Todos os publicanos e pecadores estavam se reunindo para ouvi-lo. Mas os fariseus e os mestres da lei o criticavam: “Este homem recebe pecadores e come com eles”. Lucas 15:1, 2, NVI.
Julho chegou – e nos voltamos agora para o evangelho de Lucas.
Lucas difere dos demais escritores dos evangelhos em dois aspectos importantes: ele não era judeu, e era médico. Sabemos pouco sobre ele, exceto que era um amigo de Paulo, o qual o acompanhou em algumas de suas viagens. Lucas aparece de repente no relato de Atos conforme a narrativa muda de "eles" para "nós" (Atos 16:10). Paulo o chamou de "o médico amado" (Col. 4:14).
Mateus e João foram apóstolos e incluíram informações de primeira mão em seus escritos. Marcos não foi um dos doze, mas de acordo com antigas tradições, ele ouviu Pedro pregar sobre Jesus e baseou seu Evangelho nessas recordações. Lucas diz-nos que, ao escrever, tinha diante de si outros relatos da vida e ministério de Jesus (Lucas 1:1, 2). O Espírito Santo guiou-o na seleção do material.
Diferentemente dos demais escritores dos evangelhos, Lucas escreveu a sua história de Jesus para uma pessoa notável, Teófilo (Lucas 1:5, Atos 1:1).
Obviamente Lucas queria que o seu evangelho circulasse pelo mundo romano – e esta era uma maneira de recomendá-lo a outros.
Que retrato de Jesus surge da mão deste médico gentio? Um Cristo que, como Salvador do mundo, traz esperança e vida nova para todos, independentemente do status social.
Talvez as experiências de vida do médico Lucas o tenham tornado sensível para com aqueles que tiveram menos sorte na sociedade. Talvez o fato de ser um gentio o tenha ajudado a apreciar a universalidade da mensagem de Jesus – talvez ele tenha sofrido por conta da exclusividade e do preconceito dos Judeus. De qualquer forma, seu Evangelho destaca-se dos demais por sua preocupação com os oprimidos, os humildes, os desprezados e os marginalizados. Aqui Jesus não é apenas o "filho de Davi", ou o "filho de Abraão" (Mateus 1:1) – Ele é o Filho de Adão (Lucas 3:38), amigo de todos.
"Amigo de pecadores!" essa foi a acusação que lançaram contra ele. Mas, na verdade, foi um elogio! Como ninguém era indigno demais, ou impotente demais ou pobre demais para Jesus, temos esperança e nova vida nEle!
ORAÇÃO
Jesus, amigo dos pecadores, seja meu amigo hoje.
Autor: William G. Johnsson