quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

FÉ QUE NÃO SALVA

 Devocional Diário - Descobertas da fé

13 de fevereiro

FÉ QUE NÃO SALVA

Jesus lhe disse: “Pois, então, veja! A sua fé salvou você.” Lucas 18:42


Normalmente, pensamos que a fé é um dom exclusivo daqueles que se entregam a Deus, dividindo as pessoas entre crentes e descrentes. Os crentes são considerados aqueles que têm fé, enquanto os descrentes englobam ateus, céticos e agnósticos. Entretanto, esse conceito é equivocado.

A fé não é um dom apenas daqueles que têm comunhão com Deus, e nem toda fé conduz à salvação. Tiago 2:19 destaca que “até os demônios creem” na existência de Deus e estremecem diante dela. Ou seja, até o diabo é crente e não ateu.

Considerando que os demônios são um caso perdido, podemos dizer que existe um tipo de fé exercida por eles que não conduz à salvação. E qual seria ela? A fé que não se mistura com a graça, que não está acompanhada pela piedade ou pela prática de boas obras (Tg 2:18). É a fé perdedora que se contrapõe à fé em Jesus, a qual denominamos fé salvadora.

Não pense também que a fé perdedora é uma exclusividade dos anjos caídos. Há muitas pessoas fazendo de Lúcifer, e não de Jesus, o objeto de sua crença. Elas até creem, mas na direção errada. Enquanto a fé salvadora leva os indivíduos a se tornarem mais semelhantes a Cristo, a fé dos demônios os faz parecer cada vez mais com o maligno.

Paulo escreveu: “Mas você precisa saber disto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis. Pois os seres humanos serão egoístas, avarentos, orgulhosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, convencidos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus. Tendo forma de piedade, mas negando o poder dela. Fique longe também destes” (2Tm 3:1-5).

Muitos pensam que essa lista se refere exclusivamente aos ímpios não religiosos que desdenham de Deus. No entanto, atente para a última linha: “Tendo forma de piedade, mas negando o poder dela”, o que aponta para pessoas que, por conveniência ou oportunismo, demonstram alguma exibição externa de cristianismo, mas não se permitem ser transformadas pela graça de Cristo. Até falam de Deus, mas convivem com o pecado, e se sentem confortáveis assim. Portanto, não basta ter fé; é preciso perguntar honestamente: Que tipo de fé possuímos?

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2 Timóteo 2 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica 2 Timóteo 2
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


II TIMÓTEO 2 – Numa sociedade onde a verdade é constantemente desafiada e a fé pode ser abalada pelas dificuldades, a mensagem de Paulo a Timóteo continua extremamente relevante.

Em II Timóteo 2:1-26, Paulo exorta Timóteo a permanecer firme na verdade, evitar discussões inúteis e instruir sabiamente aos opositores.

Assim como Timóteo, os atuais líderes espirituais precisam fortalecerem-se na graça de Cristo (v. 1) e transmitir fielmente a doutrina bíblica (v. 2). Isso reforça a identidade religiosa e a prática espiritual que resulta em frutos espirituais, ajudando os crentes a terem segurança em sua fé.

• Quando uma pessoa compreende bem sua crença, ela experimenta harmonia entre crença e comportamento, e maior resiliência espiritual diante de desafios (vs. 8-13).

O ensino da sã doutrina requer esforço e dedicação, como um soldado que não se envolve com negócios desta vida, ou um atleta que se disciplina em tudo ou um lavrador que trabalha arduamente (vs. 3-7). Refletir nisso e aplicar à igreja promoverá no crente uma mente estruturada, capaz de avaliar argumentos e evitar ser influenciada por doutrinas enganosas.

Os líderes devem ensinar – por palavra e exemplo – os crentes a evitar discussões tolas (vs. 14, 23) e a ser pacientes aos que se opõem à verdade bíblica, almejando o arrependimento deles (vs. 24-26). É importante adquirir controle emocional no ensino da sã doutrina.

• Muitos conflitos religiosos geram emoções intensas, geralmente negativas. Aquele que domina a arte de defender a sã doutrina deve aprender a responder com mansidão, reduzindo a agressividade – promovendo um diálogo saudável.

O pastor precisa estar alerta contra aqueles que distorcem a verdade e “apresentar-se a Deus como obreiro aprovado, que maneja corretamente a palavra da verdade” (vs. 15-18). Isso previna a manipulação da fé e falsos ensinos presentes nos membros da igreja.

A promoção e defesa da sã doutrina não apenas transmitem conhecimento nos ouvintes, mas transforma vidas. Fazer isso, significa ser um instrumento útil para Deus, purificando-se das impurezas de uma sociedade depravada (vs. 20-22).

• Líderes que defendem a sã doutrina com equilíbrio e amor promovem comunidades mais saudáveis e harmônicas.

Pregar a verdade bíblica contribui para a resiliência espiritual, a maturidade emocional e o diálogo construtivo, tornando os crentes mais preparados para enfrentar desafios e testemunhar a verdade com amor e sabedoria! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

SENHOR, CHEGAMOS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

12 de fevereiro

SENHOR, CHEGAMOS

Simão Pedro respondeu: “Senhor, para quem iremos? O Senhor tem as palavras da vida eterna.” João 6:68


Em um período em que muitos não queriam mais seguir a Cristo, Ele questionou os Doze sobre a decisão de permanecer ao Seu lado. Pedro, falando em nome dos discípulos, respondeu: “Para quem iremos?” Certamente, seguir Jesus é a melhor escolha.

A lealdade dos Doze, porém, teve altos e baixos. No momento da prisão de Jesus, todos fugiram, exceto Judas, que traiu o Mestre. Mais tarde, no Calvário, apenas João permaneceu junto à cruz, levantando questões sobre o paradeiro dos demais.

No entanto, arrependidos de sua covardia, eles retornaram e estavam agora dispostos a dar a vida pelo Senhor. Sua fidelidade, guiada pelo Espírito Santo, fortaleceu a igreja e motivou os que vieram depois deles.

Um exemplo notável dessa fidelidade é um antigo desenho que vi em Jerusalém. Embora não esteja acessível ao público, tive a rara oportunidade de examiná-lo. Na parte subterrânea da igreja do Santo Sepulcro, sob a Capela de São Vartan, existe uma cavidade onde pude ver o desenho de um barco com a vela quebrada e uma frase latina que dizia: DOMINE IVIMVS, com o possível sentido de “Senhor, chegamos”. O texto mal escrito e com aparentes erros de grafia seria uma possível referência ao Salmo 122:1, que diz: “Vamos à Casa do Senhor.”

O desenho e a inscrição foram deixados por algum peregrino que visitou Jerusalém por volta de 330 d.C., uma época em que a imperatriz Helena incentivava visitas a Jerusalém. Cristãos de todo o mundo viajavam para a Terra Santa. Não vou abordar os motivos da imperatriz, mas considerarei a sinceridade daqueles que queriam ver onde Jesus viveu. O evangelho saiu de Jerusalém e trouxe consigo convertidos que desejavam visitá-la.

O tipo de barco, a vela quebrada e a grafia da escrita indicam que eram pessoas simples em uma viagem repleta de prejuízos. No entanto, algo me diz que eles não retornaram frustrados. Dezesseis séculos depois, lá estava eu, no mesmo local, emocionado ao perceber que minha fé tem uma longa história.

Estamos em viagem para a Nova Jerusalém. Também enfrentamos desafios e velas quebradas. Contudo, tenha a certeza de que qualquer dano será insignificante comparado ao privilégio de entrar na cidade e ser recebido pelo Salvador.

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2 Timóteo 1 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica 2 Timóteo 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


II TIMÓTEO 1 – Diante da iminência de sua morte, Paulo, com coração voltado para a continuidade do evangelho, preocupava-se em preparar líderes fiéis e comprometidos com a verdade, como Timóteo, a quem exortou com palavras de encorajamento e advertência sobre os desafios que viriam:

• “Paulo sentia que estava para morrer na mão dos romanos e fazia planos para deixar substitutos cheios do Espírito Santo, que pudessem dar continuidade a sua obra” (Rodrigo Silva).

• “Estando preso e sabendo que pouco tempo lhe resta, ao mesmo tempo em que elogia a Timóteo por sua fidelidade”, Paulo “o desafia a realizar um ministério mais eficiente. Anuncia os males e corrupções dos últimos dias e a maneira de enfrentar as falsas doutrinas e os falsos crentes” (Emilson dos Reis).

O sentimento de transição e legado que Paulo possuía não era apenas uma questão ministerial, mas uma preocupação estratégica e espiritual. Havia necessidade de manter firme a verdade do evangelho em meio à oposição. Timóteo e qualquer líder religioso deveria saber que a igreja enfrenta tempos difíceis. Por conseguinte, a exortação a não se envergonhar do testemunho de Cristo e a manter fiel ao chamado divino (II Timóteo 1:6, 8).

• “Retenha, com fé e amor em Cristo Jesus, o modelo da sã doutrina que você ouviu de mim. Quando ao que lhe foi confiado, guarde-o por meio do Espírito Santo que habita em nós” (vs. 13-14).

II Timóteo 1 revela-nos as dinâmicas emocionais e espirituais de alguém que enfrenta solidão, incerteza e iminência da morte. Ao mesmo tempo em que expressa confiança em Deus, Paulo também deixa transparecer sua vulnerabilidade ao mencionar aqueles que o abandonaram (v. 15). Ele entende que Timóteo pode estar lidando com o medo e a hesitação, por isso lembra que “Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio” (v. 7).

• Em tempos de crise, a fé não deve ser substituída pelo medo; mas sustentada pela convicção da presença divina.

Timóteo não é apenas desafiado a permanecer firme na verdade, mas também encorajado a superar suas inseguranças, lembrando que a fé é sustentada pelo poder do Espírito Santo.

• A verdadeira fidelidade ao evangelho requer tanto o conhecimento sólido da doutrina quanto uma disposição emocional fortalecida em Deus

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

PROFECIA NÃO É COINCIDÊNCIA

 Devocional Diário - Descobertas da fé

11 de fevereiro

PROFECIA NÃO É COINCIDÊNCIA

Temos ainda mais segura a palavra profética, e vocês fazem bem em dar atenção a ela. 2 Pedro 1:19


Se houvesse apenas uma vaga para um concurso público e 75 milhões de inscritos, talvez você não se animasse muito em prestar o exame. Pois saiba que essa é a probabilidade estatística do cumprimento de apenas uma profecia bíblica. Vamos considerar o exemplo da profecia da destruição de Tiro (Ez 26:3-5). Segundo o profeta, essa poderosa cidade se tornaria em ruínas, sobre as quais os pescadores estenderiam suas redes.

Foi emocionante para mim a oportunidade de mergulhar com cilindro na costa sul do Líbano, a 83 km de Beirute, e observar metros abaixo da superfície as ruínas da antiga cidade de Tiro. A profecia de Ezequiel não saía da minha mente enquanto explorava as colunas e ruas submersas daquela que foi o orgulho metropolitano dos antigos fenícios.

A emoção aumentou ao retornar à superfície e compartilhar um almoço com a equipe. Em frente ao restaurante, várias colunas antigas estavam dispostas sem critério ao longo da marina, com uma quantidade considerável de redes de pesca secando ao sol. Segundo o matemático Peter Stone, a probabilidade de isso ter sido previsto racionalmente há 2.500 anos é de uma chance em 75 milhões!

Alguém poderia argumentar: “Sim, a chance da coincidência é estatisticamente difícil, mas não significa que seja impossível. Afinal, em um sorteio com 75 milhões de nomes, alguém ganhará o prêmio.” Isso é verdade, mas lembre-se de que esse foi o cálculo probabilístico de uma única profecia bíblica. A mesma casualidade vai ficando cada vez mais improvável à medida que outras profecias entram em cena.

Se os cálculos da Enciclopédia de Profecia Bíblica de J. Barton Payne estiverem corretos, há 1.817 profecias na Bíblia. Considerando que boa parte delas já se cumpriu, com probabilidade igual ou menor que a da profecia acerca de Tiro, isso significa que o vencedor do prêmio envolvendo 75 milhões de participantes deveria ter sido sorteado pelo menos mil vezes seguidas, sem perder uma sequer.

O cálculo probabilístico disso também perde para a hipótese mais óbvia: estamos diante de um desígnio. Existe uma Providência por trás das profecias, a qual podemos confiantemente chamar de Pai celestial.

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1 Timóteo 6 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica 1 Timóteo 6
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


I TIMÓTEO 6 – O ensino correto deve ser aplicado em cada esfera educacional; desta forma, o texto de Paulo a Timóteo norteia professores da Escola Sabatina, Escola Adventista, inclusive professores de teologia.

Os ensinos do teólogo Paulo ao jovem pastor Timóteo são instrumentos de edificação da comunidade e crescimento espiritual dos alunos.

As lições do capítulo em análise são que os professores devem ensinar:

• O respeito e a submissão às autoridades: Todos devem respeitar as autoridades, inclusive em contextos difíceis, promovendo uma postura cristã de respeito e dignidade. Deve-se enfatizar a importância do testemunho cristão no ambiente de trabalho e na sociedade (vs. 1-2).

• A promover a sã doutrina e descartar falsas doutrinas: O ensino deve ser fundamentado na doutrina de Cristo, não em debates inúteis ou especulações vazias. Deve-se alertar os alunos sobre mestres que deturpam a fé por ganância, orgulho ou ignorância (vs. 3-5).

• A importância do contentamento e evitar a ganância: Todo professor deve ensinar que o amor ao dinheiro desvia as pessoas dos propósitos nobres da vida; e que, o mais importante é uma existência de dependência de Deus e simplicidade. A piedade com contentamento é um ganho espiritual (vs. 6-10).

• A busca pela santidade e a perseverança da fé: Cada aprendiz deve fugir da injustiça e buscar a retidão, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão. O chamado ao ministério exige um compromisso com “o bom combate da fé” (vs. 11-12).

• A soberania e a centralidade de Cristo: Todo verdadeiro professor deve inspirar reverência ao Deus vivo. Todo ensino deve manter Cristo no centro, destacando Sua soberania e glória imortal (vs. 13-16).

• Sobre o uso correto das riquezas: O bom ensino deve incluir o serviço e a prática da generosidade. Os ricos devem ser humildes e generosos, colocando sua esperança em Deus e não na incerteza das riquezas (vs. 17-19).

Paulo aborda enfaticamente a riqueza; contudo, ele “faz distinção entre o amor às riquezas e a simples aquisição delas, que podem ser dons de Deus para os cristãos dignos de confiança” (CBASD)

• O valor da fidelidade doutrinária e a vigilância espiritual: O ensino deve fortalecer a fé e não ser um campo para debates inúteis ou especulações filosóficas sem base bíblica (vs. 20-21).

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.
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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

SERIA A FÉ RACIONAL?

 Devocional Diário - Descobertas da fé

10 de fevereiro

SERIA A FÉ RACIONAL?

Sem fé é impossível agradar a Deus. Hebreus 11:6

No livro Quincas Borba, Machado de Assis fala de um sujeito ingênuo chamado Rubião, que “era mais crédulo que crente; não tinha razões para atacar nem para defender nada: terra eternamente virgem para se lhe plantar qualquer coisa” (p. 52).

Essa descrição se tornou o estereótipo que muitos têm dos crentes: pessoas ingênuas que acreditam em qualquer coisa. Parte disso é resultado da persistente tentativa de isolar a igreja da crítica racionalista, em vez de prepará-la para ela.

Muitos jovens, por exemplo, entram na universidade despreparados para viver sua fé dentro do campus. O encontro com autores céticos e de grande envergadura intelectual muitas vezes resulta em um conflito de fé que os leva à descrença. Isso é agravado pela pressão de uma mídia antirreligiosa e de colegas que excluem aqueles que não seguem uma cartilha contrária aos princípios cristãos. Não é fácil, especialmente se dentro da igreja os sermões se reduzem a sistematizações do óbvio que não respondem às questões básicas do dia a dia.

Aos que escolhem Rubião para retratar os crentes, resta notar que Machado de Assis o descreve como “crédulo”, palavra que contrasta com o substantivo “crente”. Até as raízes são diferentes: crente, do latim credente, significa aquele que confia, baseando-se em evidências racionais. Por outro lado, o adjetivo “crédulo” deriva de credúlu, referindo-se ao ingênuo que crê em qualquer coisa. Portanto, Rubião não era crente, mas, sim, crédulo.

Não devemos confundir crença com crendice. A verdadeira fé não se opõe à razão. Como disse Paulo, o culto deve ser “racional” (Rm 12:1). Contudo, é essencial distinguir entre fé racional e fé racionalista. Preci-samos considerar as implicações práticas do sufixo “ismo”, pois, usado indistintamente, pode implicar uma absolutização ilegítima de conceitos humanos, como se estes dessem conta de toda a realidade.

O racionalismo, ou “razão sem a fé”, erra ao abranger como materiais realidades que são espirituais, rejeitando-as por não poder falar nada sobre elas. Por outro lado, anexar o sufixo “ismo” à fé também pode ser perigoso, resultando em um fideísmo que distorce a natureza da crença. Diante disso, qual é a razão da sua fé? Você se considera crente ou crédulo?

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1 Timóteo 5 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica 1 Timóteo 5
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


I TIMÓTEO 5 – A partir daqui, Paulo orienta Timóteo sobre administrar “os grupos dentro da igreja, incluindo homens e mulheres, jovens e velhos (5:1-2), viúvas (5:3-16), presbíteros (5:12-22) e escravos cristãos (6:1-2). Também insere uma mensagem pessoal sobre a saúde de Timóteo (5:23)” (Bíblia Andrews).

Servir a Deus neste mundo implica enfrentar vários desafios. Além de muitas vezes ter que lidar com doenças, é necessário gerir situações delicadas e complexas dentro da igreja. Isso requer firmeza, ousadia e determinação.

“Os primeiros cristãos cuidavam das viúvas da igreja, mas conceder esse auxílio era um desafio (ver At 6:1-7). Timóteo deveria incentivar os membros da família a cuidar dessas mulheres (1Tm 5:4, 8, 16) e se certificar de que a ajuda seria destinada verdadeiramente às viúvas (v. 5). Aquelas incluídas na lista das viúvas e que se qualificavam para receber o auxílio (‘seja inscrita’, v. 9) deveriam atender a determinados requisitos. Paulo era contrário à inclusão de mulheres com menos de 60 anos de idade e preferia que as viúvas jovens se casassem novamente (v. 9, 14)” (Idem).

Ser líder espiritual significa lidar com problemas sociais quanto qualquer outro líder de pessoas. Na igreja encontramos todo tipo de gente. “Os presbíteros que exerciam boa liderança deveriam ser bem tratados (v. 17-18). Era preciso tomar cuidado para que não fossem falsamente acusados (v. 19), algo considerado por Paulo como uma questão importante (v. 21)... Ao escolher líderes (v. 22), é necessário cuidado, pois o pecado nem sempre é óbvio” (Idem).

Por tudo isso, a liderança espiritual requer discernimento, justiça, amor e firmeza. Alguns princípios a seguir nos ajudarão e entender mais profundamente a mensagem de Deus para nós. Temos que estar cientes que o líder espiritual deve...

• ...tratar os outros com respeito e sensibilidade.
• ...ter cuidado com os necessitados, especialmente os mais vulneráveis.
• ...ser criterioso na escolha de seus auxiliares.
• ...agir com imparcialidade e evitar favoritismos.
• ...saber que a santidade pessoal é essencial.
• ...cuidar da própria saúde (v. 23).
• ...confiar em Deus que o pecado e a injustiça cedo ou tarde serão revelados.

Um líder da igreja não pode ser precipitado nem negligente; deve agir com sabedoria, cuidar dos necessitados e manter o caráter irrepreensível.

Essas verdades são essenciais para quem deseja liderar segundo os princípios divinos! – Heber Toth Armí.

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domingo, 9 de fevereiro de 2025

RECORTES PERIGOSOS

Devocional Diário - Descobertas da fé


9 de fevereiro

RECORTES PERIGOSOS

Destruam este santuário, e em três dias Eu o levantarei. João 2:19


Vivemos em uma época marcada pela preguiça mental. Livros são substituídos por filmes, teorias por frases de efeito, e a aprendizagem de novos idiomas é desmotivada pela facilidade do tradutor on-line. Se não tivermos cuidado com o excesso, o uso de certas facilidades tecnológicas poderá nos transformar em uma geração de preguiçosos e negligentes. Seja na simples conta de uma calculadora ou no uso de aplicativos, não podemos permitir que algoritmos pensem por nós.

A situação fica pior quando a cultura inútil ocupa mais espaço do que deveria, tomando o lugar de temas sobre os quais vale a pena refletir. Assim como um corpo sedentário atrofia os músculos, um cérebro pouco ou mal utilizado reduz a capacidade de fazer conexões neurais que possibilitam o recebimento e a transmissão de conhecimento.

Agora, imagine como isso afeta nossa compreensão das verdades de Deus. A impaciência para aprender coisas por inteiro tem levado muitos a aceitar ou rejeitar uma mensagem apenas pelos recortes que dela recebem. Os “recortes”, para que se compreenda, são trechos curtos de uma palestra, entrevista ou sermão postados nas redes sociais que não oferecem o panorama completo do que foi dito.

Pela exposição de um minuto de fala, podemos abraçar tanto uma heresia quanto rejeitar uma mensagem de Deus, por causa de frases descontextualizadas. Eu mesmo já fui vítima de “recortes” que distorciam a minha fala, mas também errei ao julgar um livro pela capa. Em outras palavras, nenhum de nós está isento de equívocos. Todo cuidado é pouco!

Até mesmo Jesus foi vítima de recortes. No versículo de hoje, João esclarece que o Senhor estava falando sobre Seu corpo que iria ressuscitar, mas os judeus entenderam errado. A mesma descontextualização continuou em outros momentos, quando Jesus disse ser o pão do Céu e recomendou que comessem Sua carne e bebessem Seu sangue. Os recortes faziam as palavras de Cristo parecerem delírios de um lunático.

Não permita que “recortes” de provação o façam duvidar do cuidado de Deus, nem julgue as pessoas com base em fragmentos que tenha recebido delas. Seria como destruir a floresta por causa de uma árvore ruim. Peça a Deus discernimento para ver a vida como um todo.

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1 Timóteo 4 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica 1 Timóteo 4
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


I TIMÓTEO 4 – Creio que os seminários de Teologia e os Concílios Pastorais deveriam dar maior atenção a esta carta de Paulo em suas instruções eclesiásticas e administração espiritual. Ela oferece orientações sobre liderança, organização eclesiástica, qualificação dos líderes e conduta ministerial.

A carta em apreço é sumamente importante, tanto para quem não está na liderança ministerial quanto quem está deve dar a devida atenção a esse texto inspirado.

• Paulo instrui Timóteo, o jovem pastor, sobre como conduzir a igreja, reforçando seu papel como líder espiritual e administrador (I Timóteo 3:1-7).

• A carta apresenta os requisitos para bispos/presbíteros/anciãos e diáconos/diaconisas, enfatizado caráter, integridade e testemunho (I Timóteo 3:1-13).

• Paulo enfatiza a necessidade de autoridade espiritual baseada na Palavra de Deus e não apenas na experiência ou idade (I Timóteo 4:12-16).

Por esses e outros importantes motivos, I Timóteo é fundamental para a verdadeira formação pastoral bíblica; pois, fornece princípios claros para o exercício do ministério, o ensino da Palavra, a liderança e a vida pessoal do líder espiritual – é um verdadeiro “Manual Pastoral” inspirado por Deus.

Considerando I Timóteo 4, reflita:

• O líder espiritual deve estar ciente da influência dos falsos ensinamentos que rondam o cristianismo e a necessidade de permanecer na verdade bíblica (vs. 1-5).
• Um líder espiritual deve ser um exemplo de piedade; sua conduta deve revelar integridade. Para isso, é imprescindível nutrir sua vida espiritual com a Palavra de Deus (vs. 6-8).
• Um líder eclesiástico deve ser dedicado no trabalho (vs. 9-10). O ministério exige esforço e perseverança, pois envolve guiar os fiéis na esperança da salvação.
• Timóteo foi instruído a ser modelo em palavras, conduta, amor, fé e pureza (vs. 11-12). O mesmo se espera dos pastores de hoje.
• O líder da igreja deve ser dedicado na Palavra (v. 13). A leitura, exortação e ensino das Escrituras devem ser prioridades na agenda pastoral.
• O chamado e os dons espirituais recebidos de Deus devem ser exercitados com maestria e zelo (v. 14).
• O crescimento pessoal do líder da igreja deve ser evidente a todos (v. 15).
• O líder espiritual deve ter cuidado com a doutrina (vs. 16). Ele deve permanecer firme na verdade, pois sua influência impacta a vida de muitos.

Viver esses princípios no ministério traria reavivamento espiritual na igreja! – Heber Toth Armí.

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sábado, 8 de fevereiro de 2025

O PREÇO DE SER ABENÇOADO

 Devocional Diário - Descobertas da fé

8 de fevereiro

O PREÇO DE SER ABENÇOADO

Os patriarcas, invejosos de José, venderam-no para ser levado para o Egito. Mas Deus estava com ele. Atos 7:9

Receber dádivas de Deus é muito bom. Ser agraciado pelo Altíssimo traz uma alegria indescritível. Mas você já considerou que, em um mundo repleto de dilemas, as bênçãos também podem trazer desafios?

Veja o caso de José do Egito. É perceptível como o autor bíblico, de maneira intencional, utiliza as vestes como símbolo da providência e direção de Deus. Contudo, tanto os sonhos quanto a túnica que havia recebido de seu pai foram o ponto de partida para seu drama. Devido a isso, José foi atacado, despido e vendido como escravo pelos próprios irmãos.

Mais tarde, suas vestes ensanguentadas foram enviadas ao pai, acompanhadas da notícia falsa de sua morte. Uma vez escravo na casa de Potifar, José foi novamente despido, em uma cena caluniosa arquitetada pela mulher de seu senhor.

Preso, José pensou que era o fim. Porém, no pior momento de sua vida, ele trocou novamente as vestes, tirando a roupa suja de prisioneiro para ter uma audiência com faraó. Logo em seguida, o rei ordenou outra mudança de roupa. José foi vestido com linho fino e elevado à posição de governador do Egito. A ironia vem nas últimas cenas, quando os irmãos de José rasgaram suas próprias vestes como sinal de arrependimento (Gn 44:13), enquanto ele, para confirmar a reconciliação, os enviou de volta para casa com uma muda de roupa para cada um (45:22).

O que aprendemos com isso? Primeiramente, as dádivas de Deus não eliminam a possibilidade de sermos provados; pelo contrário, a aquisição de bênçãos implica responsabilidades que antes não tínhamos. Ganhar um carro, por exemplo, é uma bênção, mas com ele vêm as obrigações, como o IPVA e outros encargos.

Em segundo lugar, é crucial reconhecer que as pessoas nos amam e nos odeiam pelo mesmo motivo: quem somos. Aquilo que arranca admiração também pode provocar ciúmes. Portanto, é bom se prevenir quanto a isso.

Por fim, quando alguém o jogar no buraco, não se desespere; a caravana de Deus está a caminho. Mas isso não significa que ela o levará para casa. Mesmo que Deus o livre de irmãos invejosos para torná-lo escravo em uma terra estranha, Ele continua sendo Deus! Sua soberania nunca falha.

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1 Timóteo 3 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica 1 Timóteo 3
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


I TIMÓTEO 3 – Timóteo estava em Éfeso com a missão de organizar e fortalecer a igreja local. Neste capítulo, seu mentor, o apóstolo Paulo, apresenta critérios para escolher líderes na igreja, especificamente bispos/presbíteros/anciãos e diáconos/diaconisas.

Nesse contexto, o diabo é mencionado duas vezes (I Timóteo 3:6-7), onde Paulo demonstra preocupação com o perigo espiritual envolvido na liderança eclesiástica.

Embora Paulo dê ênfase às qualificações fundamentais de um líder espiritual, tais como irrepreensibilidade, temperança, hospitalidade e capacidade de ensinar (vs. 1-3), no versículo 6 ele adverte que o candidato não poder ser “recém-convertido, para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação em que caiu o Diabo”.

• Aqui, o apóstolo destaca um perigo central da administração eclesiástica: O orgulho espiritual.

A administração da igreja não pode ser confiada a indivíduos imaturos, inexperientes; pois o poder e a posição podem facilmente corromper aqueles que ainda não estão firmes na fé.

Paulo prossegue recomendando que o líder da igreja local tenha “boa reputação perante os de fora, para que não caia em descrédito nem na cilada do Diabo” (I Timóteo 3:7). O termo “cilada” refere-se à armadilha, algo que captura sutilmente.

• Isso sugere que a falta de integridade pode fornecer ao diabo uma oportunidade de difamar a igreja por meio de seus líderes.
• Assim, o testemunho público do líder deve ser irrepreensível, pois escândalos na liderança podem desmoralizar a comunidade de crentes e prejudicar a missão da igreja.

Na seção sobre os diáconos (vs. 8-13), Paulo menciona também as qualidades exigidas das mulheres/diaconisas, as quais devem ser “dignas, não caluniadoras, mas sóbrias e confiáveis em tudo” (v. 11). O termo caluniador/diabolos pode-se referir ao Diabo, também.

Desta forma, isso destaca o perigo da calúnia e da difamação dentro da igreja. A administração eclesiástica deve evitar que seus membros (especialmente líderes) se tornem instrumentos de discórdia, pois isso pode minar a unidade e o testemunho da igreja (I Timóteo 3:14-16).

• Nem todo comportamento deve existir na igreja ou é aprovado pelo Deus vivo. A conduta na igreja deve refletir santidade.
• A igreja, que é composta de fiéis, deve ser um pilar de sustentação da verdade – não só em teoria – mas também na prática.

Todos precisam estar cientes: Os pastores devem exercer a liderança com maturidade e responsabilidade! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

VIVER PARA QUÊ?

 Devocional Diário - Descobertas da fé

7 de fevereiro

VIVER PARA QUÊ?

Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. João 10:10


Certa vez, perguntaram ao ator Woody Allen se ele tinha medo de morrer. De forma irônica, ele respondeu: “Eu não tenho medo de morrer. Só não quero estar lá quando isso acontecer.” Ninguém quer morrer, mas o que significa viver?

Imagine um mundo onde nunca morreríamos ou envelheceríamos. Em vez disso, poderíamos escolher parar de envelhecer aos 25 anos e viver o tempo que quiséssemos. Se essa fosse uma possibilidade, e pudéssemos atingir 100, 200 ou até 10 mil anos, mantendo o vigor dos 25 anos, por quanto tempo escolheríamos viver? Para sempre?

Essa pergunta foi feita a vários cidadãos britânicos e estadunidenses, e a resposta foi surpreendente. A maioria não gostaria de viver para sempre, e aqueles que aceitaram ampliar sua vida em 100, 500 ou 10 mil anos o fizeram com ressalvas do tipo: “desde que eu não veja o fim do mundo”, “desde que não me separe dos que amo”, “desde que não viva em um asilo”.

Normalmente, pessoas emocionalmente sadias não querem morrer nem viver apenas por viver. É triste saber que o futuro é incerto e que o fim está sempre perto. Quem já viveu mais de quatro décadas compreende bem essa realidade. Somos seres inquietos, reflexivos sobre nossa própria existência, e não meras pedras destituídas de raciocínio. Precisamos de um propósito, de algo que justifique a luta pela vida.

Há uma parábola entre os filósofos que ilustra esse princípio: Um astronauta, abandonado em um asteroide rochoso e estéril no espaço sideral, possuía duas ampolas, uma com veneno e outra com uma poção que concederia imortalidade. Compreendendo sua situação terrível, bebeu o veneno num único gole. Entretanto, para seu horror, percebeu que havia bebido a ampola errada – tinha tomado a poção da imortalidade, condenando-se a uma existência eterna, mas sem sentido.

Não creio que o Céu seja interessante apenas por ser eterno. Aliás, de nada adiantaria estar lá sem a companhia de Deus e de pessoas queridas. Viver de verdade envolve bons relacionamentos. Além do pecado, nada provoca mais nossa morte do que a negação de conviver em harmonia com Deus e uns com os outros.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/viver-para-que/

1 Timóteo 2 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica 1 Timóteo 2
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


I TIMÓTEO 2 – Esta curta carta de Paulo ao jovem pastor Timóteo é de caráter pastoral, a qual estabelece diretrizes para a liderança espiritual e a organização da igreja. Os dois primeiros capítulos possuem diferentes ênfases temáticas, contudo estão interligados pelo propósito de preservar a sã doutrina e a conduta cristã.

No capítulo 1, Paulo instrui Timóteo a combater heresias e a manter a fé genuína. Já o capítulo 2, trata da vida devocional e da ordem da igreja, abordando a importância da oração, da submissão à vontade de Deus e das diretrizes sobre a paz e respeito que se devem ter nos cultos.

• A doutrina verdadeira (capítulo 1) deve refletir-se na prática da igreja, incluindo a adoração e as relações interpessoais (capítulo 2).

• A fé deve ser preservada pela rejeição do erro (capítulo 1) e pela prática correta da adoração e conduta cristã (capítulo 2).

I Timóteo 2 nos revela que a liderança eclesiástica não deve apenas manter a sã doutrina, como também preservar a ordem e a reverência na igreja e nos cultos de adoração.

Com relação à oração, a igreja é convocada a orar por todos, inclusive líderes políticos. Não importa quem seja, independente se é corrupto ou honesto, se gostamos ou não de seu perfil/partido, se é fiel ou incrédulo, o cristão tem o dever de interceder a Deus por eles, “para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda piedade e dignidade”, e visando a salvação deles (I Timóteo 2:1-4).

O princípio de modéstia no vestuário e reverência no culto (I Timóteo 2:9-15) mostra que o estilo de vida do cristão deve acontecer no culto de adoração e fora dele, no dia a dia. “A forma como vivemos nossa vida reflete quem somos como pessoas e como cristãos”, declara Fernando Canale.

• Assim, a verdadeira adoração não se limita ao culto, mas transforma a vida diária, refletindo nossa submissão a Cristo em ações, palavras e atitudes.

Não há como divorciar nosso Senhor/mediador de nosso estilo de vida (I Timóteo 2:5-10), se somos cristãos verdadeiros. “A vida cristã faz parte da salvação. Não há espaço para a ideia de que alguém pode ser salvo enquanto leva um estilo de vida secular”, alega Canale.

Diante destas verdades impactantes, motivemo-nos e reavivarmo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

NOSSA SEDE DE DEUS

Devocional Diário - Descobertas da fé


6 de fevereiro

NOSSA SEDE DE DEUS

Eles trocaram a verdade de Deus pela mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito para sempre. Amém! Romanos 1:25

O renomado ateu Richard Dawkins escreveu: “Quero mostrar a você que o mundo real, conforme é compreendido cientificamente, tem sua própria magia. Eu a chamo de magia poética, uma beleza inspiradora que é ainda mais fascinante por ser real e podermos compreender como funciona. […] É absolutamente fascinante. Fascinante e real” (A Magia da Realidade, p. 31). Com essas palavras, ele busca oferecer conforto àqueles que se tornam ateus, mas ainda procuram um propósito maior para sua existência. Dawkins percebeu que as pessoas podem tentar viver sem Deus e sem religião, mas isso não é tão simples.

Por que ele escolheu usar a palavra “magia” para falar sobre transcendência sem mencionar Deus? Jornalistas já haviam notado seu ato falho ao soltar frases como “a criação do cosmos” ou “oh, meu Deus”. A verdade é que, por mais elaborado que seja o argumento do incrédulo, a religiosidade é tão instintiva quanto a sexualidade, a sobrevivência e a necessidade de afeto. Quem concluiu isso foi Carl Jung, um dos pioneiros, junto de Freud, da psicanálise humana.

Existe em nós uma carência de Deus, que se traduz em uma sede de eternidade. Tanto é verdade que, se pudéssemos eternizar os bons momentos, certamente o faríamos. Isso é um sintoma do que realmente desejamos. Psicólogos afirmam que substituir uma carência essencial por algo inferior pode gerar patologias. Talvez você tenha visto pessoas que se tornaram obsessivas com limpeza por não superar o fim de uma relação, por exemplo. Acontece que experiências terrenas podem eventualmente substituir carências terrenas. Um carro não substitui um namoro frustrado, mas um novo amor sim.

A carência de Deus, no entanto, é insubstituível. O erro está na tentativa de saciar a sede eterna com gotas que não refrescam nem os lábios. Sucesso, riqueza e bem-estar são metas legitimamente desejáveis. O que não se pode fazer é atribuir a elas a força que não possuem. Seu efeito não é duradouro. A boa notícia é que, se há um vazio com forma de Deus no coração humano, também há um vazio com forma humana no coração de Deus. Não somos um caso de amor não correspondido; o Pai nos amava mesmo antes de nascermos.

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1 Timóteo 1 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica 1 Timóteo 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


I TIMÓTEO 1 – Esta carta de Paulo a Timóteo inicia com forte ênfase na sã doutrina como fundamento para a vida e a disciplina na igreja.

Logo no começo, Paulo instrui Timóteo a permanecer em Éfeso para combater falsos ensinos e preservar a pureza da fé cristã (vs. 1-4). A doutrina verdadeira sempre estará alinhada com o evangelho da glória de Deus (v. 11) e deve ser o padrão para corrigir desvios dentro da igreja.

Nesse contexto, o apóstolo reforça que a lei é boa quando usada corretamente, servindo para corrigir os ímpios, e não para debates especulativos que desviam da fé genuína (vs. 5-10). A doutrina deve produzir amor, boa consciência e fé sincera, em contraste com a arrogância dos falsos mestres que se perdem em vãs discussões.

Os pregadores da verdade suscitam inimigos reais. Os inimigos de Paulo são amostras do mal que os inimigos da graça podem causar. “Esses homens haviam se apartado da fé do evangelho e, além disso, ultrajado o Espírito da graça ao atribuírem ao poder de Satanás as maravilhosas revelações feitas a Paulo. Havendo rejeitado a verdade, ficaram cheios de ódio contra ela, e procuraram destruir seu fiel defensor”, explica Ellen White.

• Pessoas que abandonam princípios bíblicos fundamentais muitas vezes tentam justificar suas crenças atacando quem permanece fiel.

Paulo usa a própria conversão para exemplo da graça e misericórdia de Deus (vs. 12-17), demonstrando que a doutrina verdadeira leva à transformação real da vida. Porém, quando há resistência persistente à verdade, a disciplina se torna necessária. Isso se vê na menção a Himeneu e Alexandre, que naufragaram na fé e foram entregues a Satanás para aprenderem a não blasfemar (vs. 19-20).

Desta forma, a disciplina eclesiástica, não é apenas corretiva; ela visa a restauração dos que estão com a conduta, as crenças e a fé destituídas de harmonia com a vontade do dono da igreja, que é Deus.

Cuidado com quem projeta seus próprios conflitos em quem representa a verdade que rejeitam!

• O propósito da aplicação da disciplina eclesiástica é para que os desviados retornem à prática da sã doutrina e ao testemunho fiel do evangelho verdadeiro.

• A fidelidade à verdade do evangelho é o alicerce para uma igreja saudável e protegida de influências negativas.

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

QUEM VOCÊ AMA MAIS?

 Devocional Diário - Descobertas da fé

5 de fevereiro

QUEM VOCÊ AMA MAIS?

Se alguém vem a Mim e não Me ama mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua mulher, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser Meu discípulo. Lucas 14:26

Esse é um texto que incomoda. A versão bíblica Nova Almeida Atualizada amenizou a sentença original de Cristo, que literalmente disse: “Se alguém vem a Mim e não odeia seu pai… não pode ser Meu discípulo.” Como assim? Fique tranquilo, Jesus não mandou odiar as pessoas. Esse é um antigo modo oriental de expressão. A ênfase muitas vezes é criada a partir de um exagero que busca destacar uma oposição radical (amor-ódio) para expressar uma hierarquia de sentimentos. Em outras palavras, a questão é: Quem amamos mais, este ou aquele?

É como a mãe que diz: “Se mexer com meus filhos, viro onça.” O exagero é uma força de expressão. Ela não vai virar literalmente um felino. Jesus também usou uma linguagem enfática para expressar Sua supremacia. O problema é que muitos, contentes com a não literalidade de Suas palavras, estão perdendo de vista o radicalismo que as envolve. Mesmo sendo uma hipérbole, o aviso é claro: Jesus deve estar acima de tudo e de todos, mesmo que, para isso, seja necessário “aborrecer” pessoas que amamos.

Isso não implica se tornar um cristão antissocial. No entanto, é preciso ter cuidado com o politicamente correto. É triste ver princípios sendo sacrificados para não incomodar uma geração que se irrita com a santidade. Por exemplo: famosos influenciando crentes, apesar dos valores nocivos que apresentam. Alguns cristãos chegam a dizer: “Eu sei que ele blasfema de Cristo, mas sua música é tão legal”. Imagine um negro dizendo: “Eu sei que ele é racista, mas não posso deixar de curtir o que produz.”

Vivemos em uma sociedade contraditória, que condena misóginos e endeusa blasfemos; denuncia racistas e protege profanos. Coam o mosquito (o que está certo), mas engolem o camelo (o que está errado). É um dever amar nosso semelhante, mas não acima de Deus. Você sabe por que a ofensa a um famoso causa tanta revolta, enquanto a ofensa a Deus parece tão tolerada? É porque colocamos a humanidade acima de Deus (Rm 1:25). É como se o que sentimos pela pessoa fosse o bastante para desculpar seu desrespeito ao nome de Cristo. Não estaria na hora de recolocar a humanidade no seu devido lugar?

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2 Tessalonicenses 3

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica 2 Tessalonicenses 3
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


II TESSALONICENSES 3 – Toda verdade divinamente revelada exige uma resposta humana, mas nem sempre essa resposta é de submissão e obediência; muitas vezes, é de resistência e desordem dentro na igreja.

“Depois que Paulo escreveu a primeira epístola aos Tessalonicenses, os problemas na igreja se agravaram. Alguns cristãos, provavelmente usando a segunda vinda como desculpa, recusavam-se a trabalhar e esperavam que outros os sustentassem”. Em sua segunda carta, “Paulo deixa de apenas advertir tais pessoas (1Ts 4:11-12; 5:14-15) e passa a ordenar que a igreja lance mão de severa disciplina (2Ts 3:6-13)” (Bíblia Andrews).

Disso, aprendemos que,

• Existe desobediência disfarçada de espiritualidade: Assim como alguns tessalonicenses usaram a segunda vinda como pretexto à preguiça, muitos hoje justificam sua ociosidade espiritual alegando uma falsa confiança na providência divina.
• É possível existir cristãos que rejeitam a correção: Quando a verdade confronta maus hábitos, muitos reagem com resistência, desprezando a exortação bíblica, considerando qualquer repreensão como perseguição pessoal.
• Ao invés de se alinharem à vontade de Deus, alguns se tornam agentes de confusão, incentivando outros a seguir pelo mesmo caminho de irresponsabilidade e rebelião.

Paulo mostra que a disciplina eclesiástica é um ato de amor e preservação da santidade. Assim como um corpo saudável precisa eliminar infecções para sobreviver, a igreja deve tratar com seriedade àqueles que ameaçam a integridade espiritual. A correção bíblica não tem o objetivo de de levar o errante ao arrependimento e à comunhão restaurada com Deus e a igreja.

Considere mais estes princípios de II Tessalonicenses 3:

• A igreja deve afastar-se daqueles que vivem de maneira desordenada (v. 6). A disciplina eclesiástica visa produzir reflexão e arrependimento no faltoso.
• A ociosidade deve ser condenada pelo exemplo e por palavras (vs. 7-12). Além de exemplificar o trabalho duro, Paulo também revelou que quem se recusa a trabalhar não deve esperar que a igreja o sustente.
• O bem deve ser praticado (v. 13). Mesmo diante de desafios, os fiéis não devem desanimar de agir corretamente.
• Os desobedientes devem ser notados e corrigidos (vs. 14-15). A disciplina deve ser firme, sempre visando a restauração.
• A paz de Cristo deve ser a marca da igreja (vs. 16-18). Em meio aos desafios, a presença de Deus deve ser buscada para manter a harmonia na comunidade cristã!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.
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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

SINCEROS EM BABILÔNIA

 Devocional Diário - Descobertas da fé

4 de fevereiro

SINCEROS EM BABILÔNIA

Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco. Preciso trazer também estas. João 10:16


O livro de Daniel é especial por vários motivos. Além de seu aspecto profético, ele se destaca como um manual ético para crentes que vivem em um mundo secularizado. Daniel e seus amigos enfrentaram uma das experiências mais desafiadoras em um contexto hostil e, ainda assim, permaneceram fiéis.

Daniel não comprometeu seus princípios religiosos, mesmo cercado por pagãos e outros judeus que, certamente, não foram tão firmes de caráter. É, no mínimo, estranho que, em uma leva de jovens conduzidos para a Babilônia, tenhamos registro de apenas quatro recusando a comida do rei. No entanto, Daniel e seus companheiros não negociaram sua fé.

Em contrapartida, é interessante notar que o livro de Daniel é o mais inclusivo de todos. Sua linguagem é propositalmente universalista. Ele evita o uso do nome sagrado Javé, que daria uma conotação do Deus pessoal dos judeus, preferindo chamá-Lo de ’Elohim, que era um termo mais universal. Ele não menciona “Deus de Israel”, mas, sim, “Deus do Céu”. A firmeza de seu judaísmo não o levou a tratar o Senhor como propriedade exclusiva dos judeus; em outras palavras, ele manteve a identidade sem apelar para a xenofobia.

Talvez por isso, Daniel pôde reconhecer pessoas sinceras em Babilônia e ter a simpatia delas. O chefe dos eunucos, o chefe da cozinha, o chefe da guarda, até o rei da nação, todos procuraram ajudar Daniel e seus amigos, indicando que não eram adolescentes chatos. Claro que também houve oposição ao profeta; no entanto, Daniel entendeu que ser diferente não significava ser esquisito.

Como profeta, ele não perdeu a noção de pertencer ao “povo eleito” e, ao mesmo tempo, de ver a ação de Deus em outros povos. Por isso, sua profecia é tão universal. Ela antecipa, de certa forma, o que João descreveu no Apocalipse: “Caiu! Caiu a grande Babilônia! […] Saiam dela, povo Meu” (Ap 18:2, 4). Daniel e Apocalipse não se limitam a denunciar os crimes de Babilônia, mas reconhecem a presença do povo de Deus dentro dela. Seria um erro terrível desconsiderar os sinceros de Deus que estão fora do ambiente religioso ao qual pertencemos.

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2 Tessalonicenses 2 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica 2 Tessalonicenses 2
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


II TESSOLONICENSES 2 – Esta é uma carta pequena, mas profunda. Ela trata da essência do futuro revelado por Deus.

“A fé cristã sempre foi caracterizada por um forte senso de futuro, sendo o exemplo mais notório a crença na segunda vinda de Jesus. Desde o dia em que Jesus ascendeu ao Céu, Seus seguidores vivem na expectativa de Seu retorno. Ele prometeu que voltaria, e eles creram nisso – e continuam a crer. Para os cristãos, essa é a questão mais importante com relação ao que se crê e sabe a respeito do futuro. O efeito prático dessa crença é carregar cada momento do presente com esperança, pois, se o futuro é dominado pela volta de Jesus, sobra pouco espaço na tela para a projeção das nossas ansiedades e fantasias. Essa certeza afasta a confusão da nossa vida. Livres do medo, podemos corresponder espontaneamente à liberdade que Deus nos dá” (Eugene Peterson).

No capítulo em análise, Paulo esclarece eventos que devem ocorrer antes da segunda vinda de Cristo, advertindo contra falsos ensinos e reafirmando a importância da verdade (vs. 1-2). Esse cenário de engano se repete hoje: Muitos são levados por falsos ensinos escatológicos. Alguns pregam que a segunda vinda de Cristo será secreta (arrebatamento secreto), outros negam a literalidade do evento. Paulo afirma que o advento de Cristo será visível, glorioso e acompanhado pela ressurreição dos justos e a destruição dos ímpios (Mateus 24:23-31; I Tessalonicenses 4:13-17).

Antes da volta de Cristo, certos eventos deveriam acontecer. Paulo alerta veementemente sobre uma grande apostasia e a manifestação do homem do pecado, o filho da perdição (II Tessalonicenses 2:3-9):

• Ele se opõe e se exalta sobre tudo o que está relacionado com Deus.
• Se assenta do templo de Deus, querendo parecer Deus.
• Sua manifestação está ligada ao mistério da iniquidade.
• Sua vinda é segundo a eficácia de Satanás, com sinais e prodígios da mentira.

Muitos serão enganados pelos seguintes motivos (II Tessalonicenses 2:9-12):

• Não receberam o amor da verdade.
• Rejeitaram a salvação.
• Preferiram a mentira.

Apenas os que permanecem fiéis serão salvos (II Tessalonicenses 2:13-17). O que fazer para não ser enganado?

• Apegar-se à Palavra de Deus.
• Santificar-se na verdade.
• Permanecer firmes na fé bíblica.
• Orar e buscar o fortalecimento em Cristo.

Diante disso, reavivemo-nos imediatamente! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

REJEITANDO COM CLASSE

 Devocional Diário - Descobertas da fé

3 de fevereiro

REJEITANDO COM CLASSE

Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei. Daniel 1:8

É comum elogiarmos a postura de Daniel. Contudo, alguém poderia questionar: “Qual seria o problema de comer o que era servido à mesa do rei? Deus não os puniria só por causa de um cardápio. Comer seria até melhor, pois demonstraria aceitação da cultura.”

Esse é o pensamento moderno, destituído de uma percepção real do que estaria por trás da “concessão” de princípios. Não era apenas uma questão de saúde. Não que a busca por uma vida saudável não interessasse a Daniel, mas o que estava em jogo era muito maior do que uma dieta naturalista. Tratava-se da fidelidade a Deus.

Algumas versões traduzem como “Daniel propôs no seu coração não se contaminar”; já outras trazem “resolveu em seu coração”. Curiosamente, o texto hebraico utiliza o mesmo verbo para se referir tanto à resolução de Daniel quanto ao ato do chefe dos eunucos de dar novos nomes a ele e aos seus companheiros. Talvez haja algo embutido aqui.

O texto mostra como eles responderam à tentativa de serem assimilados pela cultura babilônica. Para preservar sua identidade, eles não podiam ceder à dieta do rei. Pediram apenas vegetais e água. Por quê?

No relato da criação, é Deus quem “põe” o ser humano no jardim do Éden (Gn 2:8). O verbo hebraico é o mesmo usado em Daniel. Também é Deus quem determina a dieta de Adão e Eva, de modo que o pedido de Daniel 1:12, “dê-nos legumes para comer e água para beber”, traz praticamente a mesma dieta do Éden (veja Gn 1:29). O termo hebraico traduzido por “vegetais” em Daniel 1:12 refere-se a qualquer tipo de alimento cultivado a partir de sementes. É a mesma palavra que está no contexto de Gênesis 1:29.

A atitude dos jovens hebreus era semelhante à de artistas que incluem um protesto subliminar em suas obras. Era como se dissessem: “Nosso Dono não é o rei, nosso lugar não é Babilônia. Pertencemos ao Éden, servimos a Deus.”

É difícil se posicionar criticamente quando você é parte do enredo, ainda mais em uma época em que apetites e impulsos não são reprimidos, mas “resolvidos” com vícios e liberalismo. Portanto, o exemplo de Daniel continua válido, como foi na Babilônia.

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2 Tessalonicenses 1 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica 2 Tessalonicenses 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


II TESSALONICENSES 1 – Esta carta é de extrema importância para todos nós. Pois, “é nossa concepção de futuro que dá forma ao presente, que define os contornos e o tom de ações e pensamentos nossos durante o dia. Se nosso senso de futuro é fraco, temos uma vida marcada pela indiferença. Boa parte das doenças emocionais e mentais e dos suicídios ocorre entre pessoas que sentem que ‘não têm futuro’” (Eugene Peterson).

Paulo nesta “carta focaliza os eventos dos últimos dias, incluindo a Segunda Vinda de Jesus, como o autor havia feito em 1 Tessalonicenses” (Bíblia do Discípulo). Os tessalonicenses estavam enfrentando intensa perseguição, e Paulo escreve para fortalecer a fé deles. Diante dessas perseguições, Paulo reafirma que a justiça de Deus será plenamente manifestada no tempo certo. Isso traz uma mensagem poderosa para nós hoje: Nossa conduta no presente deve ser guiada pela certeza do futuro que Deus revelou.

Após introduzir com profundos significados teológicos – a graça representa o favor imerecido de Deus, que sustenta os crentes em meio às dificuldades, enquanto paz aponta para a serenidade que vem da confiança divina – Paulo expressa gratidão a Deus pelo crescimento da fé e do amor dos tessalonicenses, evidenciado na forma como suportavam o sofrimento (II Tessalonicenses 1:1-5). A perseguição não os enfraqueceu espiritualmente; pelo contrário, serviu como catalizador para o amadurecimento da igreja.

• A tribulação não é sinal de abandono de Deus, mas um meio pelo qual Ele purifica e fortalece Seu povo.
• As provas que antecedem a volta de Jesus servirão para desenvolver uma fé inabalável nos cristãos que vivem nos últimos dias.

Nos versículos 6-10, o apóstolo amplia sua visão escatológica mencionando duas realidades futuras:

• A recompensa dos justos – Deus promete alívio e glória eterna àqueles que permanecem fiéis.
• Juízo sobre os ímpios – Os que rejeitam a Deus e o evangelho enfrentarão as consequências de suas decisões.

Com vista nestas realidades, Paulo ora para que os crentes vivam de maneira digna da vocação divina (vs. 11-12). Ele incentiva-os a continuar crescendo na fé prática, para que Cristo seja glorificado em seu testemunho.

O tempo do fim requer cristãos comprometidos, que vivam à luz da eternidade. Não basta apenas esperar pela volta de Jesus; devemos agir no presente com fé, amor e obediência! – Heber Toth Armí.

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domingo, 2 de fevereiro de 2025

O NOIVO VOLTARÁ

 Devocional Diário - Descobertas da fé

2 de fevereiro

O NOIVO VOLTARÁ

Na casa de Meu Pai há muitas moradas. João 14:2

O momento era de imensa tristeza. Enquanto Jesus Se despedia, os discípulos não entendiam o que estava acontecendo. Era ceia de Páscoa, e essa ocasião deveria ser de alegria, não de sofrimento.

A semana anterior havia sido uma coleção de desapontamentos. Cinco dias antes, os discípulos organizaram a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, esperando que Ele Se proclamasse rei dos judeus e expulsasse os romanos, a família de Herodes e a corja do templo.

No entanto, nada aconteceu. E agora, para piorar, Jesus reuniu os discípulos e começou a falar sobre dor, crucifixão e morte. Qual seria o propósito? Brincar com os sentimentos e as esperanças daqueles que permaneceram ao Seu lado? Claro que não.

As palavras de Jesus em João 14 refletem o jeito carinhoso de um noivo ao falar com sua amada no momento do compromisso. Naquele tempo, quando um rapaz se comprometia a se casar com uma moça, ele prometia, perante testemunhas, se ausentar para conseguir o dinheiro do dote e construir uma morada para ambos na casa de seu pai.

Esse ato era selado com uma ketubbah, um documento firmado para garantir o cumprimento da promessa e o sustento da noiva. Hoje, chamaríamos isso de acordo pré-nupcial. Como a filha era considerada uma joia preciosa, o rapaz precisava provar que era digno da moça, “indenizando” o pai por tirá-la de casa e dando provas de que cuidaria dela.

Até hoje, em países como Egito e Jordânia, é comum ver prédios “familiares” ou casas geminadas de quintal único, onde cada anexo foi feito por um dos filhos. É nesse local, na “casa do pai”, que o noivo morará com sua esposa, após pagar o dote exigido pelo pai dela. Embora possa parecer estranho em nossa cultura, essa prática ainda é comum no Oriente Médio.

Esse era o contexto das palavras de Cristo. Os discípulos não sabiam, mas Sua morte seria o preço a ser pago para desposar a igreja. Somente após isso e após construir uma morada na casa do Pai é que Ele, como um noivo, voltaria para buscá-los.

João certamente se lembrou disso quando, em Patmos, ouviu o coro celestial cantando: “Alegremo-nos, […] porque chegou a hora das bodas do Cordeiro, e a noiva Dele já se preparou” (Ap 19:7). Você está pronto?

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1 Tessalonicenses 5 Comentário

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica 1Tessalonicenses 5
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


I TESSALONICENSES 5 – Neste capítulo encontramos uma mensagem de esperança e exortação que atravessa os séculos, alcançando o coração de cristãos que enfrentam os desafios de viver em um mundo marcado pelo pecado.

• Considere o texto com oração e busque consagrar-se a Deus.

Rodeado por teologias do inferno, que apontam para direções equivocadas especialmente sobre o sofrimento, o cristão precisa saber que mesmo seguindo a promessa e o plano de Deus os desafios podem estar bem a nossa frente. A crença no segundo advento de Cristo gera resiliência. A esperança é um dos elementos centrais para superar adversidades. O Dia do Senhor como um ladrão ressalta a imprevisibilidade e a urgência de estar preparado (I Tessalonicenses 5:1-3). A incerteza pode gerar ansiedade, mas para o cristão, ela também é uma chamada para a vigilância espiritual.

• A esperança na Segunda Vinda não é uma fuga da realidade, mas uma transformação da maneira como lidamos com ela.

Os cristãos são chamados de “filhos da luz” – uma afirmação de identidade, que molda o comportamento (I Tessalonicenses 5:4-11). Quando entendemos quem somos em Cristo, temos clareza sobre como devemos viver: Em sobriedade, fé e amor, guiados pela esperança da salvação.

• O senso de identidade espiritual é o que sustenta o cristão diante das hostilidades deste mundo.

Os líderes espirituais são instrumentos de Deus para conduzir Seu povo ao destino proposto por Ele. Assim, a obediência a esses líderes revela confiança no trabalho de Deus. Por isso, Paulo exorta a respeito do respeito à liderança da igreja e à prática da paciência, bondade e amor (I Tessalonicenses 5:12-15).

Nos versículos 16-22, há imperativos que são a chave para enfrentar os dias que antecedem a volta de Jesus:

• “Alegrem-se sempre”.
• “Orem continuamente”.
• “Deem graças em todas as circunstâncias...”.
• “Não apaguem o Espírito”.
• “Não tratem com desprezo as profecias...”.
• “Afastem-se de toda forma de mal”.

Como Josué e Israel diante do Jordão para entrar em Canaã (Josué 3:1-5), estão os cristãos se preparando para entrar no Céu (II Tessalonicenses 5:23-28). A mesma santificação que foi imprescindível para que Deus fizesse maravilhas no passado, é necessária hoje.

Portanto, que possamos, como o apóstolo exortou, permanecer vigilantes e confiantes, aguardando pacientemente o glorioso dia em que Cristo triunfantemente virá para nos buscar!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sábado, 1 de fevereiro de 2025

O PROBLEMA DO MAL

Devocional Diário - Descobertas da fé

1° de fevereiro

O PROBLEMA DO MAL

Em só refletir para compreender isso, achei que a tarefa era pesada demais para mim. Salmo 73:16

Não é justo que as palavras “criança” e “leucemia” estejam na mesma frase. Mesmo que a gramática permita a construção dessa sentença, nosso espírito se recusa a aceitá-la. E com toda a razão, pois não foi para isso que fomos criados. O mal não fazia parte da nossa constituição original no Éden. Ele foi um parasita maligno que entrou em nosso sistema.

De fato, o chamado “problema do mal”, isto é, o porquê do sofrimento no mundo, sempre foi o argumento mais utilizado por ateus e agnósticos para negar a existência de um Deus de amor. Como entender tudo isso?

O escritor inglês G. K. Chesterton, em seu livro O Crime do Padre Brown, colocou na boca de um dos personagens o seguinte raciocínio diante de uma cena de crime: “Não é que eles não vejam a solução. O que não enxergam é o problema” (p. 209). Talvez esse seja o caso de muitos pensadores do mundo moderno, incluindo muitos cristãos, que ficam presos nos detalhes da “cena”, esquecendo o que a provocou.

Se fixarmos os olhos apenas no momento da dor e do desespero, tudo parecerá sem sentido. Contudo, se conseguirmos, pela fé, erguer os olhos acima da superfície e visualizar o horizonte, entenderemos que não se pode julgar o enredo pela leitura de uma página. Por mais redundante que possa parecer, é necessário compreender que a história só acaba quando termina.

Não se trata de minimizar a dor ou ser insensível ao sofrimento. Talvez você esteja enfrentando um problema que parece insuperável, mas creia: esse momento da sua vida é apenas um parágrafo em um livro de muitas páginas. Ainda não chegamos ao fim do enredo.

Mesmo Se sentindo abandonado e temendo o sofrimento que O aguardava, Jesus ergueu o olhar acima daquele instante e lembrou-Se da promessa de que veria o fruto de Seu trabalho e ficaria satisfeito (Is 53:11). Por isso, pôde dizer: “Não estou sozinho, porque o Pai está Comigo. Falei essas coisas para que em Mim vocês tenham paz. No mundo, vocês passam por aflições; mas tenham coragem: Eu venci o mundo” (Jo 16:32, 33). Entender o grande conflito entre o bem e o mal nos ajuda a sair da situação momentânea e ver a história como um todo.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/o-problema-do-mal/

1 Tessalonicenses 4 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica 1 Tessalonicenses 4
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


I TESSALONICENSES 4 – A esperança do cristão tem fundamento. Não é vazia!

I Tessalonicenses 4 é um dos textos mais profundos e esclarecedores sobre a esperança cristã. Paulo inicia enfatizando a necessidade de viver de maneira que agrade a Deus, com foco claro na santificação. Ele salienta áreas específicas, como a pureza sexual, mostrando que o cristão é chamado a refletir o caráter de Deus enquanto vive neste mundo.

• Esta santificação não é apenas regra ética, mas uma resposta lógica à redenção em Cristo, reforçando a identidade do cristão como alguém pertencente a Deus (I Coríntios 6:19-20).
• A vida de santidade é o resultado natural de compreender que aqui não é nosso lar. O cristão vive com os olhos na eternidade, separando-se dos valores mundanos que são incompatíveis com a nova vida em Cristo.

A partir de I Tessalonicenses 4:9, Paulo explora a razão pela qual os cristãos estão neste mundo. Ele destaca que, enquanto os adventistas aguardam o advento de Cristo, eles têm um propósito claro: Viver de maneira digna e produtiva, refletindo os princípios do Reino de Deus.

• Esse ensino demonstra equilíbrio: O converso não é chamado a abandonar responsabilidades terrestres, mas vivê-las com a perspectiva da eternidade.
• A vida do adventista genuíno será de trabalho honesto, amor ao próximo e integridade; estas virtudes apontam para o Deus a quem servem e para o destino que aguardam.

Concluindo o capítulo, Paulo aborda diretamente a esperança cristã, consolando os crentes sobre aqueles que já morreram: Os mortos em Cristo não estão esquecidos; eles desfrutarão plenamente da glorificação no advento de Cristo.

“Quando Cristo voltar, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, e serão transladados para o Céu com todos os remidos. Portanto, os crentes precisam estar conscientes sobre o fim do mundo e a santificação da vida cristã. Aqui não é nosso lar. Os cristãos precisam compreender por que estão neste mundo” (Bíblia do Discípulo).

A ressurreição e o arrebatamento dos cristãos formam a base da esperança cristã, garantindo que os redimidos estarão para sempre com o Senhor. Esse trecho elimina qualquer ideia de uma esperança vazia ou sem fundamento. A promessa da ressurreição é ancorada na vitória histórica de Cristo sobre a morte (I Coríntios 15:20-22).

Olhemos para o futuro com expectativa! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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