sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Reconhecimento- Jó 40

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 
Leitura Bíblica – Jó 40
Comentário: Pr. Heber Toth Armí

Depois de Deus levantar grandes perguntas diante do grande dilema de Jó nos capítulos 38 e 39, o sofredor Jó reagiu.


Como ele reagiu? Ele aproveitou a oportunidade para encurralar Deus? Ele questionou Deus como disse que faria se tivesse oportunidade? Ele reclamou por Deus ter feitou ou permitido toda aquela dor e angústia que ele passou?


Antes de Jó responder ou falar qualquer coisa a Deus, Deus ainda disse a Jó (vs. 1-2):


“Aquele que contende

com o Todo-poderoso poderá repreendê-lo?
Que responda a Deus
aquele que o acusa!”

Jó irá acusar a Deus? Irá condená-lO? Seria Jó ousado para reprovar a Deus, o Soberano Criador do Universo? Então, o intrigado Jó respondeu com as seguintes palavras singelas (vs. 3-5):


“Sou indigno;

Como posso responder-te?
Ponho a mão sobre minha boca.
Falei uma vez,
mas não tenho resposta;
sim, duas vezes,
mas não direi mais nada”.

Jó ficou sensibilizado diante de Deus. Ele abaixou a guarda. Sua arrogância deu lugar à humildade. Sua humildade o preparou para o que Deus ainda lhe falaria e faria. Sua justiça própria e orgulho de si mesmo desapareceu diante da majestade de Deus.


Deus tem prazer em falar com quem está disposto a ouvi-lO com humildade. Ele quer comunicar-Se com Seus servos piedosos. Deus Se inclina para satisfazer aos sofredores e angustiados. Ele mesmo declara claramente:


“Habito num lugar alto e santo,

mas habito também com o contrito e
humilde de espírito,
para dar novo ânimo
ao espírito do humilde
e novo alento ao coração do contrito” (Isaías 57:15).

Por isso, com prazer Deus inicia Seu segundo discurso a Seu servo Jó (v. 6). Na sequencia, a fala de Deus desafia Jó a lhe responder perguntas (v. 7). Será que Jó tem condições de questionar a justiça de Deus? Será que Jó conseguirá condenar a Deus para justificar-se perante o universo? (v. 8). Deus Lhe dá as diretrizes nos versículos 9-14:


1. Torne-se Deus/majestoso/esplendoroso/glorioso;

2. Humilhe e acabe com os orgulhosos/poderosos ;
3. Esmague os ímpios/malvados.

Sabendo que Jó seria incapaz de fazer isso, Deus revela Seu poder sobre o poder de suas poderosas criaturas. Nada O assusta (vs. 15-24).


Nossa situação só terá solução se nos entregarmos humildemente nas mãos do Soberano do Universo! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.


#rpsp #ebiblico #palavraeficaz

O BOM PASTOR

MEDITAÇÃO DIÁRIA

31 de janeiro
O BOM PASTOR

Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. João 10:11

Uma das mais belas figuras de Cristo nas Escrituras Sagradas é a que O retrata como pastor. Tanto quanto podemos captar dessa imagem, a primeira e mais óbvia lição da metáfora é que todos nós somos Suas ovelhas, incapazes e dependentes em todas as coisas.

Vivemos dias terrivelmente perigosos e incertos, mas temos a garantia de que há um pastor cuidando de nós. Jesus disse: “Eu sou o bom pastor.” Não se trata apenas de um simpático pastor. O adjetivo “bom”, do grego kalós, nos remete a um pastor extraordinário!

A primeira característica notável desse pastor é Seu conhecimento pessoal das ovelhas. Ele não nos observa como um grupo. Olha-nos individualmente, conhece nosso íntimo e vê o coração magoado precisando de alívio. Observa a ovelha que caiu na armadilha do predador e não consegue se desvencilhar. Vê o rosto apreensivo, o pai decepcionado, a esposa perplexa, o filho revoltado, a moça desiludida, o desempregado ansioso, o enfermo sem esperança. Acima de tudo, providencia livramento, pastos verdejantes, sombra e água tranquila com vistas à restauração de todos.

Quando Ele diz: “conheço as Minhas ovelhas” (v. 14), de fato, está dizendo: “Conheço-as completamente, mais do que possam imaginar. Sei dos seus temores, sonhos, alegrias e tristezas. Percebo o suspiro imperceptível, vejo a lágrima que desliza escondida, ouço o grito de angústia não extravasado.” Nada disso é notado com indiferença ou sentimento de impotência. Nosso pastor é tudo!

E as ovelhas O conhecem (v. 14). Acaso, nós O conhecemos? Sabemos identificar Sua voz? Nos tempos antigos, pastores 
costumavam levar seus rebanhos para pastar juntos. Em meio a tantas ovelhas e diferentes pastores, cada animal conhecia a voz de seu pastor. Caso um deles imitasse outro, a ovelha pressentia a existência de perigo e se assustava. Entre as muitas vozes existentes no mundo, devemos saber distinguir a voz do Bom Pastor. Aprendemos a identificá-la em comunhão com Ele, por meio da oração e do estudo de Sua Palavra.

Finalmente, o bom pastor dá a vida pelas ovelhas. Lembre-se: Ele morreu por pecadores como você e eu. Custamos a Ele grande preço – Sua vida, Seu sangue derramado. Por isso, somos Suas ovelhas. Pertencemos a Ele. É somente sob a consciência dessa bendita realidade que a vida com tudo o que a envolve, trabalho, estudo, relacionamentos, ideais, projetos e realizações, tem significado.

Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Compreensão - Jó 39

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica – Jó 39
Comentário: Pr. Heber Toth Armí

Antes de aprofundar no texto inspirado, lembro-me de uma música, da qual destaco algumas frases:

Muitos acreditam em vãs superstições
Buscam nas estrelas respostas encontrar
Mas eu sei que a verdade brilha mais do que o sol […].

Há pessoas que acreditam que a ciência e a razão
Não precisam de um Deus para a vida explicar
Mas em toda natureza vejo o toque de tuas mãos
Tu és o meu Deus, meu Pai, meu Criador.

[…]

Mesmo que outros rejeitem as provas
De que existe um Criador
Minha vida vai mostrar
Que eu creio em Ti, Senhor…

Neste capítulo Deus, o Criador da natureza e do ser humano, faz alguns questionamentos a Jó sobre:

1. O nascimento das cabras e das corças (vs. 1-4);
2. O boi selvagem, sua força e suas habilidades (vs. 9-12);
3. O avestruz, apesar de sua simplicidade intelectual, corre mais que cavalos (vs. 13-18);
4. A capacidade de Jó na criação do cavalo com sua agilidade, coragem e habilidade (vs. 19-25);
5. A capacidade de Jó fazer o falcão e a águia voar sem esforço alcançando alturas inimagináveis (vs. 26-30).

Deus escolheu coisas estranhas, simples e loucas do mundo para envergonhar aos sábios deste mundo (ver I Coríntios 1:27). A intuição, habilidade, força e sabedoria dos animais surpreendem até aos mais entendidos dos seres humanos.

Certa vez Abraão Lincoln declarou: “Eu entendo que um homem possa olhar para baixo, para a terra, e ser um ateu; mas não posso conceber que ele olhe para os céus e diga que não existe um Deus”. Interessante que neste capítulo Deus começa falando dos animais da terra e depois eleva os olhos de Jó para o alto, falando sobre o falcão e a águia.

Ainda que na terra haja muitas coisas interessantes, Deus almeja erguer nossa cabeça a fim de que elevemos nossos olhos ao alto, assim nossa visão se amplia. Deus tem Suas estratégias para conduzir-nos ao propósito que Ele tem para nossa vida. A nós cabe permitir que Ele abra nossa mente para verdades que, de outra forma, nunca alcançaríamos.

Nossas expectativas de Deus são sempre superadas quanto mais Ele se revela a nós. Ele nos surpreende com habilidades e qualidades melhores do que imaginamos nEle. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz

LUZ DO MUNDO

MEDITAÇÃO DIÁRIA
30 de janeiro

LUZ DO MUNDO

De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem Me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida. João 8:12

Provavelmente, Jesus tenha feito essa declaração ao entardecer do último dia da Festa dos Tabernáculos, a propósito da cerimônia das luzes, assim como a afirmação sobre a qual refletimos ontem estava relacionada com o ritual de libação da água. A cerimônia das luzes lembrava a peregrinação dos israelitas pelo deserto, sob a coluna de nuvem durante o dia, ou de fogo durante a noite; ambas indicadoras da presença protetora de Deus. Já na primeira noite da festa, lâmpadas de ouro eram acesas no templo. Além dessas, em cada um dos oito dias seguintes, luzes eram acesas também na cidade, iluminando-a completamente. Ellen White descreve esse ritual:

“No centro desse pátio, erguiam-se dois altos pilares sustentando suportes de lâmpadas, de grandes dimensões. Depois do sacrifício da tarde, acendiam-se todas as lâmpadas, que derramavam luz sobre Jerusalém. Essa cerimônia comemorava a coluna luminosa que guiara Israel no deserto, e era também considerada como apontando para a vinda do Messias. À noitinha, quando se acendiam as lâmpadas, o pátio apresentava uma cena de grande regozijo. Homens de cabelos brancos, os sacerdotes do templo e os príncipes do povo, uniam-se em festivas danças ao som dos instrumentos e dos cantos dos levitas” (O Desejado de Todas as Nações, p. 463).

A cerimônia era deslumbrante, mas certamente não expulsava as trevas espirituais do coração. Atento a isso, Jesus declarou ser Ele mesmo a verdadeira luz. Essa luz era tão necessária naquele tempo como é ainda hoje para o ser humano que tateia na escuridão moral e espiritual buscando saída segura para seus medos e incertezas.

Nos dias de Cristo, densas trevas de legalismo, rituais vazios e tentativas de manipulação por parte dos líderes circundavam o povo. Hoje, a humanidade é envolvida pelas trevas do temor, do sentimento de culpa, do orgulho intelectual, da violência em todas as suas formas, do relativismo de valores, da instabilidade econômica, do secularismo, da indiferença e da incredulidade. As conquistas logo se demonstram efêmeras, e o que era celebrado como algo grandioso se perde na escuridão do vazio.

Somente sob o foco da luz divina – Cristo Jesus –, a vida vale a pena, e nossas conquistas do trabalho têm sentido. A fim de que desfrutemos a plenitude da vida, devemos viver e trabalhar sob o brilho da Luz celestial.

Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Deus entra em cena - Jó 38

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica – Jó 38
Comentário: Pr. Heber Toth Armí

Quando Deus entra em cena, nada fica igual. Deus desce do Céu até a Terra para fornecer satisfação humana, orientar as informações deficientes e repreender as teorias erradas sobre a vida, sobre o ser humano e principalmente sobre Sua pessoa.

Deus não respondeu as diversas perguntas intrigantes de Jó, pelo contrário, fez mais perguntas a Jó do que ele havia feito a Deus. O psicólogo Paul Turnier explica: “A resposta de Deus não é uma ideia, uma proposição como a conclusão de um teorema; Ele próprio é a resposta. Jó recebeu a revelação de Deus e encontrou um relacionamento pessoal com Ele”.

Deus responde por meio de perguntas. Deus não fala nada a Jó sobre seu sofrimento, muito menos aborda as razões do sofrimento. No capítulo em questão, Deus introduz Sua fala com 32 interrogações.

No capítulo anterior, “Eliú procurava defender sua compreensão religiosa, atacando a credibilidade de Jó. O sofrimento de Jó constituía um desafio à tradição teológica dos quatro amigos. E Eliú achava que, se pudesse deter o protesto de Jó contra Deus, o desafio desapareceria. Ele procurava mostrar que, sendo Jó tão insignificante diante da grandiosidade de Deus, não tinha o direito de interrogá-Lo” (Charles H. Betz).

Mas, Eliú estava equivocado em suas ideias filosóficas e teológicas. Betz continua: “O Senhor, por meio de perguntas similares [às de Eliú], queria que Jó visse que, se não conseguia compreender como Deus atua nos fenômenos naturais bem conhecidos, como poderia compreender por que Ele permite o sofrimento? Assustado, Eliú queria ver-se livre de Jó, ao passo que Deus, em Seu amor, desejava fazer com que Jó percebesse a diferença fundamental entre o Criador e a criação. O Senhor levou Jó a sério, ajudando-o a reconhecer o fato de que, mesmo que Deus explicasse todos os mistérios do sofrimento, Jó não conseguiria compreendê-los. O patriarca precisava crer simplesmente que Deus sabe o que faz”.

1. Precisamos mais de confiança em Deus do que compreensão e explicação de nossa situação.
2. Precisamos de um real encontro com Deus mais do que explicação de nossa intrigante situação.
3. Precisamos mais da atenção de Deus do que entendimento de nossa aflição.
4. Precisamos mais de Deus que de qualquer coisa.

Amigos, oremos: “Senhor, reaviva-nos sobrenaturalmente!” – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz

ÁGUA DA VIDA

MEDITAÇÃO DIÁRIA

29 de janeiro
ÁGUA DA VIDA

No último dia, o grande dia da festa, levantou-Se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a Mim e beba. João 7:37

Escrevo esse texto um dia depois de ter assistido a uma reportagem sobre a crônica falta de água na região Nordeste. Animais agonizando, carcaças espalhadas nos pastos ressequidos, leitos de rios secos, barragens vazias, pessoas tendo que pagar caro pelo “precioso líquido”. No âmbito mundial, as previsões sobre disponibilidade da água no futuro não são animadoras. A escassez já afeta, de acordo com a Organização das Nações Unidas, cerca de 1 bilhão de pessoas. Desperdício e alterações climáticas resultantes das agressões humanas à natureza agravam o problema.

Entretanto, há uma fonte inesgotável que transcende os limites materiais. Jesus Se identificou como sendo essa fonte. A declaração foi feita durante a Festa dos Tabernáculos, evento no qual era realizado o ritual de libação da água. Nesse ritual, um sacerdote à frente de uma procissão se dirigia ao tanque de Siloé, onde um cântaro de ouro era enchido com água. Então seguia até o templo, em cujo altar despejava o cântaro. O cortejo era realizado ao som do cântico do Hallel (Sl 113–118). A cerimônia era repetida durante sete dias e lembrava a provisão de águas que brotaram da rocha ferida por Moisés, para saciar a sede dos israelitas no deserto.

Passados sete dias, tudo era repetitivo, e o povo se mostrava cansado. O coração sedento desejava algo mais do que cerimonialismo vistoso. Então Jesus, que conhece os mais profundos anseios da alma, Se apresentou como a água que satisfaz a sede espiritual, assim como havia Se oferecido à mulher samaritana (Jo 4:13, 14).

O que a água é para o físico, Cristo é para a vida espiritual. Ele, por meio da atuação do Espírito Santo (v. 39), produz limpeza, saciedade, refrigério e crescimento espirituais. Se buscamos satisfação para nossa sede espiritual, é a Ele que devemos ir. Somente Jesus a satisfará, proporcionando alívio à mente cansada, descanso ao coração fatigado e esperança para a vida sem perspectivas.

Não precisamos beber das cisternas contaminadas que o mundo oferece. Muito menos precisamos beber da água oferecida em forma de rituais, exigências e práticas legalistas. Devemos ir hoje mesmo à fonte que jamais se esgota e satisfazer nosso ser. “Se alguém tem sede, venha a Mim e beba.” “Aquele, porém, que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que Eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (Jo 4:14).

Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Um sermão– Jó 36

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 
Leitura Bíblica – Jó 36
Comentário: Pr. Heber Toth Armí

 Falar sobre Deus e por Ele é mais complexo do que se imagina. Pregar é mais sério do que se pensa. Fazer sermão é de uma responsabilidade sem igual. Ser um intérprete da Palavra de Deus exige mais do que conhecimento de hermenêutica e exegese, depende de discernimento dotado pelo Espírito Santo.

A fala de Eliú mais parece monólogo do que diálogo, é um sermão. São vários discursos os dele, mas sem interrupções. Os capítulos 36 e 37 contêm seu quarto e último discurso.

A introdução desse discurso reza assim: “Acompanhe mais um pouco meu raciocínio. Vou convencer você. Há ainda muita coisa a ser dita a favor de Deus. Aprendi tudo isso em primeira mão, direto da Fonte. Tudo que eu sei sobre justiça devo ao meu Criador. Confie em mim, estou oferecendo a você a pura verdade. Acredite, conheço essas coisas muito bem” (vs. 1-4, AM).

• Usar a lógica no sermão ou no discurso teológico não é suficiente;
• Convencer alguém com argumentos teológicos ou filosóficos nem sempre significa ter falado a verdade;
• Deus quer mais do que advogados de defesa, Ele quer testemunhas;
• Dizer que aprendeu diretamente com Deus o que diz sobre Ele nem sempre é verdade;
• Falar sobre justiça de Deus com convicção às vezes é uma revelação de uma mera opinião.

A teologia de Eliú no capítulo em questão tem estes pontos:

1. Ele faz apologia à declaração de Jó quando disse que o perverso prospera e o inocente sofre e depois combate as reclamações de Jó (vs. 6-15, ver Jó 21:7, 27-33, 24:1-17);
2. Sem compreender o tema do grande conflito, ele alega que o sofrimento de Jó é consequência de seus atos perversos contra o soberano Deus (vs. 16-33).

Além disso, Carol Ann Mayer-Marlow especifica outros detalhes da teologia de Eliú:

• Deus não preserva a vida dos ímpios (v. 6);
• Os justos passam por aflições a fim de que estejam dispostos a aprender e a dar atenção a Deus (vs. 7-10);
• Nossa prosperidade depende de nosso arrependimento e da obediência a Deus (vs. 11-12)
• Os ímpios morrem cedo (vs. 13-14);
• Ouvidos que eram insensíveis ao som da voz de Deus tornam-se sensíveis como resultado da adversidade (v. 15).

Estude mais! “Senhor, reaviva-me por Tua Palavra!” – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz

PÃO DA VIDA

MEDITAÇÃO DIÁRIA

27 de janeiro
PÃO DA VIDA

Eu sou o Pão da Vida. João 6:48

Principal alimento dos hebreus desde os tempos mais remotos, o pão é muito apreciado em todo o mundo. Há cerca de mil tipos de pão. Desses, mais de 300 são servidos aos alemães. Sua origem está ligada ao início do cultivo do trigo na região da Mesopotâmia, onde atualmente está situado o Iraque. A Bíblia menciona 319 vezes o vocábulo pão, na versão Almeida Revista e Atualizada.

A palavra pão nos traz à mente a ideia de satisfação, sustento e saciedade. No corre-corre da vida, todos os esforços empreendidos pelo ser humano parecem centralizar-se em um objetivo: ganhar o pão, a fim de garantir a sobrevivência própria e a daqueles pelos quais é responsável. Por esse propósito, patrões e empregados, líderes e liderados, instrutores e aprendizes, homens e mulheres trabalham árdua e honestamente, de sol a sol. Alguns buscam o máximo aprimoramento intelectual; outros não o consideram necessário. Outros pretendem ganhar o pão utilizando meios censuráveis, e há quem pense que pode ser adquirido sem trabalho.

É justo e necessário que trabalhemos pela obtenção do pão material. Isso faz parte do plano de Deus para a existência humana. O trabalho honesto foi instituído e abençoado por Ele. A queda da humanidade alterou a dinâmica de execução do trabalho, mas não seu valor. Ao lado disso, desde a criação, Deus tomou providências para a sobrevivência humana. Durante a peregrinação do Seu povo, após a saída do Egito, providenciou-lhe o maná diário (Êx 16:4, 5, 14-35). Cristo alimentou multidões, multiplicando milagrosamente pães e peixes (Mc 8:1-9; Jo 6:1-13).

Apesar de sua importância, a luta pelo pão material não deve ofuscar a prioridade da busca pelo Pão da vida que nutre para a eternidade. Nos dias de Jesus, os habitantes da Galileia sabiam o que significava trabalhar com diligência, e isso eles faziam servindo aos ricos proprietários de terras de quem recebiam salários modestos. Mesmo assim, não eram capazes de empregar esforços na busca espiritual. Por isso, o Mestre aconselhou: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que subsiste para a vida eterna” (Jo 6:27).

É Jesus quem dá sentido a tudo o que desejamos, pelo que trabalhamos e o que conquistamos. Nenhum tipo de pão existente no mundo, nem mesmo o maná que os israelitas receberam no deserto, satisfaz para a vida eterna. Só Jesus. Que Ele seja prioridade em sua agenda hoje!
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

A teologia de Eliú – Jó 36

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica – Jó 36
Comentário: Pr. Heber Toth Armí

 Falar sobre Deus e por Ele é mais complexo do que se imagina. Pregar é mais sério do que se pensa. Fazer sermão é de uma responsabilidade sem igual. Ser um intérprete da Palavra de Deus exige mais do que conhecimento de hermenêutica e exegese, depende de discernimento dotado pelo Espírito Santo.

A fala de Eliú mais parece monólogo do que diálogo, é um sermão. São vários discursos os dele, mas sem interrupções. Os capítulos 36 e 37 contêm seu quarto e último discurso.

A introdução desse discurso reza assim: “Acompanhe mais um pouco meu raciocínio. Vou convencer você. Há ainda muita coisa a ser dita a favor de Deus. Aprendi tudo isso em primeira mão, direto da Fonte. Tudo que eu sei sobre justiça devo ao meu Criador. Confie em mim, estou oferecendo a você a pura verdade. Acredite, conheço essas coisas muito bem” (vs. 1-4, AM).

• Usar a lógica no sermão ou no discurso teológico não é suficiente;
• Convencer alguém com argumentos teológicos ou filosóficos nem sempre significa ter falado a verdade;
• Deus quer mais do que advogados de defesa, Ele quer testemunhas;
• Dizer que aprendeu diretamente com Deus o que diz sobre Ele nem sempre é verdade;
• Falar sobre justiça de Deus com convicção às vezes é uma revelação de uma mera opinião.

A teologia de Eliú no capítulo em questão tem estes pontos:

1. Ele faz apologia à declaração de Jó quando disse que o perverso prospera e o inocente sofre e depois combate as reclamações de Jó (vs. 6-15, ver Jó 21:7, 27-33, 24:1-17);
2. Sem compreender o tema do grande conflito, ele alega que o sofrimento de Jó é consequência de seus atos perversos contra o soberano Deus (vs. 16-33).

Além disso, Carol Ann Mayer-Marlow especifica outros detalhes da teologia de Eliú:

• Deus não preserva a vida dos ímpios (v. 6);
• Os justos passam por aflições a fim de que estejam dispostos a aprender e a dar atenção a Deus (vs. 7-10);
• Nossa prosperidade depende de nosso arrependimento e da obediência a Deus (vs. 11-12)
• Os ímpios morrem cedo (vs. 13-14);
• Ouvidos que eram insensíveis ao som da voz de Deus tornam-se sensíveis como resultado da adversidade (v. 15).

Estude mais! “Senhor, reaviva-me por Tua Palavra!” – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz

PÃO DA VIDA

MEDITAÇÃO DIÁRIA

27 de janeiro
PÃO DA VIDA

Eu sou o Pão da Vida. João 6:48

Principal alimento dos hebreus desde os tempos mais remotos, o pão é muito apreciado em todo o mundo. Há cerca de mil tipos de pão. Desses, mais de 300 são servidos aos alemães. Sua origem está ligada ao início do cultivo do trigo na região da Mesopotâmia, onde atualmente está situado o Iraque. A Bíblia menciona 319 vezes o vocábulo pão, na versão Almeida Revista e Atualizada.

A palavra pão nos traz à mente a ideia de satisfação, sustento e saciedade. No corre-corre da vida, todos os esforços empreendidos pelo ser humano parecem centralizar-se em um objetivo: ganhar o pão, a fim de garantir a sobrevivência própria e a daqueles pelos quais é responsável. Por esse propósito, patrões e empregados, líderes e liderados, instrutores e aprendizes, homens e mulheres trabalham árdua e honestamente, de sol a sol. Alguns buscam o máximo aprimoramento intelectual; outros não o consideram necessário. Outros pretendem ganhar o pão utilizando meios censuráveis, e há quem pense que pode ser adquirido sem trabalho.

É justo e necessário que trabalhemos pela obtenção do pão material. Isso faz parte do plano de Deus para a existência humana. O trabalho honesto foi instituído e abençoado por Ele. A queda da humanidade alterou a dinâmica de execução do trabalho, mas não seu valor. Ao lado disso, desde a criação, Deus tomou providências para a sobrevivência humana. Durante a peregrinação do Seu povo, após a saída do Egito, providenciou-lhe o maná diário (Êx 16:4, 5, 14-35). Cristo alimentou multidões, multiplicando milagrosamente pães e peixes (Mc 8:1-9; Jo 6:1-13).

Apesar de sua importância, a luta pelo pão material não deve ofuscar a prioridade da busca pelo Pão da vida que nutre para a eternidade. Nos dias de Jesus, os habitantes da Galileia sabiam o que significava trabalhar com diligência, e isso eles faziam servindo aos ricos proprietários de terras de quem recebiam salários modestos. Mesmo assim, não eram capazes de empregar esforços na busca espiritual. Por isso, o Mestre aconselhou: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que subsiste para a vida eterna” (Jo 6:27).

É Jesus quem dá sentido a tudo o que desejamos, pelo que trabalhamos e o que conquistamos. Nenhum tipo de pão existente no mundo, nem mesmo o maná que os israelitas receberam no deserto, satisfaz para a vida eterna. Só Jesus. Que Ele seja prioridade em sua agenda hoje!
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

domingo, 26 de janeiro de 2020

Deturpações– Jó 35

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 
Leitura Bíblica – Jó 35
Comentário: Pr. Heber Toth Armí

Deturpações


Interpretação é assunto sério. É muito fácil deturpar a realidade, as palavras humanas e também a Palavra de Deus.

O raciocínio humano contaminado com o pecado não tem discernimento apropriado para avaliar corretamente nada.

1. Eliú deturpa as colocações ditas por Jó (vs. 1-3); “Eliú não concordou com a declaração de Jó, de que uma pessoa justa poderá sofrer tanto quanto um pecador. No entanto, ao combater esse conceito (verso 3), ele insinuou que Jó estava dizendo que os justos não terão finalmente nenhuma vantagem sobre os ímpios. Isso era uma distorção do ponto de vista de Jó” (Carol Ann Mayer-Marlow).

2. Eliú deturpa a teologia (vs. 4-8); segundo Eliú, “o pecado do homem não causa dano à soberania de Deus, e a justiça do homem não Lhe serve para nada” (William MacDonald), quando, na verdade, o que acontece na Terra afeta o Céu (ver Gênesis 6:11-13; 18:16, 17, 23-32; Êxodo 2:23-25; 22:21-24; Oséias 11:8; Mateus 9:36).

3. Eliú deturpa a realidade (vs. 9-16); a filosofia de Eliú é que sofredores não são sinceros ao clamar a Deus, eles apenas estão sendo interesseiros e egoístas a fim de livrarem-se dos sofrimentos. “O ponto fraco dessa posição é que ela pressupõe que os que continuam a sofrer não clamam a Deus corretamente” (Francis D. Nichol).

Nossas pressuposições interferem em toda e qualquer interpretação; se elas não vierem da Palavra de Deus, tendemos a adulterar todo assunto em que emitimos nossa opinião. O pecado distorce nossa visão; consequentemente, só com a restauração do Espírito Santo podemos obter discernimento.

Pessoas de mente obscura, de pensamentos turvos, de visão nebulosa chegam a conclusões absurdamente terríveis sobre tudo; pior é que emitem opiniões como se fossem convicções, criticam como se fossem donas da verdade. Eliú encerrou seus argumentos desse capítulo dizendo: “Jó, você só fala bobagens – nem sabe o que diz!” quando, na verdade, era Eliú que falava bobagens distorcendo o que Jó dissera.

“Desde que Satanás deturpou a Deus para Eva no Jardim do Éden, essa tática tem sido um de seus ardis preferidos. Consegue lembrar-se de um exemplo recente da maneira pela qual Satanás usa os críticos da igreja de Deus e seus dirigentes para torcer-lhes as atitudes e afirmações?” (Mayer-Marlow).

Fuja dessas táticas ardilosas! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz

A Fortaleza da Fé

MEDITAÇÃO DIÁRIA
 26 de janeiro


A FORTALEZA DA FÉ


Vou subir a minha torre de vigia e vou esperar com atenção o que Deus vai dizer e como vai responder à minha queixa. Habacuque 2:1, NTLH

O profeta Habacuque viveu em um mundo que, em muitos aspectos, se parecia com o nosso. As perplexidades da vida ameaçavam deprimi-lo, a iniquidade em Judá não tinha limite. Violência, corrupção, degradação moral e espiritual reinavam na Terra. Oprimido pelo escárnio e desprezo dos descrentes, o profeta buscou a Deus e obteve a resposta de que os caldeus – pecadores, cruéis, tiranos – cumpririam o propósito de punir a transgressão do povo da aliança. Ficou perplexo, porém se dispôs a esperar a providência divina. Sabia que, em algum momento, suas perguntas seriam respondidas.

Deus quer que Seu povo, à semelhança de Habacuque, contemple de modo tranquilo e confiante, da “torre de vigia”, ou fortaleza da fé, o desenrolar dos acontecimentos, observando as evidências de Sua direção, seguro de Seus vitoriosos desígnios.

No momento oportuno, Deus pôs fim à inquietação do profeta, confrontando-o com duas formas de vida (v. 2-4), também verificáveis em nossos dias. De um lado, acham-se os que confiam em si mesmos, orgulhosos, seguros de sua sabedoria e do êxito de seus planos. Do outro lado, estão aqueles que vivem pela fé que lhes dá a certeza inabalável de que, apesar das aparências, Deus realiza Seus propósitos para o bem daqueles que O amam. O mundo não está sem um regente. O Senhor dirige todas as coisas. Consciente ou inconscientemente, homens e mulheres realizam os desígnios divinos. Depois de observar a atuação de Deus, inclusive contra os próprios caldeus, Habacuque pôde expressar segurança e louvor: “O Senhor, porém, está no Seu santo templo; cale-se diante Dele toda a Terra” (Hc 2:20). Ou seja, do Seu trono, Ele tem tudo sob Seu controle.

Apesar das nuvens sombrias que possam escurecer o dia, apesar de o futuro se mostrar incerto, Deus está presente. Em Suas mãos, tudo marchará para um fim glorioso. Mesmo que nem todas as nossas perguntas sejam esclarecidas nesta vida, haverá um momento em que todas as respostas ficarão claras para nós.

Tendo aprendido a lição de confiança na amorosa e sábia providência de Deus, em quaisquer circunstâncias, Habacuque celebrou: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação” (Hc 3:17, 18). Isso é viver pela fé!

Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

sábado, 25 de janeiro de 2020

Obtenha Sabedoria - Jó 34

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica – Jó 34
Comentário: Pr. Heber Toth Armí

Precisamos do auxílio do Espírito Santo para interpretar bem a Palavra divina, do contrário, favoreceremos ao diabo e desprezaremos a Deus.

Examine atentamente cada ponto deste capítulo:

1. O sábio pede “humildemente” que outros sábios avaliem suas palavras pensando serem incontestáveis (vs. 1-4).

2. O sábio segundo o mundo retrata indevidamente a situação de um sofredor; Eliú colocou palavras na boca de Jó que ele nunca disse. Jó nunca disse que agradar a Deus era perca de tempo (vs. 5-9).

3. O sábio fala o que pensa ser verdade sobre Deus, mas é apenas sua mera opinião. Para Eliú,

• Deus não faz nenhum mal a ninguém, mas cobra e faz cada indivíduo pagar por todos os seus atos (vs. 10-15);
• Deus não faz acepção de pessoas, Ele é justo a tal ponto de fazer cada devedor de justiça pagar até o último centavo (vs. 16-20);
• Deus é onisciente e está como um juiz perscrutador pronto a punir e humilhar àquele que fez por merecer (vs. 21-30).

4. O sábio que pensa que está com a razão se prevalece dos mais fracos e doentes (vs. 31-33).

5. O sábio desprovido do Espírito Santo ataca veementemente visando nocautear seu alvo com argumentos consistentes (vs. 34-37).

Para vencer argumentos que desafiam nossas crenças adulteramos as palavras ditas pela pessoa que estamos atacando. Para parecer mais coerente, sábio e lógico que nosso oponente tendemos a atacar os mais fracos com frases argumentativas que ferem ao invés de curar, que humilham ao invés de elevar, que oprimem ao invés de redimir.

Sun Tzu orienta: “Diante de uma larga frente de batalha, procure o ponto mais fraco e, ali, ataque com sua maior força”; já Agni Shakti alerta: “Na falta de argumento a ignorância usufrui da agressividade e da ofensa como modo de ataque”. Precisamos ir além de Eliú!

O livro em que estamos mergulhados em suas páginas não é o relato de um Deus cruel que provocou Satanás para infernizar a vida do coitado Jó. Sua mensagem vai muito além de um Deus que incita contendas, que permite o sofrimento por mera distração ou que instiga o inimigo a um duelo sem causa, ocasionando caos na existência humana.

Reflita: Obtenha sabedoria segundo Deus, não segundo o mundo! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz

Carga Dividida

MEDITAÇÃO DIÁRIA

25 de janeiro
CARGA DIVIDIDA

 Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. Gálatas 6:2

BO contexto desse conselho é específico quanto ao dever dos cristãos amadurecidos de restaurar irmãos que foram vencidos pelo pecado, compartilhando a carga de sofrimento e vergonha que os esmaga. Afinal, eles mesmos não estão imunes a essa infeliz experiência. Poucas coisas existem mais enganosas do que alguém pensar o contrário. Para a igreja da Galácia, inclinada ao legalismo, o conselho era muito oportuno.

Apesar de a palavra “carga” ser usada nesse contexto específico, ela é a tradução do termo grego bar?, que significa uma carga pesada, de qualquer tipo. Podemos, então, refletir sobre ela relacionando-a ao dever de ajudar nosso irmão a levar outras cargas, além do sofrimento resultante do fracasso espiritual.

O pecado imprimiu profundas marcas na natureza humana. Entre elas, está a limitação que as pessoas têm para lidar sozinhas com os altos e baixos da vida. Algumas reagem razoavelmente bem, outras nem tanto. Há sempre alguém enfrentando dificuldades envolvendo família, saúde, relacionamentos, necessidades materiais, planos fracassados, sentimento de rejeição, exigências do mundo competitivo em que vivemos, insegurança e temor. A nosso lado, alguém pode estar esperando uma palavra de ânimo e valorização. Deus quer nos usar como agentes que aliviem o peso dessas cargas. Não sejamos indiferentes.

No livro Vivendo Sem Máscaras, Charles Swindoll diz ter dialogado com um amigo recém-filiado a uma igreja. Tendo realçado aspectos positivos da nova experiência, o amigo fez esta ressalva: “A única coisa de que sinto falta é do velho companheirismo com os caras do grupo no barzinho da esquina. A gente ficava lá sentado, ria, contava casos, bebia e relaxava […]. Era maravilhoso! Mas hoje não tenho ninguém para contar meus problemas, para falar de meus erros. Não encontro ninguém na igreja que passe o braço no ombro da gente e pergunte: ‘Está tudo bem?’ Cara, a gente se sente muito sozinho ali” (p. 136).

Alguns detalhes da queixa são questionáveis, mas a essência é: Alguém pode estar sentindo falta de ajuda para levar suas cargas, justamente onde ela devia estar sobrando, ou seja, em qualquer lugar em que haja um discípulo de Cristo.

“Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo.” A lei de Cristo não é outra senão a lei do amor. Uma prova de que o amor de Deus flui através de nós é quando amorosamente ajudamos nosso irmão a levar suas cargas.

Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Complexidade da Vida - Jó 33

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jó 33
Comentário: Pr. Heber Toth Armí

A complexidade da vida faz as pessoas investirem seus pensamentos na busca de respostas às perplexidades da humanidade.

Mesmo para os religiosos, surgem mais enigmas que respostas. A sabedoria dos filósofos, a ciência dos pesquisadores e a inteligência dos pensadores são insuficientes para esclarecer os problemas da existência. Carecemos de algo mais!

Eliú intentará desvendar mistérios. Sua abordagem difere da dos outros que intentaram, mas foi tão infeliz quanto eles em revelar os enigmas da vida. Apesar disso, neste capítulo Eliú apresenta temas bem interessantes, vale a pena prestar atenção juntamente com Jó (vs. 1-4):

1. Eliú intenta fazer com que Jó percebesse que ao declarar sua inocência, mas, culpando a Deus, foi injusto de sua parte; pois, nós humanos, somos formados por Deus do pó da terra, nossa visão é limitada demais para acusar nosso Criador, nosso padrão de justiça é pequeno demais para colocar Deus no banco dos réus (vs. 5-18).

2. Eliú concentra-se nos vários métodos usados por Deus para falar ao ser humano (vs. 19-30). O alvo de Deus é resgatar/salvar; por isso, fala-nos por meio…

a) De visões e sonhos;
b) Do sofrimento;
c) De doenças graves;
d) De um anjo.

3. Eliú enfoca na sabedoria, sendo ela o caminho mais coerente para a explicação dos complexos mistérios da existência humana (vs. 31-33).

Eliú não se aproximou de Jó como juiz, mas como amigo e irmão; ele não acusou falsamente a Jó, mas aceitou a afirmação de sua justiça; Ele não usou linguagem abusiva, mas respeitosa; ele não falou visando torturar Jó, mas ajudá-lo.

Eliú deseja agir como revelador de Deus para Jó, sua intenção é ser um intérprete de Deus perante o sofredor angustiado e exausto de tanta dor. Ele almeja orientar Jó em sua forma de lidar com Deus. Seus discursos são o elo entre os discursos filosóficos de Jó e seus amigos e os discursos divinos, o qual virá em seguida – após o seu.

O ser humano frustrado possui uma necessidade incontida de explorar algo novo em busca de respostas satisfatórias. Explorar não é errado; precisamos ser curiosos como crianças e exploradores como adolescentes, mas sempre firmados no alicerce da Palavra de Deus – pois, ela é a fonte da verdadeira sabedoria!

Reavivemo-nos na Palavra! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz

Retrato de Um Cristão

MEDITAÇÃO DIÁRIA

24 de janeiro
RETRATO DE UM CRISTÃO

Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Romanos 1:16

Após uma palestra na qual incentivou um grupo de cristãos a se dedicar às missões estrangeiras, certo pregador foi questionado por um dos ouvintes: “Não entendo por que temos que levar uma nova religião a lugares em que já existem muitas crenças exóticas. Isso não iria aumentar a confusão religiosa?” O missionário respondeu: “Não falei sobre implantar uma religião em algum lugar, mas em levar o evangelho. É pelo evangelho que dou minha vida”.

Esse diálogo traz implícita uma questão que tem se tornado a base do conflito espiritual para muitas pessoas que associam crescimento espiritual à mera prática de dogmas ou obediência a credos religiosos. Devemos estar cientes de que o desenvolvimento espiritual é mais que um esforço para ser bom religioso. Antes e acima de tudo, é uma experiência que se fundamenta numa relação amigável com Jesus Cristo através da fé, o que possibilitará uma vida em crescente santificação, frutífera em atos de amor ao próximo na construção de um caráter nobre.

Não é que a religião em si seja má. Contudo, problemas surgirão sempre que os religiosos a complicarem com ideias próprias. Ela só tem sentido quando vivida à luz do evangelho. Religião (do latim religare) pressupõe uma iniciativa humana em busca de Deus; ao passo que o evangelho é iniciativa de Deus para alcançar o homem. Se, por meio da religião, o homem tenta subir a escada da própria justiça, na esperança de se encontrar com Deus no topo; no evangelho, Deus desce a escada da encarnação em Jesus Cristo e Se encontra conosco.

A mera religiosidade tende a realçar a conduta exterior, enquanto o evangelho coloca em primeiro plano a transformação do caráter, que nos levará à prática das boas obras. Aqui, muitos falham em buscar apenas reforma exterior, quando a maior necessidade é de transformação do coração. Como seres humanos, nosso problema principal é interno. Precisamos de um coração limpo. Precisamos nascer de novo. Precisamos nos tornar novas criaturas em Cristo Jesus, o evangelho personificado. Sem Ele, nada na vida, nem mesmo a própria vida, tem sentido. Com Ele entronizado em nosso coração, não haverá um dever ou requerimento cristão que não seja praticado prazerosamente. Nosso estilo de vida, em todos os seus aspectos, refletirá Seu amor, Sua simplicidade, pureza e santidade.

Que nossa experiência seja a mesma do apóstolo Paulo: “Não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2:20).

Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Impactante

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 
Leitura Bíblica – Jó 32
Comentário: Pr. Heber Toth Armí

Deus estava encurralado. Jó colocou o Criador do Universo num beco sem saída. Deus estava no banco dos réus. Seu caráter estava sendo julgado. Jó aparentemente se colocava acima da justiça divina. Já havia silenciado seus amigos com seus argumentos, agora quer respostas de Deus!


Eliú, aparentemente jovem, aparece do nada, para chamar a atenção de Jó e seus três amigos. Quando todos não tinham mais o que falar, Eliú tem novidades. Por ser um bom ouvinte, quem fala por último pode falar melhor. Quem ouve, medita; quem presta atenção nos mais velhos, pondera melhor seus pensamentos; quem avalia o que os outros dizem aprende a sabedoria.


O discurso de Eliú é único, sem réplica ou tréplica; é longo, profundo e impactante. Este capítulo é apenas uma introdução de sua preleção sobre o sofrimento e o Deus soberano. Eliú se apresenta; sendo jovem, havia permanecido em silêncio, respeitando os mais velhos; mas irritou-se, perdeu a paciência e, então, furioso e explodindo de raiva expôs sua opinião (vs. 1-5);


Eliú contesta alguns paradigmas tradicionais:


1. Nem sempre idade significa maturidade, inteligência e sabedoria; a sabedoria vem de Deus não da idade, nem da experiência e nem mesmo da faculdade (vs. 6-10);

2. Nem sempre pensar que ter razão significa ter razão, pode ser arrogância; Eliú acha que vai conseguir convencer a Jó daquilo que os outros três amigos fracassaram (vs. 11-22).

Embora muito educado, Eliú explodiu de raiva. Embora tenha honrado aos mais velhos com seu silêncio, Eliú agora passou a atacar a sabedoria e as ideias dos experientes com o quebrar do silêncio.


Sua ira se ascendeu; ele falou cheio de indignação…


• …Contra Jó, por ele justificar a si mesmo diante de Deus (v. 2);

• …Contra os três amigos filósofos de Jó, por condenarem Jó sem conseguir provar que Jó estava errado (v. 3);
• …Por ver os três sábios se renderem ao silêncio (v. 5).

Aplicações: Ser motivado pela…


• Raiva, indignação e ira não promove sabedoria, mas arrogância;

• Coragem, intrepidez e ousadia pode revelar insegurança;
• Força, vigor e raciocínio jovial só aparentará resolução aos dilemas da vida.

Eliú intentará dar a resposta que definirá a questão de Jó, será que conseguirá? Não perca, acompanhe até o fim. Seja perseverante!


Reavivemo-nos na Palavra! – Heber Toth Armí.


#rpsp #ebiblico #palavraeficaz

O Cântico do Cativo

MEDITAÇÃO DIÁRIA
23 de janeiro
O CÂNTICO DO CATIVO

Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções. Salmo 137:1-3

Os sentimentos dos israelitas exilados em Babilônia são intensamente expressados no Salmo 137, chamado por alguns “o cântico do cativo”. Misturam-se sentimentos de tristeza, saudade e desejo de vingança. O fato, porém, é que eles colhiam o resultado de terem se afastado de Deus.

Alguns dos cativos são encontrados aqui, assentados às margens dos rios de Babilônia, remoendo um desgosto que parecia além do que era possível suportar. A dor pela perda de Sião e do templo era indescritível. E os babilônios reagiam à tristeza deles pedindo-lhes que cantassem. Esse era um modo de os captores tripudiarem sobre o sofrimento dos capturados. Nesse caso, a humilhação acentuava-se porque, do ponto de vista do inimigo, representava a ideia de que o Deus dos israelitas era inferior a seus deuses.

No entanto, os cativos se recusaram a cantar, preferindo mergulhar no saudosismo. Se cantassem, teriam mostrado que a presença de Deus não é limitada pela geografia e que nada pode nos separar do Seu amor. Teriam exaltado o verdadeiro Deus em uma terra estranha e hostil.

Peregrinando em uma pátria que não é a nossa, também somos desafiados a cantar o cântico de Sião quando somos confrontados com oportunidades de testemunhar diante de pessoas e situações difíceis. Ou quando precisamos ser otimistas em ocasiões de prova e revés. Sempre há os que preferem pendurar as harpas, mergulhando no silêncio angustiante, entregando-se ao pessimismo. Privam-se de desfrutar o melhor da vida.

Apesar de tudo, podemos cantar, especialmente, se nos lembramos de que outros peregrinos são também provados e encontram razão para entoar os cânticos de Sião. Depois, precisamos ter em mente que o louvor liberta das tristezas e frustrações. Jesus cantou na noite em que foi traído, enquanto a sombra da cruz pairava mais densa sobre Seu caminho (Mt 26:30). Sim, Ele cantou quando estava prestes a experimentar as agonias do Getsêmani e do Calvário.

O inimigo espera que respondamos às adversidades da vida com queixas e desespero. Contudo, o louvor nos leva à presença de Deus; a recusa em pendurar a harpa produz ânimo e vigor. Cristo Se oferece para formar um dueto melodioso com cada um de nós em meio às lutas deste dia. Ele sabe o que é cantar em uma terra estranha e de sofrimento e nos dará forças para fazer isso.

Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

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