sábado, 5 de outubro de 2024

Os limites da religião

Devocional Diário


Vislumbres da eternidade
5 de outubro

Os limites da religião

Pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, porém, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais falam com tanta ousadia. 1 Timóteo 1:7

Um antigo comentário rabínico indica que havia sete tipos de fariseu, cada qual com suas peculiaridades. Havia aquele que carregava suas boas obras às costas, ostentando-as para serem vistas por todos. Havia também o que batia os pés um no outro, tentando parecer humilde de forma exagerada e forçada. Temos ainda o calculador, que estava sempre fazendo um balanço de suas ações. E ainda, o molenga, que não tinha energia para realizar nada, bem como o negociador, que tentava lucrar com a vida espiritual. Havia também o que se considerava cumpridor de tudo e, por fim, o medroso, que seguia a religião por medo.

Todos esses tipos de fariseu enfrentavam o mesmo problema: eles estendiam os limites da religião a lugares que não lhe pertenciam. Não há necessidade de se ostentar as boas ações, pois, se são verdadeiramente boas, já falam por si só. A religião não deve ser algo artificial, pois sem sinceridade não há religião, apenas hipocrisia. Não há necessidade de calcular a salvação, nem de se deprimir na vida espiritual, pois a energia vem do Espírito Santo, e é Ele quem nos concede essa força quando a pedimos. Não devemos fazer negócios com a fé, pois essa atitude é incompatível com os valores da Bíblia. Não há lista de tarefas a ser cumprida, mas sim uma relação de oportunidades. Não precisamos lutar sozinhos, pois Deus já luta por nós. Não devemos temer; isso é ilógico, pois Deus é amor.

O mapa de nossa trajetória foi traçado por Jesus, Ele é o caminho, a verdade e a vida. Ele conhece nossos limites e a dificuldade que temos para ser fiéis. Mas, para além de nossas limitações pessoais, existe um lugar chamado “Terra da Graça”, onde todos são bem-vindos. Lá, somos revigorados pela misericórdia de Deus e capacitados para cumprir Seus mandamentos, não por obrigação ou medo, mas por amor e gratidão.

Deixe de confiar em seus próprios méritos e apegue-se à graça divina. Abra seu coração e permita que o amor de Cristo inunde seu ser. Não há necessidade de ser como os fariseus, pois as obras são o fruto do Espírito na vida daquele que ama a Deus. Faça sua parte, e o Senhor completará o que faltar.

Lucas 23 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica – Lucas 23
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


LUCAS 23 – A morte de Cristo não foi um fracasso; na verdade foi o ponto culminante da grande batalha universal, onde amor e justiça triunfam sobre o pecado e a morte.

Neste capítulo, Lucas narra desde o julgamento de Jesus perante as autoridades até Sua crucificação, morte e sepultamento. A narrativa apresenta o confronto direto entre as forças do mal e a missão redentora de Cristo. Aqui, o conflito entre justiça e maldade atinge seu ponto mais dramático, com implicações cósmicas.

Jesus é julgado de forma injusta diante de Pilatos e Herodes, líderes político e eclesiástico. Pilatos não encontra culpa nenhuma nEle, todavia, pressionado pela multidão incitada pelos líderes religiosos, entrega Jesus à crucificação (Lucas 23:1-25). Este julgamento injusto revela a profundidade do mal e da corrupção moral nas forças que se opõem a Cristo. Satanás está por trás das acusações falsas e manipulação política, tentando desacreditar e destruir o Filho de Deus (Lucas 22:53).

Jesus, o justo/inocente, é condenado enquanto Barrabás, um criminoso/culpado, é liberto. Essa troca revela a perversão do julgamento humano influenciado pelas forças demoníacas, mas também aponta para a substituição redentora de Cristo, que toma o lugar dos pecadores (Isaías 53).

No caminho para a crucificação, Jesus carrega Sua cruz, demonstrando submissão e sacrifício. Seguido por uma multidão e mulheres que lamentam por Ele, Ele profetiza o juízo vindouro, apontando para o caos e destruição que resultam da rejeição a Deus. Cristo caminha em direção à Sua vitória final sobre o poder do mal, enquanto o reino de Satanás se aproxima de seu desfecho (Hebreus 2:14-15).

Cada detalhe, desde o julgamento injusto até a oração de perdão pelos que O pregavam na cruz e a promessa ao ladrão arrependido, demonstra que a verdadeira vitória é de Cristo. Warren Wiersbe destaca que:

• Jesus não Se defende (Lucas 23:1-25).
• Jesus não pede clemência (Lucas 23:26-32).
• Jesus não demonstra ressentimento (Lucas 23:33-49).
• Jesus não sofreu desonra (Lucas 23:50-56).

Desta forma, o bem venceu o mal. Por isso, a cruz, outrora símbolo de derrota, torna-se o local da maior conquista de Jesus. Satanás, pensando ter destruído o Messias, na verdade precipita sua própria derrota, pois a morte de Cristo será seguida por Sua ressurreição, selando o destino de todas as forças do mal.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Dietas e coroas

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
4 de outubro

Dietas e coroas

Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. 1 Coríntios 9:25


Se você decidisse se tornar um lutador de sumô, teria que se alimentar de uma quantidade impressionante de 20 mil calorias diárias em duas refeições. E, para alcançar o peso ideal, entre 150 e 200 quilos, teria que se nutrir de uma espécie de cozido chamado chanko-nabe, que tem tudo o que engorda. Mas, ao contrário dos excessos propostos pelo sumô, a luta romana, à qual Paulo se refere, propunha abstinências para que os atletas ficassem mais fortes e musculosos. O apóstolo toma esse exemplo dos esportes de sua época para compará-lo à vida espiritual, mostrando que devemos evitar certas coisas para obter a coroa que não murcha.

Para alcançar a coroa da glória e se tornar uma pessoa de influência, é necessário eliminar a carência de protagonismo, a ânsia pelo primeiro lugar e o desejo de controlar os outros. Para chegar ao fim dessa competição, é preciso muitas doses de humildade, oração e sabedoria. A competição para apascentar o rebanho do Senhor é dura, e muitos querem entrar nela, mas não estão preparados. Por isso, devemos seguir uma dieta rigorosa que inclui a eliminação dessas atitudes negativas.

Já a coroa da justiça é destinada aos que verdadeiramente amam a segunda vinda de Jesus. Para obtê-la, devemos nos abster de interesses pessoais acima dos interesses dos outros, abrigar menos subjetivismo e implementar a empatia e a solidariedade. A dieta para sermos justos é bem estrita diante da menor falha, pois rapidamente são acumulados quilos de descrédito.

Por fim, a coroa em que nos gloriamos é destinada àqueles que levam o evangelho. Se falamos de “boas notícias”, é muito difícil dá-las com um rosto amargurado. Por isso, para obter a coroa, devemos nos abster de um espírito negativo, de pessimismo e de desgosto. Nesse caso, a dieta é para nos tornarmos pessoas mais alegres.

Todos temos uma coroa preparada para nós e isso quer dizer que todos temos nossas lutas. Por isso, peçamos a Deus que nos ajude a saber do que nos abster e a obter a coroa da vida. Que possamos seguir essas dietas espirituais rigorosas e, assim, alcançar a coroa que nos é destinada: a salvação pela graça em Cristo Jesus.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/dietas-e-coroas/

Lucas 22 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Lucas 22
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


LUCAS 22 – Neste capítulo Lucas relata eventos cruciais das últimas horas da vida de Jesus antes de Sua crucificação, destacando elementos que refletem um conflito titânico entre o bem e o mal.

Lucas 22 narra os eventos decisivos da última ceia de Jesus com Seus discípulos (vs. 7-23), a oração de Jesus no Jardim do Getsêmani (vs. 39-46), Sua traição por Judas (vs. 47-53), Sua prisão e o início de Seu julgamento (vs. 63-71). Warren Wiersbe o sintetiza com estes tópicos:

• Jesus demonstra Seu amor (Lucas 22:1-20).
• Jesus dá conselhos:

a) Sobre grandeza (Lucas 22:21-30).
b) Sobre Satanás (Lucas 22:31-34).
c) Sobre o futuro (Lucas 22:35-38).

• Jesus Se rende à vontade do Pai (Lucas 22:39-53).
• Jesus vivencia Seu sofrimento:

a) Na negação de Pedro (Lucas 22:54-62).
b) Na zombaria dos soldados (Lucas 22:63-65).
c) Na cegueira do conselho (Lucas 22:66-71).

Este capítulo revela com profundidade a batalha espiritual que envolve Jesus, Seus seguidores e os poderes das trevas. Logo no início, somos informados que Satanás entrou em Judas, levando-o à conspiração para trair Jesus. Satanás aparece diretamente influenciando as ações de Judas, buscando frustrar o plano divino de salvação.

Porém, Jesus não vacilou!

Por isso, durante a Última Ceia, Ele estabelece o símbolo do Seu sacrifício através do pão e do vinho, que representam Seu corpo e sangue oferecidos em favor da humanidade. Desta forma, Jesus visa preparar Seus discípulos antigos e modernos para a vitória final sobre o pecado e Satanás – através de Sua morte expiatória. A Nova Aliança reafirma o compromisso divino com a redenção da humanidade, desafiando o domínio do mal.

Ciente do que O aguardava, na oração no Getsêmani Jesus experimentou uma intensa angústia, suando inclusive sangue, à medida que enfrentava o peso do pecado e a separação do Pai. Apesar de intensa luta espiritual, Jesus submete-Se à vontade do Pai, preparando-Se para derrotar Satanás por meio de Sua obediência e sacrifício.

Após a traição de Judas, Jesus foi preso. Em Lucas 22:53, Jesus diz: “Esta é a hora de vocês – quando as trevas reinam” reconhecendo que, temporariamente, Satanás e suas forças parecem triunfar.

Contudo, esse aparente triunfo é apenas um passo para a vitória de Cristo sobre o mal, que viria através de Sua morte e ressurreição! Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Não deixe para depois

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
3 de outubro

Não deixe para depois

Quando Paulo começou a falar sobre a justiça, o domínio próprio e o juízo vindouro, Félix ficou amedrontado e disse: “Por agora, você pode retirar-se, e, quando eu tiver oportunidade, mandarei chamá-lo.” Atos 24:25

Entre as colinas e os desertos da Judeia, muito tempo atrás, o governador romano Félix governava com mão de ferro. Como muitos líderes corruptos de hoje em dia, ele colocava seus interesses pessoais antes do bem-estar do povo que governava. Aceitava subornos facilmente e promovia excessos sem pensar nas consequências para aqueles que viviam sob seu comando. Mesmo sua esposa judia não conseguia influenciá-lo a mudar seu comportamento, e quando o sacerdote Jônatas o advertia, Félix ficava irritado e tomava medidas drásticas. Ele foi tão longe a ponto de contratar assassinos para matar o sacerdote, deixando a sociedade em tumulto.

Foi nesse cenário turbulento que Paulo, acusado de ser a origem de uma insurreição, teve a oportunidade de falar com Félix e sua esposa, que tinham algum conhecimento sobre Jesus. O apóstolo aproveitou a chance para falar sobre o Caminho e as verdades do Cristo, exortando o casal sobre a justiça, o domínio próprio e o juízo vindouro. Embora a mensagem de Paulo pudesse ser considerada politicamente incorreta pelos padrões de hoje, era absolutamente necessária para Félix, que precisava reconhecer sua situação moral. A radiografia de Paulo o identificou com clareza, deixando-o absolutamente exposto. Félix ficou espantado e pediu ao apóstolo que fosse embora, prometendo chamá-lo em outra ocasião. Infelizmente, ele adiou a decisão que poderia tê-lo salvado.

Félix perdeu a chance de encontrar a redenção. Sua esposa morreu em Pompeia durante a erupção do Vesúvio, e ele acabou sendo esquecido, sem fama nem honra. Oportunidades foram oferecidas, mas perdidas. Muitas pessoas pensam que qualquer delito pode ser absolvido com dinheiro, que qualquer excesso pode ser reparado mais tarde. Mas não é assim. Oportunidades podem se perder, e os erros só são solucionados com Cristo.

Por isso, aproveite a oportunidade que é dada a você hoje. Não espere até que seja tarde demais para mudar o curso de sua vida. Reconheça seus erros e busque a redenção. Jesus está de braços abertos para salvá-lo agora mesmo.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/nao-deixe-para-depois-3/

Lucas 21 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Lucas 21
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


LUCAS 21 – Este capítulo destaca-se por ser repleto de advertências proféticas e orientações espirituais sobre os eventos que culminarão no fim dos tempos.

Na oferta da viúva, que deu mais que todos os outros doadores, ofertando só duas moedinhas, Jesus ensina que o valor de uma oferta não está na quantia monetária, mas na medida em que ela reflete o coração do adorador. A viúva exemplifica dependência total de Deus – contrastando com ricos, que davam de suas sobras.

• Para Teófilo, esse relato exemplifica a prioridade que Jesus dá à motivação interna e à pureza do coração, ao invés de grandes demonstrações externas de piedade. Com essa história, Lucas mostra que a verdadeira espiritualidade é definida pelo sacrifício, pela confiança plena em Deus, mais do que pelo montante financeiro.

Depois de observar as contribuições no Templo, Jesus responde à admiração de alguns sobre a beleza das pedras do Templo, profetizando sua destruição (Lucas 21:1-6). Tal anúncio provocaria impacto significativo sobre Teófilo. Ao profetizar essa destruição, Jesus não apenas alertava sobre um evento histórico futuro, mas também questionava a centralidade das estruturas físicas no relacionamento com Deus: A adoração verdadeira transcende lugares físicos e monumentos religiosos!

• Para quem costuma associar religiosidade com templos imponentes, o doutor Lucas atesta que a presença de Deus não está confinada a edifícios, e, que a verdadeira fé precisa estar enraizada em algo mais profundo e eterno.

A profecia sobre a destruição do Templo leva os discípulos a perguntarem sobre os sinais que precederão esses eventos. Jesus responde descrevendo uma série de acontecimentos catastróficos: Guerras, terremotos, fomes, pestilências e sinais terríveis no céu (Lucas 21:7-11). Ao destacar que estes sinais são apenas o princípio das dores, Jesus revela que os eventos catastróficos são inevitáveis, e não representam o fim imediato. Em vez de concentrar-se no medo, Jesus enfatiza a necessidade de discernimento e preparação espiritual (Lucas 21:12-38).

• Desta forma, os cristãos não devem estar obcecados com sinais externos ou ser dominados pelo pânico, devem em verdade estar sempre atentos ao estado de sua própria fé.

A destruição de Jerusalém e do Templo cumprindo a profecia de Cristo revela que a preservação da fé e da vida espiritual importa mais que a defesa do território físico onde moramos (Lucas 21:20-24). Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Por puro prazer

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
2 de outubro

      Por puro prazer

   Encoste uma faca na sua própria garganta, se você é glutão. Provérbios 23:2

   A festa de casamento estava chegando ao fim, e a sobremesa foi servida. Havia um enorme bolo, incontáveis doces e lembrancinhas para todos. O menino começou a comer sem parar, saboreando cada mordida, até que sua mãe disse a ele que já era suficiente. A resposta veio em seguida: “É que eu gosto, mãe!” E continuou comendo. Não tardou muito para o menino se sentir indisposto e sair dali para vomitar. Naquele momento, compreendi que aquilo era uma metáfora do nosso mundo. Muitas vezes, nós, assim como o menino, nos entregamos aos prazeres efêmeros sem pensar nas consequências. O gosto, muitas vezes, se torna a única medida para nossas escolhas e, como consequência, acabamos caindo em excessos. 

   Cada vez mais, o desejo tem ocupado o lugar da razão. Em lugar da responsabilidade, veio o capricho. Em lugar do amor verdadeiro, o mero sentimento carnal. Vivemos sob a tirania do gosto – só se faz aquilo de que se gosta, e amaldiçoa-se aquilo que não traz prazer imediato. É a ditadura do like, do ícone com o polegar para cima. 

   Há muitos séculos, o livro de Provérbios nos adverte contra esse vício. O tema do prazer não é um assunto que tem afetado somente nosso tempo. Sempre existiram pessoas – as assim chamadas hedonistas – que só pensam naquilo de que gostam, sem pensar nas consequências posteriores. Mas o conselho divino é que encostemos uma faca na garganta se não conseguimos nos controlar. Somos advertidos de que é preciso pôr limites aos nossos desejos, pois eles sempre se inclinam ao excesso. 

   Como podemos recuperar o controle sobre nossos desejos? Poucos meses atrás, eu falava do “Método dos Cinco Segundos” (ver texto do dia 6 de junho). Hoje, torno a lembrá-lo, pois ele funciona. Os especialistas no cérebro humano nos asseguram que são necessários apenas quatro segundos para controlar uma emoção. Eu proponho um segundo a mais para nos conscientizarmos de que o Espírito Santo está fazendo soar um alarme interno – aquilo que costumamos chamar de consciência. 

   Quando você for tentado a fazer algo apenas pelo prazer, detenha-se por cinco segundos. Peça a Deus que o ajude e enfrente a tentação. Salomão pediria que você fosse mais radical. Hoje, eu só peço que você espere cinco segundos.

Os limites da religião

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