domingo, 31 de março de 2024

Ordem alterada

 Devocional Diário

Ordem alterada

Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo. Êxodo 20:17, ARA


Anos atrás, eu estava pregando em uma igreja e, na parte de trás do templo, vi duas tábuas da lei. O artista havia estampado em hebraico os números de cada mandamento e colocado quatro números em uma tábua e seis na seguinte. Só havia um problema. Na primeira tábua, em vez de pôr 1, 2, 3 e 4, ele havia posto 10, 1, 2 e 3. Como ninguém sabia hebraico, não notaram o equívoco. Aquilo me pareceu muito significativo, uma vez que o mandamento que mais afeta nossa sociedade é o décimo.

Em linhas gerais, todos crescemos em entornos urbanos. Em 1800, só a cidade de Pequim já tinha mais de 1 milhão de habitantes, e a maioria da população mundial vivia no campo. Em 1900, cerca de 150 milhões de habitantes viviam nas cidades. No ano 2000, esse número subiu para 3 bilhões. Em 2008, a metade do mundo vivia em cidades. Embora essa situação apresente algumas vantagens, ela acaba exigindo um estilo de vida de dependência mútua e comércio. Nossas necessidades básicas têm se multiplicado em âmbitos que vão desde a moda (vestuário variável) até a decoração (moradia variável) e à delicatessen (alimentação variável). Para que essas mudanças constantes sejam produzidas, o comércio estimula o desejo. Vivemos na sociedade do temporário e do desejável. A roupa da moda (que não se limita a mudar somente a cada estação do ano), o equipamento da moda (e as inovações são constantes), o carro da moda (antes, de combustível fóssil; agora, elétrico) – são tantas coisas, que vivemos constantemente correndo atrás dos desejos que nos são estimulados.

Acho que é hora de pararmos e voltarmos à grandeza que existe na simplicidade. É certo que menos é mais, sobretudo quando o menos tem a ver com uma visão melhor de nós mesmos. Talvez tenhamos que sair por um tempo da cidade, deixar o celular em casa e redescobrir uma paisagem da natureza.

Independentemente do que seja necessário fazer, volte às origens, e você sentirá desejos mais saudáveis, desejos que o ajudarão a se distanciar das coisas e se aproximar das pessoas e de Deus. Com Ele o menos é mais. 

Vislumbres da eternidade
31 de março
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Ezequiel 6 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 6
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 6 – Fica evidente, nesse texto, a natureza justa e ao mesmo tempo misericordiosa de Deus. Ele é intolerante ao pecado, mas faz de tudo para restaurar o pecador.

Ezequiel viveu durante o exílio do povo judeu na Babilônia. Ele profetizou sobre o julgamento divino contra o povo “santo” por causa de sua infidelidade, pecado e idolatria. Em Ezequiel 6:1-14, o juízo é pronunciado sobre as montanhas de Israel devido à adoração idolátrica praticado nelas, as quais sofrerão punição severa e devastação por meio de invasões estrangeiras.

• A natureza geme por causa do pecado da humanidade (Romanos 8:20-22).

Em Ezequiel 6:11 Deus ordena aplaudir ironicamente; esse gesto, que celebra a alegria, será utilizado de forma sarcástica. Deus está instruindo as nações estrangeiras a se regozijarem na destruição que Ele trará sobre o povo de Israel como resultado de seu pecado.

De certa forma, o bater palmas será uma celebração pela justiça divina. No Salmo 47:1 consta o seguinte imperativo: “Batam palmas, vocês, todos os povos; aclamem a Deus com cantos de alegria. Pois o Senhor Altíssimo é temível, é o grande Rei sobre toda a Terra!”

Além disso, a ordem de bater palmas e bater com o pé pode ser entendida em conexão com outros textos bíblicos que tratam do julgamento divino e a reação das nações. Por exemplo, em Isaías 55:12, há uma imagem de montanhas e árvores batendo palmas em alegria diante da restauração de Israel. O bater palmas a Deus, é tão importante para os seres humanos que, até mesmo a natureza inanimada – como rios e montanhas – o fazem diante de Seu juízo (Salmo 98:8-9). Em Ezequiel, as montanhas são personificadas como testemunhas silenciosas da destruição iminente, mas alguém deve aplaudir pelo julgamento divino.

• Tudo isso visa revelar a seriedade do pecado (Ezequiel 6:9) e o reconhecimento de quem é Deus (Ezequiel 6:14). Ele julga o pecado visando restaurar ao pecador.
• A devastação na natureza é um sinal visível de quão terrível é o pecado, e quão temível deveria sê-lo para nós.

Reconhecendo que Deus é tanto Juiz como Redentor, somos encorajados a buscar pelo arrependimento que gera transformação, e então buscar justiça e retidão em nossas ações.

Deus pode usar o sofrimento como processo de purificação e crescimento espiritual. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sábado, 30 de março de 2024

Síndrome de Antoñita

 Devocional Diário

Síndrome de Antoñita

Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Êxodo 20:16, ARA

Na Espanha, o período do pós-guerra foi difícil. O país tinha ficado isolado do resto da Europa, e as condições econômicas eram realmente difíceis, sobretudo nas cidades. Foi nesse contexto que Borita Casas, escritora de literatura infantil, criou uma personagem que ficou muito famosa: Antoñita la Fantástica. A personagem era uma menina que fugia da realidade com suas fantasias. Entre outras coisas, ela falava com os musaranhos (mamíferos parecidos com ratos), viajava para o país de Babia, dialogava com uma lâmpada ou com as velas de um bolo de aniversário. A personagem ficou tão popular que até hoje, na Espanha, se costuma dizer que alguém “está pensando nos musaranhos” ou “está em Babia” quando se desconecta da realidade.

Preocupa-me o que podemos chamar de Síndrome de Antoñita. Essa síndrome ocorre quando uma pessoa vive na fantasia, mentindo para si mesma e para os demais. É uma maneira de transgredir o mandamento, pois deforma a vida, convertendo-a em falsidade. Por vezes, como aconteceu na Espanha do pós-guerra, isso resulta em um ambiente adverso ou nocivo, uma forma de fugir do que é negativo. Além do mais, viver na fantasia nos inibe de desenvolver a resiliência e superar a frustração.

Já tive alunos com essa síndrome, mas o caso que mencionarei alcançou níveis muito intensos. O pai havia falecido quando ele ainda era um menino, e a mãe, uma mulher melindrosa, o havia criado em meio a desculpas. Se o filho não estudasse, era por causa da atitude dos professores ou de doenças espontâneas que o afligiam. Se apresentasse uma moral questionável, isso se devia às amizades ou à pouca motivação que recebia na igreja. O moço vivia uma mentira. Eu escutei dele as desculpas mais incríveis. No começo, eu ficava indignado, mas logo passei a ter pena de sua experiência de vida. Por não abandonar a fantasia, nunca foi capaz de crescer como pessoa.

No Getsêmani, Jesus não mentiu para Si mesmo. Em vez disso, enfrentou a tentação apegando-Se ao Deus da verdade. Ante os tormentos da cruz, não enganou a Si mesmo – morreu clamando pela presença do Pai. Nós O tomamos como exemplo. Por isso, não mentimos para nós mesmos; ao contrário, oramos pedindo coragem para encarar a realidade.

Vislumbres da eternidade
30 de março
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sexta-feira, 29 de março de 2024

Roubos permitidos

 Devocional Diário

Roubos permitidos

Não furtarás. Êxodo 20:15, ARA


Existem roubos e roubos. Roubos muito alardeados, como o de Albert Spaggiari ao banco Société Générale de Nice (França), em 1976, considerado o roubo do século. Roubos absurdos, como o de David Goodhal, que, em 1978, tentou levar alguns objetos de um shopping enquanto ali acontecia uma convenção de detetives. Roubos insólitos, como o de uma praia da Jamaica, em que uma extensão de 700 metros de areia desapareceu. Nunca se explicou como isso aconteceu. Roubos esportivos, como o de Stamford Bridge, em 2009, no qual não marcaram pelo menos quatro pênaltis contra o Chelsea, que acabou perdendo a Liga dos Campeões da UEFA. O árbitro, Tom Henning Øvrebø, ainda hoje recebe cartas ameaçadoras.

Há roubos que são aceitos socialmente. Transgridem o mandamento, mas, como a maioria das pessoas pratica tal coisa, dizem que não há mal algum nisso. Por exemplo, parece que não há nenhum mal em defraudar os cofres públicos ou qualquer instituição que cobra impostos, embora Paulo alerte: “Paguem a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra” (Rm 13:7). Precisamos ser honestos no pagamento dos tributos.

Outro exemplo: copiar o que outro pensou sem dizer que o pensamento é dele. O plágio é um delito e impede nosso desenvolvimento pessoal. Não há nada que traga maior satisfação do que, graças a Deus, ter uma ideia. É como viver, por um instante, a criatividade do Senhor. Não perca a oportunidade de criar. Um esforço criativo leva a soluções que beneficiam sua maneira de enfrentar obstáculos.

Um último exemplo: material baixado da internet. A internet é o novo faroeste onde os “fora da lei” estão à solta. Basta ler os comentários de uma notícia para ver quão grosseiro pode ser o anonimato. Os “novos assaltantes” agora se dedicam a baixar filmes, séries, músicas, livros, etc. – tudo pirata! Quem é que não faz isso? Não sei, mas é pouca gente.

Muitos desses casos são até permitidos – ou ignorados –, mas são roubos. No final das contas, voltamos ao mesmo problema: falta de amor pelos outros. “O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o cumprimento da lei é o amor” (Rm 13:10).

Dê exemplo e seja honesto. Ame a Deus e ao próximo com sinceridade. 

Vislumbres da eternidade
29 de março
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Ezequiel 4 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 4
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 4 – Ezequiel foi chamado para ser profeta e mensageiro de Deus em sua primeira visão, iniciada no capítulo 1 (ver Ezequiel 2:1-9). Ao compreendê-la hoje, precisamos estar dispostos a também responder ao chamado de Deus, prontos para sermos enviados onde Ele nos conduzir, como fez Ezequiel no capítulo 3. Para tanto, devemos buscar um entendimento mais profundo da santidade divina e viver em conformidade com Seus padrões de vida (Ezequiel 2:8; 3:7-11).

A submissão a Deus leva-nos a tomarmos parte de Sua mensagem aos impenitentes pecadores. Quem não ouve a Palavra de Deus, precisa vê-la; para isso Deus utiliza-Se de encenações:

• Em visão, o profeta deveria comer o rolo do livro (Ezequiel 3:1-3). Isso significa absorção e internalização da mensagem divina por parte do profeta, que então deve proclamá-la ao povo rebelde.

• Encarceramento e mudez (Ezequiel 3:25-27). Deus falou ao profeta para encerrar-se em casa, onde seria amarrado e ficaria mudo impossibilitado de repreender aos rebeldes, simbolizando a dureza do coração e a recusa do povo em ouvir a mensagem de Deus, bem como o tempo de silêncio divino em resposta à rebelião deles.

• Desenhos em tijolos (Ezequiel 4:1-3). Ezequiel deveria desenhar numa taboa de argila uma representação de Jerusalém e então simular um cerco contra ela, como aviso do julgamento divino por causa do pecado do povo.

• Deitar-se do lado esquerdo e depois direito (Ezequiel 4:4-8). Os dias para cada lado seriam determinados pelos anos de história de pecado do povo de Deus.

• Comer pão assado em fezes (Ezequiel 4:9-17). Durante o tempo que ficaria deitado o profeta deveria comer pão assado em fezes. Era para ser fezes humana, mas ao argumentar com Deus, foi-lhe permitido utilizar fezes bovinas, encenando profeticamente o racionamento de alimento e água dos israelitas.

Além de encenações, Ezequiel 4:5-7 contém a base para a interpretação de profecias apocalípticas tratando de períodos “de tempo” especificados nas visões. Em certas profecias, onde um determinado período é mencionado simbolicamente, um dia na profecia representa um ano literal. Isso é conhecido como o “princípio do dia/ano”. Por exemplo, em Daniel 9:24-27 as 70 semanas (490 dias) equivalem a um período de 490 anos.

Acima de tudo, o importante é entender que nossa vida é a Bíblia que muitos lerão! Então, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 28 de março de 2024

Wodaabe

 Devocional Diário

Wodaabe

Não adulterarás. Êxodo 20:14, ARA

Não há dúvida de que o festival de beleza mais exótico produzido no mundo é o de Guérewol. O festival é celebrado no final da época das chuvas, em setembro, pelos membros da tribo wodaabe, no Sahel africano. Para a nossa cultura, o que chama mais a atenção é que são os homens que competem. Eles se enfeitam durante mais de seis horas a fim de se mostrarem irresistíveis. Para isso, pintam o rosto de amarelo, os lábios de preto (assim ressaltam ainda mais seus dentes branquíssimos) e marcam o nariz para que pareça muito maior. Como se não fosse suficiente, arregalam os olhos porque isso é tido como extremamente belo. Três das mulheres mais lindas das aldeias atuam como juradas e escolhem os que em breve serão seus maridos. A tribo wodaabe é poliândrica e, por isso, as mulheres têm vários maridos.

Podemos até aceitar o costume de Guérewol. Afinal, estamos acostumados aos documentários sobre viagens em que se vê de tudo. “Mas esse negócio de poliandria” – você pode pensar –, “isso aí já é demais! Vários esposos para apenas uma mulher! Aonde vamos chegar?” Não vamos chegar; já estamos lá. A grande armadilha de nossa época passa pela sexualidade extemporânea, a sexualidade sem amor, a sexualidade explícita, a sexualidade hedonista e egoísta. O costume dos wodaabe não é mais irregular do que praticar sexo sem amor, não é mais irregular do que ser infiel, não é mais irregular do que “casar-se e dar-se em casamento” sem a bênção divina.

A pureza fora e dentro do casamento parece uma virtude defasada e desnecessária. Não podemos esquecer que a pureza é o contexto da confiança, da sinceridade, da intimidade que não mostra apenas pele, mas coração. Nós buscamos a pureza do Éden porque vamos para um novo Éden.

O que nos resta do paraíso? O sábado e o casamento. Satanás tenta desvirtuar ambas as instituições, pois elas criam vínculos de intimidade com Deus e com nosso cônjuge. A sexualidade com amor, pureza, contexto e compromisso nos leva à realidade antes do pecado. Tudo mais não deixa de ser experiências sem futuro. Exóticas? Sim. Mas irregulares também. Por isso, ame de verdade. Ame seu cônjuge. Ame pura e exclusivamente, conforme a Palavra de Deus.

Vislumbres da eternidade
28 de março
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Ezequiel 3 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 3
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 3 – Enquanto a Palavra de Deus é poderosa e eficaz em cumprir seus sublimas propósitos, pode haver momentos em que os ouvintes escolhem rejeitá-la, resultando numa aparente falta de resposta. Isso, contudo, não diminui em nada à Palavra do Senhor, mas reflete a liberdade de escolha e responsabilidade das pessoas em aceitar ou rejeitar a mensagem divina.

A falta de conversão após pregações poderosas não significa que a Palavra de Deus voltou vazia (Isaías 55:11), pois ela sempre realiza o que Deus deseja através dela e alcança sim Seus soberanos propósitos. Compreender corretamente isso nos fará perceber melhor a confiabilidade e o poder da Palavra de Deus em realizar Sua vontade entre os pecadores.

Mesmo quando a Palavra de Deus é fielmente proclamada, não há garantia absoluta de que os ouvintes a aceitará e a obedecerá. Jesus estava ciente disso quando proferiu sua conhecidíssima parábola do semeador e os diferentes solos que recebiam as sementes (Marcos 4:1-20). A Bíblia não ignora que a resistência humana e a dureza do coração impedem as pessoas de aceitar sua mensagem, como Deus alertou Ezequiel (Ezequiel 2:3-8).

Em sua primeira visão, Ezequiel viu uma mão estendida segurando o rolo de um livro, o qual continha palavras de “lamento, pranto e ais” (Ezequiel 2:9-10), indicando mensagens de julgamento e advertência aos rebeldes judeus exilados na Babilônia.

Em Ezequiel 3, Deus constituiu Seu servo como atalaia para Seu povo, mesmo enfrentando resistência e oposição. A Palavra de Deus cumpriria Seu propósito: Alertaria o povo sobre o perigo de seu pecado e de sua desobediência à Palavra de Deus.

O rolo/livro da visão deveria ser comido/digerido pelo profeta. No paladar, o livro seria doce a Ezequiel; mas ao ser levado pelo Espírito a pregar, ele estava “cheio de amargura e de ira e com a forte mão do Senhor sobre” ele; e testemunha: “Fui aos exilados que moravam em Tel-Abibe, perto do rio Quebar. Sete dias fiquei lá entre eles – atônito!” (Ezequiel 3:1-15).

A intenção é que nem o profeta nem Deus deveria ser o responsável pelas consequências da desobediência (Ezequiel 3:16-27). O mesmo acontece em Apocalipse 10 ao João representar o remanescente que proclamaria o juízo divino diante da rebelião promovida pela Babilônia apocalíptica (Apocalipse 14:6-12; 18:1-4).

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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quarta-feira, 27 de março de 2024

Os demais assassinos

 Devocional Diário 

Os demais assassinos

Não matarás. Êxodo 20:13, ARA


Caim não havia aprendido a se relacionar com Deus. Sua indisciplina o levava a fazer coisas que não eram apropriadas. Era uma pessoa muito violenta e, por desenvolver essa tendência, acabou matando o irmão. O resto de sua existência ficou marcado por esse ato e pelo intenso medo de enfrentar o mesmo destino que seu irmão tinha sofrido. Caim foi o primeiro assassino, e isso a gente não esquece. Ocorre que a violência só gera violência.

Vivemos em um mundo em que, continuamente, faz-se referência à violência. São os desenhos animados exibidos por diferentes redes de televisão, as séries seguidas por multidões, os videogames, alguns esportes, etc. Tanto é assim que muita gente chega a pensar que as diferentes situações da vida podem ser solucionadas com a violência. Não há nada mais distante da realidade.

Além disso, vivemos na época dos assassinos, aqueles que não são perseguidos pela lei ou que estão na prisão. Vivemos em uma época de maus-tratos a entes queridos. Usam-se com normalidade palavras depreciativas e ácidas, o olhar destila ódio. Mata-se pouco a pouco e sem consciência disso. Na competição do ambiente de trabalho, vale tudo: a difamação (que mata a imagem de uma pessoa), a parcialidade (que mata a igualdade de oportunidades) e a opressão (que realmente afeta a saúde mental e física). Na família, os papéis foram alterados, e o respeito é a exceção.

O Ser com maior capacidade de ação do Universo, Deus, não resolve problemas pela força. Mais que isso, Ele respeita tanto as pessoas que lhes dá liberdade pessoal, ainda que se equivoquem. O Senhor nos revitaliza com Suas bênçãos (palavras afáveis), com Sua equanimidade (todos somos iguais perante Ele) e com Sua generosidade (nos permite crescer como pessoas).

Qual é o melhor método para solucionar um problema? Não é a violência, pois ela não resolve nada. É como disse Isaac Asimov: “A violência é o último recurso do incompetente.” Lembre-se das palavras de 1 João 4:18: “No amor não existe medo; pelo contrário, o perfeito amor lança fora o medo. Porque o medo envolve castigo, e quem teme não é aperfeiçoado no amor.” É muito fácil cumprir essa proposta. Olhe para os que o rodeiam e ame-os. 

Vislumbres da eternidade
26 de março
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Ezequiel 2 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 2
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 2 – O importante Livro de Ezequiel foi escrito por um importante servo de Deus.

Ezequiel, nascido na Babilônia, era sacerdote fiel, filho do sacerdote Buzi, da terra de Israel (Ezequiel 1:1-3). Seu ministério profético teve início enquanto estava exilado entre os judeus levados ao cativeiro babilônico, no trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês. Sua primeira visão foi da glória de Deus, os Céus se abriram quando estava junto ao Rio Quebar (Ezequiel 1:4-27). Após a visão, o sacerdote profeta caiu com o rosto em terra e ouviu uma voz que falava com ele (Ezequiel 1:28).

Aquela voz o instruiu a levantar-se, pois o Senhor lhe falaria. Na verdade, ele foi colocado em pé quando o Espírito entrou nele; a partir daí Ezequiel passou a ouvir a voz que lhe disse para ir até os filhos de Israel para falar-lhes as palavras que Deus lhe daria para falar (Ezequiel 2:1-9).

O mensageiro deveria transmitir fielmente as palavras de advertência do Senhor ao povo de Israel, mesmo que este fosse rebelde e teimoso (Ezequiel 2:3-7). Ezequiel foi alertado de que o povo seria resistente à sua mensagem, mas ele deveria proclamá-la mesmo assim, sem temer suas línguas obstinadas; pois, o próprio Deus o fortaleceria e o capacitaria para cumprir essa dura e desafiante missão. O profeta deveria apenas ser submisso e obediente a Deus (Ezequiel 2:8) sem preocupar-se com os resultados.

Há uma aparente contradição nessa missão dada por Deus a Ezequiel em relação à missão da Palavra de Deus em Isaías 55:11 – ela não voltará vazia, pois fará o que Deus deseja através de Sua Palavra e atingirá o propósito pela qual a enviar.

• Ao refletir mais profundamente, é nítido que não existe contradição no texto, apenas numa compreensão meramente superficial. Observe Deus não disse que todos aceitariam miraculosamente Sua Palavra através de Ezequiel. O propósito de Deus é que as pessoas soubessem que Ele enviou Seu profeta para estar entre elas (Ezequiel 2:5).

• E, se Deus sabe que não vai ter adeptos, por que envia mesmo assim Sua Palavra? Primeiro, porque Ele não quer perder ninguém – oferece oportunidade a todos; mas, Ele também não quer que ninguém tenha desculpas por sua perdição.

Evangelizar implica mais que conversão, significa oportunizar a salvação! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 26 de março de 2024

O jogo da vida

 Devocional Diário

O jogo da vida

Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá. Êxodo 20:12, ARA

Para entendermos melhor este mandamento, vamos compará-lo a um videogame. Vamos chamá-lo de seikatsu – em homenagem aos japoneses, maiores criadores desse tipo de entretenimento. Ele tem as seguintes características:

1. É um jogo de colaboração. Isso quer dizer que o objetivo não é que você ganhe, mas que, quanto mais jogadores ganharem, mais níveis você terá como jogador. Os participantes mais competitivos acabam tendo uma pontuação baixa.

2. É um jogo no qual você só entra mediante recomendação. As pessoas que o recomendam são seus “pais” e, dependendo de como os trate no jogo, você criará uma relação de maior ou menor intensidade. A melhor estratégia é a que se chama “honrar”, o que significa que você deve ser generoso e respeitador para com eles. Isso dá muitos pontos.

3. Conforme o estrategista Paulo (Ef 6:1, 2), a relação de honra tem que ser “no Senhor”. Deus é o criador do jogo (muitos jogadores O chamam de “Senhor”) e já deixou bem claro no regulamento que esse honrar nunca pode contrariar as “dez palavras” (Decálogo) que refletem Sua vontade. Se alguém quebrar essas normas, o jogo é interrompido. Para reiniciá-lo, você deve baixar o aplicativo JESUS©, desenvolvido pelo jogador com maior pontuação da história.

4. Se você jogar direito, “honrando os seus pais”, você consegue vários bônus com muitas vidas. E se baixar o aplicativo JESUS© e o executar, você poderá ganhar vidas infinitas.

Dá para entender a comparação? Obviamente, isso diz respeito mais aos jovens, que são os que mais se sentem familiarizados com esse assunto. O melhor videogame que se pode jogar se chama “vida” (seikatsu, em japonês) e não se joga em uma tela, mas em nosso coração (um dispositivo incrível). É graças aos nossos pais que temos acesso a esse jogo. Nossa relação com eles é “no Senhor”, e, como Deus é amor, devemos amá-los. Essa relação de respeito torna a vida mais fácil, estável e duradoura.

Às vezes, porém, a coisa complica, não é verdade? Para esses casos, não há nada melhor do que JESUS© em sua vida. Eu O provei, e funciona maravilhosamente. Faça o mesmo!

Vislumbres da eternidade
26 de março
https://mais.cpb.com.br/meditacao/o-jogo-da-vida/

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Ezequiel 1 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 1 – A visão deste capítulo enfatiza o controle soberano de Deus sobre todo o Universo – Deus governa sobre tudo!

A imagem da Sua glória descrita na visão destaca Sua natureza transcendente e incomparável. A proposta Ezequiel 1 é levar-nos a cultivar uma compreensão da grandeza e majestade de Deus, que ultrapassa os limites de nossa compreensão.

A visão retrata seres viventes e rodas cheias de olhos que estão sob o comando de Deus. “As rodas eram tão complicadas em seu arranjo que à primeira vista pareciam estar em confusão: mas moviam-se em perfeita harmonia. Seres celestiais, sustidos e guiados pela mão que estava sob as asas dos querubins, impeliam aquelas rodas; acima delas, sobre o trono de safira, estava o Eterno; e em redor do trono um arco-íris, emblema da misericórdia divina”, explica Ellen White.

Diante disso, devemos reconhecer e aceitar a autoridade de Deus sobre nossa vida, confiando em Sua sabedoria e plano. Através da informação da providência divina descrita na visão, somos encorajados a confiar que Deus está cuidando de cada detalhe, mesmo quando as circunstâncias parecem desconcertantes (Ezequiel 1:1-27).

Ao contemplarmos a glória, majestade e soberania divina diante de uma visão espetacular dada a Ezequiel, somos lembrados de nossa pequenez, insignificância e limitação (Ezequiel 1:28). Portanto, é imprescindível que cultivemos uma atitude de humildade diante da grandiosidade de um Deus que interage conosco.

A visão dada a Ezequiel se deu enquanto ele estava entre os exilados na Babilônia. Ela abre as cortinas da realidade física, destacando a importância do discernimento espiritual para a compreensão da vida real, e então entender os propósitos e caminhos de Deus em nossa existência.

“Assim como aquela complicação de semelhanças de rodas se achava sob a direção da mão que havia sob as asas dos querubins, o complicado jogo dos acontecimentos humanos achava-se sob a direção divina. Por entre as contendas e tumultos das nações, Aquele que Se assenta acima dos querubins ainda dirige os negócios da Terra” (EGW).

A visão deste capítulo estabelece o tom para o restante do livro, transmitindo a grandeza e a majestade de Deus, bem como a autoridade e soberania divina sobre todas as nações, inclusive sobre o Império Babilônico no passado ou qualquer império opressor no presente.  Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 25 de março de 2024

Lembra-te

 Devocional Diário

Lembra-te

Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Êxodo 20:8, ARA

Falar do sábado como uma imposição é falar apenas de tempo. Quando começa ou quando termina? O que posso ou não fazer? O que acontece quando viajamos a um país com fuso horário diferente? Nada de errado, mas há uma visão melhor. Falar do sábado como uma relação é falar de encontro.

Quando o sábado se torna uma relação de amor com Deus, ele se transforma em algo especial. É por isso que toda atividade se sujeita a esse desejado momento no qual cessamos as atividades deste mundo para entrar em um modo de antecipação da nova Terra. Cada novo sábado é a experiência de como será um dia junto ao Senhor na Nova Jerusalém. Desfrutaremos da Sua presença a cada instante e sentiremos a alegria de contemplar em primeira mão nosso amado Deus.

Ter o sábado em mente não apenas nos permite lembrá-lo – o que seria uma mera marcação em nosso calendário –, como também esperá-lo da mesma forma como esperamos alguém que amamos. A espera gera expectativa, e esse sonho nos permite criar mais vínculos com Deus.

Abraham Joshua Heschel dizia que Deus poderia ter construído um templo em qualquer lugar do mundo, mas isso limitaria o acesso de Seus adoradores. Assim, Ele criou um “templo no tempo”, no qual todos podem adorá-Lo independentemente de onde estiverem. Heschel acrescenta que, além disso, o sábado não somente é guardado (como norma), mas também se celebra (como festa). Não é um momento para limitações, mas para liberdade. É por isso que não ficamos atados às obrigações e preocupações da semana – nem nós nem aqueles que eventualmente trabalham para nós e que, talvez, não conheçam a Palavra de Deus. Parece-me de uma enorme sensibilidade que Deus Se lembre dos “outros”, os que não são, mas poderiam ser, os “servos” que nos rodeiam. Eles também merecem desfrutar do Seu templo no tempo. Digo isso porque observo que estamos ficando muito relaxados quanto a esse assunto. Celebrar o santo sábado é um privilégio para todos.

Quando o sábado se converte em uma relação de amor com Deus, ele deixa de ser um estorvo e passa a ser um momento especial pelo qual ansiamos. Não é tão difícil; basta amarmos a Deus e, de forma natural, buscaremos esse encontro. Por isso, digo uma vez mais: Ame-O de todo o coração! 

Vislumbres da eternidade
25 de março
https://mais.cpb.com.br/meditacao/lembra-te-2/

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Lamentações 5 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Lamentações 5
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


LAMENTAÇÕES 5 – São os segundos sem esperança que parecem eternidades de vazio e desespero; pois, a esperança é o combustível da alma, sem ela, a vida perde seu propósito. Mak Finley salientou que “alguém disse com propriedade: ‘Você pode viver vários dias sem alimento, horas sem água, minutos sem ar, mas apenas segundos sem esperança”.

A esperança é a chama que nos mantém vivos durante os difíceis momentos sombrios. Através das terríveis adversidades é a esperança que nos sustenta e nos impulsiona a avançar.

Sendo que a falta de esperança transforma cada instante num fardo insuportável de carregar, é que Deus nos alcança onde estamos e tira-nos da lama em que nos chafurdamos. Por isso, como inicia Lamentações 5, com esperança podemos clamar a Ele: “Lembra-Te, Senhor, do que tem acontecido conosco; olha e vê nossa desgraça...”.

Evidentemente, quando tudo parece perdido, só existe esperança em Deus. Por isso, mesmo em meio à lamentação, há uma expressão de fé de que Deus está presente e pode intervir.

Em Lamentações 5:19, Jeremias clama: “Tu, Senhor, reinas para sempre; teu trono permanece de geração em geração”. A soberania de Deus é a esperança para quem sofre a tirania humana. Ao erguer os olhos da fé acima da desgraça, podemos alcançar o reconhecimento de que Deus continua reinando e que Seu domínio é eterno. Isso sugere uma confiança na fidelidade divina, apesar das circunstâncias adversas.

Embora o tom geral de Lamentações 5 seja de tristeza e lamento, esses versículos demonstram que, mesmo em meio ao sofrimento, há espaço para a esperança e a confiança na bondade e poder soberano de Deus. Em meio à instabilidade e desolação de nossa sociedade caótica, ao reconhecer a estabilidade divina encontraremos base para a esperança.

Das profundezas expressas em palavras (Lamentações 5:1-20) depois de reconhecer que o pecado é a razão de tanta desgraça e aflição, Jeremias exclama com certa expectativa no final do capítulo 5 que, embora a libertação divina possa não vir, é a única possibilidade de esperança.

Embora haja uma forte consciência da gravidade do pecado (Lamentações 5:22) há um apelo à misericórdia de Deus (Lamentações 5:21). Desta forma, se nossa desgraça exige uma restauração, precisamos reconhecer nossos erros e apegar-nos à misericórdia divina.

Certamente, há esperança! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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domingo, 24 de março de 2024

Isso

 Devocional Diário

Isso

Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão. Êxodo 20:7, ARA

Desde pequenos aprendemos a respeitar o nome de Deus, pois isso é da maior importância. Os judeus levavam esse mandamento tão a sério que sequer mencionavam o nome divino. Na Idade Média, no meio cristão, a blasfêmia era castigada com penas graves. Se alguém afirmasse que Deus não é justo ou mencionasse Seu nome com raiva ou desprezo, podia acabar com a língua perfurada. Nos dias de hoje, existem outras formas de banalizar o nome do Senhor e são mais comuns do que você imagina.

Quando (erradamente) isolamos uma pessoa da nossa vida, de forma inconsciente deixamos de mencionar seu nome quando nos referimos a ela. Por exemplo: ficamos magoados por alguma coisa que alguém nos fez e dizemos: “Com essa pessoa eu não falo nunca mais.” Em nenhum momento pronunciamos o nome dela. Devo dizer que, com frequência, o mesmo ocorre com o nome de Deus. Utilizamos formas aparentemente religiosas, mas que afastam o Deus pessoal de nossa vida. Preste atenção nas letras de muitas canções religiosas atuais e verá que isso acontece muito.

Inúmeras vezes falamos de Deus como se Ele não estivesse presente, como se não estivesse compartilhando o momento conosco. Entendo que Ele deve ficar muito incomodado e queira dizer: “O que é isso? Eu estou aqui; sou Deus!” Uma variante dessa situação é falar de Deus como se Ele fosse um conceito abstrato ou uma coisa. O famoso pensador Martin Buber dizia que nos relacionamos com o Senhor como se Ele fosse “isso”, um objeto, quando deveríamos dialogar com Ele como “Tu”, uma Pessoa. Que belo conceito!

A variante que mais me incomoda é a que tem a ver com a linguagem pomposa que usamos quando falamos com Ele em público. Parece que certas orações não são pronunciadas para Ele, mas para os membros da Academia Brasileira de Letras. São frases artificiais, exageradamente retumbantes, que só afagam nosso ego. Não é assim que falamos com alguém que amamos. Aquilo é superficial.
Deus é uma Pessoa (Jeová é Seu nome pessoal); Ele deseja ter uma relação próxima conosco e merece que O levemos a sério. Se você, de fato, ama a Deus, respeite-O e, acima de tudo, ame-O de todo o coração.

Vislumbres da eternidade
24 de março
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Lamentações 4 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Lamentações 4
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


LAMENTAÇÕES 4 – Na esfera da espiritualidade, há uma verdade que vai além das culturas e eras: A fragilidade humana. Lamentações convida-nos a contemplar essa realidade com amplitude e profundidade.

Lamentações 4:1-22 ensina-nos preciosíssimas lições:

• Não podemos driblar as consequências de decisões erradas. Tanto Sodoma, quanto Jerusalém foram destruídas “num instante sem que ninguém” as socorressem (Lamentações 4:6). A amplitude da fragilidade humana é evidente. Por mais que nos consideremos saudáveis, valiosos e poderosos, somos vulneráveis e frágeis, sujeitos às vicissitudes da existência (Lamentações 4:1-8).

• Diante das crises, somos tão frágeis que, é preferível morrer pela espada antes que pela miséria (fome). A indiferença ao Deus que provê sustento significa assinar nossa própria sentença de morte em meio ao caos (Lamentações 4:9-17).

• Por mais que nos consideremos autossuficientes, somos frágeis diante da escassez e da privação; no entanto, é na profundeza da fragilidade humana que encontramos esperança divina. Em meio à devastação e sofrimento, Deus promete restauração e redenção (Lamentações 4:18-22).

A profecia dos impiedosos edomitas tem sua explicação em Ezequiel 25:12-14; 35:5 e Oséias 11:1-14:9. A profecia é clara e incisiva: A taça da ira de Deus seria derramada sobre a terra de Edom. A queda de Jerusalém e do reino edomita são testemunhos vívidos da fidelidade de Deus em cumprir Suas palavras.

Meditemos...

• A fragilidade humana não é o fim da história; é o convite para olharmos para além de nós mesmos e encontrarmo-nos com o Todo-poderoso que deseja nosso bem!

• Deus pode reverter qualquer calamidade que assola a vida de Seu povo. NEle, sempre há esperança. Aliás, Ele é única esperança!

• Infeliz aquele que se opõe à Palavra de Deus!

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sábado, 23 de março de 2024

Lamentações 3 Comentário

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica – Lamentações 3
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


LAMENTAÇÕES 3 – Mesmo nos momentos mais sombrios podemos encontrar conforto e segurança na fidelidade e misericórdia de nosso Criador.

Desde o capítulo anterior (Lamentações 2:17), a teologia de Lamentações está escancarada: “O Senhor fez o que planejou; cumpriu a Sua Palavra, que há muito havia decretado”. Esta passagem revela a ação de Deus e Suas consequências sobre o povo. Esse texto trata do cumprimento das palavras divinas, ainda que isso signifique a queda e a dor para aqueles que as experimentam.

A partir desse contexto, Lamentações 3:1-66 continua com o lamento de Jeremias, expressando uma mistura de tristeza, arrependimento, fé e esperança. Depois de iniciar com o lamento pela aflição que enfrenta, Jeremias muda o foco para lembrar da fidelidade e compaixão de Deus. Ele descreve intensamente sua angústia pessoal, mas também reconhece a esperança que permanece em meio ao desespero. É uma jornada emocional através da dor e da confiança em Deus.

Como consta na introdução de Lamentações na Bíblia do Discípulo, Jeremias “reconhece o juízo de Deus e ora em favor da restauração. Através da descrição da desgraça ele dá esperança de que o Senhor irá perdoar e aliviar o sofrimento do Seu povo. Apesar da destruição de Israel, Deus é misericordioso. Esta verdade é revelada no seguinte texto: ‘Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as Suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se a cada manhã; grande é a Sua fidelidade’ (Lm 3:22-23). Portanto, esperança e não desespero é a grande mensagem de Lamentações. Jeremias realça a importância de compreender a natureza da dor, do pecado e da redenção”.

• Um servo de Deus pode descrever a própria dor, angústia e sofrimento, sentir-se como alguém que perdeu toda a esperança (Lamentações 3:1-20).

• Mas, nessas horas é preciso relembrar a fidelidade e misericórdia de Deus, para então encontrar esperança no fato de que o amor do Senhor nunca acaba, e Suas misericórdias renovam-se a cada manhã (Lamentações 3:21-24).

• Assim, percebe ser bom esperar e buscar ao Senhor em momentos de extrema dificuldade (Lamentações 3:25-33).

• Conhecendo mais profundamente a Deus, é possível compreender que mesmo que aflija Seu povo, Ele não é injusto (Lamentações 3:34-42).

• Tal reflexão resulta na confiança de que Deus ouvirá nossas orações suplicantes (Lamentações 3:43-66).

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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À minha imagem

 Devocional Diário

À minha imagem

Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Êxodo 20:4, ARA


O que você me diria se eu dissesse que existe uma igreja que adora um jogador de futebol ou um espaguete voador? Não estou brincando. A Igreja Maradoniana venera o jogador argentino Diego Armando Maradona, a quem denominam “D10S” (por causa do 10 da sua camiseta). Uma das suas preces pode parecer até blasfema para nós: “Diego nosso que estás no Céu: Santificada seja a tua canhota, venha a nós a tua magia. Que os teus gols sejam lembrados tanto na Terra como no Céu […].” O pastafarianismo, por sua vez, é uma religião que, de forma irônica, adora uma enorme bola de espaguete com duas almôndegas como olhos. A oração deles é: “Oh, talharins que estais nos Céus gourmets: Santificada seja a vossa farinha. Venham a nós os vossos nutrientes. Faça-se a vossa vontade na Terra como nos pratos. Dai-nos hoje nossas almôndegas de cada dia e perdoai as nossas gulas assim como nós perdoamos aos que não vos comem.”

Parece ridículo, mas há séculos o ser humano tem criado deuses à sua semelhança. O fanatismo ou a razão tem desenvolvido seus próprios ídolos. Por sermos crentes, eles nos incomodam, mas talvez nos permitam refletir sobre nossa coerência religiosa e o que projetamos. Defendemos a igualdade em Cristo e seguimos fazendo distinção entre raças, status ou economias. Propomos a fraternidade, mas adoramos as fofocas. Pregamos a breve volta de Jesus, mas acumulamos posses como se fossem durar para sempre. As pessoas nos olham e continuam vendo os mesmos objetos, os mesmos ídolos. Podemos nos incomodar com o maradonismo, mas não temos nenhum problema em agredir em nome do nosso time favorito. Podemos rir do pastafarianismo, mas não podemos viver sem uma pizza no sábado à noite, acompanhada, se possível de uma enorme garrafa de refrigerante. Podemos ridicularizar essas crendices e continuar celebrando a chegada do Papai Noel como alternativa à vinda de Jesus.

Nós não criamos Deus. Ele é que nos criou. Sermos coerentes com as imagens que projetamos é uma forma de respeitá-Lo. Se você O ama de verdade, nada de substitutos! Por isso mesmo é que você deve amá-Lo acima de tudo. 

Vislumbres da eternidade
23 de março
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sexta-feira, 22 de março de 2024

Fute-baal

 Devocional Diário

Fute-baal

Não terás outros deuses diante de Mim. Êxodo 20:3, ARA

O Decálogo é um exemplo da pedagogia divina. Escritos a partir de uma relação de amor entre Deus e o ser humano, seus preceitos indicam que, se estivermos suficientemente ligados a eles, notaremos como um mandamento se torna um estilo de vida. O “não” que inicia a maioria dos mandamentos é, no começo da vida espiritual, um limite necessário. Mas, com os anos, ele se transforma em nossa maneira natural de ser. Se amarmos a Deus, não vamos substituí-Lo por nada nem considerá-Lo superficialmente. Se amarmos os outros, não roubaremos, nem mataremos, nem adulteraremos, nem mentiremos. As dez palavras (assim se chamam no original) têm a virtude de nos levar à maturidade espiritual ao progredirmos em nosso relacionamento de amor para com Deus e o próximo.

Alguns acham que o primeiro mandamento está fora de moda. Quem, em nosso mundo cristão, tem outros deuses? Isso era coisa da Idade Média, ou é coisa dos países da janela 10/40, não nossa. Nós somos o remanescente e não temos outros deuses. Se você pensa assim, quero dizer que você tem muitas possibilidades de ser um “idólatra inconsciente”. Vou dar alguns exemplos. Cada vez mais, as pessoas estão adorando o “fute-baal”. Em alguns países, o deus toma a forma do “basquete-baal” ou do “beise-baal”, mas são o mesmo deus, apenas com diferentes manifestações. A adoração a esse deus é de tal porte que tenho visto enfrentamentos bem exaltados entre uma e outra torcida (Barcelona x Real Madri; Flamengo x Fluminense; etc.). E o que dizer da deusa Estética? Todos os anos, na primavera e no outono, ela, por meio das suas “sacerdotisas”, apresenta as tendências da moda, e milhões a adoram ao aderir a elas. Poderíamos continuar falando dos adoradores do deus Din-Eros e de como desejam que tudo o que toquem se converta em ouro, ou dos fanáticos do deus Trab-Alhar, que são escravizados até o esgotamento pessoal. Creio que você já entendeu. Este não é um mandamento antiquado.

Se realmente amamos a Deus, ninguém ocupará Seu lugar. Ninguém! O amor a Deus é tão excepcional que, de forma natural, Ele Se torna exclusivo. No começo, sendo ainda uma criança espiritual, você vai achar incômodo, mas logo não poderá viver sem Ele. Por isso, ame-O – cada vez mais!

Vislumbres da eternidade
22 de março
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Lamentações 2 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Lamentações 2
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


LAMENTAÇÕES 2 – É interessante que o Livro de Lamentações “inteiro foi escrito em poesias muito bem construídas”. O livro “contém composições de acrósticos com base nas 22 letras do alfabeto hebraico. Os capítulos 1, 2 e 4 contêm 22 versículos cada, e cada um começa com uma letra diferente do alfabeto hebraico, em ordem alfabética. O capítulo 3 contém 66 versos. Os três primeiros começam com álef, a primeira letra do alfabeto hebraico, os próximos três versículos com a segunda letra, Beth, e assim por diante. O último capítulo contém 22 versículos, mas não é um acróstico” destaca Rodrigo Silva.

Isso implica que:

• O sofrimento humano é complexo e multifacetado, e a forma como é expresso artisticamente no livro de Lamentações auxilia na transmissão organizada dessa complexidade.

• A organização cuidadosa de Lamentações revela o caminho para encontrar ordem e propósito em meio ao caos e diante das circunstâncias mais desesperadoras.

• A ordem e simetria da estrutura poética são símbolos da fidelidade divina e do compromisso com Deus em trazer ordem e redenção mesmo nas situações mais caóticas.

Os judeus cativos precisavam saber que foi o próprio Deus que castigou Jerusalém (Lamentações 2:1-10) – o caos que assolou Jerusalém não foi má sorte, nem mero acidente, foi causado por Deus devido aos pecados de Seu povo –, para que entendessem que, a restauração viria caso houvesse arrependimento dos seus pecados, exclusivamente pela atuação de Deus (Lamentações 2:11-22).

Portanto, Lamentações 2:1-22...

• Convida-nos a refletir sobre a natureza do sofrimento humano e a maneira como lidamos com ele. Assim como o povo de Judá enfrentou dificuldades, nós também passamos por momentos de dor e desespero; e, todo o Livro mostra-nos a importância de expressar nossas lamentações diante de Deus.

• Além disso, o texto lembra-nos da seriedade do pecado e das consequências que ele pode acarretar, tanto individualmente quanto coletivamente. Nossas escolhas erradas nos afetam e afetam às pessoas ao nosso redor, inevitavelmente.

• Finalmente, Lamentações 2 nos desafia a manter nossa confiança na fidelidade de Deus, mesmo quando enfrentamos adversidades aparentemente insuperáveis. Por isso, nossa resposta diante do sofrimento não deve ser apenas reclamação e lamento, deve ser voltada para a busca da reconciliação com Ele através do arrependimento.

É bem certo que precisamos dessa mensagem hoje... Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 21 de março de 2024

Passagens pela água

 Devocional Diário


Passagens pela água

Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Efésios 4:5


Alguns dos momentos-chave da história da humanidade têm a ver com a água. Lembre-se do relato sobre Noé. O mundo estava inundado de violência e maldade. Durante décadas, todos foram advertidos de que aquele não era o comportamento para o qual haviam sido criados, que aqueles pecados os destruiriam, que deviam se arrepender. Mas foi um esforço infrutífero: apenas oito pessoas entraram na arca da salvação. Veio o dilúvio, e tudo teve um novo começo. Os pecados daquela gente ficaram debaixo d’água.

Lembre-se também da travessia do Mar Vermelho. Não existe filme ou animação que possa refletir adequadamente a grandeza do momento. Atravessar em terra seca, entre imensas paredes de água, foi uma experiência que jamais se apagaria da memória do povo judeu. Ver o exército do faraó sendo sepultado entre as ondas do mar gerou uma imagem de justiça e atuação divina que passou a impregnar os relatos judaicos.

João Batista escolheu um lugar de águas calmas, em Betânia, para chamar os judeus à reflexão e ao arrependimento. Era o território por onde, séculos atrás, os próprios judeus tinham entrado em Canaã, e agora era o momento de sair. Sair das tradições que impediam seu crescimento espiritual, das normas que engessavam sua religião e da vida apegada aos ídolos. Era o momento de deixar que os pecados ficassem debaixo d’água. Jesus aproveitou tudo o que esse ato simbolizava para empregá-lo como modelo, e foi batizado. Ele não precisava do perdão porque não era pecador, mas nos deixou o exemplo. Também o fez para que compreendêssemos que apenas Ele salva – um só Senhor que, sendo inocente, Se fez pecado por nós (2Co 5:21). Essa ação gera uma só fé, a fé em Cristo. Também gera a confiança em quem passou pelas águas por nós.

Se você ainda não é batizado, este é o momento de se apropriar desse símbolo. Não existe experiência melhor do que a de abandonar seus pecados e começar de novo. Se você já é batizado, este é o momento de renovar seus votos, de abandonar as tradições vazias, as normas ineficazes e seus ídolos pessoais e de novamente se entregar a Jesus. Essa água refresca como nenhuma outra e, como se fosse pouco, revitaliza a alma e nos prepara para o Céu.

 Vislumbres da eternidade
21 de março
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Lamentações 1 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Lamentações 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


LAMENTAÇÕES 1 – Este livro, muitas vezes ignorado nos púlpitos e em estudos particulares, é uma expressão profunda do sofrimento do povo de Deus após a destruição de Jerusalém e do Templo pelos babilônios.

Curiosamente, “textos de lamentação são comuns na literatura do Antigo Oriente Médio. Eles geralmente evocam a dor individual ou coletiva causada pela destruição de uma cidade, pela morte de um ente querido ou pelo castigo infligido por uma divindade. No contexto bíblico não é diferente. Há salmos de lamentações e seções em diversos profetas. Neste caso, o livro inteiro é um grande lamento profético pela destruição do templo e da cidade de Jerusalém pelos babilônios em 587 a.C. Seu próprio título em hebraico é uma exclamação de luto”, explica Rodrigo Silva.

Lamentações 1 reflete o desespero e a angústia vivenciados pelo povo que experimentava o sofrimento:

• Socialmente, a destruição da cidade resultou numa crise humanitária, com inúmeras vidas perdidas, famílias desfeitas e uma grande parte da população sendo levada como cativa para Babilônia (Lamentações 1:1-22).
• Politicamente, a queda de Jerusalém marcou o fim do reino de Judá como entidade independente, sujeita agora ao domínio estrangeiro.
• Religiosamente, o Templo de Jerusalém representava o centro da adoração e da identidade nacional de Israel, e sua destruição deixou o povo sem um ponto focal para sua fé e culto.
• Teologicamente, a destruição de Jerusalém é vista como juízo divino, mas também como um ato da disciplina amorosa de um Deus paciente para com Seu povo (Lamentações 1:5, 8, 12, 17).

Embora o escritor de Lamentações seja Jeremias, o autor da mensagem é Deus. Esta concepção é importantíssima para a compreensão mais profunda do texto. Note que, “a tradição retrata o padecente profeta se lamentando numa gruta além do muro setentrional de Jerusalém, à sombra do outeiro chamado Gólgota, onde o padecente Salvador morreu. Seja como for, o Espírito de Cristo no profeta fez dele, num sentido real, um prenúncio do Senhor (Jr 13:17), pois o Mestre também Se lamentou sobre a cidade desencaminhada (Mt 23:36-38)”, observa Merrill Unger.

Deus chora, quando Seu povo chora; Ele Se identifica com Seu povo mesmo quando o sofrimento é resultado das consequências dos erros desse povo.

Assim, o texto revela muito do caráter gracioso de Deus. Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 20 de março de 2024

Festa!

 Devocional Diário

Festa!

Também nos dias de alegria, e nas festas fixas, e no princípio de cada mês, toquem as suas trombetas sobre os seus holocaustos e sobre os seus sacrifícios pacíficos, para que sejam por memorial diante do seu Deus. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês. Números 10:10


Os capítulos 18 a 20 de Levítico são espetaculares. Eles falam de santificação e selam cada bloco com a frase “Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.” Levítico foge da magia e ensina santidade, vivencial e relacional. Não tem a pretensão de que somente os levitas sejam santos, mas todo o povo. Para Deus, o atemporal e universal (princípios) convive com o temporal e contextualizado (normas); cada momento da vida deve ser santo. Custa-nos entender isso, pois nossa mentalidade é diferente. Mas devemos interiorizar isso, porque não há momentos religiosos e momentos profanos. Cada piscar de olhos, cada respiração, cada pensamento e ação são um todo.

Nesses capítulos, o povo precisava ser lembrado de que o segredo está na relação com Deus, que se estendia até os recantos mais íntimos da vida: o vínculo com os pais, a prática de uma sexualidade saudável, o sacrifício do coração, a solidariedade com os menos favorecidos, o trabalho consciente, a hospitalidade como um ato de grandeza e o exercício da memória. A relação de Deus com os Seus não é estanque, mas fluida, pois somos vasos comunicantes. Somos especiais porque nosso Deus é especial.

Se, além disso, unirmos este conceito a Números 10, concluiremos que Deus anela essa relação tanto na intensidade dos momentos excepcionais e coletivos quanto na serenidade dos momentos cotidianos e individuais. Há tempo para se santificar, e trilhar a senda da plenitude cristã deveria ser uma verdadeira festa.

As pessoas anseiam ter relacionamentos verdadeiros e pessoais que preencham seu vazio interior. Hoje, o Senhor volta a repetir que Ele é o nosso Deus, que quer nos fazer pessoas especiais, que Sua conexão nunca é cortada, que Ele está sempre “on-line”. Temos que voltar a compreender que o chamado à santidade não é para uns poucos (levitas ou profissionais da religião), mas para todos e para cada um dos seres deste mundo. Nós, naturalmente, somos agentes dessa mensagem de festa. Portanto, anuncie a todos ao seu redor as alegrias de ter Deus em sua vida.

Vislumbres da eternidade
20 de março
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Jeremias 52 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 52
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 52 – Num mundo de confusão, aflição e incerteza, a comunhão com Deus, a busca pela verdade e o discernimento espiritual são nossas âncoras para a vida.

“No final do livro de Jeremias encontramos dois apêndices, um referente à queda de Jerusalém, destino dos utensílios do Templo, e número de deportados, e outro referente ao libertamento do rei Joaquim... Se se pergunta o porque destes apêndices... uma resposta é que para os homens que compuseram o canon do Velho Testamento não havia distinção entre história e profecia. Com efeito, os livros históricos são incluídos com os livros proféticos na mesma seção – Nebhi´im, ‘profetas’, e o livro de Isaías segue imediatamente ao de Segundo Reis na Bíblia Hebraica. O primeiro apêndice seria, pois, o selo posto sobre as predições de Jeremias concernentes ao futuro de Israel e de Babilônia. O segundo apêndice, relativo ao rei Joaquim, poderia ter contribuído para reacender a esperança no coração de um povo desapontado e desalentado. A exaltação inesperada de Joaquim, depois de anos de humilhação, era o penhor da restauração e exaltação do povo de Israel, segundo a promessa feita aos pais”, explica Siegfried Schwantes.

Levítico 26:44-45 enfatizam a fidelidade de Deus à aliança com Seu povo de Israel, mesmo quando eles estão na terra de seus inimigos como consequência de sua desobediência. Mesmo durante períodos de exílio e punição, Deus promete não rejeitar completamente Seu povo nem quebrar Sua aliança com eles. Em vez disso, Ele Se lembra da aliança feita com os antepassados de Israel e permanece comprometido em ser Seu Deus.

Jeremias 52:31-34 é mais que o cumprimento de Levítico 26:44-45; pois, estes versículos finais de Jeremias refletem a natureza misericordiosa e compassiva de Deus, mesmo diante da desobediência humana. Noutras palavras, independentemente da desobediência do povo de Deus e das circunstâncias em que ele se encontra, na fidelidade de Deus baseada em Seu amor reside a certeza do cumprimento de Suas promessas.

• No turbulento século 21, o amor misericordioso de Deus é a garantia do cumprimento de Suas promessas, apesar de nossa fraqueza e indiferença e das circunstâncias adversas.

• Esse amor de Deus continua disponível a nós; apegando-se a ele mantemo-nos firmes diante das tempestades da vida agitada e instável dos dias atuais.

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 19 de março de 2024

Jeremias 51 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 51
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 51 – Os eventos históricos têm propósitos maiores que as intenções humanas e estão sujeitos a um plano divino.

A história das potências políticas é vista como um palco onde as ações humanas têm consequências morais. A queda de Babilônia é um evento importante na teologia e escatologia bíblicas. Podemos ampliar nossa visão através da seguinte análise:

• Jeremias profetizou a queda iminente da Babilônia e convocou outras nações a unirem-se contra ela (Jeremias 51:1-4).

• Jeremias instrui o povo de Deus a sair da Babilônia antes que seja tarde demais, para que não compartilhem de sua punição (Jeremias 51:5-10, 45-46).

• Jeremias delineia as razões para a queda da Babilônia, que inclui orgulho, idolatria e violência. Além disso, o profeta trata do julgamento aos deuses babilônicos e a restauração do povo de Israel (Jeremias 51:11-19, 47-53).

• Jeremias expressa louvores e alegria pela queda de Babilônia, pois Deus é exaltado como o vingador de Seu povo (Jeremias 51:20-26, 33).

• Jeremias descreve os meios pelos quais Babilônia seria destruída, incluindo exércitos inimigos – onde os Medos são citados por nome – e a seca sobre as águas (Jeremias 51:11, 27-44, 54-58).

• Jeremias encerra suas profecias contra a Babilônia, pede que tudo seja escrito num rolo, lido e depois amarrado a uma pedra e então atirado no Eufrates – como uma encenação da fatalidade desta nação (Jeremias 51:59-64).

Literalmente, a profecia de Jeremias se cumpriu em Daniel 5:1-30. Porém, no Novo Testamento, especialmente em Apocalipse 17, 18 e 19, essa profecia é elevada a um nível espiritual – aguardamos seu cumprimento! João trata da Babilônia como poder político-religioso que exerce autoridade e influências mundiais.

• Da mesma forma que em Jeremias, em Apocalipse a Babilônia refere-se a uma grande potência sobre as nações e, condenada por sua imoralidade e idolatria.

• Assim como em Jeremias, a Babilônia apocalítica terá de enfrentar o julgamento divino por seus pecados contra Deus e contra Seu povo.

• Tanto em Jeremias quanto no Apocalipse, a queda de Babilônia resulta em liberdade e redenção ao povo de Deus; desta forma, a destruição da Babilônia é retratada como parte do plano de Deus para libertar Seu povo da opressão e então estabelecer Seu reino.

Aos fiéis, devemos permanecer firmes na fé: O julgamento de Deus é o alicerce da nossa esperança! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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Seus sábados, nossos sábados

 Devocional Diário

Seus sábados, nossos sábados

Também lhes dei os Meus sábados, para servirem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica. Ezequiel 20:12

O povo hebreu percebeu em pouco tempo de peregrinação quão difícil é a vida no deserto. Diante da reclamação, Deus prometeu ao povo o alimento pelo qual murmuravam e concluiu Seu compromisso dizendo: “Eu sou o Senhor, seu Deus” (Êx 16:12). Eles receberam codornizes – algo incomum, mas não extraordinário. Também receberam uma substância parecida com flocos de neve – algo impensável e sumamente extraordinário. Deus Se encarregou de enviar o maná todos os dias durante 40 anos, com exceção dos sábados. Nesse dia, Deus lhes dava santidade.

Essa experiência não apenas marcou o povo, como também se tornou uma metáfora da humanidade. Andamos errantes, até queixosos, mas não andamos sós porque o Senhor é o nosso Deus. Muitas vezes diremos: “O que é isto?”, e Ele dirá: “Prove-o”, assim como ao maná. Então compreenderemos que Deus procura compensar a amargura de um mundo caído com coisas agradáveis. Outras vezes, Ele nos dirá: “Sabe o que é isso? Chama-se sábado e é muito mais doce do que o maná.”

Ezequiel 20 retoma o conceito de Êxodo para rever os marcos que assinalam a senda da religiosidade. A lembrança do passado traz dimensionalidade (Deus participa da história e Se oferece para seguir fazendo o mesmo no futuro), permanência (a relação com Deus não é pontual, mas contínua) e perspectiva (o vínculo com Deus é progressivo, não estático). Nesses textos, essa lembrança é assegurada mediante a confirmação do sábado como dia sagrado. No dia de encontro, outros encontros são relembrados e novos encontros são desejados, pois Deus é fascinado por esses encontros com o ser humano.

De novo, o cotidiano e o excepcional se mesclam para fortalecer uma ideia: “Não existe tempo sem Deus e tempo com Deus. Todo o tempo pertence a Ele.” Vivemos em uma época de dissonância entre o “religioso” e o “secular”. Temos vedado ambos os espaços, atribuindo o privado a um e o público ao outro, mas essa não é a realidade bíblica. Talvez precisemos de um dia dentre os sete para adquirir consciência disso, para desfrutarmos de tal maneira da presença de Deus que almejemos viver continuamente nesse estado de santidade. 

Vislumbres da eternidade
19 de março
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segunda-feira, 18 de março de 2024

Cordão azul

 Devocional Diário


Cordão azul

Fale aos filhos de Israel e diga-lhes que ao longo das suas gerações coloquem franjas nas extremidades das suas capas e ponham um cordão azul em cada franja. Números 15:38


Uma das normas mais curiosas do Pentateuco sobre a santidade tem a ver com uma marca no vestuário. Não há dúvida de que a roupa exibe uma identidade e, por conseguinte, uma diferenciação das demais pessoas. Na Bíblia, essa função estética se converteu em um símbolo. Colocar um cordão azul nas franjas das túnicas e dos mantos era muito mais do que uma moda: era uma demonstração de compromisso.

Em Números 15:37 a 41, Deus Se adianta a qualquer tendência da moda atual e propõe que Seu povo ponha nas extremidades de seus trajes uma franja com um cordão azul, algo bem celeste. Como indiquei previamente, o objetivo era simbólico. Era para lembrar quem eram, a fim de não se deterem a olhar ou pensar em algo que os separasse de sua relação com Deus. Que interessante! Não estou dizendo que é para colocarmos tiras azuis em nossas roupas, mas sim pedacinhos do Céu em nossa vida. Recordemos quem somos e não nos detenhamos a olhar ou a pensar no que é vão, naquilo que nos distancia de uma existência plena. E mais: mostremos nossas “cores” para as pessoas que nos rodeiam. Dessa maneira, fortaleceremos nossa identidade e ajudaremos outros a se sentirem mais perto de Deus.

O texto termina de forma magistral: “Eu sou o Senhor, o Deus de vocês, que os tirei da terra do Egito, para ser o Deus de vocês. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.” Esse, sim, é um cordão azul de qualquer mensagem para um crente. Deus começa conosco. Ele participa das histórias de nossa vida nos libertando de todo tipo de escravidão, pois Ele é nosso Deus. Ele vai até o fim conosco. Pode haver alguém como Ele? Onde poderemos encontrar tanto interesse, tanto carinho, tanto compromisso, tanta vida? Estou certo de que se eu tivesse sido um escriba bíblico, teria registrado, sem sombra de dúvida, que cada um desses versos esconde uma mensagem fascinante, vivificante, santificadora.

Hoje, Deus olha em nossos olhos e, com um sorriso infinito, sussurra: “Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.” Deixe o Senhor ser o seu Deus e permita que Ele coloque em sua vida e em seu caráter a Sua marca distintiva.

Vislumbres da eternidade
18 de março
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Jeremias 50 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 50
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 50 – No micro, a decisão cabe a nós; no macro, cabe a Deus. Ele está no controle da História; e, sábio é todo aquele que optar por viver segundo Seus propósitos.

“O poder exercido por todo governante sobre a Terra, é-lhe comunicado pelo Céu; e depende seu êxito do uso que fizer no poder que assim lhe é concedido... Compreender que ‘a justiça exalta as nações’, que ‘com justiça se estabelece o trono’ e que ‘com benignidade’ (Prov. 14:34; 16:12; 20:28) ele é mantido; reconhecer a operação destes princípios na manifestação de Seu poder que ‘remove os reis e estabelece os reis’ (Dan. 2:21) – corresponde a entender a filosofia da História”, destaca Ellen White.

Em Jeremias 50, o relato de Babilônia ecoa através dos séculos trazendo consigo lições sobre poder, justiça e o desígnio divino. Os princípios bíblicos transcendem as fronteiras religiosas, apresentando-se como verdades universais aplicáveis a todos os contextos políticos e sociais.

• A queda da Babilônia serve como lembrete vívido das consequências do abuso do poder e da injustiça.
• A história da humanidade está repleta de exemplos que corroboram a importância da justiça e da benevolência na governança.

Ao examinarmos Jeremias 50 à luz desses princípios, somos confrontados com a narrativa de uma nação que se desviou do caminho da justiça e da retidão. A soberba e a opressão levaram à ruína de um império que, em sua arrogância, esqueceu-se dos princípios divinos que fundamentam a verdadeira autoridade.

Considerando que Deus interage com a história humana, é evidente que a história das nações não são apenas uma sequência de eventos aleatórios; ela é como um intrincado tecido de causa e efeito, influenciado pela interação entre a vontade de Deus e a vontade humana.

Por conseguinte, entender a filosofia da história não é apenas uma tarefa intelectual, mas uma jornada espiritual e moral. Implica reconhecer a soberania divina sobre os assuntos imperiais, governamentais – políticos, enquanto também se assume a responsabilidade pela justiça, retidão e compaixão em nossa própria esfera de atuação.

• A soberania divina sobre os assuntos humanos nos recorda que governantes são meros administradores temporários do poder concedido pelo Céu; devem, portanto, agir com responsabilidade e humildade.

Diante disso, é imprescindível preocuparmo-nos com os governantes e orar por todos eles! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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domingo, 17 de março de 2024

Genealogias

 Devocional Diário

Genealogias

Jesus […], filho de Davi, […] filho de Abraão, […] filho de Adão, filho de Deus. Lucas 3:23, 31, 34, 38

Por que há tantas genealogias na Bíblia? Podemos achar que as genealogias não fazem muito sentido, mas a verdade é que elas nos proporcionam valores e recordações. Em primeiro lugar, elas apontam para a veracidade da Bíblia, pois são documentos históricos. Isso quer dizer que aquilo que estamos lendo não é um mito. Em segundo lugar, elas nos falam da origem dos povos. Ter raízes envolve pertencimento, vínculos. Imagine o povo hebreu, que escutava as genealogias no deserto. Esse era um povo composto de escravos que não sabia quem era. Saber de onde provinham lhes proporcionava segurança e certezas. As genealogias eram as lembranças da família. O Deus deles era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

Por último, as genealogias enfatizam valores. Não são censos. São passagens que contêm mensagens de relevância. Por exemplo, por que tanta insistência, nas primeiras genealogias, em mencionar os anos que viveu cada personagem? Certamente porque querem mostrar que o mundo nem sempre foi igual e que houve um tempo em que o ser humano estava menos afetado pelo pecado.

Por que os livros das Crônicas mencionam tantos lugares? É fácil: o povo voltava do exílio e tinha que retornar às suas terras de origem. Mencionar o lugar do qual procediam era como “voltar aos seus rincões”. Por que a genealogia apresentada por Mateus consiste em três blocos de 14 gerações cada uma? (Mt 1:17). Porque, para os judeus, o Messias era um descendente de Davi, e o valor numérico do nome Davi, em hebraico, soma 14 ([D = 4] +[w = 6] + [d = 4]). Jesus, portanto, era 3 x 14, ou seja, o Messias dos messias. E por que Lucas teria dito que Jesus era, “conforme se pensava” (Lc 3:23), filho de José? Porque a genealogia não é a de José, mas de Maria. Curioso, não?

Lembro-me de minha avó abrindo um álbum de fotos enquanto mencionava os nomes e as histórias de pessoas que não conheci. Eu carrego o nome do meu avô. Mal me lembro dele, mas tenho visto tantas fotos e escutado tantas histórias sobre ele que encontro sentido quando me chamam pelo sobrenome. Deus faz algo semelhante com as genealogias. Elas nos mostram que temos um passado e, portanto, que sabemos quem somos. E você? Sabe de onde vem?

Vislumbres da eternidade
17 de março
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Jeremias 49 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 49
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 49 – O Soberano do Universo não está atoa. Ele atua administrando Seu Reino Universal, que incluía o Planeta Terra e os povos com seu governo.

Note que no Livro de Levítico encontramos instruções relacionadas à santidade da terra e à contaminação dela devido às práticas abomináveis dos seus habitantes. Em Levítico 18, por exemplo, Deus dá uma série de proibições relacionadas à moralidade sexual, depois adverte especialmente aos israelitas que adentravam o território de Canaã:

“Não se contaminem com nenhuma dessas coisas, porque assim se contaminaram as nações que vou expulsar da presença de vocês. Até a terra ficou contaminada; e eu castigarei a sua iniquidade, e a terra vomitou os seus habitantes. Mas vocês obedecerão aos meus decretos e às minhas leis. Nem o natural da terra nem o estrangeiro residente entre vocês farão nenhuma dessas abominações, pois todas estas abominações foram praticadas pelos que habitaram a terra antes de vocês; por isso a terra ficou contaminada. E, se vocês contaminarem a terra, ela vos vomitará, como vomitou os povos que ali estavam antes de vocês”.

Em Levítico 20:22-24 o próprio Deus diz: “Obedeçam a todos os Meus decretos e leis e pratiquem-nos, para que a terra para onde os estou levando para nela habitar não os vomite. Não sigam os costumes dos povos que vou expulsar de diante de vocês. Por terem feito todas essas coisas, causam-me repugnância. Mas a vocês prometi que herdarão a terra deles; eu a darei a vocês como herança, terra onde há leite e mel com fartura. Eu Sou o Senhor, o Deus de vocês, que os separou dentre os povos”.

Estes textos explicam a razão dos judeus contemporâneos de Jeremias irem ao cativeiro e da Terra Prometida ficar desolada. Revela também que Deus está atuando na história das nações, como é notório em Jeremias 49:

O profeta profere palavras acerca dos amonitas (Jeremias 49:1-6), dos edomitas (Jeremias 49:7-22), dos habitantes de Damasco (Jeremias 49:23-27), de Quedar e Hazor (Jeremias 49:28-33) e de Elão (Jeremias 49:34-39). Com isso, precisamos aprender a...

• Procurar não seguir os costumes pecaminosos das nações ao nosso redor.
• Confiar na direção de Deus e na Sua promessa de herança aos fiéis (Mateus 5:5).
• Buscar segurança em Deus, não na política humana.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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sábado, 16 de março de 2024

Marca de identidade

 Devocional Diário

Marca de identidade

Vocês devem circuncidar a carne do prepúcio e isso servirá como sinal de aliança entre Mim e vocês. Gênesis 17:11

Ninguém duvida dos benefícios higiênicos da circuncisão, mas esse símbolo bíblico tinha um significado muito mais profundo: ele identificava o povo de Deus. Era uma marca na pele daquele que a possuía e o assinalava como participante de uma aliança, uma religião. É interessante observar que o Senhor não exigiu um sinal que todos pudessem ver, mas um sinal limitado ao espaço íntimo. Enquanto em outras religiões o sinal é visível, o hebreu tinha um sinal escondido. O homem circuncidado se considerava participante de um pacto, mas vivia essa experiência intimamente.

Com o tempo, o símbolo se converteu em rito; o significado se transformou em uma simples forma. Conheciam-se a mecânica, as precauções, os cuidados, mas haviam se esquecido da razão: um vínculo de comunhão entre Deus e a pessoa. É por isso que, em Deuteronômio 10:16, levanta-se a questão do símbolo: “Portanto, circuncidem o coração de vocês e deixem de ser teimosos.” Não era mais uma questão de pele, mas de aliança verdadeira, de deixar de lado as paixões e os desejos humanos.

É comum o ser humano passar a viver sua religião segundo rituais, pois nos encontramos em tempo e lugares concretos. Mas será que esses rituais refletem uma relação de proximidade com Deus? São elas um sinal ou simplesmente uma cicatriz religiosa? Será que esses rituais ou formas nos permitem ter uma confiança maior em nosso Senhor? Se eles tiverem perdido o sentido, não duvide, elimine as coisas extras que há em seu coração e volte para a pureza e a sensibilidade da verdadeira religião. Lute intensamente para encontrar a razão de uma comunhão de verdade, uma relação que o identifique e que surja do mais profundo do seu ser. Lembre-se sempre de que a religião deixa de ser religião quando não vem acompanhada de relacionamento. E o relacionamento com Deus é tudo, uma vez que ele vincula e vivifica.

Jostein Gaarder, escritor norueguês, disse: “Talvez não exista uma intimidade maior do que a de dois olhares que se encontram com firmeza e determinação, e simplesmente recusam se desviar.” Olhemos para Deus face a face e, com determinação, digamos: “Aqui está o meu coração. Ele é Teu!”

Vislumbres da eternidade
16 de março
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A voz dos silenciados

  Devocional Diário A voz dos silenciados Abra a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os desamparados. Provérbios 31:8 Cansados após ...