MEDITAÇÃO DIÁRIA
31 de julho
Entre Riscos E Sofrimentos
Trabalhei arduamente; muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquei em jejum; suportei frio e nudez. 2 Coríntios 11:27, NVI
A realidade vivida pelos fiéis do Altíssimo contradiz frontalmente o discurso de alguns pregadores que propagam uma série de conceitos supostamente destinados a manter sofrimento, doença e pobreza longe do cristão. Sendo que essas coisas, na visão desses pregadores, são manifestações do desfavor de Deus, o que poderia ser dito de personagens como João Batista, Tiago e Pedro, servos de Deus que sofreram perseguição e morte por não negarem a fé? E quanto a Paulo? Seria ele um desventurado, abandonado por Deus às consequências da própria pecaminosidade, ou um exemplo de fidelidade, perseverança e esperança em meio às dificuldades naturais da vida cristã?
Em 2 Coríntios 11, Paulo responde, de modo contundente, aos críticos que tentavam minar sua influência entre os membros da igreja de Corinto. Com santa ousadia e em “tom elevado”, mas tendo em vista a glória de Deus, ele não economizou fatos para mostrar a superioridade de seu ministério. Paradoxalmente, foram as dificuldades sofridas que rechearam o argumento do apóstolo direcionado àqueles pretensos mestres.
O belíssimo relato de perigos e sofrimentos apresentado por Paulo chama-nos a refletir sobre sua paciência, perseverança, coragem, firme confiança em Deus e alegria mantidas em meio às provações, sem desviar-nos da conscientização de que elas são inevitáveis. A essas virtudes o apóstolo acrescentou o sentimento de utilidade: “Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas. Quem enfraquece, que também eu não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me inflame?” (v. 28, 29).
Quando sacudidos pelo vendaval das provas, faz-nos bem não nos esquecermos de que outros também sofrem e precisam de nossa solidariedade. Tenhamos sempre em mente que “a fé cristã não nos livra de muitas de nossas preocupações; mas, antes, modifica-lhes a natureza. Elas se tornam a carga do amor. Também não remove nossas ansiedades e temores: antes, enobrece-os. Nossa ansiedade acerca de nós mesmos é suplantada pela ansiedade acerca de outros, e a ansiedade acerca de outros se torna a ansiedade acerca do bem espiritual deles” (Russel Champlin, O Novo Testamento Interpretado, v. 4, p. 408).
Além Dele mesmo, nosso Senhor nos proveu um exemplo admirável a ser imitado no sofrimento, como enfrentá-lo e redirecioná-lo: a experiência do apóstolo Paulo.
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos
31 de julho
Entre Riscos E Sofrimentos
Trabalhei arduamente; muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquei em jejum; suportei frio e nudez. 2 Coríntios 11:27, NVI
A realidade vivida pelos fiéis do Altíssimo contradiz frontalmente o discurso de alguns pregadores que propagam uma série de conceitos supostamente destinados a manter sofrimento, doença e pobreza longe do cristão. Sendo que essas coisas, na visão desses pregadores, são manifestações do desfavor de Deus, o que poderia ser dito de personagens como João Batista, Tiago e Pedro, servos de Deus que sofreram perseguição e morte por não negarem a fé? E quanto a Paulo? Seria ele um desventurado, abandonado por Deus às consequências da própria pecaminosidade, ou um exemplo de fidelidade, perseverança e esperança em meio às dificuldades naturais da vida cristã?
Em 2 Coríntios 11, Paulo responde, de modo contundente, aos críticos que tentavam minar sua influência entre os membros da igreja de Corinto. Com santa ousadia e em “tom elevado”, mas tendo em vista a glória de Deus, ele não economizou fatos para mostrar a superioridade de seu ministério. Paradoxalmente, foram as dificuldades sofridas que rechearam o argumento do apóstolo direcionado àqueles pretensos mestres.
O belíssimo relato de perigos e sofrimentos apresentado por Paulo chama-nos a refletir sobre sua paciência, perseverança, coragem, firme confiança em Deus e alegria mantidas em meio às provações, sem desviar-nos da conscientização de que elas são inevitáveis. A essas virtudes o apóstolo acrescentou o sentimento de utilidade: “Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas. Quem enfraquece, que também eu não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me inflame?” (v. 28, 29).
Quando sacudidos pelo vendaval das provas, faz-nos bem não nos esquecermos de que outros também sofrem e precisam de nossa solidariedade. Tenhamos sempre em mente que “a fé cristã não nos livra de muitas de nossas preocupações; mas, antes, modifica-lhes a natureza. Elas se tornam a carga do amor. Também não remove nossas ansiedades e temores: antes, enobrece-os. Nossa ansiedade acerca de nós mesmos é suplantada pela ansiedade acerca de outros, e a ansiedade acerca de outros se torna a ansiedade acerca do bem espiritual deles” (Russel Champlin, O Novo Testamento Interpretado, v. 4, p. 408).
Além Dele mesmo, nosso Senhor nos proveu um exemplo admirável a ser imitado no sofrimento, como enfrentá-lo e redirecioná-lo: a experiência do apóstolo Paulo.
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos