domingo, 21 de janeiro de 2024

Lapsi

 Lapsi

Não servindo apenas quando estão sendo vigiados, somente para agradar pessoas, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus. Efésios 6:6

No 3° século d.C., a perseguição aos cristãos era intensa. Foram tempos difíceis. Alguns não foram fiéis, como foi o caso dos lapsi (termo em latim para “caídos”). Eram pessoas mornas que relativizavam seus princípios e que acabaram mudando o cristianismo. Como o fizeram? Quando as coisas se acalmavam, eles pediam para ser aceitos de novo na igreja. Por essa razão, Hipólito de Roma enfrentou Calixto I, e os questionamentos sobre os limites da disciplina eclesiástica são discutidos até hoje por cristãos. Além dos debates sobre conceitos de registro de membros na igreja, encontramo-nos diante de um modelo de pensamento perturbador: a mentalidade intermediária. Essa expressão se refere ao tipo de identidade que, de tão leviana, releva, justifica e aceita certos elementos estranhos ao cristianismo. Esse tipo de pensamento levou ao abandono dos valores bíblicos e à amálgama doutrinária.

No cristianismo, a dissonância surge do choque entre o modelo bíblico e o comportamento discrepante com esse modelo. Essa irregularidade de comportamento é chamada de pecado (errar o alvo), a qual é solucionada com o retorno ao modelo bíblico (arrependimento e mudança de comportamento). A atitude dos lapsi abriu as portas para a cristianização de muitas práticas e crenças pagãs, criando uma religião híbrida, diferente da mensagem de Jesus.

Infelizmente, a história às vezes se repete. Parte da nossa membresia está sendo afetada pela mesma dissonância, e tendemos a querer amenizar essa tensão com a mentalidade intermediária, justificando ideias e comportamentos antibíblicos. Esse é um diagnóstico fácil de fazer, e não vamos nos deter nele porque não há solução. Paulo nos propõe que não sirvamos aos olhos, ao desejo de ser complacentes, mas à vontade divina. Ser coerentes individualmente é um dos métodos que o Senhor nos ensinou para que outros tenham a oportunidade de ver coerência no cristianismo e de prosseguir em direção ao nosso referencial, que é Cristo.

Não é tempo de ser lapsi, pois a mensagem de Jesus deve ser vista com clareza por todos. Não é tempo de ser lapsi, pois nosso reino não é deste mundo.

Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
21 de fevereiro
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