quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

A última prece

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

31 de dezembro

A última prece

Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus! Apocalipse 22:20

Seria demais imaginar que o inimigo de Deus assistiria indiferente ao extraordinário crescimento da igreja de Cristo no primeiro século. Assim, por meio da religião e do Estado, ele empreendeu a mais severa perseguição aos apóstolos e outros fiéis cristãos. Alguns depuseram a vida decapitados, outros foram devorados por feras nas arenas públicas ou queimados como tochas humanas nos jardins imperiais romanos.

João foi o último dos apóstolos a ser julgado e condenado por causa da fé que professava. Inicialmente, por ordem de Domiciano, ele foi sentenciado à morte em um caldeirão de óleo fervente. Diante da formalização da sentença, João declarou: “Meu Mestre Se submeteu pacientemente a tudo quanto Satanás e seus anjos puderam inventar para humilhá-Lo e torturá-Lo. Ele deu a vida para salvar o mundo. Considero uma honra ser permitido que eu sofra por Seu amor” (Ellen White, Atos dos Apóstolos, p. 570). Impressionados pela força desse testemunho, seus algozes o tiraram do tacho, e ele sobreviveu sendo, posteriormente, exilado na solitária ilha de Patmos, no Mar Egeu.

Ali, João teve o privilégio de receber significativas visões a respeito da história da igreja ao longo dos tempos. Viu o Filho do Homem conduzindo-a em sua trajetória de pureza doutrinária, em suas lutas no enfrentamento de heresias e no combate a elas por meio da coragem de fiéis defensores da verdade. Sim, João contemplou o trono de Deus, ouviu o cântico dos remidos junto ao mar “como que de vidro” (Ap 15:2, 3), viu o Cordeiro, por cujo sangue derramado somos espiritualmente lavados, tornados mais alvos que a neve e também vencedores. Finalmente, viu o fim do pecado, de seu autor e de seus adeptos. Viu a morte para sempre vencida e o pranto eternamente erradicado. Foram-lhe mostradas a nova Terra, a nova ordem de amor, paz e justiça no reino que jamais passará.

Nessa direção, caminhamos pela graça divina. Nossas lutas pessoais decorrentes do pecado inerente a nós serão para sempre superadas. Ameaças às nossas boas intenções de fidelidade a Deus desaparecerão. Tropeços e quedas, nunca mais! O triunfo da graça é real! Seu Autor garantiu que não falhará em vir compartilhar conosco essa vitória: “Sim, venho em breve!” Logo chegaremos à glória! Assim como João, tendo o coração queimando em anseio de que isso não demore, nós oramos: “Amém! Vem, Senhor Jesus!”

Deus marca para proteger - Ezequiel 9

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Ezequiel 9

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Proteção e segurança real frente às ameaças naturais ou bélicas só existem sob os cuidados do Deus verdadeiro. Ele não perderá nenhum dos que Lhe pertencem.

Abra tua Bíblia no capítulo em pauta, e acompanhe estes pontos com oração:

• Deus ordena que se coloque uma marca na testa de todos os que sofrem e lamentam profundamente por causa das práticas religiosas sincréticas dos judeus (vs. 1-4).

• Um homem começa a marcar e outros seis recebem ordens para mata aos que estão sem a marca (vs. 5-6);

• Deus pede que o juízo comece pelo Seu Templo, com os anciãos que deveriam ser luz ao povo, mas preferiam as trevas da perversidade e corrupção religiosa (vs. 6-7);

• A intercessão do profeta não coincide com a vontade de Deus, pois, embora revele misericórdia, Ele não releva o pecado que visa arruinar o plano de salvação do mundo (vs. 8-10);

• O homem incumbido de marcar os fieis e piedosos concluiu sua missão (v. 11).

Deus marca para proteger; foi assim foi desde que Caim pensou que devido ao que fez seria alvo de morte de qualquer indivíduo que o encontrasse (Gênesis 4:8-16). Ninguém sabe exatamente que marca Caim recebeu, mas o texto deixa claro seu objetivo: Proteção de Deus.

Deus manda marcar, em Ezequiel 9, aos que são fieis, para protegê-los de uma destruição iminente. Nenhum fiel se perderia, ou seria ignorado por não ter sido notado. Quando Deus coloca uma marca, Ele visa proteger ao marcado.

Deus quer marcar aos que Lhe pertencem antes das terríveis catástrofes mundiais, ao quais antecederão ao retorno de Cristo. Tal marca será o próprio selo do Deus vivo e verdadeiro na fronte dos fieis, para serem protegidos das aflições mundiais (Apocalipse 7:1-3).

DEUS…

• …preza por aqueles que desprezam a corrupção moral, social e religiosa;

• …tem como Seus aqueles que abominam ao pecado em todas as suas formas;

• …protege àqueles que protegem sua mente das influências seculares, mundanas;

• …salva aos que não suportam injustiças, malandragens e obscenidades de uma sociedade que se diz cristã, mas vive como pagã;

• …preserva a vida dos que choram pela situação decadente dos crentes e da liderança eclesiástica.

A marca não é colocada ao léu, tem a ver com nossa atitude frente ao pecado! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

A glória da graça

MEDITAÇÃO DIÁRIA

30 de dezembro

A glória da graça

E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. Romanos 8:30

Estou tentando me lembrar do final feliz mais emocionante para uma grande história sobre a qual eu tenha lido, ouvido ou que tenha vivenciado. Pode ser que você tenha muitas na lembrança, mas se destaca para mim o momento em que a noiva surge esplendorosa conduzida pelo pai em direção ao noivo, que a espera no altar. Tendo realizado várias cerimônias de casamento, testemunhei a emoção de quem espera e de quem vai ao encontro. O brilho nos olhos, o sorriso e as lágrimas ao mesmo tempo. No rosto de um e do outro, a expressão da vontade de acelerar o ritmo da marcha nupcial. Certa vez, ouvi uma emocionada e sorridente noiva repetir em sussurro: “Acho que vou enfartar! Acho que vou enfartar!” Você consegue imaginar a intensidade desse momento?

No entanto, de uma coisa sei: todos os finais felizes de todas as histórias reunidos, por mais extraordinários que sejam, passam de mera sombra do apogeu glorioso da graça. O plano redentor de Deus, estabelecido desde antes da fundação do mundo (1Pe 1:20), está em andamento e será concretizado. Deus predestinou todos os seres humanos para salvação, a todos chamou por meio do convite do evangelho, justifica pela graça e glorificará os que aceitarem Seu convite. Esses reinarão com Ele pelos séculos da eternidade.

Desse modo, o cristão vive na certeza da salvação e na feliz expectativa da glorificação. “A glorificação é um ato mediante o qual Deus permite que os redimidos compartilhem de Sua radiante glória. Isso significará salvação em seu sentido mais amplo e final” (Hans LaRondelle, O Que é Salvação, p. 117). Para isso, Cristo veio, viveu, morreu e ressuscitou. Para isso, “a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tt 2:11). Com o pensamento na grandiosidade da graça, Paulo disse gloriar-se, bem como os demais cristãos, “na esperança da glória de Deus” (Rm 5:2).

O pecado tem deixado sua marca na experiência humana e nos cenários mais belos da natureza. Entretanto, virá o dia em que seremos libertos de seus efeitos. Viveremos esta incrível realidade: “O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. […] Desde o minúsculo átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeita alegria, declaram que Deus é amor” (Ellen White, O Grande Conflito, p. 678). Estamos um ano mais perto dessa glória!

Idolatria -Ezequiel 8

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Ezequiel 8

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Idolatria manifesta-se de inúmeras formas. Qualquer delas será um afronta direta a Deus.

Ezequiel deixa isso muito claro!

“Catorze meses após o seu chamado para o cargo profético, Ezequiel teve uma nova série de visões […]. O povo furtava abertamente, cometia homicídios e praticava imoralidade e a idolatria, conquanto ainda alegasse adorar ao Yahweh no Seu Templo […]. Ezequiel viu a extrema depravação dos dirigentes nacionais e do povo. O Senhor lhe revelou o vergonhoso fato de que o Templo, a casa do Deus verdadeiro, estava sendo usado como templo pagão!” (Frank Holbook).

“Ezequiel recebeu uma visão em Babilônia na qual Deus lhe mostrou o que estava acontecendo no templo de Jerusalém: havia idolatria (Ez 8:1-4), ciúmes (v. 5, 6), adoração de animais (v. 7-13), choro por Tamuz (deus babilônico da vegetação, como a mãe terra em outras culturas; v. 14, 15) e adoração ao Sol (v. 16-18). Isso era sincretismo em sua pior forma, bem no meio de Jerusalém, no centro de adoração a Yahewh, e a visão revelou os pecados secretos que levaram os judeus ao exílio” (Imre Tokics).

• Pecados secretos são mais prejudiciais ao cristão do que o pecado escancarado, visível e perceptível aos demais.

• Pecados ocultos e acariciados são justificados e preservados, portanto, dificilmente serão confessados e abandonados.

• Contudo, Deus vê tudo, inclusive os secretos da alma, portanto julga inclusive às intenções do coração.

“Ezequiel não viu jovens, que desconheciam a sua herança espiritual, sendo seduzidos por um culto estranho; e, sim, ‘setenta homens dos anciãos da casa de Israel’, os quais, quarenta anos antes, participaram do reavivamento espiritual do Rei Josias […]. No ocaso da vida, esses dirigentes haviam abandonado secretamente o culto do Deus verdadeiro, a fim de mover os seus incensários diante de invisíveis relevos esculpidos e prestar homenagem a formas artísticas de animais imundos. Sua mente obnubilada pelo pecado levou-os a exclamar insensatamente: ‘O Senhor não nos vê, o Senhor abandonou a Terra’. Ezeq. 8:12” (Holbrook).

• Rituais desprovidos das exclusivas orientações de Deus é perversão da religião.

• Práticas religiosas reveladas por Deus misturadas com paganismo é sincretismo repugnante para Deus.

Deus quer uma religião pura e verdadeira para que os pecadores não se percam no caminho da salvação!

“Senhor, confessos meus pecados a Ti!” – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Esperar ou apressar?

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

29 de dezembro

Esperar ou apressar?

Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a Sua vinda. 2 Pedro 3:11, 12, NVI

Assim como em nossos dias, também havia nos dias do apóstolo Pedro quem zombasse da vinda de Cristo. Os cristãos sob seus cuidados necessitavam de orientação, ânimo e certeza. Com plena segurança de que o Senhor não falhará, o apóstolo se apressou em aconselhá-los. Reafirmou a certeza no cumprimento da promessa divina e lhes expôs o estilo de vida que deveriam manter enquanto aguardassem a manifestação do Salvador: “Que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a Sua vinda” (2Pe 3:11, 12, NVI).

No entanto, algumas pessoas se perguntam: “Podemos apressar a vinda de Cristo? Deus não tem o controle absoluto da situação? Como poderíamos redirecionar, retardar ou adiantar a execução de Seus propósitos?” Inicialmente, será bom prestarmos atenção ao significado original das palavras “esperar” e “apressar” nesse verso. A primeira palavra, tradução do termo grego prosdokao, reflete uma “grande expectativa”, portanto ativa, prática, além do conhecimento meramente teórico de que algo vai acontecer. Ou seja, implica preparo, tendo em vista o desfecho do que é esperado. A segunda palavra é a tradução para o termo grego speud?, “continuamente apressando”; “veementemente desejando”, enquanto nos preparamos.

O próprio Jesus associou a espera ao envolvimento ativo na missão: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (Mt 24:14). “É privilégio de todo cristão, não só aguardar, mas mesmo apressar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ellen White, Evangelismo, p. 696).

Fazer-nos participantes da missão que prepara o mundo para esse glorioso acontecimento, no entanto, não significa dependência humana da parte de Deus. “É privilégio” a nós concedido. Ele tem nas mãos o curso da História e a missão. “A Majestade do Céu tem sob Sua direção o destino das nações e os negócios de Sua igreja” (Ellen White, Testemunhos Seletos, v. 2, p. 352). Pode muito bem dirigi-las sem nossa ajuda. Anjos, por exemplo, poderiam concluir a missão de evangelizar o mundo. Contudo, o Senhor escolheu contar conosco, apesar de nós mesmos. Quanto a nós, não deveríamos nos omitir de trabalhar lado a lado com Aquele que graciosamente nos escolheu, a fim de compartilhar com todas as pessoas o plano da redenção para o ser humano.

Fracasso Espiritual - Ezequiel 7

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Ezequiel 7

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Deus é paciente; mas também é intolerante ao pecado. Sua misericórdia é imensurável, mas sua santidade põe freio à multiplicação da maldade. Deus não é indiferente à proliferação das influências satânicas sobre Seu amado povo.

“Passaria mais de um século e meio desde que os profetas haviam começado a advertir da destruição de Jerusalém e da nação. (Ver Miq. 3:12; Amós 2:4 e 5). A fim de abalar a presunção do povo, Ezequiel anunciou cinco vezes em três versículos: ‘Vem o fim!’ Ezeq. 7:2, 3 e 6. A terrível disciplina não poderia ser adiada por mais tempo. Dentro de aproximadamente seis anos a dramatizada predição de sua ruína, Jerusalém ficou desolada e seus habitantes estavam mortos ou no cativeiro” (Frank Houbrook).

• No capítulo 4, o profeta dramatizou o cerco de Jerusalém;

• No capítulo 5, Ezequiel raspou a cabeça e a barba com o objetivo de revelar o destino dos judeus;

• No capítulo 6, o profeta falou contra os lugares altos em que se adoravam deuses pagãos;

• No capítulo 7, Ezequiel declarou que o julgamento está às portas.

Parece que Deus está demorando a executar o juízo. O pecado do povo já estava mais que maduro.

“O povo tinha fracassado em sua missão de testemunhar de Deus. Agora, daria testemunho por meio do julgamento. Trata-se de uma questão séria para reflexão. O juízo é completo: Abrange todas as classes e toda a terra. A nação que rejeita o conhecimento de Deus perde sua força moral e não tem como se sustentar quando enfrenta dificuldades. O mesmo princípio se aplica a indivíduos” (William MacDonad).

O que interfere no cumprimento da missão de Deus?

1. A teoria da religião verdadeira não alcançava a vida prática do povo de Deus. Crer em Deus vivendo como ateu caracteriza péssimo testemunho (vs. 1-8);

2. Preferir a prática do pecado antes que a prática da vontade de Deus é o caminho mais certo do fracasso espiritual, o qual impede testemunhar de Deus (vs. 5-9);

3. Orgulho, violência, materialismo, consumismo são empecilhos que impedem testemunhar de Deus (vs. 10-16);

4. Presunção, vaidade, idolatria e hipocrisia não proclamam, mas profanam a verdadeira religião (vs. 19-27).

Fracassar em testemunhar de Deus significa fracassar nos negócios, na vida e na religião. Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Quando será?

MEDITAÇÃO DIÁRIA

 28 de dezembro

Quando será?

Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos Céus, nem o Filho, senão o Pai. Mateus 24:36

Durante um intervalo entre palestras de um congresso, fui abordado por um participante que me perguntou: “Pastor, como é possível sentirmos saudades de alguma coisa que nunca vimos?” Referia-se às tantas vezes em que nós dizemos estar sentindo “saudades do Céu”. Essa saudade, inclusive, é tema de muitos de nossos belos hinos, como “Saudade” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, no 340) e “Além do Rio” (ibid., no 570). A ênfase é no anseio de que logo chegue o momento de vermos o Rei.

Com a expressão dessa saudade, tentamos traduzir nosso profundo anseio de que logo chegue o momento de vermos o Rei, conhecê-Lo assim como Ele é; experimentar Nele e junto a Ele a libertação de tudo o que nos faz sofrer no mundo e viver a glória de Sua presença para sempre.

“Tudo dentro de nós clama pela vida e pela permanência; no entanto, tudo que nos cerca nos faz lembrar da mortalidade” (Aiden Tozer, Mais Perto de Deus, p. 52, 53). Contudo, um dia voltaremos à eterna Fonte de nossa origem: o próprio Deus. Por isso, ansiosos pelo cumprimento da promessa feita por Jesus de nos levar para a casa do Pai, nós, à semelhança dos discípulos, perguntamos: “Quando será?” Não sabemos. Nem o Mestre revelou que soubesse. Paradoxo para Aquele que conhece todas as coisas? Evidentemente, não. A declaração não torna Jesus menos Deus do que sempre foi.

Ekkehardt Mueller opina: “A declaração foi feita durante o período em que esteve encarnado como ser humano, e é a partir dessa perspectiva que deve ser compreendida” (Ministério, jan/fev, 2012, p. 17). E o Comentário Bíblico Adventista afirma: “Como um homem na Terra, Cristo limitou voluntariamente Seu conhecimento e poder na medida da capacidade dos seres humanos” (v. 5, p. 538).

Contudo, o que mais nos importa do que saber simplesmente que Ele virá? Isso é tudo. Nossas dores terão fim, as lágrimas serão enxugadas, o pecado não mais existirá. Mataremos a saudade de nossos queridos e a saudade (anseio) de Jesus. A morte morrerá!

Tudo nos diz que “Ele está vindo. Se será hoje, um dia ou dois, depois de amanhã, o que importa saber é que Ele volta; e vem para recolher os que já são Seus” (Jader Santos). Enquanto isso, continuemos esperando e nos preparando.

Juízo Divino Contra O Pecado-Ezequiel 6

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Ezequiel 6

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Quanto mais você gostar de pecar, menos vai gostar das coisas espirituais. Quanto mais você amar a Deus, mais repugnante torna-se o pecado.

O juízo divino contra o pecado, a severa disciplina de Deus para com Seu povo e, a permissão para experimentar desgraças, devem-se pelo fato do pecado não ser irrelevante. Deus o considera como algo terribilíssimo, e quer que o consideremos também.

A indiferença a Deus, a Seus princípios e propósitos nos fará ávidos pelos pecados que arruínam a vida. Por isso, Deus faz tudo para atrair-nos a Ele, oferece-nos oportunidades de perdão e restauração; cabe a nós a decisão e o arrependimento.

Avalie com atenção o capítulo em questão:

• Desde a entrada do pecado, a sentença maior dada por Deus foi sobre a terra (veja o caso de Adão e Caim). Os montes eram lugares de adoração a deuses falsos; consequentemente, Deus enviou Ezequiel a proferir profecias contra os lugares altos. A idolatria do povo faz Deus enviar mensagens que se referem à terra; a qual seria castigada mais do que o povo que cometeu pecado – isso é graça (vs. 1-7).

• Desde que o pecado entrou no planeta, seus habitantes tentaram justificar seus erros; quando, na verdade, Deus queria que tivessem aversão ao pecado, por isso os sacrifícios nojentos de animais – diariamente. O plano divino aqui é que o remanescente, ao se conscientizar de seus erros no exílio, enojassem a si mesmos (vs. 8-10).

• Desde o início da desgraça causada pelo pecado, Deus usou vários recursos para frear sua influência destruidora. Agora o povo indiferente, rebelde e irreverente que traiu seu Deus com deuses prostitutos, ídolos repugnantes e práticas religiosas perversas, veria seus pecados serem castigados com peste, guerra e fome (vs. 11-14).

A transgressão aos mandamentos de Deus é uma distorção de Seu caráter, um péssimo testemunho ao mundo, e um roubo de oportunidades de conversão às nações pagãs.

A frase “para que saibais que Eu Sou o Senhor” citada nos versículos 7, 10, 13-14, se repete aproximadamente 60 vezes em Ezequiel. Conforme Levítico capítulos 18-26 a razão da disciplina é a violação do caráter do Deus que os judeus representavam. Isso não te diz nada?

“Senhor, abra nossos olhos para entendermos Tuas mensagens! Reaviva-nos por Tua Palavra!” – Heber Toth Armí.

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domingo, 27 de dezembro de 2020

Um cântico de alegria

MEDITAÇÃO DIÁRIA

27 de dezembro

Um cântico de alegria

Coroas o ano com a Tua bondade, as Tuas pegadas destilam fartura. Salmo 65:11

Estamos quase findando mais um ano. Quatro dias mais, e este ano se tornará passado. Há um ano, vivíamos as mesmas emoções e os mesmos sentimentos de agora, diante de tantos sonhos, expectativas e projetos que alimentávamos em nossa mente. Olhávamos pelo retrovisor do tempo os deslizes, obstáculos e curvas na estrada do ano anterior e acendíamos os faróis da esperança. Nada podíamos ver, mas podíamos crer, confiar, sonhar e avançar. O que vemos agora?

Frutificaram as sementes dos ideais que lançamos? Concretizaram-se os sonhos nos quais investimos intelecto, tempo, sentimentos, emoções e, talvez, dinheiro? Independentemente de quaisquer resultados colhidos, o importante é que a certeza de termos sido acompanhados pela bondade de Deus mantém a esperança e nos enche de paz. O que mais poderíamos desejar? Estamos nas mãos de um Pai empenhado em promover nosso bem em todas as circunstâncias que nos envolvam. “Um poder invisível está trabalhando continuamente para servir ao homem, para alimentá-lo e vesti-lo” e para tudo o mais (Ellen White, Parábolas de Jesus, p. 81).

No Salmo 65, Davi louva a Deus por Sua bondade manifestada, ao que parece, nas bênçãos de uma colheita farta. Ninguém pode afirmar não ter vivenciado a bondade divina, por meio da colheita de frutos que brotaram das sementes lançadas no início deste ano. Há realizações e conquistas a serem contabilizadas; ideais e sonhos realizados. Objetivos atingidos. E há bênçãos em forma de crescimento experimentado e lições aprendidas em meio a perdas momentâneas.

Até aqui chegamos amparados pelo mesmo poder que sustém os mundos em suas órbitas e mantém firmes as montanhas. A mesma luz que faz os poderes das trevas tremerem ilumina nosso caminho. A mesma voz que acalma tormentas transmite serenidade a nosso coração. Nosso Deus é o grande Eu Sou, o Alfa e o Ômega, Aquele que nos alcançou no mais profundo nível da nossa pecaminosidade e nos dignificou. Um Deus que nos ama de uma eternidade a outra, passada e futura, e cujas misericórdias não têm fim. Ele responde a todos os nossos clamores, sempre além do que pensamos, desejamos ou pedimos, conhecendo o que é melhor para nós. Por onde passa, deixa fartura. Portanto, assim como na linguagem do salmista, os campos revestidos de rebanhos e os vales cobertos de trigo “exultam de alegria e cantam” (Sl 65:13), cantemos nós também. Temos razões para cantar.

Uma Profecia - Ezequiel 5

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Ezequiel 5

Comentário Pr Heber Toth Armí 

As lições que Deus desejava que Israel aprendesse, também anseia que as aprendamos. Isso, porque Ele quer nosso bem, nossa salvação…

Neste capítulo, vemos que…

…Ezequiel deveria rapar o cabelo da cabeça e dividir os pelos da face em três partes iguais.

…O profeta foi orientado por Deus a queimar um terço da barba, cortar outro terço com a espada e lançar o terço restante ao vento.

…Ezequiel recebeu a incumbência de preservar alguns fios de cabelo nas orlas da própria roupa.

…Além disso, alguns dos fios restantes deviam ser jogados ao fogo.

Qual a razão dessa dramatização tão esquisita?

Tudo era uma profecia, ilustrando a iminente destruição de Jerusalém e o destino de seus habitantes.

Os fios de cabelos preservados simbolizam o remanescente sobrevivente quando a nação enfrentasse o julgamento divino.

Os fios jogados ao fogo representam a severidade e a intensidade do juízo contra maldade do povo.

Dois terços dos habitantes de Jerusalém morreriam de fome ou pela espada; o outro terço, seria exilado em Babilônia.

Além de todo sofrimento físico, o povo de Deus enfrentaria sofrimento emocional. As nações ao redor tratariam Jerusalém como objeto de zombaria. Qual o problema do povo para Deus permitir tamanha humilhação?

Primeiramente, quanto maior o privilégio, maior a responsabilidade. A negligência aos privilégios e responsabilidades resulta em retirada das bênçãos do Deus que faz aliança com pecadores.

Em segundo lugar, rebelião contra Deus, rebeldia contra Seus mandamentos e profanação do Seu templo são mais do que provocação ao Deus que oferece graça aos desgraçados e infelizes pecadores condenados à morte.

Em terceiro lugar, a gravidade do pecado resulta em consequências funestas. A negligência ao Autor da vida faria o povo, outrora privilegiado, passarem necessidades agora, enfrentarem a fome extrema a ponto de comerem membros da própria família.

Deus Se expõe ao ridículo, através de Seu profeta, visando chamar a atenção dos pecadores visando salvá-los. Fez isso através dos profetas no Antigo Testamento, e também mediante Seu Filho Jesus Cristo, no Novo Testamento.

O Espírito Santo precisa imprimir estas verdades em nosso coração para que aprendamos a evitar a destruição. Precisamos permitir que Deus faça Sua obra em nós, coisa que os judeus não permitiram.

Experimente fugir do pecado e entregar-se a Jesus! Anima-te! – Heber Toth Armí.

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sábado, 26 de dezembro de 2020

Troféus do sofrimento

MEDITAÇÃO DIÁRIA

26 de dezembro

Troféus do sofrimento

Ele verá o fruto do penoso trabalho de Sua alma e ficará satisfeito. Isaías 53:11

Ao ler Isaías 53, você já sentiu ser esse capítulo um daqueles que devem ser lidos em atitude reverente, de adoração e gratidão? Esse é o sentimento que experimento ao lê-lo. Impossível não nos curvarmos emudecidos diante dessa tocante descrição do incompreensível amor do Pai. A primeira realidade que nos é apresentada é tão terrível e repugnante quanto é o pecado para a Divindade. Ambos são inconciliáveis, e o pecado requer punição. Entretanto, a partir dessa verdade, sob a inspiração do Espírito Santo, o profeta registrou a expressão de outra realidade cheia de conforto: ao punir o pecado de Seu povo, Deus o fez na pessoa de Seu Filho, Jesus, o Messias prometido. De fato, Ele mesmo Se colocou em nosso lugar e recebeu o castigo que a nós era destinado.

Apesar de grandiosa, a boa-nova referida por Isaías aparentemente não entusiasmou os ouvintes incrédulos (Is 53:1). O protagonista dela “não tinha aparência nem formosura; olhamo-Lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse” (v. 2). Não tinha consigo a ostentação da realeza humana. Assim, foi rejeitado e desprezado pelos que eram Seus (Jo 1:11). Apesar disso, jamais deixamos de figurar em Seus planos. Havia uma missão de resgate a ser levada até o fim, e a preço incalculável.

Ninguém jamais entenderá as profundezas do sofrimento enfrentado por Jesus. “Tomou sobre Si as nossas enfermidades”, “foi transpassado por nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades”, “foi cortado da terra dos viventes” (Is 53:4-10). “As gotas de sangue que corriam de Sua fronte, Suas mãos e pés, as convulsões de agonia que sacudiam Seu corpo e a indescritível angústia que enchia Sua alma quando o Pai ocultou Dele a face falam ao ser humano, dizendo: ‘Foi por amor a você que o Filho de Deus consentiu em levar sobre Si esses odiosos crimes; por você, Ele rompeu o domínio da morte, e abriu os portões do Paraíso e da vida imortal’” (Ellen White, História da Redenção, p. 225).

Somos os troféus de Seu sacrifício. Toda corte celestial irrompeu em louvor assim que Jesus apresentou ao Pai as marcas desse sacrifício. Esse louvor se prolongará pela eternidade. Então Cristo verá nos remidos de todos os tempos, “o fruto do penoso trabalho de Sua alma e ficará satisfeito” (Is 53:11). Ali, pela graça do Senhor, estaremos você e eu. Fomos feitos para Ele.

Deus avisa - Ezequiel 4

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Ezequiel 4

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Se as pessoas soubessem toda a desgraça que o pecado causa antes delas transgredirem a Lei de Deus, pensariam mais antes de se envolver com ele?

Neste capítulo está um retrato do caos causado pelo pecado a fim de nos alertar, avisar e orientar. “Esse capítulo retrata o cerco e o respectivo desconforto, a fome e a contaminação resultantes do pecado de Judá e do fato de haver se afastado de Deus” (William MacDonald).

Da mesma forma que temos as evidências do pecado revelado por Deus na vida de indivíduos e nações e mesmo assim ignoramos os avisos divinos, no passado o povo de Deus ouviu o alerta dos profetas verdadeiros e mesmo assim preferiu fazer o que era errado.

O profeta deveria tomar um tijolo para representar Jerusalém e montar algo que representasse o cerco realizado por Nabucodonosor. Depois, uma panela de ferro deveria ser colocada entre o profeta e a cidade. Ezequiel, representando Deus, seria o sitiador como sinal a Israel em seus pecados (vs. 1-3).

O profeta deveria deitar-se sobre o lado esquerdo e colocar sobre si os pecados de seu povo, isso por 390 dias que corresponde a 390 anos de apego de Israel ao pecado; depois deitaria do lado direito e carregaria sobre si os pecados de Judá durante quarenta dias. Enquanto isso, não deveria tirar os olhos do cerco de Jerusalém, deveria arregaçar as mangas, mostrar o braço descoberto e, amarrado, pregar contra a cidade (vs. 4-8).

O profeta deveria pegar trigo, cevada, feijão, lentilha, painço e espelta, misturar tudo numa bacia para fazer pão para comê-lo os 390 dias que estiver deitado. Ezequiel deveria comer e beber uma pequena quantidade em horas marcadas. O pão deveria ser assado com fezes humanas secas; mas, depois do questionamento do profeta, Deus permitiu que assasse com fezes de vacas (vs. 9-15).

O profeta recebe de Deus a interpretação para todos esses símbolos (vs. 16-17).

O pecado é nojento. Suas consequências são horrendas. Satanás não brinca com quem brinca com o pecado. Desgraça e miséria inundam as suas vítimas.

Contudo, como “quem avisa amigo é”, Deus avisa. Deus não quer a desgraça de Seus filhos. Porém, não decide por eles…

Sejamos espertos, ouçamos a Deus! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Nome sem igual

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

25 de dezembro

Nome sem igual

Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Mateus 1:21

O nome de Cristo tem sido fonte de inspiração para escritores, pregadores, compositores e cantores, que têm enaltecido o poder e atração irresistíveis que ele carrega. “Reis e reinos vão passar, mas existe algo nesse nome”, diz a letra original de uma belíssima canção composta por Bill e Gloria Gaither, conhecida em português pelo título “Cristo, algo existe em Ti”, que é cantada até hoje. O nome de Jesus abranda e ilumina com esperança o coração mais endurecido. Poderoso, tem resistido aos ataques de inimigos em suas tentativas de varrê-lo da face da Terra. Porém, ao contrário disso, um dia todos se curvarão diante desse Nome, reconhecendo-O como Rei eterno.

Nenhum outro é igual a Cristo. “Um nome que inspira devoção e o mais puro amor. O nome que Deus nos enviou como um presente […]. Esse nome nos quer curar”, e, quem O invocar, “perdão alcançará”, cantam os Arautos do Rei a canção “O Nome Cristo”, composta por Jader Santos. Para o Novo Tom e para nós, na letra e música de Valdecir Lima e Lineu Soares da canção “Cristo”, Ele é o “lírio do vale, a rosa de Saron […] o meigo e bom Pastor, o Pai da Eternidade […] Ele é vida, verdade e salvação.”

O anjo contou a José a razão pela qual o bebê deveria ser chamado Jesus: “Ele salvará o Seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21). Em hebraico, Jesus significa “o Senhor é salvação”. Isso envolve todas as formas de manifestação de Sua graça. Assim, leprosos chamaram Seu nome e foram curados. Pecadores clamaram e foram perdoados e salvos. Enlutados tiveram de volta seus mortos. Demônios foram postos em fuga, deixando livres os que lhes eram cativos. Em nome de Cristo, os apóstolos continuaram a trajetória de maravilhas, e o poder nele contido está a nosso dispor. Nele, pedimos, e o Pai nos atende. Nenhuma bênção nos será negada sempre que confiarmos em Seu nome.

Sempre haverá razão para cantarmos junto com os Arautos: “Há poder em Teu nome, Jesus! / Há esperança em Teu nome, Jesus!” (canção “Em Nome de Jesus”, de Jader Santos). Agora, imagine o momento em que você pronunciará esse Nome, olhando nos olhos de Seu Autor. Não apague essa imagem de sua mente. Ela lhe fará muito bem neste dia.

Atalaia de Deus - Ezequiel 3

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Ezequiel 3

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Um amor infinito domina as ações de Deus em relação aos rebeldes. Deus nunca abandona Seu povo, nem mesmo em situações em que qualquer pessoa já teria desistido.

Warren Wiersbe sintetiza os três primeiros capítulos de Ezequiel:

O chamado do profeta:

1. Vendo a glória de Deus (capítulo 1);

2. Ouvindo a Palavra de Deus (capítulo 2);

3. Tornando-se atalaia de Deus (capítulo 3).

Embora no exílio, sofrendo com perversos pecadores, por causa das transgressões alheias, Ezequiel era homem de Deus, chamado para transmitir mensagens inspiradas aos humanos sofredores.

Deus deixou Jeremias com os fracos, doentes e inválidos, rejeitados por Babilônia; e, levantou Ezequiel no cativeiro.

“Enquanto Jeremias continuava a dar o seu testemunho na terra de Judá, o profeta Ezequiel foi suscitado entre os cativos em Babilônia, para advertir e confortar os exilados, e também para confirmar a palavra do Senhor que fora exposta pelo profeta Jeremias. Durante os anos que restaram do reinado de Zedequias, Ezequiel tornou muito clara a loucura de confiar nas falsas predições dos que estavam levando os cativos a esperar para breve o retorno a Jerusalém. Ele foi também instruído a predizer, por meio de variedade de símbolos e solenes mensagens, o cerco e posterior destruição de Jerusalém” (Ellen G. White).

Lições:

• Primeiramente, mensageiros de Deus precisam alimentar-se e ser nutridos pela mensagem: Sua vida deve assimilar as verdades divinas antes de revelá-la aos outros. Conquanto, diariamente, como alimento, deve ser ingerida e digerida (vs. 1-9).

• O porta-voz de Deus não cria ou inventa mensagens; recebe-a de Deus e não fala o que quer, senão o que Deus quer (vs. 10-15).

• Como uma atalaia, mensageiros de Deus precisam vigiar seu contexto e transmitir a mensagem certa para não ser conivente com a destruição almejada pelas hostes do mal (vs. 16-21).

• Como um arauto fiel, mensageiros da revelação divina precisam calar-se (ou falar) conforme Deus, o Autor das mensagens, orientar (vs. 22-27).

Ninguém pode dar do que não tem; nem pode fazer o que Deus quer, sem preparação. Ezequiel foi devidamente preparado por Deus para ser Seu mensageiro, porta-voz, atalaia e arauto. Ele recebeu a Palavra de Deus para compartilhá-la, embora houvesse descarada rejeição. Assim, fica nítido o amor e cuidado de Deus!

Compartilharemos esse amor? Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Um rei na casa do pão

MEDITAÇÃO DIÁRIA

24 de dezembro

Um rei na casa do pão

E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti Me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. Miqueias 5:2

O futuro avistado por Miqueias para Israel era desanimador. Cercada por tropas inimigas, Jerusalém veria seu rei ser maltratado e humilhado (Mq 5:1). No entanto, o triste cenário é repentinamente iluminado por um raio de esperança. Deus não havia abandonado Seu povo, e um novo Rei iria surgir (Mq 5:2).

Assim, o profeta teve um vislumbre do Rei-Salvador, o Messias prometido e aguardado pelos filhos de Deus desde que Adão havia perdido o paraíso edênico sob a promessa de que o Descendente da mulher viria para triunfar sobre o mal (Gn 3:15). O que nem líderes religiosos nem autoridades poderiam imaginar era que o Messias nasceria em um insignificante vilarejo de Judá, não em um ambiente da realeza de Jerusalém, conforme esperavam. Mas os propósitos do Altíssimo haviam determinado que este seria o lugar: Belém-Efrata, cujo significado é “casa de pão”.

A humildade do lugar escolhido para o nascimento de Jesus se ajusta muito bem à maneira pela qual, às vezes, Deus escolhe agir. Ele aprecia trabalhar por meio de coisas e pessoas simples, dignificando-as a partir de então. Por isso, ao longo dos tempos, Ele tem escolhido seres humanos diminutos por causa do pecado, e os tem habilitado a realizar maravilhas em Sua causa. Por Sua graça, pecadores indignos têm-se tornado gigantes espirituais. Ele, que é o “Pão da vida”, deseja fazer de nosso coração uma casa na qual possa renascer todos os dias, a fim de que aprendamos a amar e possamos crescer à semelhança Dele.

Digna de nota é a referência ao fato de que as origens do bebê nascido em Belém “são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Ali não ocorreu apenas o nascimento de um grande personagem histórico, benfeitor da humanidade. Belém foi a porta através da qual Deus encarnado entrou na história da humanidade dando a vida para resgatá-la.

À semelhança do que acontecia com Israel nos dias de Miqueias, no que depender dos maiorais da Terra, o futuro da humanidade também é desanimador. Entretanto, um Libertador virá, não como bebê indefeso, mas como Rei vencedor. Então, estabelecerá Seu reino de justiça e paz. A longa noite do pecado e da morte terá fim. A sombra do mal será para sempre dissipada. Foi para isso que houve o primeiro Natal. Essa é a razão maior pela qual devemos celebrá-lo não somente em um dia do ano, mas a cada segundo da existência.

Deus capacita Ezequiel - Ezequiel 2

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Ezequiel 2

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Servir a Deus quando nem os religiosos estão dispostos a se submeterem ao Seu senhorio não é nada fácil. Os mensageiros de Deus são rejeitados porque seus ouvintes interpretam suas palavras como indignas para um servo do Altíssimo.

Alguém escreveu as seguintes informações:

“Ezequiel era filho de Buzi. Buzi significa ‘descaso’ ou ‘desprezo’. Ezequiel foi um profeta que foi muito desprezado pelo povo e que foi tratado com descaso. Em seu ministério ele não recebeu glória”. Em contrapartida, “Ezequiel significa ‘Deus fortalecerá’. Também significa ‘O Todo-Poderoso é sua força’”. Desta forma, “por um lado, ele era o filho de Buzi, desprezado por outros. Por outro lado, era Ezequiel, fortalecido por Deus, o Poderoso”.

• Quando a fraqueza humana enfrenta oposição e rejeição que tentam minar a motivação do mensageiro, Deus mesmo Se torna sua proteção.

Em sua fraqueza, Ezequiel contemplou a majestade e a glória do Soberano Deus do Universo. Por isso, “do primeiro ao último capítulo, encontramos em Ezequiel a ideia central da soberania e da glória do Senhor Deus. Ele é soberano em Israel e nos assuntos das nações do mundo, ainda que a jactância ruidosa dos homens pareça ter abafado essa verdade. Em sua vontade soberana, Deus criou com o propósito de glorifica-lo em vida e dar testemunho dele até os confins da terra” (Charles Lee Feinberg).

Abra tua Bíblia, acompanhe…

• Deus revela a mensagem, e o Espírito Santo capacita ao mensageiro que representa ao Senhor perante ouvintes indiferentes, irreverentes e arrogantes (vs. 1-2);

• Deus comissiona mesmo sabendo que o resultado será negativo. Nem mesmo um poderoso profeta, cuja mensagem recebera diretamente de Deus, cheio do poder do Espírito Santo não tem sucesso frente a pessoas rebeldes, calejadas em seus pecados, insensíveis à voz de Deus (vs. 3-4).

• Deus, embora soubesse da rejeição ao profeta, ainda assim o envia aos pecadores impenitentes; pois, Deus não faz nada sem antes avisar. Se ouvirão ou não ao profeta, não importa. O que importa é que Deus enviou mensageiro – isso é graça! (vs. 5-7);

• Deus providencia meios para que Seus servos não se contaminem com a forte influência de um povo religioso, porém rebelde (vs. 8-10).

A proteção contra a hipocrisia, apostasia e perversão religiosa é a Palavra de Deus. Como deveríamos valorizá-la! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Além da compreensão

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

 23 de dezembro

Além da compreensão

Como são grandes as riquezas de Deus! Como são profundos o Seu conhecimento e a Sua sabedoria! Quem pode explicar as Suas decisões? Quem pode entender os Seus planos? Romanos 11:33; NTLH

Nós sabemos muito bem. Os dias mais escuros de nossa existência são dolorosos e quase humanamente insuportáveis, mas não são inúteis. As experiências que vivenciamos nos oferecem oportunidades para reflexão e aprendizado e abrem caminho para maiores bênçãos no fim da jornada. Você já pensou nas muitas lições que pôde aprender ou relembrar durante um longo período de recuperação de algum mal físico que o atingiu de surpresa? Um desses lembretes pode ser: Não tente entender todos os caminhos pelos quais Deus permite que você ande. Ninguém entenderá. E mais: Não se renda ao tormento de lutar com perguntas para as quais não terá respostas nesta vida. “Como ou por que vim parar nesta condição?” Talvez haja respostas; talvez, não. Se não houver, apenas confie, porque a fé é o alento espiritual do justo (Hc 2:4). Não murmure nem se queixe, conte as bênçãos, louve e agradeça, porque isso liberta. Espere, pois a esperança que temos “não nos decepciona” (Rm 5:5, NVI).

Com toda a sabedoria e inspiração com que foi abençoado, Paulo frequentemente falou de “mistérios” em seus escritos. Fez isso sempre se referindo às maravilhas da graça com que Deus nos sustenta em meio aos espinhos que permite que levemos conosco, com propósitos às vezes incompreensíveis (2Co 12:7-10). Em nosso verso de hoje, depois de mencionar a abrangência da graça de Deus, que abriga sob o senhorio Dele todos os povos, etnias e pecadores que a aceitarem, ele expressou a limitação de seu entendimento diante dessa maravilha. Então não lhe restou outra saída a não ser a que também devemos buscar diante de situações que estão além de nossa compreensão. Ou seja, acalmar-nos diante do desconhecido e tentar captar pela fé a imensidão do amor e da sabedoria do Pai.

Convém darmos uma longa trégua em nossa mente aos males que nos afligem. Além das experiências que vivenciamos, ou em meio a elas, uma coisa deve ser o centro de nossa reflexão. John W. Peterson a expressou no refrão de um hino: “Mas um maior milagre me comove o ser; / Tão insondável é, não posso compreender: / Que o meu eterno Deus, em Seu grande amor / A mim salvasse, pobre pecador!” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, no 198).

O que mais nos importa além disso? Pelo que nos oferece na eternidade, a graça supera todo revés no presente. Ao Deus sábio e infalível que a concede a nós seja “a glória eternamente! Amém” (Rm 11:36).

O profeta Ezequiel - Ezequiel 1

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Ezequiel 1

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Quando tudo mostra-se ruindo, quando o desespero parece aumentar e quando o povo de Deus pode ter espaço para duvidar de Sua existência e poder, o próprio Deus faz alguma coisa para auxiliar, orientar e confortar aos aflitos.

“Ezequiel datou suas profecias com precisão. A primeira (Ez 1:2) é do quinto ano de Joaquim no exílio (593 a.C.); a última profecia datada é de 571 a.C. (Ez 29:17). Seu ministério durou, portanto, 22 anos. Se, como sacerdote, Ezequiel começou seu ministério aos trinta anos, estava com mais de cinquenta quando terminou de profetizar” (William MacDonald).

O profeta “Ezequiel ministrou aos companheiros de exílio pouco antes e durante os primeiros vinte anos do cativeiro. Os judeus alimentavam a falsa esperança de voltar em breve a Jerusalém, daí Ezequiel lhes mostrar a necessidade de se voltarem, primeiramente, para o Senhor” (MacDonald).

Em meio dos cativos israelitas na Babilônia, sofrendo as consequências dos erros alheios, e experimentando o preço do pecado na pele (vs. 1-3), Ezequiel recebe visões da soberania e glória de Deus (vs. 4-28)

• Deus veio como uma tempestade com ventos assustadores para julgar o impenitente Israel que rejeitara todos os sinais de alerta e misericórdia visando privar-lhe de sofrerem no exílio (vs. 3-4);

• Os querubins, lembrando os registros em Gênesis 3:24, mostram o poder dos seres celestiais para colaborar com Deus e Seus propósitos (vs.5-14);

• Rodas gigantes, seres viventes misteriosos, fogo que se revolvia e olhos nas extremidades das rodas, mostram que Deus é Onisciente e Onipresente no Universo (vs. 15-21);

• O firmamento como cristal brilhante, sons assustadores de asas dos querubins e voz poderosa mostram a Onipotência de Deus no Universo (vs. 22-25).

• O imponente trono revela autoridade e domínio divinos acima da calamidade enfrentada pelos habitantes de Judá, exilados em Babilônia (vs. 26-28).

Diante das incertezas da vida, exausto pela situação aparentemente sem solução, e enfrentando dúvidas sobre a capacidade de Deus, o profeta Ezequiel recebe visões que transmitem segurança e esperança.

O apóstolo João precisou do mesmo conforto. Exilado na ilha de Patmos, com todos os colegas apóstolos martirizados, e, a igreja sendo perseguida e massacrada, as visões apocalípticas mostrou-lhe que Deus é soberano e está no controle na história de Seu povo.

Deus vê nossas aflições! Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Alerta máximo

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

22 de dezembro

Alerta máximo

Sabe, porém, isto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis. 2 Timóteo 3:1

Na série de conselhos dirigidos a Timóteo, Paulo não deixou de adverti-lo quanto ao ambiente em que ele exerceria seu ministério “nos últimos dias”. Tendo em mente que os cristãos daquela época já consideravam próxima a vinda de Cristo, o apóstolo mencionou a condição de frieza e apostasia em que estariam alguns religiosos: arrogantes, egoístas, desobedientes, ímpios, escravos dos prazeres, ingratos, insensíveis, irreconciliáveis, hipócritas, blasfemos, depravados, sem domínio próprio, cruéis e inimigos do bem (v. 2-5). Timóteo deveria ser cuidadoso em relação a esses, diante dos quais não poderia recuar no cumprimento do dever de apresentar fielmente a Palavra de Deus.

Contudo, a referência de Paulo também projeta uma visão do período em que vivemos. Não é necessário dizer muita coisa para descrevermos a natureza dos dias atuais. São tempos nos quais somam-se aos comportamentos indicados por Paulo outros sinais enumerados por Jesus Cristo aos discípulos (Mt 24). A recomendação do apóstolo para que Timóteo não convivesse com aqueles falsos religiosos, a fim de se proteger da influência deles, também é dirigida a nós. Precisamos nos afastar do mal e permanecer vigilantes (Mt 24:42).

Estamos perto do desfecho da história do mal e do pecado. Não há mais tempo para distrações. Conta-se que numa escola fundamental, duas alunas ocupavam-se em preparar uma lista de objetos pessoais que pretendiam levar para o que parecia ser um acampamento. No entanto, não se tratava disso. Elas haviam lido e ouvido sobre um tempo de tribulação antes da vinda de Cristo, e pensaram em se preparar para esse período. Se teriam que fugir para locais isolados, que nada lhes faltasse, pensavam. Era um gesto que mostrava a inocência delas, mas também revelava a fé que tinham na bendita esperança. A ideia de preparo foi levada muito a sério.

Passados 12 anos, uma daquelas meninas, agora com 22 anos, estava cursando medicina. Aquela lista já não passava de uma vaga lembrança perdida entre tantas outras prioridades. Às vezes, ela dizia pensar: “Ele virá em breve!” Então, questionava: “Passaram-se 12 anos, nada aconteceu! Talvez não venha!” E concluía: “Tenho medo de nunca mais ouvir a voz me dizendo que Ele virá!” E quanto a nós? Damos importância suficientemente ao fato de que Ele virá? A voz dessa realidade não pode ser abafada em nosso coração.

Deus é a esperança -Lamentações 5

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Lamentações 5

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Creio que não damos o devido valor que merece o livro de Lamentações. Os judeus o consideram importante e o leem pelo menos uma vez ao ano. Lamentações consta na lista de livros lidos numa das festas anuais:

• Cantares de Salomão: Páscoa.

• Rute: Pentecostes.

• Eclesiastes: Festa das cabanas ou tabernáculos.

• Ester: Purim.

• Lamentações: Queda de Jerusalém e destruição do templo, festa celebrada no nono dia de Av (meados de julho).

O Dicionário Bíblico Wycliffe faz a seguinte análise sobre Lamentações: “O lamento não é simplesmente por Jerusalém estar destruída e o povo devastado. É que a catástrofe é um ato de Deus, executando um castigo merecido. Aqueles que deveriam ter sido líderes responsáveis não agiram corretamente, e o povo, voluntariamente, os seguiu. Deus está castigando Israel por seu pecado. Mas a adversidade não é apenas punitiva, é também corretiva. O amor e o propósito da aliança de Deus jamais falharam e jamais falharão”.

O capítulo final vai além do lamento. D. L. Moody declara que “este capítulo é realmente uma oração nacional feita a Jeová, a única esperança e auxílio de Sião”.

Assim, este capítulo é o auge do livro, o ápice dos lamentos, a conclusão apoteótica – a “cereja do bolo”. Então, redobre a tua atenção nestes últimos 22 versículos:

1. Reconhecimento nacional de que a terrível situação deu-se devido ao histórico carregado de pecados é uma nobre motivação para começar uma oração (vs. 1-4);

2. Embora a profecia indicasse exílio em Babilônia de 70 anos no livro de Jeremias (25:1-14), é sábio expor aflições a Deus e suplicar-Lhe misericórdia para suportar as consequências dos pecados (vs. 5-16);

3. Os caminhos seriam outros caso pecados não fossem amados. A história seria diferente se houvesse aberta rejeição à corrupção. Os pecados arruínam a sociedade, adoecem o coração e saqueiam as bênçãos de Deus (vs. 17-18).

4. Deus é a esperança exclusiva e concreta para qualquer desespero e angústia. O poema termina assim:

Contudo, ó Eterno, Tu ainda és soberano,

E teu trono eterno permanece para sempre…

Leva-nos de volta para Ti, Senhor! Estamos prontos para voltar.

Dá-nos um novo início.

A não ser que não tenha mais volta, não nos queira mais,

e a sua fúria não tenha fim (vs. 19-22).

“Senhor, reaviva-nos!” – Heber Toth Armí.

Escreva o que achou do livro de Lamentações de Jeremias:

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

O esforço da entrega

  MEDITAÇÃO DIÁRIA

21 de dezembro

O esforço da entrega

Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. Hebreus 12:14

Há uma ideia, decorrente de uma visão distorcida da graça, que leva alguns cristãos a desenvolver uma experiência espiritual doentia. Essa ideia apresenta a vida cristã como uma experiência passiva, na qual as conquistas espirituais são concretizadas instantaneamente. De acordo com esse modo de pensar, quem aceita Cristo como Salvador pessoal experimenta as bênçãos da graça e entende estar dispensado de qualquer participação no próprio crescimento espiritual. Alguém já comparou essa ideia ao funcionamento de aeronaves com piloto automático, nas quais os passageiros se acomodam de olho no destino e tudo acontece sem a participação deles.

O conselho transmitido aos cristãos hebreus, entretanto, não se harmoniza com esse conceito. Há conquistas na vida cristã pelas quais devemos lutar. Em nosso texto, Paulo aponta duas delas: a paz com todos e a santidade. Como filhos do “Príncipe da paz” e súditos de Seu reino, tanto quanto possível devemos viver pacificamente com todas as pessoas (Rm 12:18), embora incansavelmente combativos contra o mal.

Ao lado disso, devemos buscar a santificação, sem a qual “ninguém verá o Senhor”, que é o mais alto objetivo da existência cristã. É significativo notar que o verso não menciona algo como “perfeição de santidade”, alcançada na Terra, mas santificação – um processo de crescimento, que se inicia no momento em que recebemos Cristo em nossa vida e nos tornamos inteiramente Dele.

Isso contraria outra ideia altamente destrutiva: a de que, se temos que ser ativos, devemos tomar o controle do processo. Esse pertence a Cristo. Nossa parte é manifestar inteira submissão, tomando decisões, fazendo escolhas, exercitando a fé. Fé e santificação andam de mãos dadas. A primeira é o alicerce, a segunda é a construção. Fé que não coloca o cristão no caminho da santificação é sem propósito; santificação pretendida sem fé é mera religião de aparências.

Se pretendemos crescer espiritualmente, mais do que tudo precisamos estar em Cristo e Ele em nós. De acordo com Ian Thomas, “estar em Cristo, isso é redenção; mas Cristo estar em nós, isso é santificação! Estar em Cristo, isso nos torna aptos para o Céu; mas estar Cristo em nós, isso nos torna aptos para viver na Terra! Estar em Cristo altera a direção para onde vamos; mas Cristo estar em nós muda nosso propósito” (Salvos Pela Vida de Cristo, p. 18, 19). Precisamos continuamente dessa dependência.

Autoavaliação Espiritual - Lamentações 4

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Lamentações 4

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Fazer autoavaliação espiritual baseando-se na Bíblia é uma forma de buscar explicações concretas para nossas situações complexas.

“Duas ideias distintas, mas relacionadas, ajudam a unificar o livro das Lamentações. Primeiro, embora o texto lastime claramente a condição de Jerusalém, a retidão de Deus nunca é deixada de lado. O Senhor manteve as promessas de punição (2.17) [ver Levítico 26; Deuteronômio 27-28; II Reis 17; 25]. Segundo, Deus é fiel ao povo de Israel (3.22,23), o que significa que nele permanece a esperança para o futuro. Deus não rejeitará o povo para sempre, um fato que Deuteronômio 30, Isaías 65 e 66, Jeremias 30-33, Ezequiel 36 e 37 e inúmeros outros textos já proclamaram. A retidão de Deus exige que o pecado seja castigado. A fidelidade divina exige que as promessas feitas ao crente sejam mantidas” (Paul R. House).

Sobre o capítulo 4, House afirma: “Apesar de constante esperança baseada no caráter de Deus, expressa em Lamentações 3, Israel como um todo tem ainda que voltar-se para o fiel Yahweh. Por isso, a realidade continua severa. Cada elemento da sociedade israelita foi afetado pela queda de Jerusalém. Crianças morrem (4.4), algumas cozidas pela própria mãe, que as comem devido ao sítio (4.10). Profetas (3.13) e nazireus (4.7 [na NVI: príncipes]) compartilham a miséria nacional. Em resumo, a ira de Deus ‘dividiu’, ou espalhou, o povo pelo mundo (4.16). Tão efetiva foi essa dispersão que seu efeito em Isael é comparada à destruição de Sodoma (4.6)”.

Pecadores precisam arrepender-se!

• Desvalorizar ao Senhor é armadilha fatal que leva pecadores a serem e se sentirem desvalorizados na sociedade (vs. 1-4);

• Justos não são desamparados nem sua descendência mendiga o pão (Salmo 37:25); mas, a imoralidade e a impiedade resultam em misérias inigualáveis (vs. 5-10);

• A intolerância de Deus ao pecado é visível em Suas atitudes, as quais visam corrigir e libertar Seu povo, inclusive profetas e sacerdotes, das marcas do diabo (vs. 11-16).

• A disciplina de Deus não é exclusiva para Seu povo, Ele quer restaurar Edom e o mundo. O castigo divino objetiva eliminar o mal, por isso há esperança em Deus (vs. 17-22).

Antes de irritar-se com Deus por tua situação, irrite-se com o pecado; depois, busque perdão em Deus!

“Senhor, perdoa-nos! Restaura-nos! Reaviva-nos…” – Heber Toth Armí.

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domingo, 20 de dezembro de 2020

Enriquecidos pela pobreza

MEDITAÇÃO DIÁRIA

20 de dezembro

Enriquecidos pela pobreza

Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por amor de vós, para que, pela Sua pobreza, vos tornásseis ricos. 2 Coríntios 8:9

Em meio à enfática defesa de seu ministério, Paulo não havia se esquecido das necessidades materiais da igreja de Jerusalém. Estando em Corinto, apelou aos cristãos locais para que contribuíssem com o atendimento a irmãos pobres daquela comunidade. As igrejas da Macedônia já haviam feito sua parte de modo digno de reconhecimento: “No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. Pois eles, testemunho eu, na medida de suas posses, deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam” (2Co 8:2, 3, NVI). Isso não era pouco, embora possivelmente os coríntios não fossem muito mais abastados que os macedônios. De fato, o índice de pobreza no Império Romano era alto. Mas, com a mesma disposição generosa concedida por Deus aos macedônios, os coríntios também poderiam contribuir.

O exemplo dos macedônios era altamente incentivador. Contudo, Paulo avançou em seu pensamento e apresentou um modelo de graça infinitamente mais generosa que beneficiou pecadores indigentes, em todos os tempos e lugares ao longo dos séculos: Cristo Jesus. Ele é o exemplo insuperável de entrega. Era rico na glória de Sua Divindade, mas voluntariamente escolheu assumir nossa natureza e sua pobreza total. Esvaziou-Se, nada retendo para Si, sujeitando-Se a viver como homem exposto às mesmas dificuldades que enfrentamos.

Isso Ele fez para que pudesse compartilhar conosco as riquezas da salvação e nos ajudar a encontrar o verdadeiro tesouro no Céu, acima de tudo o que possamos imaginar acumular na Terra. Cristo “Se fez pobre por amor de vós, para que, pela Sua pobreza, vos tornásseis ricos”, disse Paulo. É impossível avaliar as riquezas das quais Cristo abriu mão. A imaginação mais fértil, o raciocínio mais apurado, a mais bela poesia, a mais eloquente oratória, o texto mais profundo e tocante, nada disso é suficiente para descrevê-las. Elas envolvem provisão para as necessidades temporais e eternas.

   Por mais que nos aprofundemos no estudo a respeito de Cristo e de Sua graça, veremos que são muito mais profundos do que podemos alcançar com nosso entendimento. Diante de tudo que pudermos imaginar que Ele seja ou que esteja disposto a nos conceder, Ele é e está disposto a conceder muito mais. Essa é a riqueza que Sua pobreza nos possibilita. E tudo por causa da graça!

Misericordia e Graça - Lamentações 3

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Lamentações 3

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Todos nós temos problemas, enfrentamos desafios e lutamos por soluções. Há momentos de bonança, mas são muitos (e intensos) os momentos tensos e angustiantes.

“Os problemas nunca vão desaparecer durante nossa existência. Problemas existem para ser resolvidos e não para perturbar-nos. Quando a ansiedade ou a angústia invadir sua alma, não se desespere, extraia lições de sua aflição. É a melhor maneira de ter dignidade na dor. Caso contrário, sofrer é inútil. E, infelizmente, a maioria das pessoas sofre inutilmente. Elas expandem a sua miséria sem enriquecer a sua sabedoria”, explica o médico, psicoterapeuta e psiquiatra Augusto Cury.

O Comentário Bíblico Adventista observa que “por 40 anos, Jeremias instou o povo de Judá a que se arrependesse; ele procurou fortalecer as mãos de Josias e de seus sucessores por meio de um governo justo e uma política externa sábia e honesta; e, acima de tudo, alertou a Judá da certeza da destruição que viria caso a nação persistisse em seus maus caminhos. As Lamentações são o clímax destas profecias. Testificam do seguro cumprimento dos juízos prometidos por Deus. Contudo, sua mensagem não é desesperadora. Em meio à mensagem de desolação corre um fio de esperança de que o Senhor perdoará e abrandará o sofrimento de Seu povo”.

Note que o remanescente sofre ao ver o povo de Deus sofrendo. Entretanto, ao voltar-se para Deus, sem ignorar a prevalência da justiça divina sobre o pecado de um povo injusto, apoia-se sobre a esperança e misericórdia divinas. Então, clama por libertação e pede justiça contra inimigos.

W. Osborne sintetiza o terceiro lamento de Jeremias da seguinte forma:

1. O homem que viu a aflição (vs. 1-21);

2. O tempo de esperar em Deus (vs. 22-39);

3. Um tempo para avaliação (vs. 40-54);

4. Um Deus pronto para responder (vs. 55-66).

Misericórdia e graça de Deus transbordam em um mundo sofredor. Elas se renovam a cada amanhecer. Quando você acorda, o saldo de misericórdia Deus está sempre positivo!

• Sábio é quem aprende tirar o foco das preocupações e colocar na oração que espera pelo Senhor.

Relembrar atos divinos na história sagrada enche-nos o coração de esperança. Na cruz aconteceu a maior demonstração da graça e misericórdia divinas. Reflita no sofrimento de Jesus por ti.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sábado, 19 de dezembro de 2020

Nunca sem um Intercessor

MEDITAÇÃO DIÁRIA

19 de dezembro

Nunca sem um Intercessor

Portanto, Ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio Dele, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles. Hebreus 7:25, NVI

Tão completo, abrangente e inclusivo é o plano da redenção que, às vezes, surpreendo-me perguntando a mim mesmo: “O que exige maior dose de esforço: Permanecer no caminho que leva à perdição, rejeitando todos os apelos da graça, ou trocá-lo pela rota que conduz à vida eterna?” A primeira suposição significa ignorar toda a provisão feita pelo Céu e colocada gratuitamente à disposição do ser humano. A segunda implica aceitar pela fé. No entanto, há quem a rejeite, assim como há quem a avalie insuficiente, entendendo que precisa acrescentar algo a fim de tornar possível a própria salvação. Duplo engano.

Para desfrutarmos a alegria da salvação, precisamos aceitar tudo o que Deus realizou em Cristo na cruz. Ou nos imaginaríamos com direito a exigir algo mais além de Sua vida de obediência imaculada, Seus sofrimentos e morte em nosso favor? Contudo, o plano inclui mais: o ministério intercessor de Jesus. A salvação por Ele oferecida está intimamente ligada a Seu ministério de intercessão pelos pecadores, meio pelo qual são aplicados os méritos daquele sacrifício ao pecador arrependido. Nas palavras de Siegfried Schwantes, “Cristo veio nos salvar não em nossos pecados, mas de nossos pecados. O ideal que Deus nos propõe é de viver uma vida sem pecado. ‘Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo’ (1Jo 2:1). É a morte de Cristo que garante nossa justificação. Mas é Sua intercessão que torna possível nossa santificação” (Hebreus, p. 55).

Hoje temos junto a Deus um sacerdote superior a todos os que O simbolizaram no Antigo Testamento. Morreu, porém ressuscitou, pois é um sacerdote eterno, que “vive para interceder”, não como um suplicante humilhado ou advogado discursando inflamado na tentativa de convencer jurados ou juízes. Intercede como vencedor, reivindicando, com o argumento de Seu sacrifício e da sepultura vazia, em favor de todos quantos “por meio Dele, aproximam-Se de Deus”. Desse modo, as acusações de Satanás já não têm o menor sentido na vida de uma pessoa banhada pelas águas da graça. Dúvida, temor e desespero são absolutamente injustificáveis.

“Ele pode salvar.” Esse é Seu ministério. Sua vida é nossa garantia, nossa segurança, pois vive para nós. E não há nenhum outro além Dele: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1Tm 2:5).

Queixas, dor, sofrimentos -Lamentações 2

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Lamentações 2

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Junto com o livro de Jó, o livro de Lamentações trata do sofrimento. Em Jó, o justo sofre. Em Lamentações, justos e injustos sofrem. Em ambas situações o sofrimento motiva a buscar explicações, induzindo indivíduos à reflexões profundas para alcançar conclusões positivas.

“O livro de Lamentações não contém apenas queixas. O autor percebe a importância de refletir sobre o próprio sofrimento e sobre a dor de seu povo. Ele busca – e encontra – as razões do sofrimento e do infortúnio. Portanto, o livro serve de modelo para meditação sobre o sofrimento ou durante um momento difícil, para que se possa entender a razão da dor no esquema das coisas e tomar a atitude correta, reconhecendo que o sofrimento não é o fim de tudo” (Issiaka Coulibaly).

R. K. Harrison nos dá os seguintes tópicos do segundo capítulo de Lamentações:

• Hostilidade de Deus para com Seu povo (vs. 1-9);

• Sofrimento pelo homem (vs. 10-13);

• Verdadeiros e falsos profetas (vs. 14-17);

• Uma chorosa oração a Deus (vs. 18-22).

Deixar de confiar em Deus para confiar em qualquer outra coisa, faz Deus evidenciar a insensatez desse tipo de confiança. O texto nos ensina, por meio dos erros de Israel, que de nada vale colocar a confiança em:

1. Líderes (v. 2);

2. Poderes (v. 5);

3. Palácios (v. 5);

4. Fortalezas (v. 5);

5. No templo (Igreja) e seus oficiantes (v. 6);

6. Nas festas religiosas (v. 6).

Confiar em tudo, exceto em Deus, significa preencher o próprio atestado de óbito. Nem mesmo rituais religiosos possuem algum tipo de valor desvinculado de íntimo relacionamento com o Soberano Senhor do Universo.

Não adianta criticar aqueles que erram. Jeremias percebe a situação de Israel e sem criticar chora ao ver os filhos de seu povo morrendo de fome. O profeta não ficou importunando os miseráveis sofredores, dizendo: “Eu avisei”, “não me quiseram ouvir”, etc. Pelo contrário, veja o que o profeta disse:

“Como poderei entender sua terrível condição, amada Jerusalém?

O que posso dizer para dar a você conforto, amada Sião?

Quem pode restaurar você? Esse rompimento está além da compreensão” (v. 13).

Só em Deus existe esperança. Só nEle há restauração. Ele é o único que pode reverter qualquer situação, inclusive as piores consequências do pecado! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Livra-nos do mal

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

18 de dezembro

Livra-nos do mal

Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas. Também da soberba guarda o teu servo. Salmo 19:12, 13

No Salmo 19, Davi expressou sua contemplação meditativa sobre a grandeza de Deus manifestada nas obras da natureza (v. 1-6), bem como em Sua lei (v. 7-10). Nos versos 11 a 13, contemplou a si mesmo à luz dessa lei e, finalmente, orou para que, liberto do pecado, encontrasse agrado no Senhor.

Não é muito difícil uma pessoa se descobrir pecadora. Para isso, é suficiente olhar para a lei, padrão divino mediante o qual “vem o pleno conhecimento do pecado” (Rm 3:20). Contudo, há pecados que cometemos sem que o saibamos, somente vistos por Aquele diante de cujos olhos todas as coisas estão bem evidentes. Exemplo disso foi o erro cometido por Pedro, na ocasião em que Jesus falava aos discípulos a respeito de Sua morte. Sem perceber que era usado pelo inimigo, o discípulo contestou o Mestre (Mt 16:22, 23). Há também erros ocultos que nem sempre reconhecemos em nós mesmos.

Erros ocultos ainda mais sérios são aqueles desconhecidos das pessoas, mas conhecidos por nós. Esses aplainam o caminho para grandes quedas. A transgressão aberta de qualquer mandamento da lei de Deus é condenável em um caráter cristão. Também são perigosos os pecados inconscientes. Não sendo vistos, podem crescer livremente, a menos que seu portador desperte para a luz que os ilumina, pelo trabalho do Espírito Santo.

Depois de ter orado em favor de perdão pelos erros desconhecidos, cometidos por ignorância, o salmista orou em favor de proteção contra os pecados conscientes e deliberados. Pediu que esses, na eventualidade de serem cometidos, não o vencessem; mas, que ele, transgressor, fosse restaurado ao favor divino. Outras versões bíblicas em vez da palavra “soberba” trazem a expressão “pecados intencionais”. A soberba foi o pecado de Lúcifer, assim como é o alicerce de todo pecado cometido conscientemente, inclusive levando o transgressor a avaliar-se como não tendo pecado.

Assim como a Bíblia adverte o ímpio de que não continue no caminho pecaminoso rumo à perdição, também adverte o pecador perdoado e salvo de que não se desvie do bom caminho que o conduz à vida eterna. Nossa única segurança está em recorrermos ao trono da graça em busca de perdão, sabedoria e poder para resistir ao mal, em nome de Jesus.

O livro de Lamentações - Lamentações 1

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Lamentações 1

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Uma visão míope da Bíblia interpreta-a como antiquada para povos não-judeus. Uma visão distorcida da Palavra de Deus corrompe o verdadeiro conceito do Criador e interpreta de forma limitada Suas revelações.

O livro de Lamentações, escrito por Jeremias, inspirado pelo Espírito Santo, complementa os 52 capítulos do livro de Jeremias. Ele é pequeno, mas tão importante quanto o livro grande. Este profetiza a destruição da cidade da paz (Jerusalém); aquele é uma demonstração dos sentimentos do profeta frente ao cumprimento das suas tristes profecias.

Cada capítulo de Lamentações “tem vinte e dois versículos, exceto o capítulo central, que tem exatamente três vezes esse número” (J. Sindlow Baxter). “O número de versículos em cada poema é divisível por 22, porque são poemas acrósticos: Cada versículo ou conjunto de versículos começa com uma letra diferente, entre as 22 consoantes do alfabeto hebraico” (Lawrence O. Richard).

A Septuaginta (LXX) oferece informações precisas do contexto do livro na introdução do texto: “E aconteceu que, depois que Israel foi feito cativo e Jerusalém desolada, Jeremias sentou chorando e lamentou com esta lamentação sobre Jerusalém, e disse…”

O Comentário Bíblico Adventista oferece-nos este esboço do primeiro capítulo para auxiliar-nos na interpretação e aplicação de seus princípios a nossa vida:

A triste condição da outrora orgulhosa Jerusalém (1:1-22):

• O lamentável estado da cidade (vs. 1-11);

• O lamento da cidade sobre sua própria condição (vs. 12-17);

• A confissão e oração da cidade (vs. 18-22).

Diz Matthew Henry que “uma vez que Salomão diz, ainda que contrarie o conceito habitual do mundo, com certeza é verdade que, ‘melhor é a tristeza do que o riso’. Que ‘melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete’. Nós devemos ler e considerar os capítulos melancólicos deste livro, não somente com a disposição, mas com a expectativa de que nos edificaremos com ele. E, para que possamos fazer isto, devemos nos investir de uma santa tristeza e devemos nos determinar a chorar com o profeta chorão”.

• As aflições devem ensinar-nos preciosas lições;

• O pecado rouba paz, alegria e saqueia bens materiais;

• Lamentos presentes são consequências de negligências espirituais no passado;

• O choro pode auxiliar-nos a compreender onde erramos;

• Situações lamentáveis devem reavivar nossas orações moribundas.

Vamos reavivar-nos? – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Sua bênção, Pai!

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

17 de dezembro

Sua bênção, Pai!

O Deus eterno é o seu refúgio, e para segurá-lo estão os braços eternos. Deuteronômio 33:27, NVI

Houve um tempo em que as crianças eram instruídas a pedir a bênção aos pais, avós, tios e mesmo a pessoas idosas fora do círculo familiar. Então recebiam como resposta as palavras: “Deus te abençoe”; “Deus te faça feliz”, entre outras expressões. Embora ainda possa haver famílias que conservem a tradição, a maioria já não se preocupa com esse costume herdado da cultura judaica. Quando era oferecida pelo patriarca às vésperas de sua morte, a bênção tinha um valor ainda mais especial. Foi assim que Jacó reuniu os filhos e os abençoou (Gn 49).

Embora não fosse pai dos israelitas, Moisés também o fez, estando perto de morrer. Sua morte lhe havia sido anunciada pelo próprio Deus, que lhe deu orientações para serem transmitidas ao povo. O notável líder seguiu tudo à risca: reuniu as tribos e abençoou cada uma num tom diferente do de Jacó. O patriarca abençoou os filhos, ao mesmo tempo em que não omitiu suas fragilidades nem os maus atos praticados por eles. Moisés falou sob a perspectiva da graça divina. Assim, “Jacó nos apresenta o fracasso humano, fraquezas e pecado; Moisés nos mostra a fidelidade divina, a bondade e a benignidade. Jacó nos conta das ações humanas e o julgamento delas; Moisés nos revela os desígnios divinos e as puras bênçãos que deles emanam” (C. H. Mackintosh, Estudos Sobre o Livro de Deuteronômio, p. 358). É imensa a disposição que Deus tem para nos abençoar. Faz isso unicamente por graça, apesar de nós mesmos. Todas as bênçãos com que somos contemplados têm Nele sua fonte exclusiva.

Seguindo a ordem divina, Moisés se despediu abençoando as tribos. Orou mencionando cada uma, pedindo em favor de preservação da vida, concessão de vitória e prosperidade, capacidade espiritual, estabilidade, superioridade e poder, habilidades para guerrear e vencer inimigos, proteção e cuidado. Finalmente, disse: “Não há ninguém como o Deus de Jesurum, que cavalga os céus para ajudá-lo, e cavalga as nuvens em Sua majestade! O Deus eterno é o seu refúgio, e para segurá-lo estão os braços eternos” (Dt 33:26, 27, NVI)

Jesurum significa “amado”, uma referência a Israel como povo de Deus. A palavra traduzida como refúgio significa “morada”, “habitação”, lugar em que nos sentimos livres, descansados, confortáveis, seguros e protegidos. O Senhor não apenas nos abençoa providenciando um ambiente assim. Ele mesmo é tudo isso e muito mais para nós, Seus filhos amados.

Disciplina para educar -Jeremias 52

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Jeremias 52

Comentário Pr Heber Toth Armí 

A profundidade da Palavra de Deus é incrível. Quando mais você se aprofunda mais você percebe o quanto tem para aprender.

Este último capítulo é um anexo histórico, uma retrospectiva da história do povo de Deus. Observe:

1. Com 21 anos Zedequias foi colocado por Nabucodonosor para reinar em Judá. Reinou 11 anos. Porém, por ser rebelde, mau, instável, e independente das mensagens proféticas, indignou-se e provocou rebelião contra o rei de Babilônia (vs. 1-3).

2. Consequentemente, Nabucodonosor ordenou seus exércitos cercarem Jerusalém – o que durou um ano e meio. Devido à falta de alimento e água, o Zedequias e seu exército fogem em direção ao Jordão (vs. 4-7).

3. Zedequias, fugindo, foi encontrado; Nabucodonosor assassinou seus filhos, depois furou os seus olhos e o levou cativo – ficando preso em Babilônia até morrer (vs. 8-11).

4. Em Jerusalém, logo em seguida, Nebuzaradã ateou fogo no templo, no palácio do rei e nas casas grandes da cidade, quebrou os muros, levaram os mais nobres ao exílio com os móveis do templo. E, os mais pobres foram estabelecidos para cuidar das plantações (vs. 12-27).

5. Os judeus foram deportados em fases (vs. 28-30):

• Em 605 a.C., no reinado de Joaquim, quando iniciou os 70 anos de exílio;

• Em 597 a.C., no reinado de Jeoaquim;

• Em 586 a.C., sob o governo de Zedequias;

• A campanha de deportação mais prolongada se deu de 581 a 582 a.C.

6. Exilado, o rei Joaquim, recebe privilégios, é liberto da prisão e come junto ao rei babilônico (vs. 31-34).

A graça de Deus suplanta a desgraça do pecado. Onde parecia que Satanás tinha vencido, Deus Se mostra no controle. As profecias referentes ao Messias não foram sufocadas com o pecado de Israel nem com a opressão de Babilônia.

(Para entender melhor a profecia dos setenta anos de cativeiro babilônico você precisa estudar o que escreveram os escritores de II Reis e II Crônicas e mais os livros de Ezequiel, Daniel, Esdras e Neemias inspirados pelo Espírito Santo).

Em Jeremias aprendemos, resumidamente, que:

• …a Palavra de Deus não caduca, ela se cumpre até quando é improvável seu cumprimento.

• …Deus permite a disciplina para educar Seu povo, mas jamais desiste de operar para salvar.

• …com Deus, sempre há esperança!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

Conte-nos, o que te chamou a atenção ao passar quase dois meses estudando Jeremias:

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quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Povo de Deus

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

16 de dezembro

Povo de Deus

Deus colocou todas as coisas debaixo de Seus pés e O designou cabeça de todas as coisas para a igreja, que é o Seu corpo. Efésios 1:22, 23, NVI

A igreja deve ser compreendida como algo muito além do ajuntamento de terra, cimento, ferro, madeira e tinta. Como templo, é um lugar no qual nos reunimos; mas, em essência, é uma comunidade, um grupo do qual somos parte. É uma ekkl?sia que, em grego, originalmente significava uma reunião de cidadãos convocados em assembleias legislativas ou para outras finalidades. Na Bíblia, a palavra identifica a reunião de um grupo de pessoas que foram ligadas a Cristo depois de experimentarem arrependimento, aceitá-Lo como Salvador e Senhor e receberem o batismo.

Adoração, crescimento espiritual e fraternal, missão evangelizadora e fortalecimento mútuo são alguns dos propósitos da existência da igreja. Se é verdade que o firme alicerce da fé e prática cristãs é o relacionamento com Jesus, também é verdade que esse relacionamento se mostra sadio na medida em que somos levados a nos relacionarmos com os irmãos de fé. Ao descrever a experiência dos primeiros cristãos, Ellen White escreveu: “Alegravam-se na doce comunhão com os santos […]. Em seu contato diário entre si, revelavam o amor que Cristo lhes ordenara” (Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 241).

Na carta aos Efésios, Paulo deixou clara a ligação indissociável entre Cristo e a igreja. Na primeira parte da epístola (Ef 1–3), o apóstolo fala do plano divino de “fazer convergir em Cristo todas as coisas celestiais ou terrenas” (Ef 1:10, NVI), o que envolvia a inclusão de judeus e gentios como membros do corpo de Cristo. Na segunda parte (Ef 4–6), vê-se a nova vida que os caracterizaria, expressada no bom relacionamento entre eles. Assim, a igreja é um grupo ao qual pertencemos, no qual convivemos em amor e do qual Cristo, superior a todos os poderes celestiais e terrestres, acima de tudo e de todos, é a cabeça. Aliás, na mesma carta, além do simbolismo do corpo, a igreja é apresentada como edifício, templo de Deus, cuja pedra fundamental é Cristo, (Ef 2:10, 21). Também é a esposa amada com amor supremo que O levou a Se entregar por ela (Ef 5:25).

Assim, igreja é uma comunidade pela qual flui o amor de Cristo ativo, perdoador, que aceita, inclui, solidariza-se, disposto a doar-se e servir. Sendo Cristo a cabeça da igreja, a vida desta é a vida Dele. Seus sentimentos são os Dele, assim como Dele é o amor difundido por ela. A igreja somos você e eu.

Babilônia- Jeremias 51

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica- Jeremias 51

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Com Deus não se brinca. A criatura precisa saber que não é Deus. Tal arrogância gera autodestruição. Babilônia sentirá isso na pele.

1. Deus está de olho em Seu povo e punirá quem intentar eliminá-lo do mapa. O megalomaníaco Império Babilônico seria destruído repentinamente, como de fato o foi em 539 a.C. pelos Medos e Persas (vs. 1-11; ver Daniel 5).

2. Deus não abandonou Seu povo, ainda que este O tenha abandonado. Deus é o Criador, Seu poder e sabedoria são esmagadoramente maiores que qualquer deus ou ídolos, ou mesmo todos juntos. Os deuses falsos e seus seguidores terão o mesmo destino (vs. 12-19).

3. William MacDonald oferece-nos os seguintes detalhes:

• Os versículos 20-23 são direcionados aos medos;

• O versículo 24 provavelmente é dirigido a Judá;

• O versículo 25 volta a falar à Babilônia até o 33;

• Os habitantes de Judá e Jerusalém falam nos versículos 34 e 35.

4. Os detalhes de como se dará a destruição de Babilônia se cumpriram exatamente como foi profetizado (compare com Daniel 5):

• Os medos e os persas secaram o rio Eufrates e entraram por baixo do muro (v. 36);

• Babilônia foi destruída pelos medos e persas como Deus previra (v. 37);

• A destruição se daria num dia de banquete, festas e bebedeiras (vs. 38-44);

• Sobre o versículo 31 John MacArthur observa: “Mensageiros trouxeram a notícia da queda da cidade. Uma vez que Belsazar fora morto dentro da cidade na noite de sua queda (Dn 5.30), a ordem era que os mais velozes corredores levassem a notícia ao corregente Nabonido, que estava longe da cidade, ou talvez para avisar Daniel, que era o terceiro regente do reino (Dn 5.29)”.

5. Deus pede a Seu povo para sair de Babilônia e retorne a Jerusalém, e expõe as razões (vs. 45-59);

6. Seraías ilustra o fim de Babilônia (vs. 59-64).

Essa profecia foi reformulada pelo profeta de Patmos (Apocalipse 18). Há uma Babilônia espiritual da qual o remanescente de Deus precisa abandonar antes da destruição. Não devemos…

• …envolver-nos com seus pecados;

• …ser cúmplices de suas doutrinas espúrias;

• …ter vínculos com suas tradições;

Deus vindicará Seu povo, não os simpatizantes de Babilônia. Não existe salvação à parte de Deus! Como Seraías, devemos proclamar a revelação divina! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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Jeremias 51 Comentário

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