Devocional Diário
Vislumbres da eternidade
5 de outubro
Os limites da religião
Pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, porém, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais falam com tanta ousadia. 1 Timóteo 1:7
Um antigo comentário rabínico indica que havia sete tipos de fariseu, cada qual com suas peculiaridades. Havia aquele que carregava suas boas obras às costas, ostentando-as para serem vistas por todos. Havia também o que batia os pés um no outro, tentando parecer humilde de forma exagerada e forçada. Temos ainda o calculador, que estava sempre fazendo um balanço de suas ações. E ainda, o molenga, que não tinha energia para realizar nada, bem como o negociador, que tentava lucrar com a vida espiritual. Havia também o que se considerava cumpridor de tudo e, por fim, o medroso, que seguia a religião por medo.
Todos esses tipos de fariseu enfrentavam o mesmo problema: eles estendiam os limites da religião a lugares que não lhe pertenciam. Não há necessidade de se ostentar as boas ações, pois, se são verdadeiramente boas, já falam por si só. A religião não deve ser algo artificial, pois sem sinceridade não há religião, apenas hipocrisia. Não há necessidade de calcular a salvação, nem de se deprimir na vida espiritual, pois a energia vem do Espírito Santo, e é Ele quem nos concede essa força quando a pedimos. Não devemos fazer negócios com a fé, pois essa atitude é incompatível com os valores da Bíblia. Não há lista de tarefas a ser cumprida, mas sim uma relação de oportunidades. Não precisamos lutar sozinhos, pois Deus já luta por nós. Não devemos temer; isso é ilógico, pois Deus é amor.
O mapa de nossa trajetória foi traçado por Jesus, Ele é o caminho, a verdade e a vida. Ele conhece nossos limites e a dificuldade que temos para ser fiéis. Mas, para além de nossas limitações pessoais, existe um lugar chamado “Terra da Graça”, onde todos são bem-vindos. Lá, somos revigorados pela misericórdia de Deus e capacitados para cumprir Seus mandamentos, não por obrigação ou medo, mas por amor e gratidão.
Deixe de confiar em seus próprios méritos e apegue-se à graça divina. Abra seu coração e permita que o amor de Cristo inunde seu ser. Não há necessidade de ser como os fariseus, pois as obras são o fruto do Espírito na vida daquele que ama a Deus. Faça sua parte, e o Senhor completará o que faltar.