sábado, 27 de julho de 2024

Os de “baixo” e os de “cima”

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
26 de julho
https://mais.cpb.com.br/meditacao/os-de-baixo-e-os-de-cima/

Os de “baixo” e os de “cima”

Somente recomendaram que nos lembrássemos dos pobres, o que também me esforcei por fazer. Gálatas 2:10


Conheci certa igreja na periferia da cidade argentina de Santa Fé, uma área muito pobre, de muita delinquência e marginalidade. A igreja havia sido assaltada sete vezes e até houve uma ameaça de incêndio. Convidaram-me para pregar e, de coração aberto, fui. O edifício não se destacava em relação às casas ao redor: muros sem reboco, grades nas janelas e umidade nas paredes. Tive uma imagem bem diferente quando comecei a falar com os irmãos da igreja. Eram indivíduos com garra, resilientes e alegres, gente de bem que tinha ido até onde as pessoas precisavam deles. Admirável!

É comum as igrejas fazerem ações solidárias em bairros carentes. Contudo, somente isso não é o bastante. As pessoas necessitadas costumam continuar necessitadas no dia seguinte ao dos nossos donativos. Devemos pensar mais continuamente nos pobres, nos marginalizados, nos perdidos, pois essa é a função essencial do cristianismo. A igreja deve sair da calçada da comodidade e se instalar onde sua influência benfeitora é necessária.

No entanto, não são apenas os mais desfavorecidos e os mais simples que precisam do evangelho. Certa vez, participei de um congresso com muitos intelectuais, repleto de temas profundos e gente de alto nível social. A certa altura, meu companheiro de atividades, um erudito de uma denominação bem diferente da minha, abriu seu coração. Eu o ouvi falar de sua solidão, de suas dúvidas, de suas pressões sociais. Depois, foi minha vez de falar. Também abri o coração e falei das minhas lutas espirituais, de como voltei para Deus e como procurava conciliar a fé com a razão. Éramos acadêmicos com necessidades universais, porque as pessoas cultas também têm carências.

O evangelho precisa ser levado igualmente aos que estão “em cima”. Entre essas pessoas, também há muita gente em dor e solidão, em conflitos existenciais terríveis. A igreja deve sair da calçada da camuflagem e expor, também a essa classe, a transcendência de sua mensagem.

O evangelho é para todos, independentemente de classe social ou nível de escolaridade. Portanto, peçamos a Deus sabedoria para alcançar, da melhor forma possível, aqueles que necessitam do evangelho – onde quer que estejam.
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Malaquias 1 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Malaquias 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


MALAQUIAS 1 – O último livro do Antigo Testamento conecta-se tematicamente com a mensagem de Cristo à última das sete igrejas do Apocalipse. O povo de Israel na época do profeta Malaquias viveu uma religiosidade tão morna quanto os crentes da cidade de Laodiceia (Apocalipse 3:14-22).

Malaquias foi escrito no século V a.C., após o retorno dos judeus do exílio babilônico; a carta à igreja de Laodiceia representa o último período da história da igreja no mundo, após a prisão do Papa Pio VI em 1798, por Bethier – evento que trouxe liberdade novamente à Igreja Cristã.

O propósito do livro de Malaquias era confrontar os judeus e seus líderes religiosos por sua infidelidade e desleixo no culto a Deus; o propósito do profeta João escrever a mensagem a Laodiceia visa admoestar o líder e o povo devido à mornidão espiritual, autossuficiência e falta de fervor.

“A mensagem de Malaquias é especialmente apropriada para o Israel de hoje, e é comparável à mensagem de Laodiceia (Ap 3:14-22). Como os laodiceanos, os judeus dos dias de Malaquias estavam completamente insensíveis à sua verdadeira condição espiritual e pensavam que ‘não precisavam de nada’ (cf. Ap 3:17). Eles eram ‘pobres’ no tesouro celestial, ‘cegos’ a seus erros e ‘nus’ ou despidos do perfeito caráter de Jesus Cristo (v. 17). Como o homem sem vestimenta nupcial, na parábola (Mt 22:11-13), eles estavam diante do Rei do Universo, despidos de vestimenta de Sua justiça e plenamente satisfeitos com seus trapos morais”, destaca o Comentário Bíblico Adventista.

Malaquias 1 convoca a líderes e liderados a honrar a Deus e a retornar à verdadeira adoração; Apocalipse 3:14-22 o convite é para o líder e membros adquirirem de Cristo a verdadeira riqueza espiritual e restabelecerem a comunhão com Ele.

• Em ambos os contextos, há uma declaração contundente do amor de Deus visando convencer os ouvintes que duvidavam dele (Malaquias 1:1-5; Apocalipse 3:19).

• Ambos os textos revelam que a verdadeira condição espiritual contrasta com a percepção própria, requerendo um exame sincero à luz da Palavra de Deus (Malaquias 1:6-9; Apocalipse 3:15-17).

• Tanto Malaquias quanto João condenam veementemente a hipocrisia, atitude que devemos repugnar em nossa vida hoje também caso queiramos ser verdadeiros adoradores (Malaquias 1:10-14; Apocalipse 3:15-16).

Portanto, reavivemo-nos com Malaquias; fujamos da mornidão espiritual! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 26 de julho de 2024

Ganhadores de vidas

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
26 de julho
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Ganhadores de vidas

O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio. Provérbios 11:30


O livro de Provérbios é excepcional. Em pequenas cápsulas de sabedoria, ele sintetiza os detalhes mais relevantes do sentido da existência. Cada verso costuma ser composto de duas partes que coincidem em seu significado ou, ao contrário, são contrastantes. Provérbios 11:30 é um exemplo do primeiro caso: a primeira parte está em paralelo com a segunda.

Como entender que o “fruto do justo” é “árvore de vida”? Não seria mais lógico dizer “O justo é como uma árvore e produz frutos de vida?” Mas não é assim. Ao ler a segunda parte, notamos que o sábio se dedica aos outros, não a ele mesmo. Portanto, o fruto do justo é enterrado, germinando por amor aos outros. É dessa ação que surge o broto que se converterá em árvore – uma árvore que dará muitos frutos. Aquele que se entrega pelos outros contribui com uma cadeia de oportunidades para a vida, e isso é sábio.

O Jesus dos relatos da Paixão me fascina. Ele Se apequena para que voltemos a ter a grandeza de ser filhos de Deus. Sua humilhação, a princípio, pareceu não produzir frutos; no entanto, resulta hoje em um maravilhoso desabrochar de vida que nos alcança e nos salva. Aquele que, à semelhança de Cristo, se doa pelos outros enterra a si mesmo e promove quem é verdadeiramente importante: Deus.

Em quatro ocasiões, o livro de Provérbios (Pv 10:11; 13:14; 14:27; 16:22) indica que as palavras do justo são um manancial de vida. É verdade que as palavras fluem de muitas maneiras. Algumas delas jorram irrefletidamente, fluindo sem controle. Outras, porém, como as águas de um manancial, são refrescantes, transparentes e vitalizantes.

Como são as suas palavras? Você fala demais e sem pensar? Fala descontroladamente e sem respeitar os sentimentos do próximo? Concentra-se demais em si mesmo e pouco no bem que poderia fazer aos outros? Ou suas palavras são refrescantes, límpidas e geradoras de vida?

Se você beber diariamente da Fonte da vida, Deus fará de sua boca um instrumento de poder e salvação. Como o verdadeiro justo e sábio do livro de Provérbios, você se tornará um ganhador de vidas, e toda honra e glória será dada ao Senhor. Dedique a Ele hoje suas palavras e ações.

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Zacarias 14 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Zacarias 14
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ZACARIAS 14 – O povo de Deus sempre foi alvo de perseguição, ataques e guerras. Antes de segunda vinda de Cristo, as forças do mal se erguerão contra os remanescentes fiéis. Haverá um tempo de angústia permeada de perseguição e tribulação jamais vista (Daniel 12:1), mas Deus Se levantará para defender ao Seu povo fiel (Zacarias 14:1-3; Apocalipse 7:1-17; 19:1-21). No final do milênio, quando Deus ressuscitar aos perversos, Satanás continuará suas investidas interrompidas na segunda vinda de Cristo.

Será após o milênio em que os salvos estiverem protegidos no Céu, que a Cidade Santa descerá à Terra (Apocalipse 20:1-21:8). Zacarias 14:4-5 descreve “as violentas transformações físicas na superfície terrestre que acompanham a intervenção divina para destruir as nações inimigas. A ilustração sugere como esses eventos teriam ocorrido caso Jerusalém tivesse permanecido fiel para sempre. Determinadas características serão cumpridas quando a novo Jerusalém descer no final do milênio” (CBASD).

Zacarias 14:6-9 descreve uma transformação cósmica e a restauração de Jerusalém. As águas vivas que fluem da Cidade Santa simbolizam a vida e a purificação que emanam de Deus (Ezequiel 47:1-12) quando for estabelecido Seu reino na Terra, de onde Ele reinará Supremo no Universo (Apocalipse 21:9-22:6). Então, o povo de Deus viverá em segurança e santidade, em condição em que os redimidos não mais enfrentarão as consequências do pecado nem as influências do diabo (Zacarias 14:10-21).

“A profecia sobre a maneira com que os pés do Messias estariam ‘sobre o Monte das Oliveiras’ (Zc 14:4-5) vai além do alcance da primeira vinda de Jesus Cristo. Ainda que Jesus Cristo tivesse andado sobre o Monte das Oliveiras durante Sua primeira vinda, essa predição proclama que o Monte das Oliveiras será dividido em dois. O cumprimento dessa profecia ultrapassa até mesmo a segunda vinda de Jesus porque, no momento da segunda vinda Ele não tocará o chão, mas permanecerá a certa altura (1Ts 4:16-17). Todo o cenário se encaixa melhor com Sua terceira vinda depois do milênio, quando a Nova Jerusalém descerá ‘e todos os santos, com Ele’ (Zc 14:5). Zacarias 14:6-9 descreve as condições da Nova Terra (Ap 21; 22)” (Zdravko Stefanovic).

A divisão do monte das Oliveiras e a criação de um grande vale simbolizam a total destruição das forças e formas de mal.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 25 de julho de 2024

Olhando profundamente

 Devocional Diário 

Vislumbres da eternidade 

25 de julho

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Olhando profundamente

A mesma lei será aplicada ao natural da terra e ao estrangeiro que estiver entre vocês. Êxodo 12:49

Essa passagem bíblica pode ser lida a partir de diferentes perspectivas, e em todas elas é excepcional. Se a analisarmos do ponto de vista jurídico, podemos afirmar que a sociedade proposta aos hebreus era extremamente avançada para a época. A orientação era que todos fossem iguais perante a lei. Se analisarmos o fato sociologicamente, podemos perceber que existia a identidade dos que eram naturais e a dos estrangeiros e que não havia imposição cultural, mas sim espaços comuns. Essa segunda ideia me fascina porque, como cristãos, temos o mandado de incluir sem despersonalizar. Se analisarmos o fato religiosamente, entenderemos que há uma lei, um eixo comum que nos identifica como crentes e que, além disso, existem matizes secundários que nos permitem configurar nossas respectivas culturas. A busca desse eixo comum é essencial no tempo em que vivemos.

Comparo essa situação a um iceberg. O que se vê é uma pequena parte da totalidade do bloco de gelo. Algo semelhante ocorre em nossa vida religiosa. As coisas muito visíveis são, como o nome já indica, superficiais. O mais importante está além do que se vê. Por exemplo, vestir-se de maneira bonita e modesta vai além dos ditames da moda. Uma alimentação saudável vai além dos requintes da gastronomia. O tipo de música que nos faz pessoas melhores e nos aproxima de Deus vai além dos estilos musicais. O mesmo ocorre com relação à nossa missão na sociedade. O método utilizado para evangelizar não é tão importante quanto levar as pessoas a ter, de fato, um encontro com Jesus.

Lembro-me de Manuel, uma pessoa muito peculiar. Se eu tivesse que analisá-lo a partir de uma perspectiva superficial, diria que ele era um tanto esquisito por sua maneira de se comportar. Mas Manuel levava Cristo em seu coração e, embora seus métodos fossem exóticos para mim, ele era um excelente missionário. Deus vê muito além das aparências; Ele vê o coração (1Sm 16:7).

Aprenda a olhar além da superfície e procure ver as pessoas com os olhos de Deus. Esse olhar fará você compreender o que é realmente importante e permitirá que você seja um instrumento de mudança e salvação nas mãos do Senhor. 

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Zacarias 13 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Zacarias 13
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ZACARIAS 13 – Para purificar a restaurar os imundos pecadores deste mundo, o Filho de Deus precisou deixar o Céu, habitar entre nós, morrer (sacrificar-se) por nós, ressuscitar e ascender ao Céu, para, no Santuário Celestial, interceder por nós, a fim de conceder não apenas o perdão, mas também os recursos para nossa santificação. Os que aceitam Seu plano e permitem ser alvo de Suas ações, tornam-se parte de um povo puro e santo, preparado para Sua segunda vinda em glória e majestade.

Antes da segunda vinda de Cristo o povo será purificado, mas depois do milênio, a Terra toda será purificada das imundícias do pecado e das corrompidas formas de religiões. O processo da purificação total e da completa influência do pecado, ídolos e falsos profetas/mestres se intensifica com a segunda vinda de Cristo até a erradicação final do mal no final do milênio e o estabelecimento do Seu Reino de justiça e amor (Zacarias 13:1-6).

“Durante séculos, judeus e cristãos leitores da Bíblia encontraram no livro de Zacarias numerosas referências ao Messias e aos tempos messiânicos. Os cristãos têm compreendido que essas passagens se aplicam à vida e ministério de Cristo: o Rei triunfante e, no entanto, pacífico (Zc 9:9), Aquele que foi transpassado (Zc 12:10), o Pastor que foi ferido (Zc 13:7). Em Zacarias 13:7-9, foi revelada ao profeta uma cena em que a espada do juízo do Senhor vai contra o Bom Pastor. Em ocasião anterior, o profeta viu a espada sendo levantada contra o ‘pastor inútil’ (Zc 11:17). Mas nesta passagem (Zc 13:7-9), o Bom Pastor é ferido e o rebanho se dispersa. Sua morte resulta em grande aflição e prova para o povo de Deus, durante as quais alguns perecem. No entanto, todos os fiéis são purificados”, explica Zdravko Stefanovic.

A purificação pelo fogo refere-se às provações e testes que o remanescente fiel enfrentará. Considerando Zacarias 13:9, o Comentário Bíblico Adventista afirma: “Com o remanescente purificado, Deus estabelecerá Sua aliança (ver Ez 37:23; Os 2:23)”.

A erradicação do pecado e a purificação do povo de Deus são temas centrais que ecoam na mensagem bíblica sobre a preparação para o segundo advento de Cristo. Para tanto, reavivamento e reformas espirituais são essenciais!

Aceite fazer uma aliança séria com Deus! Comprometa-se! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 24 de julho de 2024

Dor de coração

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
24 de julho
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Dor de coração

O cetro não se arredará de Judá, nem o Legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a Ele se congregarão os povos. Gênesis 49:10, ARC


Era um sábado de noite e tínhamos saído para dar um passeio com a família. O trajeto escolhido era o antigo leito do rio Túria, em Valência. Desde que o rio foi desviado da cidade, aquela área foi convertida em um imenso parque, onde se realiza todo tipo de atividades sociais. Passear entre variados tipos de vegetação com conversas ao estilo mediterrâneo – apaixonadas e platônicas – é um prazer muito especial. A certa altura, nos deparamos com uma multidão de várias tribos urbanas. Primeiro, os hipsters com seu ar vintage. Gente tranquila, com suas longas barbas e cuidadosos cortes de cabelo. Depois, os freaks com suas camisetas de ficção científica e aquela sensação de estarem desconectados da realidade ou conectados com outra. Por último, os indignados, com sua aparência desalinhada, muito próxima à dos bárbaros nórdicos.

A música superava os decibéis de nosso agrado e saímos dali. Olhando aquela gente lá do alto da ponte centenária, senti-me triste. Ali estavam eles, sentados no gramado e conversando sobre suas coisas, enquanto eu sentia uma imensa dor no coração. Como poderíamos chegar a todas aquelas pessoas e falar-lhes de quão espetacular é a vida com Jesus? Senti-me impotente. Como aquelas pessoas poderiam se render a Cristo se nem O conheciam?

Ainda me pergunto: Como? Somos poucos e nem sempre estamos de acordo. Temos poucos recursos e, muitas vezes, somos desanimados. Estamos hipnotizados como Laodiceia, ofuscados pela luz do virtual. Como? O que fazer para que todos possam ouvir de Jesus? Será que eles não têm o direito de desfrutar da nossa esperança ou dos infindáveis benefícios de nossa fé e da graça de Deus?

Sei que não conseguiremos cumprir a missão por nossos próprios esforços. É Deus quem nos capacita. Porém, precisamos nos colocar à Sua disposição. Devemos crer que, um dia, “a Ele se congregarão os povos”. Mas temos nossa parte a fazer. Nossa fé precisa se traduzir em ações em favor do próximo, visando à sua salvação.

O que você tem feito para alcançar outros para Jesus? Ore ao Senhor para que Ele lhe mostre hoje a melhor maneira de testemunhar.

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Os de “baixo” e os de “cima”

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