MEDITAÇÃO DIÁRIA
Sexta-feira, 30 de abril
Folhas Que Não Murcham
Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem-sucedido. Salmo 1:3
As árvores que conheço desde minha juventude são as coníferas do oeste: pinheiro, abeto, cedro, choupo do Canadá, álamo e salgueiros que crescem à beira dos riachos. Cada espécie é distinta e admirável à sua própria maneira. Mas na minha concepção o altaneiro Abeto de Douglas, uma linhagem verdadeiramente nobre, excede a todos. Se a expressão “crescer em graça” se aplicasse a árvores, o Abeto de Douglas a exemplificaria melhor. Como pode alguém, nem mesmo sendo um especial amante da natureza, olhar firme e refletidamente a uma árvore assim e deixar de apreciar como a obra das mãos de Deus excede todo nosso entendimento?
As sequoias da Califórnia são também um espetáculo inspirador. Mais de 3 mil anos deslizam sobre seus elevados topos, e elas ainda permanecem como um testemunho permanente do poder de Deus. Algumas dessas árvores já existiam havia muito tempo quando Davi escreveu o texto bíblico de hoje; eram mais antigas ainda quando Jesus andou pela Galileia. Nem se fala quando Colombo descobriu o Novo Mundo! Nações e impérios vêm e vão; contudo, aquelas arrojadas árvores ainda vivem e crescem.
O cristão deve ser como uma árvore plantada junto a correntes de águas, sempre a crescer. Essa figura de linguagem representa maravilhosamente aquele que, como a grandiosa sequoia, continua crescendo. Sua vida é bem-sucedida porque ele “dá o seu fruto no devido tempo”. Por estar plantado junto a correntes de águas, não há estação de seca nem má colheita na vida daquele que continua crescendo em graça. Sua existência é sempre verdejante. Sua experiência é refrescante e revigorante. Ele é sombra para o cansado e provê proteção aos que estão aflitos e sendo açoitados pelas tempestades da vida.
O crescimento de uma árvore e sua estabilidade simbolizam a vida do cristão submisso. Desde a minúscula plantinha até uma árvore espantosamente gigantesca, que quase toca o céu, seu crescimento é um contínuo processo de receber e crescer. Nós somos recipientes de nutrientes temporários e espirituais não obtidos por nossos esforços. Sem a fonte de força e poder rapidamente murcharíamos e morreríamos. Contudo, com o auxílio de Deus, nossa alma pode ser semelhante à força duradoura de uma árvore. Nós também podemos produzir fruto na estação apropriada, pois, afinal, para isso fomos plantados.
Floyd Rittenhouse, 28/3/1984