terça-feira, 19 de março de 2024

Jeremias 51 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 51
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 51 – Os eventos históricos têm propósitos maiores que as intenções humanas e estão sujeitos a um plano divino.

A história das potências políticas é vista como um palco onde as ações humanas têm consequências morais. A queda de Babilônia é um evento importante na teologia e escatologia bíblicas. Podemos ampliar nossa visão através da seguinte análise:

• Jeremias profetizou a queda iminente da Babilônia e convocou outras nações a unirem-se contra ela (Jeremias 51:1-4).

• Jeremias instrui o povo de Deus a sair da Babilônia antes que seja tarde demais, para que não compartilhem de sua punição (Jeremias 51:5-10, 45-46).

• Jeremias delineia as razões para a queda da Babilônia, que inclui orgulho, idolatria e violência. Além disso, o profeta trata do julgamento aos deuses babilônicos e a restauração do povo de Israel (Jeremias 51:11-19, 47-53).

• Jeremias expressa louvores e alegria pela queda de Babilônia, pois Deus é exaltado como o vingador de Seu povo (Jeremias 51:20-26, 33).

• Jeremias descreve os meios pelos quais Babilônia seria destruída, incluindo exércitos inimigos – onde os Medos são citados por nome – e a seca sobre as águas (Jeremias 51:11, 27-44, 54-58).

• Jeremias encerra suas profecias contra a Babilônia, pede que tudo seja escrito num rolo, lido e depois amarrado a uma pedra e então atirado no Eufrates – como uma encenação da fatalidade desta nação (Jeremias 51:59-64).

Literalmente, a profecia de Jeremias se cumpriu em Daniel 5:1-30. Porém, no Novo Testamento, especialmente em Apocalipse 17, 18 e 19, essa profecia é elevada a um nível espiritual – aguardamos seu cumprimento! João trata da Babilônia como poder político-religioso que exerce autoridade e influências mundiais.

• Da mesma forma que em Jeremias, em Apocalipse a Babilônia refere-se a uma grande potência sobre as nações e, condenada por sua imoralidade e idolatria.

• Assim como em Jeremias, a Babilônia apocalítica terá de enfrentar o julgamento divino por seus pecados contra Deus e contra Seu povo.

• Tanto em Jeremias quanto no Apocalipse, a queda de Babilônia resulta em liberdade e redenção ao povo de Deus; desta forma, a destruição da Babilônia é retratada como parte do plano de Deus para libertar Seu povo da opressão e então estabelecer Seu reino.

Aos fiéis, devemos permanecer firmes na fé: O julgamento de Deus é o alicerce da nossa esperança! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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Seus sábados, nossos sábados

 Devocional Diário

Seus sábados, nossos sábados

Também lhes dei os Meus sábados, para servirem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica. Ezequiel 20:12

O povo hebreu percebeu em pouco tempo de peregrinação quão difícil é a vida no deserto. Diante da reclamação, Deus prometeu ao povo o alimento pelo qual murmuravam e concluiu Seu compromisso dizendo: “Eu sou o Senhor, seu Deus” (Êx 16:12). Eles receberam codornizes – algo incomum, mas não extraordinário. Também receberam uma substância parecida com flocos de neve – algo impensável e sumamente extraordinário. Deus Se encarregou de enviar o maná todos os dias durante 40 anos, com exceção dos sábados. Nesse dia, Deus lhes dava santidade.

Essa experiência não apenas marcou o povo, como também se tornou uma metáfora da humanidade. Andamos errantes, até queixosos, mas não andamos sós porque o Senhor é o nosso Deus. Muitas vezes diremos: “O que é isto?”, e Ele dirá: “Prove-o”, assim como ao maná. Então compreenderemos que Deus procura compensar a amargura de um mundo caído com coisas agradáveis. Outras vezes, Ele nos dirá: “Sabe o que é isso? Chama-se sábado e é muito mais doce do que o maná.”

Ezequiel 20 retoma o conceito de Êxodo para rever os marcos que assinalam a senda da religiosidade. A lembrança do passado traz dimensionalidade (Deus participa da história e Se oferece para seguir fazendo o mesmo no futuro), permanência (a relação com Deus não é pontual, mas contínua) e perspectiva (o vínculo com Deus é progressivo, não estático). Nesses textos, essa lembrança é assegurada mediante a confirmação do sábado como dia sagrado. No dia de encontro, outros encontros são relembrados e novos encontros são desejados, pois Deus é fascinado por esses encontros com o ser humano.

De novo, o cotidiano e o excepcional se mesclam para fortalecer uma ideia: “Não existe tempo sem Deus e tempo com Deus. Todo o tempo pertence a Ele.” Vivemos em uma época de dissonância entre o “religioso” e o “secular”. Temos vedado ambos os espaços, atribuindo o privado a um e o público ao outro, mas essa não é a realidade bíblica. Talvez precisemos de um dia dentre os sete para adquirir consciência disso, para desfrutarmos de tal maneira da presença de Deus que almejemos viver continuamente nesse estado de santidade. 

Vislumbres da eternidade
19 de março
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segunda-feira, 18 de março de 2024

Cordão azul

 Devocional Diário


Cordão azul

Fale aos filhos de Israel e diga-lhes que ao longo das suas gerações coloquem franjas nas extremidades das suas capas e ponham um cordão azul em cada franja. Números 15:38


Uma das normas mais curiosas do Pentateuco sobre a santidade tem a ver com uma marca no vestuário. Não há dúvida de que a roupa exibe uma identidade e, por conseguinte, uma diferenciação das demais pessoas. Na Bíblia, essa função estética se converteu em um símbolo. Colocar um cordão azul nas franjas das túnicas e dos mantos era muito mais do que uma moda: era uma demonstração de compromisso.

Em Números 15:37 a 41, Deus Se adianta a qualquer tendência da moda atual e propõe que Seu povo ponha nas extremidades de seus trajes uma franja com um cordão azul, algo bem celeste. Como indiquei previamente, o objetivo era simbólico. Era para lembrar quem eram, a fim de não se deterem a olhar ou pensar em algo que os separasse de sua relação com Deus. Que interessante! Não estou dizendo que é para colocarmos tiras azuis em nossas roupas, mas sim pedacinhos do Céu em nossa vida. Recordemos quem somos e não nos detenhamos a olhar ou a pensar no que é vão, naquilo que nos distancia de uma existência plena. E mais: mostremos nossas “cores” para as pessoas que nos rodeiam. Dessa maneira, fortaleceremos nossa identidade e ajudaremos outros a se sentirem mais perto de Deus.

O texto termina de forma magistral: “Eu sou o Senhor, o Deus de vocês, que os tirei da terra do Egito, para ser o Deus de vocês. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.” Esse, sim, é um cordão azul de qualquer mensagem para um crente. Deus começa conosco. Ele participa das histórias de nossa vida nos libertando de todo tipo de escravidão, pois Ele é nosso Deus. Ele vai até o fim conosco. Pode haver alguém como Ele? Onde poderemos encontrar tanto interesse, tanto carinho, tanto compromisso, tanta vida? Estou certo de que se eu tivesse sido um escriba bíblico, teria registrado, sem sombra de dúvida, que cada um desses versos esconde uma mensagem fascinante, vivificante, santificadora.

Hoje, Deus olha em nossos olhos e, com um sorriso infinito, sussurra: “Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.” Deixe o Senhor ser o seu Deus e permita que Ele coloque em sua vida e em seu caráter a Sua marca distintiva.

Vislumbres da eternidade
18 de março
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Jeremias 50 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 50
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 50 – No micro, a decisão cabe a nós; no macro, cabe a Deus. Ele está no controle da História; e, sábio é todo aquele que optar por viver segundo Seus propósitos.

“O poder exercido por todo governante sobre a Terra, é-lhe comunicado pelo Céu; e depende seu êxito do uso que fizer no poder que assim lhe é concedido... Compreender que ‘a justiça exalta as nações’, que ‘com justiça se estabelece o trono’ e que ‘com benignidade’ (Prov. 14:34; 16:12; 20:28) ele é mantido; reconhecer a operação destes princípios na manifestação de Seu poder que ‘remove os reis e estabelece os reis’ (Dan. 2:21) – corresponde a entender a filosofia da História”, destaca Ellen White.

Em Jeremias 50, o relato de Babilônia ecoa através dos séculos trazendo consigo lições sobre poder, justiça e o desígnio divino. Os princípios bíblicos transcendem as fronteiras religiosas, apresentando-se como verdades universais aplicáveis a todos os contextos políticos e sociais.

• A queda da Babilônia serve como lembrete vívido das consequências do abuso do poder e da injustiça.
• A história da humanidade está repleta de exemplos que corroboram a importância da justiça e da benevolência na governança.

Ao examinarmos Jeremias 50 à luz desses princípios, somos confrontados com a narrativa de uma nação que se desviou do caminho da justiça e da retidão. A soberba e a opressão levaram à ruína de um império que, em sua arrogância, esqueceu-se dos princípios divinos que fundamentam a verdadeira autoridade.

Considerando que Deus interage com a história humana, é evidente que a história das nações não são apenas uma sequência de eventos aleatórios; ela é como um intrincado tecido de causa e efeito, influenciado pela interação entre a vontade de Deus e a vontade humana.

Por conseguinte, entender a filosofia da história não é apenas uma tarefa intelectual, mas uma jornada espiritual e moral. Implica reconhecer a soberania divina sobre os assuntos imperiais, governamentais – políticos, enquanto também se assume a responsabilidade pela justiça, retidão e compaixão em nossa própria esfera de atuação.

• A soberania divina sobre os assuntos humanos nos recorda que governantes são meros administradores temporários do poder concedido pelo Céu; devem, portanto, agir com responsabilidade e humildade.

Diante disso, é imprescindível preocuparmo-nos com os governantes e orar por todos eles! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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domingo, 17 de março de 2024

Genealogias

 Devocional Diário

Genealogias

Jesus […], filho de Davi, […] filho de Abraão, […] filho de Adão, filho de Deus. Lucas 3:23, 31, 34, 38

Por que há tantas genealogias na Bíblia? Podemos achar que as genealogias não fazem muito sentido, mas a verdade é que elas nos proporcionam valores e recordações. Em primeiro lugar, elas apontam para a veracidade da Bíblia, pois são documentos históricos. Isso quer dizer que aquilo que estamos lendo não é um mito. Em segundo lugar, elas nos falam da origem dos povos. Ter raízes envolve pertencimento, vínculos. Imagine o povo hebreu, que escutava as genealogias no deserto. Esse era um povo composto de escravos que não sabia quem era. Saber de onde provinham lhes proporcionava segurança e certezas. As genealogias eram as lembranças da família. O Deus deles era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

Por último, as genealogias enfatizam valores. Não são censos. São passagens que contêm mensagens de relevância. Por exemplo, por que tanta insistência, nas primeiras genealogias, em mencionar os anos que viveu cada personagem? Certamente porque querem mostrar que o mundo nem sempre foi igual e que houve um tempo em que o ser humano estava menos afetado pelo pecado.

Por que os livros das Crônicas mencionam tantos lugares? É fácil: o povo voltava do exílio e tinha que retornar às suas terras de origem. Mencionar o lugar do qual procediam era como “voltar aos seus rincões”. Por que a genealogia apresentada por Mateus consiste em três blocos de 14 gerações cada uma? (Mt 1:17). Porque, para os judeus, o Messias era um descendente de Davi, e o valor numérico do nome Davi, em hebraico, soma 14 ([D = 4] +[w = 6] + [d = 4]). Jesus, portanto, era 3 x 14, ou seja, o Messias dos messias. E por que Lucas teria dito que Jesus era, “conforme se pensava” (Lc 3:23), filho de José? Porque a genealogia não é a de José, mas de Maria. Curioso, não?

Lembro-me de minha avó abrindo um álbum de fotos enquanto mencionava os nomes e as histórias de pessoas que não conheci. Eu carrego o nome do meu avô. Mal me lembro dele, mas tenho visto tantas fotos e escutado tantas histórias sobre ele que encontro sentido quando me chamam pelo sobrenome. Deus faz algo semelhante com as genealogias. Elas nos mostram que temos um passado e, portanto, que sabemos quem somos. E você? Sabe de onde vem?

Vislumbres da eternidade
17 de março
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Jeremias 49 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 49
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 49 – O Soberano do Universo não está atoa. Ele atua administrando Seu Reino Universal, que incluía o Planeta Terra e os povos com seu governo.

Note que no Livro de Levítico encontramos instruções relacionadas à santidade da terra e à contaminação dela devido às práticas abomináveis dos seus habitantes. Em Levítico 18, por exemplo, Deus dá uma série de proibições relacionadas à moralidade sexual, depois adverte especialmente aos israelitas que adentravam o território de Canaã:

“Não se contaminem com nenhuma dessas coisas, porque assim se contaminaram as nações que vou expulsar da presença de vocês. Até a terra ficou contaminada; e eu castigarei a sua iniquidade, e a terra vomitou os seus habitantes. Mas vocês obedecerão aos meus decretos e às minhas leis. Nem o natural da terra nem o estrangeiro residente entre vocês farão nenhuma dessas abominações, pois todas estas abominações foram praticadas pelos que habitaram a terra antes de vocês; por isso a terra ficou contaminada. E, se vocês contaminarem a terra, ela vos vomitará, como vomitou os povos que ali estavam antes de vocês”.

Em Levítico 20:22-24 o próprio Deus diz: “Obedeçam a todos os Meus decretos e leis e pratiquem-nos, para que a terra para onde os estou levando para nela habitar não os vomite. Não sigam os costumes dos povos que vou expulsar de diante de vocês. Por terem feito todas essas coisas, causam-me repugnância. Mas a vocês prometi que herdarão a terra deles; eu a darei a vocês como herança, terra onde há leite e mel com fartura. Eu Sou o Senhor, o Deus de vocês, que os separou dentre os povos”.

Estes textos explicam a razão dos judeus contemporâneos de Jeremias irem ao cativeiro e da Terra Prometida ficar desolada. Revela também que Deus está atuando na história das nações, como é notório em Jeremias 49:

O profeta profere palavras acerca dos amonitas (Jeremias 49:1-6), dos edomitas (Jeremias 49:7-22), dos habitantes de Damasco (Jeremias 49:23-27), de Quedar e Hazor (Jeremias 49:28-33) e de Elão (Jeremias 49:34-39). Com isso, precisamos aprender a...

• Procurar não seguir os costumes pecaminosos das nações ao nosso redor.
• Confiar na direção de Deus e na Sua promessa de herança aos fiéis (Mateus 5:5).
• Buscar segurança em Deus, não na política humana.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sábado, 16 de março de 2024

Marca de identidade

 Devocional Diário

Marca de identidade

Vocês devem circuncidar a carne do prepúcio e isso servirá como sinal de aliança entre Mim e vocês. Gênesis 17:11

Ninguém duvida dos benefícios higiênicos da circuncisão, mas esse símbolo bíblico tinha um significado muito mais profundo: ele identificava o povo de Deus. Era uma marca na pele daquele que a possuía e o assinalava como participante de uma aliança, uma religião. É interessante observar que o Senhor não exigiu um sinal que todos pudessem ver, mas um sinal limitado ao espaço íntimo. Enquanto em outras religiões o sinal é visível, o hebreu tinha um sinal escondido. O homem circuncidado se considerava participante de um pacto, mas vivia essa experiência intimamente.

Com o tempo, o símbolo se converteu em rito; o significado se transformou em uma simples forma. Conheciam-se a mecânica, as precauções, os cuidados, mas haviam se esquecido da razão: um vínculo de comunhão entre Deus e a pessoa. É por isso que, em Deuteronômio 10:16, levanta-se a questão do símbolo: “Portanto, circuncidem o coração de vocês e deixem de ser teimosos.” Não era mais uma questão de pele, mas de aliança verdadeira, de deixar de lado as paixões e os desejos humanos.

É comum o ser humano passar a viver sua religião segundo rituais, pois nos encontramos em tempo e lugares concretos. Mas será que esses rituais refletem uma relação de proximidade com Deus? São elas um sinal ou simplesmente uma cicatriz religiosa? Será que esses rituais ou formas nos permitem ter uma confiança maior em nosso Senhor? Se eles tiverem perdido o sentido, não duvide, elimine as coisas extras que há em seu coração e volte para a pureza e a sensibilidade da verdadeira religião. Lute intensamente para encontrar a razão de uma comunhão de verdade, uma relação que o identifique e que surja do mais profundo do seu ser. Lembre-se sempre de que a religião deixa de ser religião quando não vem acompanhada de relacionamento. E o relacionamento com Deus é tudo, uma vez que ele vincula e vivifica.

Jostein Gaarder, escritor norueguês, disse: “Talvez não exista uma intimidade maior do que a de dois olhares que se encontram com firmeza e determinação, e simplesmente recusam se desviar.” Olhemos para Deus face a face e, com determinação, digamos: “Aqui está o meu coração. Ele é Teu!”

Vislumbres da eternidade
16 de março
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Jeremias 51 Comentário

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