança do rebanho dependia disso. Não eram apenas os animais que ofereciam perigo; ladrões também rondavam a área em busca de um aprisco desprotegido. De acordo com o tratado judaico do Sanhedrin, os sacerdotes de Jerusalém foram apelidados de “maus pastores”, porque não ofereciam proteção ao povo.

Se imaginarmos, portanto, a cena de um pastor desconfortavelmente sentado à entrada do pequeno aprisco, poderemos entender a metáfora de Cristo: “Eu sou a porta das ovelhas.” Ele não apenas cuida de nós, alimentando e guiando, mas também nos protege do inimigo.

A imagem também se tornava um símbolo político quando os governantes permaneciam à porta da cidade ou do templo para realizar julgamentos. Quando Jeremias foi acusado de conspiração, a Bíblia diz que as autoridades de Judá “subiram do palácio do rei à Casa do Senhor e se assentaram à entrada da Porta Nova da Casa do Senhor” (Jr 26:10).

Mesmo que, no caso do profeta, os juízes estivessem errados, esse ato ilustra o fato de que as portas representavam poder sobre o que estava dentro delas. Os hebreus tinham, por exemplo, de exigir que o estrangeiro guardasse o sábado caso estivesse “das suas portas para dentro” (Êx 20:10).

Jesus, enquanto porta das ovelhas, não Se limitava a protegê-las; Ele também tinha jurisdição sobre elas porque estavam dentro de Seu aprisco. Esse sentido foi percebido por uma garotinha que explicou muito bem o processo: “Peço todos os dias que Jesus fique à porta do meu coração, pois assim, nem o diabo, nem o pecado vão querer passar por ela.” Menina esperta, não é mesmo? Por que você não faz o mesmo pedido ao Senhor hoje?

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domingo, 11 de maio de 2025

Gênesis 25 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 25
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 25 – Após o casamento de Isaque, sozinho( devido ao falecimento de Sara), Abraão casou-se novamente. Quetura deu-lhe mais 6 filhos; ao todo, Abraão foi pai de 8 filhos.

Várias nações surgiram de Abraão através dos filhos de Quetura; mas, também uma nação se formou de Ismael; e, duas de Isaque: israelitas e edomintas (de Esaú).

Abraão faleceu com 175 anos; interessante que no dia de seu funeral, Isaque e Ismael aparecem juntos, após muitos anos separados (Gênesis 25:9). Sobre Ismael, Ellen White informa:

“Os primeiros ensinos de Abraão não foram destituídos de efeito sobre Ismael, mas a influência de suas mulheres teve como resultado estabelecer a idolatria em sua casa. Separado do pai, e amargurado pela contenda e discórdia de um lar destituído do amor e temor de Deus, Ismael foi compelido a escolher a vida selvagem e pilhante de chefe do deserto, sendo sua mão contra todos e a mão de todos contra ele (Gênesis 16:16). Em seus últimos dias arrependeu-se de seus maus caminhos, e voltou ao Deus de seu pai; mas permaneceu o cunho de caráter dado à sua posteridade. A poderosa nação que dele descendera foi um povo turbulento, gentio, que sempre foi um incômodo e aflição aos descendentes de Isaque” (PR, 174).

Isaque orou por 20 anos pela esposa Rebeca, devido a sua esterilidade, precisava de um milagre para ter filhos como sua mãe. Deus respondeu com uma gravidez de gêmeos: Jacó e Esaú. Orar nos faz avançar através das impossibilidades. Esaú nasceu primeiro, mas rejeitou seus privilégios sociais, familiares e espirituais de filho mais velho.

Esaú é exemplo de pessoas que banalizam a espiritualidade. Sua fome falou mais alto do que os privilégios e as bênçãos advindas ao primogênito. “Todo seu interesse estava no presente. Estava pronto para sacrificar as coisas celestes pelas terrestres, para trocar um bem futuro por uma satisfação momentânea”; abrindo mão de sua primogenitura “experimentou uma sensação de alívio. Agora seu caminho estava desimpedido; podia fazer como quisesse. Por este prazer desenfreado, erroneamente chamado liberdade, quantos ainda estão a vender o seu direito de primogenitura a uma herança pura e incontaminada, eterna, nos Céus!”, alerta Ellen White (PR, 179).

Que sejamos como Jacó, ávidos pelas bênçãos espirituais. Consagremos nossa vida a Deus. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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AMOR DE MÃE

 Devocional Diário - Descobertas da fé

12 de maio

AMOR DE MÃE

O Senhor responde: “Será que uma mulher pode se esquecer do filho que ainda mama, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, Eu, porém, não Me esquecerei de você. Isaías 49:15

O cuidado de uma mãe por seus filhos, mesmo quando adultos, é algo surpreendente. Veja esta história publicada em 2017 por um jornal britânico. Ada Keating, na época com 98 anos, resolveu se mudar para um asilo em Liverpool, Inglaterra, para cuidar de seu filho Tom, de 80 anos. Ele, que nunca se casou e sempre morou com a mãe, começou a ter problemas de saúde devido à idade. Por isso, ele precisou se transferir para a casa de repouso Moss View, onde receberia cuidados diários. Um ano depois, Ada também se mudou para lá, a fim de ajudar nos cuidados do filho.

É claro que, sendo ela também idosa, sua “ajuda” consistia em pequenas ações, que representavam muito para Tom. “Eu dou boa noite para ele no quarto todas as noites e então vou dormir. No dia seguinte, dou bom dia e digo que vou esperá-lo para o café da manhã”, disse ela ao Jornal Liverpool Echo. “Quando saio para ir ao cabeleireiro, é o Tom que vai ao meu quarto saber quando estarei de volta. Quando chego, ele vem com os braços abertos ao meu encontro, tal qual fazia quando criança. Quando necessário, digo a ele para se comportar. Sabe como é, por mais que o tempo passe, você nunca deixa de ser mãe”, concluiu, emocionando a todos.

Por mais que alguns apontem uma relação edipiana nessa história, em que o filho mantém uma ligação exagerada com sua mãe, a cena continua bela e simbólica. Desafia até a teoria evolucionista de Darwin, pois, quando a mãe, que é mais forte, sucumbe para proteger o filhote, que é mais fraco, contraria-se a regra da sobrevivência do mais apto. Tal altruísmo é um milagre neste mundo que herdou de Adão o gene do egoísmo.

Difícil encontrar um substituto terreno para o amor de mãe. Mesmo que algumas falhem em seu papel, esse sentimento ainda continua sendo o modelo mais próximo do que seria o amor de Deus. Que o Senhor abençoe a todas que exercem o dom da maternidade biológica ou adotiva. Ainda que o mundo não reconheça o altruísmo materno de vocês, saibam que os anjos anotam cada gesto de amor e os transformam em partituras de louvor a Deus.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/amor-de-mae-3/

sábado, 10 de maio de 2025

Gênesis 24 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 24
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 24 – “O Deus que criou a humanidade é, Ele mesmo, um ser social, um Deus que abrange três modos eternamente distintos de personalidade. Ele disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem’ e ‘Não é bom que o homem esteja só’. Assim, criou Deus o homem e a mulher e ordenou que procriassem. Sexualidade é Sua criação, casamento é Sua instituição, e companheirismo humano é Seu propósito”, declarou John Stott.

Porém, nossa sociedade está arruinando os planos de Deus que visam a satisfação e a felicidade real da humanidade. Deus projetou o matrimônio e o sexo para ser bênção, não maldição!

A AIDS é um dos resultados de deturpar o sexo idealizado por Deus. O adultério resulta em imensuráveis transtornos emocionais aos filhos do casal. A fornicação, sexo sem compromisso, muito comum em nossa cultura corrompida, é tão destrutiva quanto o adultério.

Nossa sociedade precisa dar mais atenção ao manual do Criador da humanidade. Abraão sabia a importância de uma boa esposa para Isaque, o filho da promessa. A experiência de Gênesis 6 deve ter-lhe servido de lição.

Abraão teve 12 sobrinhos de seu irmão Naor (Gênesis 22:20-24). Essa informação deve ter incentivado Abraão a enviar seu servo Eliézer a buscar esposa para Isaque.

Abraão não queria uma nora cananéia. Dentre as possíveis candidatas, em última instância, quem deveria escolher, era o próprio Deus. Para isso, seu servo recorreu à oração. O resultado foi encontrar Rebeca, mulher generosa, serviçal, dedicada, comprometida, desinteressada e de caráter elevadíssimo. A família consentiu dela ir com Eliézer, reconhecendo a mão de Deus em tudo o que acontecia. Isaque amou a esposa que Deus escolheu para ele.

Além da participação dos pais, a participação ativa de Deus é fundamental na escolha do cônjuge. Ele sabe melhor que nós mesmos quem mais combina conosco. Assim, a jornada de um matrimônio de sucesso deve ser trilhada no caminho da fé.

Principalmente no quesito relacionamento/casamento, o tolo não pensa antes de agir, o inteligente pensa antes de agir, mas o sábio ora a Deus antes de agir.

O casamento pode destruir o sonho de Deus, ou pode ser um apoio para o cumprimento dos Seus planos em nossa vida. Sejamos conscientes disso!

Auxiliemos os solteiros, indicando as estratégias para um bom casamento! – Heber Toth Armí.

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CARIDADE RESPONSÁVEL

 Devocional Diário - Descobertas da fé

19 de maio

CARIDADE RESPONSÁVEL

Quem se compadece do pobre empresta ao Senhor, e Este lhe retribuirá o benefício. Provérbios 19:17

Certa vez, uma família procurou a igreja local em busca de ajuda para pagar alguns aluguéis atrasados, e prontamente uma oferta foi levantada. Contudo, para surpresa de todos, na mesma semana a família partiu de férias em um carro novo. Essa experiência foi uma lição dolorosa para a igreja. Os que foram ajudados não eram necessariamente pobres; na verdade, eles eram maus gestores, sempre priorizando a vaidade, a diversão e o prazer acima de suas obrigações financeiras. Posteriormente, descobriu-se que tinham o hábito de fazer dívidas enquanto esperavam o apoio das pessoas. Infelizmente, não demorou muito para que saíssem da igreja, alegando desamor por parte dos irmãos.

Em 1 Timóteo 5:10 a 13, Paulo mostra que a caridade, embora essencial, não é coisa para ser feita de qualquer maneira. A generosidade cristã tem como objetivo ajudar os mais necessitados; no entanto, ela não libera as pessoas de suas responsabilidades, as quais incluem trabalho árduo e honesto, quitação de dívidas e elaboração de orçamento pessoal.

A caridade cristã ajuda os que não conseguem se ajudar, mas não pode servir de rede de apoio aos que se recusam a evoluir financeiramente. O apóstolo Paulo é claro ao dizer que todo mundo deve trabalhar, “fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o necessitado” (Ef 4:28).

Mesmo tendo o direito de viver do dízimo, ele e seus auxiliares não abusaram disso, pelo contrário, trabalharam com esforço dia e noite para não serem pesados à igreja (2Ts 3:8).

Com essas cautelas em mente, também não podemos nos esquecer de que a caridade, mais que um ato de altruísmo, é uma obrigação diante de Deus. É ato regular, não esporádico. Tanto que os judeus chamam o dinheiro da caridade de tsedaqah, que quer dizer direito, justiça. Em outras palavras, dar o pão ao faminto é uma ação esperada daquele que se diz servo de Deus. O cristão que não faz caridade é como um médico que não cura ou um motorista que não dirige. Se queremos uma igreja relevante, é necessário colocar em prática a teoria do cristianismo, sendo as “mãos de Jesus” para os outros.

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sexta-feira, 9 de maio de 2025

Gênesis 23 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 23
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 23 – As nações surgiram da descendência dos filhos de Noé, as quais foram divididas na tentativa de construir uma torre que chegasse ao Céu (Gênesis 10-11).

Hagar era egípcia; e, mesmo sendo escrava rejeitada na casa de Abraão, Deus acolheu-a juntamente com seu filho Ismael, fazendo-lhe grandes promessas (Gênesis 16:4-13; 21:9-21). Ismael casou-se com uma egípcia.

Abraão defendeu Ló e reverteu a derrota de Sodoma e Gomorra. Na sequência, devolveu o dízimo ao rei de Salém, Melquisedeque (Gênesis 14:1-24). Quando passou pela experiência de quase sacrificar Isaque, Abraão residia na terra dos filisteus, onde invocava o nome do Senhor (Gênesis 21:33-34). Em Berseba, Abraão plantou um bosque, onde morou (Gênesis 22:19).

Das duas filhas de Ló, surgiram os moabitas e amonitas (Gênesis 19:30-38). Essas informações facilitam aos israelitas entenderem a origem das nações; pois, Deus disse a Abraão que por meio de sua descendência, “todos os povos da Terra serão abençoados...” (Gênesis 21:18). Isso não deveria gerar nenhum orgulho em Abraão, nem arrogância em sua descendência.

Abraão deixou bom legado com seus relacionamentos interpessoais. Em Gênesis 23, o notamos conversando humildemente com os hititas; ele não exige, ele pede que seja-lhe cedido um pedaço de terra para enterrar sua falecida esposa Sara. Os hititas dão seu parecer sobre Abraão: “O senhor é um príncipe de Deus em nosso meio”.

Tal reconhecimento é fruto de um bom testemunho. Que honra para um servo de Deus ser reconhecido desta forma em sua vizinhança!

Abraão preferiu pagar em vez de receber gratuitamente a terra dos hititas; por conseguinte, oficialmente, pela primeira vez, Abraão tem parte na “Terra Prometida”.

Abraão trata com justiça a terra dos descendentes de Cam, filho de Noé; de onde descende Hete, formando os hititas (Gênesis 10:15).

Claramente, Deus quer Seus servos sendo bênçãos aos seus vizinhos; Abraão é um ícone de como dar bom testemunho de seu Deus aos pagãos!

O ato de explorar pessoas ou pagar por algo com valor abaixo do ideal, descaracteriza o fiel servo de Deus. Caracteriza exploração!

Aproveitar da influência, ou da oportunidade quando pessoas estão desesperadas, visando tirar vantagens, resulta num péssimo testemunho do Deus que alegamos servir.

Portanto, vamos ser bênçãos a todas as pessoas que Deus colocar em nosso caminho? Sejamos justos e bondosos! – Heber Toth Armí.

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VESTES DE JUSTIÇA

 Devocional Diário - Descobertas da fé

9 de maio

VESTES DE JUSTIÇA

A minha alma se alegra no meu Deus, porque me cobriu de vestes de salvação e me envolveu com o manto de justiça. Isaías 61:10


Certo pregador compartilhou a indignação de seu filho ao ver um livro de histórias bíblicas que mostrava crianças no Céu vestidas com túnicas brancas. “Isso não está certo”, disse o menino. “Todo mundo vai rir se eu usar essas roupas, e não dá para subir em árvores nem jogar bola com isso. Sem contar que mamãe vai surtar se eu me sujar.”

O imaginário infantil nos surpreende. De fato, sem a devida explicação, a imagem bíblica das vestes de justiça ou das vestiduras brancas de Apocalipse 3:5 não faz sentido. Seriam apenas mais uma peça no guarda-roupa, sem muita diferença.

Talvez seja útil saber que, no passado, as roupas eram o item pessoal mais caro para um cidadão comum. Dependendo da função, um trabalhador comum recebia de 1 a 2 denários por dia, e a túnica mais simples custaria 500 denários e demoraria de 6 a 12 dias para ficar pronta.

Enquanto ladrões de hoje roubam celulares, os do passado roubavam roupas, como fizeram os bandidos na parábola do bom samaritano (Lc 10:30). Coletores de impostos e soldados, como os que estavam ao pé da cruz, também se apropriavam das vestes de suas vítimas como forma de obter dinheiro extra ou forçá-las a pagar impostos. Capas e túnicas serviam como penhor na hora de tomar um empréstimo.

Por isso, as pessoas comuns tinham uma, duas, no máximo três túnicas em seu guarda-roupa. Uma era usada no corpo enquanto a outra estava sendo lavada, e uma terceira túnica especial, geralmente branca, era reservada para momentos de festa ou cerimônia religiosa.

Nesse contexto, quando alguém ouvia que andaremos com Cristo vestidos de branco, a riqueza dessa promessa saltava diante dos olhos. Onde conseguiremos recursos para as vestes? O sangue de Cristo arcaria com as despesas. A Bíblia diz: “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes, para que tenham direito à árvore da vida e entrem na cidade pelos portões” (Ap 22:14).

Certamente, as vestes do Céu serão muito mais do que simples roupões brancos. Elas representam a certeza da cura da nudez que herdamos de Adão e Eva. Vale a pena almejar por elas.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/vestes-de-justica/

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Gênesis 22 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 22
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 22 – Abraão acreditou em Deus quando não sabia para onde iria (Hebreus 11:8), quando não sabia como sucederia a promessa que Deus lhe havia feito (Hebreus 11:11), e quando não sabia o que seria da promessa ao fazer a jornada para sacrificar o filho prometido (Hebreus 11:17-19). Mas essa jornada de fé de Abraão teve altos e baixos, como a nossa jornada de fé também têm, precisando ser reavivada constantemente!

Nesse processo de crescimento espiritual, Deus pode pedir provas de fé com objetivo de levar-nos à maturidade. Satanás nos tenta para trazer à tona o que há de mal em nosso coração; e, Deus, por outro lado, nos prova para que subjuguemos o mal e permitamos que a semente da fé brote, cresça e se reproduza em nossa vida (veja 1 Pedro 1:6-9; Tiago 1:2-8).

A maturidade de fé que Deus desenvolvia em Abraão, queria desenvolver nos escravos israelitas humilhados no forno do Egito. Deus queria erguê-los da degradação espiritual e física em que se encontravam, assim como deseja fazer conosco hoje também, ao refletirmos sobre esse relato do capítulo em análise.

Perceba que Deus pediu que Abraão sacrificasse seu filho, fruto da promessa, assim como Ele daria Seu amado Filho para sacrificar-Se por todos nós, pecadores (João 3:16).

Abraão esperou o filho que seria bênção às nações (Gênesis 22:15-18); tal espera representa a esperança promovida em Gênesis 3:15, quando a humanidade enferma com o pecado, aguarda “O Desejado de todas as nações” (Ageu 2:7).

Abraão não poupou seu “único” filho da promessa, como Deus também “nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós”, conforme afirma Paulo em Romanos 8:32.

No relato de Gênesis 22, didaticamente, Abraão representava a Deus Pai (Gênesis 22:2-3, 16), Isaque prefigurava a entrega voluntária do Deus Filho, Jesus (Gênesis 22:6-10).

Um detalhe nos chama a atenção: Isaque não foi sacrificado por intervenção de Deus, um cordeiro foi morto em lugar dele (Gênesis 22:8, 13-14), provando que nenhuma atitude humana de obediência é capaz de conquistar salvação. Por isso, nossa única esperança é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29).

Nossa esperança não está em nossa capacidade limitada, mas na capacidade ilimitada de Cristo! Deus provê salvação!

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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PECADORES S.A.

 Devocional Diário - Descobertas da fé

8 de maio

PECADORES S.A.

Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus. Romanos 3:23

Hinos religiosos, além de alegrar a alma e glorificar a Deus, também refletem o espírito de uma época. Canções como “Vem Logo Minha Carruagem” aludiam aos anseios de liberdade dos escravos. Já o conhecido “Hino da Batalha” relacionava-se à Guerra Civil Americana. E os hinos atuais, o que revelam sobre nosso contexto religioso?

Algo que me chama atenção é a forma como clamamos pelo auxílio divino, um tanto diferente do que se cantava no passado. Antigamente, havia uma ênfase maior no sentimento de pecado e no pedido de perdão. Hoje, o que mais pedimos é que Deus entre em nossa vida, sare nossas feridas e resolva nossos dilemas. De fato, é bíblico buscar ao Senhor na angústia. O problema talvez não esteja no que pedimos, mas no que falta em nossas petições: confessar pecados e rogar por perdão. Não que a palavra pecado tenha desaparecido completamente. No entanto, sua presença na poesia moderna diminuiu exponencialmente. Por quê?

Antes de culpar os compositores, lembre-se de que os hinos refletem as ênfases teológicas da época, de modo que essa situação pode ser o sintoma de uma geração que não se sente pecadora. A psicologia nos deu uma variedade de termos para classificar nossos sentimentos de culpa, mas o pecado não está entre eles.

Uma pesquisa feita pela LifeWay Research descobriu que dois terços dos americanos admitem que são pecadores, mas apenas 28% sentem necessidade de confessar seus pecados ou buscar a Jesus para vencê-los.

Houve um tempo em que as pessoas reconheciam seus pecados e entendiam a necessidade de arrependimento. Mas a imposição do politicamente correto fez com que os púlpitos parassem de falar disso. O problema é que justamente esse reconhecimento é o que torna o evangelho eficaz. Jesus não veio chamar os justos, mas, sim, os pecadores (Mc 2:17).

Se as pessoas não se sentem pecadoras ou não manifestam necessidade de vencer o pecado, a obra de Jesus se resume ao de um salva-vidas no deserto, onde ninguém está se afogando. Mais do que um psicólogo, Ele é o Salvador. Não hesite em confessar seus pecados, pois Cristo é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda injustiça (1Jo 1:9).

https://mais.cpb.com.br/meditacao/Pecadores-S.A./

quarta-feira, 7 de maio de 2025

Gênesis 21 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 21
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 21 - Falando sobre Abraão, Paulo declarou que “daquele homem já sem vitalidade originaram-se descendentes tão numerosos quanto as estrelas do céu e tão incontáveis como a areia da praia do mar” (Hebreus 11:12).

Abrão que significa “pai da exaltação” teve o nome substituído por Abraão, que quer dizer “pai de multidão” (Gênesis 17:26). Ainda que idade, esterilidade, tempo ou qualquer outra coisa limite a expectativa humana na promessa divina, nada limita a capacidade de Deus cumprir o que prometeu; nem mesmo as dúvidas de Abraão e Sara um ano antes, em Gênesis 20.

Apesar do milagre da promessa, vemos tensões familiares, problemas surgindo como colheitas de um plantio errado no passado. Abraão festejou o desmame de Isaque e não o de Ismael, a inveja surgiu como um raio dentro de seu lar. Um deboche do Ismael a Isaque fez Sara pedir a expulsão de Hagar de seu lar.

Deus pediu que Abraão atendesse a sua esposa. No dia seguinte, enviou a mãe Hagar com o adolescente ao deserto, concedendo apenas escassos suprimentos. Em desespero, a escrava egípcia chorou profusamente; Deus ouviu seu choro e, miraculosamente, proveu suas necessidades; e, prometeu que Ismael formaria uma grande nação. Deus permaneceu ao seu lado; ele casou com uma egípcia...

Abraão fez acordo com Abimeleque sobre um poço, e cultuou a Deus em território filisteu por um longo período (Gênesis 21:22-34).

Gene Getz escreveu 203 páginas sobre Abraão, neste capítulo específico, destacou três lições:

• A maioria de nós experimentará consequências de pecados passados em nossa vida, seja por causa de nossos próprios erros ou devido ao impacto que os pecados de outros tiveram em nossa vida.
• Não importa qual o resultado do pecado em nossa vida, Deus quer que aceitemos a realidade e encaremos o problema com maturidade e responsabilidade.
• Mesmo sendo cristãos, muitos problemas que enfrentamos, tanto no presente quanto no futuro, são causados pelo efeito do pecado no mundo.

Invejas, ciúmes, remorsos e provocações tiram a paz até da família mais espiritual. Através de Deus, é possível amenizar a dor de nossas falhas; contudo, o arrependimento de uma gravidez indesejada não faz desaparecer a criança.

É imprescindível consultar a Deus para lidar com consequências de nossas fraquezas! Abraão e Hagar são provas disso!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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JUSTIFICADOS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

7 de maio

JUSTIFICADOS

Eis que Deus não confia nem nos Seus santos! Nem os céus são puros aos Seus olhos, quanto menos o homem, que é abominável e corrupto. Jó 15:15, 16

A mensagem bíblica da salvação é um paradoxo. Por um lado, vemos exemplos, como Noé, Jó, Daniel e o rei Asa, reconhecidos como homens justos diante de Deus (Gn 6:9; Jó 1:8; Ez 14:20; 1Rs 15:14). Por outro lado, encontramos a declaração paulina: “Não há justo, nem um sequer” (Rm 3:10). Se ficássemos apenas com o contexto dos Salmos 14 e 53 que Paulo cita, poderíamos entender que a negativa “não há quem faça o bem” seria uma hipérbole. A nação de Israel estava tão corrompida que parecia não haver nenhum judeu piedoso. Essa declaração seria semelhante à ironia de Diógenes, que andava por Atenas com uma lanterna acesa durante o dia à procura de um homem justo.

Ao se apropriar desse jogo de palavras, “não há quem faça o bem”, Paulo não queria provar se havia poucos ou nenhum piedoso na Terra, mas demonstrar a impossibilidade humana de se justificar pelas obras que pratica. Nesse sentido, tanto sua fala quanto a do salmista indicam que, em nosso estado natural, todos nós, sem exceção, carecemos de uma justiça que não possuímos. Não há o que possamos fazer por nós mesmos; precisamos da justiça de Cristo.

Sendo assim, em que sentido Noé, Jó, Daniel e Asa foram justos? No sentido de aceitarem a justiça que Deus lhes conferia. O salmista clamou: “Livra-me por Tua justiça” (Sl 71:2). Na prática, o que se deve fazer é aceitar a Cristo como salvador pessoal, e instantaneamente a justiça que pertence a Ele pertencerá ao pecador justificado. Simples assim. Os que viveram antes do nascimento de Cristo aceitavam o Salvador que haveria de vir, e nós, que vivemos hoje, aceitamos Aquele que veio e em breve voltará.

A justificação como ato instantâneo é o movimento de Deus em tirar o pecador da lama. Em seguida, vem a santificação, na qual Deus gradualmente remove a lama do pecador. Esse processo é uma obra diária, contínua, e dura toda a vida, culminando apenas na glorificação, que ocorrerá quando Jesus voltar. Naquele dia, Ele transformará nosso corpo fraco e mortal, para que fique “igual ao corpo da Sua glória” (Fp 3:21). Promessa melhor não há.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/justificados/

Gênesis 35 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse Leitura Bíblica - Gênesis 35 Comentário Pr Heber Toth Armí GÊNESIS 35 – A igreja de Deus no Antigo...