quarta-feira, 31 de julho de 2024

Três coisas

 Devocional Diário


Vislumbres da eternidade
31 de julho
https://mais.cpb.com.br/meditacao/tres-coisas/

Três coisas

Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, que deseja que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. 1 Timóteo 2:3, 4


Existe um ditado que indica quais são as três coisas que deveríamos fazer na vida: “escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho”. Cada proposta manifesta uma faceta do desejo do ser humano de transcender a morte, ainda que apenas na memória. Diante do desaparecimento do conceito de eternidade, por conta do materialismo, produz-se uma reação incorreta, ainda que compreensível: aproveitar o presente. Com isso, podemos encontrar uma multidão de ideias sobre “coisas para fazer antes de morrer”. Algumas são até previsíveis (viajar, experimentar as comidas mais exóticas, aprender outro idioma…); outras são bastante radicais (pular de paraquedas, fazer bungee jumping, escalar o Everest…); e ainda outras, bem estranhas (ordenhar uma vaca, montar um cubo mágico, jogar paintball…).

No entanto, temos o privilégio de crer na vida eterna e, por essa razão, não deveríamos estar preocupados em perpetuar nossa memória. Tampouco deveríamos nos preocupar em viver só o presente. Portanto, mudemos o foco: Quais seriam as três coisas que você deve fazer antes de chegar à eternidade?

Quando me fiz essa pergunta, entendi mais profundamente os conceitos de missão, de tempo e do que realmente importa na vida. As coisas que eu faria são muito parecidas entre si. Primeiro, iria a cada um dos meus familiares e amigos e diria a eles o quanto eu os amo e, mais uma vez, compartilharia minha fé com eles. Segundo, falaria de Jesus a todas as pessoas possíveis, porque assim elas teriam o consolo que eu tenho. Terceiro, investiria meus recursos e talentos ajudando os necessitados e me comprometeria com causas importantes.

Não sei quais são as suas três prioridades, mas pergunto: Você as está realizando? Por que muitas vezes deixamos para depois o que deveríamos fazer agora? Precisamos ser mais coerentes com aquilo que pregamos. Se há coisas imprescindíveis para fazer antes da volta de Jesus, não deixe para depois; pode ser tarde demais. Não podemos esquecer que carregamos em nossos genes o valor da eternidade e que isso deve marcar cada uma de nossas ações. Priorize o que merece ser priorizado e faça o seu melhor.

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Mateus 1 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Mateus 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


MATEUS 1 – Este capítulo apresenta a genealogia de Jesus (v. 1-17), seguido pelo relato de Seu nascimento (vs. 18-25). O texto inspirado estabelece a ligação com a linhagem de Davi, conforme profetizado no Antigo Testamento, e enfatiza Seu papel como o Messias prometido.

• A genealogia em Mateus 1:1-17 mostra a providência e o controle de Deus Pai ao longo da história para trazer o Messias ao mundo na plenitude dos tempos. Logo na introdução sublinha a promessa de Deus Pai feita a Abraão e Davi, cumprindo Sua aliança através de Jesus.

• Contudo, a presença de Deus Filho é central em Mateus 1. Jesus é o foco da genealogia e o objeto da mensagem do anjo a José. Ele é apresentado como Emanuel, que significa “Deus conosco” (Mateus 1:23), destacando a encarnação do Filho de Deus e Sua missão de salvar o Seu povo do pecado. A divindade de Jesus e Sua obra redentora são enfatizados (Mateus 1:21), revelando que Ele é o cumprimento das profecias messiânicas.

• O Espírito Santo é mencionado especificamente no contexto da concepção virginal de Jesus. A atuação do Espírito Santo é fundamental na realização do milagre da encarnação, preservando a santidade e a pureza do nascimento de Jesus. A ação do Espírito Santo em Mateus 1:18 é vital, pois garante que Jesus, embora nascido de uma mulher, seja completamente santo e sem pecado em natureza, capacitado para ser o Redentor.

Em síntese, a atuação da Trindade é claramente visível e fundamental para o plano da salvação. Deus Pai planeja e promete, Deus Filho encarna e cumpre a promessa, e Deus Espírito Santo realiza o milagre da concepção virginal. Esta interação harmoniosa das três Pessoas da Divindade revela a profundidade e a beleza do plano redentor de Deus. O texto sagrado valoriza a unidade e a cooperação dentro da Divindade para a salvação da humanidade.

Nota-se também o envolvimento divino com seres humanos na genealogia e com a participação de Maria diretamente, e José indiretamente. Deus não é indiferente ao pecador, Ele Se envolve inteiramente conosco a fim de salvar-nos de nossas mazelas.

• Ele não mede esforços para estar conosco.

• E quanto nós, estamos dispostos a fazer de tudo para estar com Ele?

Estude, reflita e compartilhe esta mensagem maravilhosa. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 30 de julho de 2024

Lâmpada no congelador

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
30 de julho
https://mais.cpb.com.br/meditacao/lampada-no-congelador/

Lâmpada no congelador

[Não] se acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um cesto, mas num lugar adequado onde ilumina bem todos os que estão na casa. Assim brilhe também a luz de vocês diante dos outros, para que vejam as boas obras que vocês fazem e glorifiquem o Pai de vocês, que está nos Céus. Mateus 5:15, 16

Às vezes me pergunto como seriam as parábolas de Jesus se Ele tivesse vivido em nossa época tecnológica e artificial. Creio que uma boa paráfrase moderna de Mateus 5:15 e 16 seria algo assim: “Não se coloca uma lâmpada no congelador, mas na geladeira para que vejamos onde está a comida. Iluminem as pessoas com a sua luz, para que elas vejam o que vocês fazem e para que o Pai celestial vire tendência.”

Você já se perguntou por que o congelador de boa parte das geladeiras não tem lâmpadas? A resposta é fácil: elas não são necessárias. O tempo que mantemos aberta a porta do congelador é mínimo, e seria um gasto inútil. Outra coisa é a luz do compartimento de baixo do refrigerador. Ela ilumina o caminho dos famintos na madrugada. Depois, é só fechar a porta e pronto! A lâmpada se apaga. Ela está ali para servir.

Com Sua parábola, Jesus quer que nos exponhamos, não porque o façamos bem, mas porque mostrar-se em público implica responsabilidade. É relativamente fácil ser cristão entre os nossos, com nossa linguagem em comum, nossas anedotas costumeiras, nossos amigos de toda a vida. Outra coisa é se apresentar diante da sociedade e viver o que Jesus propõe. Este é o momento de revisar o seu interior para ver se ali está guardada uma vida espiritual fresca ou se ela se encontra congelada. A exposição nos compromete, mas, por outro lado, ajuda os outros, pois eles podem visualizar Cristo em nós e, dessa forma, ser contagiados pelo Seu amor.

Estou cansado de ver o superficial se convertendo em trending topic (tendência), como se o que Jesus oferece não fosse muito mais interessante. Talvez devêssemos ter a saudável ousadia de nos tornar youtubers, bloggers, instagramers, influencers, vizinhos, colegas de trabalho ou de sala de aula, amigos que expressam o que creem. Decida hoje abrir a porta de sua vida e deixar sua luz abençoar os famintos espirituais. Ilumine de tal maneira que Deus Se sinta orgulhoso de você. Jamais esconda sua lâmpada!

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Malaquias 4 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Malaquias 4
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


MALAQUIAS 4 – Há uma mensagem poderosa em Malaquias sobre a necessidade de arrependimento e a iminência do juízo divino.

Relacionando Malaquias 3:1-5 com Malaquias 4:1-3 temos um vislumbre da seriedade com que Deus encara o pecado e a inevitabilidade de Sua justiça sobre aqueles que não se arrependem. Em Malaquias 3:1-5, Deus anuncia a vinda de um mensageiro que prepararia o caminho diante de Si, o qual é tradicionalmente entendido como João Batista que precedeu a primeira vinda de Cristo. A mensagem central desse texto é a purificação. O Senhor viria como um refinador e purificador tanto dos Seus líderes como do Seu povo.

A purificação, no entanto, não é um processo fácil ou confortável. Implica julgamento e refinamento, removendo impurezas e purificando o povo para oferecer ofertas aceitáveis a Deus. Aqueles que persistirem no pecado, listados em detalhes (feiticeiros, adúlteros, falsos juradores, opressores dos trabalhadores, viúvas, órfãos e estrangeiros), enfrentarão a justiça divina.

Malaquias 4:1-3 continua o tema do juízo, agora focado no dia do Senhor, um dia de destruição para os ímpios e de salvação para os justos. A imagem do dia ardente como fornalha é uma metáfora poderosa para a ira divina. Os ímpios, comparados a palha, serão consumidos completamente, sem deixar vestígios. Em contraste, os que temem o nome do Senhor experimentarão cura e libertação.

• A justiça divina se manifesta de forma clara e definitiva.
• Os justos não apenas serão salvos, mas também triunfarão sobre os ímpios.

O processo de purificação e refinamento de Malaquias 3:1-5 é um prelúdio ao juízo final descrito em Malaquias 4:1-3. Tudo isso revela que, embora Deus fará justiça, Seu propósito é salvar os pecadores – os quais devem arrepender-se de seus pecados.

Os últimos versículos de Malaquias nos dão um roteiro claro para livrarmo-nos da maldição contra o pecado:

1. Lembrar de Lei de Moisés: Manter-se firme na Palavra de Deus (Torá).
2. Ouvir os verdadeiros profetas: Atentar às mensagens de arrependimento e reconciliação.
3. Promover a religião na família: Construir relacionamentos pautados no evangelho.
4. Obedecer e arrepender-se: Viver em conformidade com os princípios divinos.
5. Confiar nas promessas de Deus: Preparar-se para o dia do Senhor com segurança.

“Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 3:22). Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 29 de julho de 2024

Testificando

 Devocional Diário 

Vislumbres da eternidade 

29 de julho

https://mais.cpb.com.br/meditacao/testificando/

Testificando

E ali pregavam o evangelho. Atos 14:7, ARC

Existem cristãos que confundem “testificar” com “textificar” e pensam que sua missão consiste apenas em distribuir folhetos ou divulgar uma lista de versículos. Também existem os que afirmam que é preciso “festificar”, indo de festa em festa e se divertindo ao estilo worship. Outros acham que “gestificar” é suficiente: basta apenas um gesto – uma palavra amável, um sorriso ou uma tarde de ajuda comunitária –, e já cumpriram seu dever de crentes. Os cristãos comprometidos, no entanto, sabem que testificar é muito mais do que isso.

Jesus afirma que, se permanecermos Nele, produziremos frutos (ver Jo 15). Você é um cristão tímido? Não se preocupe; o Espírito Santo colocará em você as palavras certas no momento certo. Você é um cristão silencioso? Ah… Então é melhor se preocupar, pois a conexão não está funcionando bem, e você precisa de energia. É hora de fazer uma revisão da sua situação, lembrando que Jesus deseja fazê-la gratuitamente e com qualidade. Quanto mais intensa for nossa relação com Deus, mais perceberemos as necessidades dos outros.

Quando temos uma boa conexão espiritual, começamos a olhar mais para além do nosso umbigo (sei que isso pode doer, mas é preciso reconhecer que você não é o centro do mundo). Ao termos comunhão com Deus, será natural o desejo de testemunhar a outros. Precisamos nos perguntar: O que Deus espera de mim? Um Deus de amor certamente aprecia quando demonstramos amor por Ele e pelo próximo. Um Deus generoso com certeza aprecia o desprendimento, a solidariedade a proatividade em favor do outro. Um Deus que é fascinado por Se comunicar, sem dúvida, Se alegra quando dialogamos com Ele.

Uma relação espiritual contínua e natural com o Criador faz com que nos levantemos cada dia pensando nos outros, e não somente em nós mesmos. Foi esse sentimento de alteridade que motivou Jesus a Se fazer humano. E veja o impacto que tamanha atitude teve no Universo.

Ao longo do seu dia, quantas vezes você se dedica a falar sobre si mesmo, seus interesses, suas lutas? Será que não está na hora de tirar o foco do “eu” e colocar em Deus e no próximo? Ao exercitar esse desprendimento você certamente será o maior beneficiado. Experimente e testifique! 

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Malaquias 3 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Malaquias 3
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


MALAQUIAS 3 – O chamado ao arrependimento é extremamente relevante para todos os tempos. Devemos examinar nossa vida à luz da Palavra de Deus e arrependermo-nos de nossos miseráveis pecados, especialmente o da negligência espiritual (mornidão).

• Malaquias 3 anuncia a vinda do Senhor ao Seu templo para purificá-lo e julgar Seu povo. O profeta exorta Israel ao arrependimento, prometendo bênçãos aos obedientes e juízo aos rebeldes.

• Ligado a Apocalipse 3:14-22, Jesus como o Amém, a Testemunha Fiel e Verdadeira, avalia a Igreja de Laodiceia. Ele a encontra morna, acomodada e autossuficiente, precisando profundamente do arrependimento sincero.

• Em ambos os textos, há uma expectativa da vinda do Senhor. Em Malaquias 3:1-6, é a vinda para o julgamento e purificação do templo; em Apocalipse 3, é a vinda para avaliar e recompensar os fiéis vencedores.

• Tanto em Israel em Malaquias quanto a igreja de Laodiceia em Apocalipse são apresentados como espiritualmente inaceitáveis perante Deus e necessitados de arrependimento.

• Ambos os textos fazem um chamado urgente ao arrependimento. Em Malaquias 3:7, o chamado é para que o povo se volte para Deus; em Apocalipse 3:19, o chamado é para que a Igreja se arrependa de sua triste situação de mornidão espiritual.

• Nos dois contextos, a mensagem profética promete recompensa aos que são fiéis. Em Malaquias 3:10-18, a promessa é de bênçãos materiais e espirituais; em Apocalipse 3:21, a promessa é de reinar com Cristo. A promessa de recompensa motiva-nos a perseverar na fé, mesmo nas dificuldades.

Em um mundo cada vez mais secularizado, cada membro da igreja deve manter-se puro e fiel aos princípios divinos. Malaquias revela que nossa fidelidade se demonstra na devolução dos dízimos e ofertas. Contudo, não é Malaquias 3:8-10 os versículos principais do livro, mas Malaquias 3:7, onde consta o apelo amoroso de Deus: “Voltem para mim e Eu voltarei para vocês”; o qual assemelha-se ao apelo de Cristo em Apocalipse 3:20 – “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo”.

O moderno cristão morno pode até manter formalidades e rituais religiosos, mas perde o entusiasmo e torna-se indiferente em relação à comunhão exclusiva e profunda com Deus.

Não deixemos para depois... precisamos reavivar nossa intimidade com Deus! – Heber Toth Armí.

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domingo, 28 de julho de 2024

Colaboradores

 Devocional Diário 

Vislumbres da eternidade 

28 de julho

https://mais.cpb.com.br/meditacao/colaboradores/

Colaboradores

E nós, na qualidade de cooperadores com Ele, também exortamos a que vocês não recebam em vão a graça de Deus. 2 Coríntios 6:1

Durante séculos, certas funções na igreja foram institucionalizadas, gerando estereótipos ou valores de classe. Ninguém duvida de que há necessidade de pastores, anciãos, diáconos, diretores de jovens ou de ministério pessoal, mas o que acontece com o restante da congregação? Teriam esses irmãos e irmãs assumido uma atitude de passividade? Não é esse o conceito que o Novo Testamento apresenta do membro da igreja. E é por isso que não cessa de enfatizar sobre os dons e talentos com os quais o corpo de Cristo é constituído. Todos temos algo para dar. 

Uma função que parece franquear a todos nós a oportunidade de ser ativos é a de colaborador. Em muitos textos do Novo Testamento, sobretudo os de Paulo, essa função aparece, e sempre com notável relevância. Em algumas ocasiões os colaboradores são chamados de “conservos” (syndoulós) e, em outras, de “cooperadores” (synergós), denotando apoio e trabalho conjunto. Filemom, Tito ou Epafrodito tiveram essas responsabilidades, apresentaram a mensagem e ajudaram as pessoas. Priscila e Áquila eram tão comprometidos em colaborar que chegaram a arriscar sua vida por Paulo (Rm 16:3, 4). O próprio apóstolo chegou a afirmar que o nome de cada um de seus apoiadores estava escrito no Livro da Vida (Fp 4:3). Alguns eram famosos, como Apolo; outros eram humildes, como Clemente. E havia os que tinham que ajustar suas relações, como Evódia e Síntique, bem como os que apostavam nos perdidos, como Barnabé. Todos, no entanto, tinham um objetivo em comum. 

Para Paulo era muito importante fortalecer e animar a fé dos irmãos (ver 1Ts 3:2). Ele não incentiva seus leitores a julgar, rotular ou punir. Talvez porque esses últimos verbos sejam função unicamente Daquele que pode ler as intenções do coração e compreender cada contexto. Além disso, parece-me que já há trabalho de sobra quando nos dedicamos a fortalecer e animar os nossos irmãos na fé, não acha? 

A igreja é um projeto de companheirismo e colaboração. Devemos apoiar e fortalecer uns aos outros. Essa é a atmosfera do Céu e da nova Terra. Todos somos igreja, todos somos necessários. Portanto, mexa-se e colabore!


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Malaquias 2 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica – Malaquias 2
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


MALAQUIAS 2 – As profecias de Malaquias tinham como alvo preparar o povo de Deus para a vinda do Messias; a mensagem a Laodiceia visa preparar o povo para o segundo advento de Cristo.

Laodiceia significa povo que julga, em Malaquias o povo está julgando a Deus, e enquanto Deus é julgado, Ele julga Seu povo.

Os líderes espirituais não estavam sendo responsáveis em sua missão, mas achavam que estava tudo bem (Malaquias 2:1-9).

O povo e, inclusive os sacerdotes, se divorciavam por questões banais para casarem-se com mulheres estrangeiras, pagãs e idólatras; pelo fato de manterem os rituais do culto, achavam que estava tudo bem (Malaquias 2:10-16).

• A fidelidade/infidelidade nos relacionamentos é um reflexo de nosso relacionamento com Deus.

Os formalistas religiosos criavam seus conceitos e preconceitos sobre Deus, e achavam que estava tudo bem (Malaquias 2:17).

• O formalismo religioso nos leva a uma espiritualidade superficial.
• Deus deseja um relacionamento profundo e autêntico conosco.

Zdravko Stefanovic nos chama a atenção ao escrever: “Considere as perguntas do povo no livro de Malaquias e pense sobre a razão pela qual as pessoas fizeram essas perguntas. Em seguida, explique as respostas que Deus deu a cada questão, ou a algumas delas. Aqui estão as oito perguntas do povo, introduzidas pelas palavras de Deus ‘vocês perguntam’”:

1. “De que maneira nos amaste?” (Malaquias 1:2).
2. “De que maneira temos desprezado o Teu nome?” (Malaquias 1:6).
3. “De que maneira Te desonramos?” (Malaquias 1:7).
4. “Por que Tu não olhas para as nossas ofertas e nem as aceitas com prazer das nossas mãos?” (Malaquias 2:13-14).
5. “Como O temos cansado?” e... “Onde está o Deus da justiça?” (Malaquias 2:17).
6. “Em que havemos de tornar” a Ti? (Malaquias 3:7).
7. “Em que Te roubamos?” (Malaquias 3:8).
8. “O que temos falado contra Ti?” (Malaquias 3:13).

Os contemporâneos de Malaquias não se enxergavam como Deus os viam; o mesmo acontece com os laodiceanos que achavam estarem bem e de nada terem falta, até Cristo dar Seu diagnóstico: “Não reconhece, porém, que é miserável, digno de compaixão, pobre, cego, e que está nu” (Apocalipse 3:17).

Profeticamente, o período de Laodiceia iniciou em 1844, quando Jesus adentrou o Lugar Santíssimo do Santuário Celestial assumindo a função de Juiz (Daniel 8:13-14).

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sábado, 27 de julho de 2024

Os de “baixo” e os de “cima”

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
26 de julho
https://mais.cpb.com.br/meditacao/os-de-baixo-e-os-de-cima/

Os de “baixo” e os de “cima”

Somente recomendaram que nos lembrássemos dos pobres, o que também me esforcei por fazer. Gálatas 2:10


Conheci certa igreja na periferia da cidade argentina de Santa Fé, uma área muito pobre, de muita delinquência e marginalidade. A igreja havia sido assaltada sete vezes e até houve uma ameaça de incêndio. Convidaram-me para pregar e, de coração aberto, fui. O edifício não se destacava em relação às casas ao redor: muros sem reboco, grades nas janelas e umidade nas paredes. Tive uma imagem bem diferente quando comecei a falar com os irmãos da igreja. Eram indivíduos com garra, resilientes e alegres, gente de bem que tinha ido até onde as pessoas precisavam deles. Admirável!

É comum as igrejas fazerem ações solidárias em bairros carentes. Contudo, somente isso não é o bastante. As pessoas necessitadas costumam continuar necessitadas no dia seguinte ao dos nossos donativos. Devemos pensar mais continuamente nos pobres, nos marginalizados, nos perdidos, pois essa é a função essencial do cristianismo. A igreja deve sair da calçada da comodidade e se instalar onde sua influência benfeitora é necessária.

No entanto, não são apenas os mais desfavorecidos e os mais simples que precisam do evangelho. Certa vez, participei de um congresso com muitos intelectuais, repleto de temas profundos e gente de alto nível social. A certa altura, meu companheiro de atividades, um erudito de uma denominação bem diferente da minha, abriu seu coração. Eu o ouvi falar de sua solidão, de suas dúvidas, de suas pressões sociais. Depois, foi minha vez de falar. Também abri o coração e falei das minhas lutas espirituais, de como voltei para Deus e como procurava conciliar a fé com a razão. Éramos acadêmicos com necessidades universais, porque as pessoas cultas também têm carências.

O evangelho precisa ser levado igualmente aos que estão “em cima”. Entre essas pessoas, também há muita gente em dor e solidão, em conflitos existenciais terríveis. A igreja deve sair da calçada da camuflagem e expor, também a essa classe, a transcendência de sua mensagem.

O evangelho é para todos, independentemente de classe social ou nível de escolaridade. Portanto, peçamos a Deus sabedoria para alcançar, da melhor forma possível, aqueles que necessitam do evangelho – onde quer que estejam.
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Malaquias 1 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Malaquias 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


MALAQUIAS 1 – O último livro do Antigo Testamento conecta-se tematicamente com a mensagem de Cristo à última das sete igrejas do Apocalipse. O povo de Israel na época do profeta Malaquias viveu uma religiosidade tão morna quanto os crentes da cidade de Laodiceia (Apocalipse 3:14-22).

Malaquias foi escrito no século V a.C., após o retorno dos judeus do exílio babilônico; a carta à igreja de Laodiceia representa o último período da história da igreja no mundo, após a prisão do Papa Pio VI em 1798, por Bethier – evento que trouxe liberdade novamente à Igreja Cristã.

O propósito do livro de Malaquias era confrontar os judeus e seus líderes religiosos por sua infidelidade e desleixo no culto a Deus; o propósito do profeta João escrever a mensagem a Laodiceia visa admoestar o líder e o povo devido à mornidão espiritual, autossuficiência e falta de fervor.

“A mensagem de Malaquias é especialmente apropriada para o Israel de hoje, e é comparável à mensagem de Laodiceia (Ap 3:14-22). Como os laodiceanos, os judeus dos dias de Malaquias estavam completamente insensíveis à sua verdadeira condição espiritual e pensavam que ‘não precisavam de nada’ (cf. Ap 3:17). Eles eram ‘pobres’ no tesouro celestial, ‘cegos’ a seus erros e ‘nus’ ou despidos do perfeito caráter de Jesus Cristo (v. 17). Como o homem sem vestimenta nupcial, na parábola (Mt 22:11-13), eles estavam diante do Rei do Universo, despidos de vestimenta de Sua justiça e plenamente satisfeitos com seus trapos morais”, destaca o Comentário Bíblico Adventista.

Malaquias 1 convoca a líderes e liderados a honrar a Deus e a retornar à verdadeira adoração; Apocalipse 3:14-22 o convite é para o líder e membros adquirirem de Cristo a verdadeira riqueza espiritual e restabelecerem a comunhão com Ele.

• Em ambos os contextos, há uma declaração contundente do amor de Deus visando convencer os ouvintes que duvidavam dele (Malaquias 1:1-5; Apocalipse 3:19).

• Ambos os textos revelam que a verdadeira condição espiritual contrasta com a percepção própria, requerendo um exame sincero à luz da Palavra de Deus (Malaquias 1:6-9; Apocalipse 3:15-17).

• Tanto Malaquias quanto João condenam veementemente a hipocrisia, atitude que devemos repugnar em nossa vida hoje também caso queiramos ser verdadeiros adoradores (Malaquias 1:10-14; Apocalipse 3:15-16).

Portanto, reavivemo-nos com Malaquias; fujamos da mornidão espiritual! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 26 de julho de 2024

Ganhadores de vidas

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
26 de julho
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Ganhadores de vidas

O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio. Provérbios 11:30


O livro de Provérbios é excepcional. Em pequenas cápsulas de sabedoria, ele sintetiza os detalhes mais relevantes do sentido da existência. Cada verso costuma ser composto de duas partes que coincidem em seu significado ou, ao contrário, são contrastantes. Provérbios 11:30 é um exemplo do primeiro caso: a primeira parte está em paralelo com a segunda.

Como entender que o “fruto do justo” é “árvore de vida”? Não seria mais lógico dizer “O justo é como uma árvore e produz frutos de vida?” Mas não é assim. Ao ler a segunda parte, notamos que o sábio se dedica aos outros, não a ele mesmo. Portanto, o fruto do justo é enterrado, germinando por amor aos outros. É dessa ação que surge o broto que se converterá em árvore – uma árvore que dará muitos frutos. Aquele que se entrega pelos outros contribui com uma cadeia de oportunidades para a vida, e isso é sábio.

O Jesus dos relatos da Paixão me fascina. Ele Se apequena para que voltemos a ter a grandeza de ser filhos de Deus. Sua humilhação, a princípio, pareceu não produzir frutos; no entanto, resulta hoje em um maravilhoso desabrochar de vida que nos alcança e nos salva. Aquele que, à semelhança de Cristo, se doa pelos outros enterra a si mesmo e promove quem é verdadeiramente importante: Deus.

Em quatro ocasiões, o livro de Provérbios (Pv 10:11; 13:14; 14:27; 16:22) indica que as palavras do justo são um manancial de vida. É verdade que as palavras fluem de muitas maneiras. Algumas delas jorram irrefletidamente, fluindo sem controle. Outras, porém, como as águas de um manancial, são refrescantes, transparentes e vitalizantes.

Como são as suas palavras? Você fala demais e sem pensar? Fala descontroladamente e sem respeitar os sentimentos do próximo? Concentra-se demais em si mesmo e pouco no bem que poderia fazer aos outros? Ou suas palavras são refrescantes, límpidas e geradoras de vida?

Se você beber diariamente da Fonte da vida, Deus fará de sua boca um instrumento de poder e salvação. Como o verdadeiro justo e sábio do livro de Provérbios, você se tornará um ganhador de vidas, e toda honra e glória será dada ao Senhor. Dedique a Ele hoje suas palavras e ações.

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Zacarias 14 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Zacarias 14
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ZACARIAS 14 – O povo de Deus sempre foi alvo de perseguição, ataques e guerras. Antes de segunda vinda de Cristo, as forças do mal se erguerão contra os remanescentes fiéis. Haverá um tempo de angústia permeada de perseguição e tribulação jamais vista (Daniel 12:1), mas Deus Se levantará para defender ao Seu povo fiel (Zacarias 14:1-3; Apocalipse 7:1-17; 19:1-21). No final do milênio, quando Deus ressuscitar aos perversos, Satanás continuará suas investidas interrompidas na segunda vinda de Cristo.

Será após o milênio em que os salvos estiverem protegidos no Céu, que a Cidade Santa descerá à Terra (Apocalipse 20:1-21:8). Zacarias 14:4-5 descreve “as violentas transformações físicas na superfície terrestre que acompanham a intervenção divina para destruir as nações inimigas. A ilustração sugere como esses eventos teriam ocorrido caso Jerusalém tivesse permanecido fiel para sempre. Determinadas características serão cumpridas quando a novo Jerusalém descer no final do milênio” (CBASD).

Zacarias 14:6-9 descreve uma transformação cósmica e a restauração de Jerusalém. As águas vivas que fluem da Cidade Santa simbolizam a vida e a purificação que emanam de Deus (Ezequiel 47:1-12) quando for estabelecido Seu reino na Terra, de onde Ele reinará Supremo no Universo (Apocalipse 21:9-22:6). Então, o povo de Deus viverá em segurança e santidade, em condição em que os redimidos não mais enfrentarão as consequências do pecado nem as influências do diabo (Zacarias 14:10-21).

“A profecia sobre a maneira com que os pés do Messias estariam ‘sobre o Monte das Oliveiras’ (Zc 14:4-5) vai além do alcance da primeira vinda de Jesus Cristo. Ainda que Jesus Cristo tivesse andado sobre o Monte das Oliveiras durante Sua primeira vinda, essa predição proclama que o Monte das Oliveiras será dividido em dois. O cumprimento dessa profecia ultrapassa até mesmo a segunda vinda de Jesus porque, no momento da segunda vinda Ele não tocará o chão, mas permanecerá a certa altura (1Ts 4:16-17). Todo o cenário se encaixa melhor com Sua terceira vinda depois do milênio, quando a Nova Jerusalém descerá ‘e todos os santos, com Ele’ (Zc 14:5). Zacarias 14:6-9 descreve as condições da Nova Terra (Ap 21; 22)” (Zdravko Stefanovic).

A divisão do monte das Oliveiras e a criação de um grande vale simbolizam a total destruição das forças e formas de mal.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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quinta-feira, 25 de julho de 2024

Olhando profundamente

 Devocional Diário 

Vislumbres da eternidade 

25 de julho

https://mais.cpb.com.br/meditacao/olhando-profundamente/

Olhando profundamente

A mesma lei será aplicada ao natural da terra e ao estrangeiro que estiver entre vocês. Êxodo 12:49

Essa passagem bíblica pode ser lida a partir de diferentes perspectivas, e em todas elas é excepcional. Se a analisarmos do ponto de vista jurídico, podemos afirmar que a sociedade proposta aos hebreus era extremamente avançada para a época. A orientação era que todos fossem iguais perante a lei. Se analisarmos o fato sociologicamente, podemos perceber que existia a identidade dos que eram naturais e a dos estrangeiros e que não havia imposição cultural, mas sim espaços comuns. Essa segunda ideia me fascina porque, como cristãos, temos o mandado de incluir sem despersonalizar. Se analisarmos o fato religiosamente, entenderemos que há uma lei, um eixo comum que nos identifica como crentes e que, além disso, existem matizes secundários que nos permitem configurar nossas respectivas culturas. A busca desse eixo comum é essencial no tempo em que vivemos.

Comparo essa situação a um iceberg. O que se vê é uma pequena parte da totalidade do bloco de gelo. Algo semelhante ocorre em nossa vida religiosa. As coisas muito visíveis são, como o nome já indica, superficiais. O mais importante está além do que se vê. Por exemplo, vestir-se de maneira bonita e modesta vai além dos ditames da moda. Uma alimentação saudável vai além dos requintes da gastronomia. O tipo de música que nos faz pessoas melhores e nos aproxima de Deus vai além dos estilos musicais. O mesmo ocorre com relação à nossa missão na sociedade. O método utilizado para evangelizar não é tão importante quanto levar as pessoas a ter, de fato, um encontro com Jesus.

Lembro-me de Manuel, uma pessoa muito peculiar. Se eu tivesse que analisá-lo a partir de uma perspectiva superficial, diria que ele era um tanto esquisito por sua maneira de se comportar. Mas Manuel levava Cristo em seu coração e, embora seus métodos fossem exóticos para mim, ele era um excelente missionário. Deus vê muito além das aparências; Ele vê o coração (1Sm 16:7).

Aprenda a olhar além da superfície e procure ver as pessoas com os olhos de Deus. Esse olhar fará você compreender o que é realmente importante e permitirá que você seja um instrumento de mudança e salvação nas mãos do Senhor. 

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Zacarias 13 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Zacarias 13
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ZACARIAS 13 – Para purificar a restaurar os imundos pecadores deste mundo, o Filho de Deus precisou deixar o Céu, habitar entre nós, morrer (sacrificar-se) por nós, ressuscitar e ascender ao Céu, para, no Santuário Celestial, interceder por nós, a fim de conceder não apenas o perdão, mas também os recursos para nossa santificação. Os que aceitam Seu plano e permitem ser alvo de Suas ações, tornam-se parte de um povo puro e santo, preparado para Sua segunda vinda em glória e majestade.

Antes da segunda vinda de Cristo o povo será purificado, mas depois do milênio, a Terra toda será purificada das imundícias do pecado e das corrompidas formas de religiões. O processo da purificação total e da completa influência do pecado, ídolos e falsos profetas/mestres se intensifica com a segunda vinda de Cristo até a erradicação final do mal no final do milênio e o estabelecimento do Seu Reino de justiça e amor (Zacarias 13:1-6).

“Durante séculos, judeus e cristãos leitores da Bíblia encontraram no livro de Zacarias numerosas referências ao Messias e aos tempos messiânicos. Os cristãos têm compreendido que essas passagens se aplicam à vida e ministério de Cristo: o Rei triunfante e, no entanto, pacífico (Zc 9:9), Aquele que foi transpassado (Zc 12:10), o Pastor que foi ferido (Zc 13:7). Em Zacarias 13:7-9, foi revelada ao profeta uma cena em que a espada do juízo do Senhor vai contra o Bom Pastor. Em ocasião anterior, o profeta viu a espada sendo levantada contra o ‘pastor inútil’ (Zc 11:17). Mas nesta passagem (Zc 13:7-9), o Bom Pastor é ferido e o rebanho se dispersa. Sua morte resulta em grande aflição e prova para o povo de Deus, durante as quais alguns perecem. No entanto, todos os fiéis são purificados”, explica Zdravko Stefanovic.

A purificação pelo fogo refere-se às provações e testes que o remanescente fiel enfrentará. Considerando Zacarias 13:9, o Comentário Bíblico Adventista afirma: “Com o remanescente purificado, Deus estabelecerá Sua aliança (ver Ez 37:23; Os 2:23)”.

A erradicação do pecado e a purificação do povo de Deus são temas centrais que ecoam na mensagem bíblica sobre a preparação para o segundo advento de Cristo. Para tanto, reavivamento e reformas espirituais são essenciais!

Aceite fazer uma aliança séria com Deus! Comprometa-se! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 24 de julho de 2024

Dor de coração

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
24 de julho
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Dor de coração

O cetro não se arredará de Judá, nem o Legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a Ele se congregarão os povos. Gênesis 49:10, ARC


Era um sábado de noite e tínhamos saído para dar um passeio com a família. O trajeto escolhido era o antigo leito do rio Túria, em Valência. Desde que o rio foi desviado da cidade, aquela área foi convertida em um imenso parque, onde se realiza todo tipo de atividades sociais. Passear entre variados tipos de vegetação com conversas ao estilo mediterrâneo – apaixonadas e platônicas – é um prazer muito especial. A certa altura, nos deparamos com uma multidão de várias tribos urbanas. Primeiro, os hipsters com seu ar vintage. Gente tranquila, com suas longas barbas e cuidadosos cortes de cabelo. Depois, os freaks com suas camisetas de ficção científica e aquela sensação de estarem desconectados da realidade ou conectados com outra. Por último, os indignados, com sua aparência desalinhada, muito próxima à dos bárbaros nórdicos.

A música superava os decibéis de nosso agrado e saímos dali. Olhando aquela gente lá do alto da ponte centenária, senti-me triste. Ali estavam eles, sentados no gramado e conversando sobre suas coisas, enquanto eu sentia uma imensa dor no coração. Como poderíamos chegar a todas aquelas pessoas e falar-lhes de quão espetacular é a vida com Jesus? Senti-me impotente. Como aquelas pessoas poderiam se render a Cristo se nem O conheciam?

Ainda me pergunto: Como? Somos poucos e nem sempre estamos de acordo. Temos poucos recursos e, muitas vezes, somos desanimados. Estamos hipnotizados como Laodiceia, ofuscados pela luz do virtual. Como? O que fazer para que todos possam ouvir de Jesus? Será que eles não têm o direito de desfrutar da nossa esperança ou dos infindáveis benefícios de nossa fé e da graça de Deus?

Sei que não conseguiremos cumprir a missão por nossos próprios esforços. É Deus quem nos capacita. Porém, precisamos nos colocar à Sua disposição. Devemos crer que, um dia, “a Ele se congregarão os povos”. Mas temos nossa parte a fazer. Nossa fé precisa se traduzir em ações em favor do próximo, visando à sua salvação.

O que você tem feito para alcançar outros para Jesus? Ore ao Senhor para que Ele lhe mostre hoje a melhor maneira de testemunhar.

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Zacarias 12 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Zacarias 12
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ZACARIAS 12 – Embora tenha sido escrito para um contexto desafiador dos judeus que retornaram do exílio para fortalecer a crença e a fé na vinda do Messias, o texto sagrado do profeta Zacarias transcende seu tempo; ou seja, é importante suas profecias para entender tanto o passado quanto os eventos futuros.

“Zacarias é um dos livros do Antigo Testamento mais citados no Novo Testamento (mais de 70 citações ou alusões). A maioria delas aparece nos evangelhos e no livro do Apocalipse. O livro de Zacarias fica atrás apenas de Ezequiel, seguido por Daniel, em sua influência sobre o Apocalipse”, analisa Zdravko Stefanovic, o qual também destaca as sete profecias messiânica proferidas por Zacarias:

1. Zacarias 3:8-9.
2. Zacarias 6:12-13.
3. Zacarias 9:9-10.
4. Zacarias 10:4.
5. Zacarias 11:4-14.
6. Zacarias 12:10-14.
7. Zacarias 13:6-9.

A sexta profecia messiânica consta no capítulo em análise. “Zacarias apresentou uma profecia sobre a reação da casa de Davi e dos habitantes de Jerusalém quando Jesus fosse crucificado: ‘Olharão para mim, Aquele a quem transpassaram, e chorarão por Ele como quem chora a perda de um único filho’ (v. 10). O quadro é sombrio: As pessoas olham para o Messias e choram amargamente por Ele, porque O transpassaram. Essa imagem da morte do Messias é usada em João 19:37 (compare com Sl 22:16; Is 53:5). Nossa necessidade de olhar para Jesus com fé é ressaltada em João 3:14-15 (compare com Nm 21:9; Is 45:22; Hb 12:2)” (Stefanovic).

• Zacarias 12 inicia com a ideia de que Jerusalém seria um centro de conflito, mas também seria protegia e sustentada por Deus. No ano 70 d.C., Tito Vespasiano a cercou e a destruiu, diferentemente do que Deus havia predito.

• Zacarias 12 encerra com um lamento oriundo do arrependimento, quando o povo reconheceria seus pecados e o Messias a Quem transpassaram. Na verdade, é Jesus quem chora e lamenta sobre Jerusalém porque seus habitantes O ignoraram, desprezaram ao Único que poderia salvá-los (Lucas 19:41-44).

Assim, Zacarias 12 é um chamado aos fiéis do tempo do fim para uma autoavaliação contínua e um arrependimento genuíno para não cair no mesmo erro de Israel.

Para fortalecer nossa fé nos dias finais da história humana precisamos focar nas profecias e suas conexões com o Apocalipse. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 23 de julho de 2024

De dentro para fora

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
23 de julho
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De dentro para fora

Porque a boca fala do que está cheio o coração. Mateus 12:34

Lembrei-me de um aluno que tive anos atrás. Ele tinha sofrido um acidente de carro e sua frequência às aulas passou a ser muito irregular. Essa foi a razão pela qual ficou para o exame final. E quando corrigi sua prova, notei que era um desastre. A maioria das perguntas não tinha resposta, e as que ele respondera, mal se aproximavam da resposta certa. Chamei o jovem ao meu escritório e tivemos uma conversa. Ele quis justificar o resultado alegando o acidente e certos problemas de memória. Pensei: “Vamos ver se isso procede.” Eu sabia que ele era fascinado por informática e fiz uma pergunta sobre os últimos modelos de certos aparelhos. O olhar dele se iluminou, e ele começou a dar detalhes de cada peça, chip e acessórios. Durante mais de 15 minutos, recebi uma enorme quantidade de informações sobre o assunto. Depois disso, não tive dúvida: aquele rapaz não havia estudado para o exame!

Em Mateus 12:34, Jesus diz que “a boca fala do que está cheio o coração”. Em outras palavras, Cristo nos incentiva a nos enchermos Dele para que seja natural falarmos de Sua pessoa e tê-Lo em nossa memória, a fim de que nosso coração assimile bem o que significa ser cristão.

Há um provérbio chinês que diz: “Todos os dias arrumamos os cabelos. Por que não o coração?” Imagine que certa manhã você se levante, coloque-se na frente de um espelho e diga: “Estou despenteado.” Você sai para o trabalho ou para a faculdade e, enquanto caminha, observa que as pessoas estão olhando e constata: “Estou despenteado.” Você entra na sala de aula ou na empresa em que trabalha, e o olhar de todos se fixa em você mais do que o habitual. Você pensa: “Estou despenteado.” Bem, o que é que não está funcionando? Não acho que seja seu pente ou sua escova. É você! Não adianta só saber que está errado; é preciso mudar!

Assim como muitas pessoas passam por mudanças espetaculares em sua aparência em certos programas de TV, precisamos também de uma mudança completa em nossa vida espiritual. E essa mudança precisa começar de dentro para fora.

Permita hoje que Jesus preencha seu coração. Encha-se da Palavra Dele e peça-Lhe a plenitude do Espírito Santo. Dessa forma, você transbordará as maravilhas de Deus para outros ao seu redor.

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Zacarias 11 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Zacarias 11
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ZACARIAS 11 – A mensagem de Zacarias continua a ressoar através dos séculos, chegando até nós, oferecendo esperança e direção para todos os que buscam entender os propósitos eternos de Deus.

Considere estes pontos:

1. Cedro, abeto e carvalho simbolizam líderes proeminentes ou nações diante da destruição de Jerusalém. Mesmo as nações e líderes mais poderosos não são imunes ao julgamento divino; assim, Zacarias 11:1-2, nos lembra da fragilidade das instituições humanas e da necessidade de depender de Deus.

2. Falsos pastores, líderes apóstatas, são responsabilizados pelo sofrimento do povo (Zacarias 11:3-6; ver Isaías 3:12; 9:16; Jeremias 2:8, 26-27; Ezequiel 22:23-31; 34:2-10). Tais pastores abandonaram seu rebanho (Zacarias 11:15-16; 10:2). Deus, então, ordena Seu profeta a cuidar do povo, pois sem guia, seriam destruídos.

Líderes ambiciosos traficavam as ovelhas, agradecendo ao Senhor pela fortuna adquirida (Zacarias 11:5). Eles seriam oprimidos por outras nações, e Deus os responsabilizaria pelo tratamento dado ao Seu povo (Isaías 10:5-7, 12).

3. A quebra das varas da Graça e da União pela rejeição do Messias refere-se à quebra da aliança com Deus e a fraternidade entre Judá e Israel (Zacarias 11:7, 14). Essas varas representavam os graciosos propósitos de Deus para o mundo.

4. Deus livrou Israel de líderes opressores; porém, quando recusaram Sua liderança, Ele prometeu não mais apascentá-los (II Reis 18:12; II Crônicas 36:14-16). Zacarias, representando o Pastor principal, pediu Seu salário ao povo, revelando ingratidão ao pagar apenas trinta moedas de prata (Zacarias 11:8-17) – o preço de um escravo (Êxodo 21:32). O povo rejeitou o Bom Pastor, e Zacarias assumiu o papel de pastor insensato.

Esta riquíssima narrativa nos brinda com importantíssimas lições de vida:

• A ambição desenfreada corrompe a liderança, seja secular ou espiritual, empresarial, política ou eclesiástica; para evitar isso, esteja ciente que a verdadeira liderança busca o bem do povo, não a riqueza pessoal.

• A ingratidão revela desprezo pelos dons divinos. Por isso, é imprescindível valorizar o que Deus tem feito por você, sem subestimar as Suas bênçãos.

• Rejeitar a liderança divina traz caos e sofrimento. Portanto, é essencial aceitar o Bom Pastor para guiar sua vida no caminho certo.

• Falsos líderes levam o povo à destruição. Então, é fundamental buscar orientação em líderes verdadeiros enviados por Deus que reflitam Seu caráter.

Enfim, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 22 de julho de 2024

Renome

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
22 de julho
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Renome

Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Mateus 28:19


Era verão, e eu tinha voltado para a casa dos meus pais. Bem cedo, fui ao banco. Logo à entrada, informei da parte de quem eu vinha, e em poucos instantes o gerente da agência me atendeu com uma gentileza que me pareceu estranha. “Quer dizer que você é filho de Justo, irmão gêmeo de Juan Ramón, que moram no Ejido de Belén?” “Sim, senhor”, respondi sentindo uma mescla de privilégio com responsabilidade. Lembro-me com satisfação do restante daquele encontro.

O Senhor não nos envia para realizar Sua missão sem dar também o Seu aval. Não temos que ensinar e batizar por nós mesmos, mas em nome Dele. Isso é um privilégio e uma responsabilidade.

Ir em nome do Pai significa que somos filhos de Deus. Nosso Pai é o Rei dos reis, o que nos torna príncipes e princesas. Ao sermos reconhecidos como filhos de Deus, temos um nome pelo qual zelar, pois nosso Pai não merece ser questionado por nossas ações. A maioria dos ateus que já li não vê bem a Deus por causa dos atos de Seus filhos. Portanto, devemos viver de maneira a despertar fé nas pessoas.

Ir em nome do Filho significa que somos irmãos em Cristo, nosso Irmão mais velho. Os irmãos mais velhos são modelos para os mais novos, e Cristo é o Modelo dos modelos. Em sua condição natural, os irmãos, se assim desejam, compartilham alegrias e tristezas, apoiando-se em todos os momentos. Jesus, por gostar de trabalhar em equipe, propôs que procuremos ser mais parecidos com Ele, a fim de que muita gente tenha a oportunidade de ver bons exemplos. Portanto, façamos as coisas de maneira a deixar claro às pessoas o que é correto.

Ir em nome do Espírito Santo significa que Ele mora em nosso coração. Não há nada melhor neste mundo do que ter a plenitude do Espírito, pois Nele sempre haverá consolo e paz. O Espírito nos faz pessoas melhores, nos dá sabedoria, nos ensina a amar e a crescer, conduzindo outras pessoas a Ele.

Ser filhos de Deus significa que somos pessoas de renome. Isso implica um enorme privilégio, mas também grandes responsabilidades. Reflita nisso!

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Zacarias 10 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica – Zacarias 10
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ZACARIAS 10 – O livro de Zacarias é composto de duas partes distintas em termos de estilo e conteúdo. A partir do capítulo 9, a narrativa muda drasticamente. A restauração do templo – tema central da primeira parte –, desaparece, assim como visões e anjos. Em vez disso, a segunda parte de Zacarias adota uma ênfase messiânica, delineando uma visão de esperança e do estabelecimento de um reino eterno.

Os primeiros oito capítulos são denominados por visões simbólicas e oráculos que visam a restauração do templo de Jerusalém, no contexto do retorno dos exilados da Babilônia. As visões apocalípticas e as mensagens angelicais servem para inspirar e motivar o povo de Deus a reconstruir o templo e reestabelecer a adoração correta.

No entanto, a partir do capítulo 9, há uma transição notável. O texto adota um tom mais direto e profético, com menos ênfase em visões e mais em declarações sobre o futuro de Israel e das nações circunvizinhas. Este novo estilo reflete uma mudança na situação histórica e nas necessidades espirituais do povo de Deus.

Assim, com a conclusão do templo, a atenção volta para o futuro messiânico e escatológico. Esta transição também pode ser vista como uma resposta às crescentes expectativas messiânicas e ao desejo de um reino duradouro que transcenda as limitações humanas e temporais. A segunda parte de Zacarias, portanto, serve para reformar a fé do povo de Deus em um futuro prometido, que será realizado através do Messias.

A mudança de estilo e ênfase não é apenas literária, mas profundamente teológica e espiritual, refletindo a evolução das necessidades e expectativas do povo de Deus. As profecias contidas nesses capítulos oferecem uma visão inspiradora do futuro, ancorada na promessa de Deus de enviar um Salvador e estabelecer um reino de justiça e paz.

Deus é o Pastor divino que responde orações, reprova a falsa religião, condena falsos pastores, cuida de Suas ovelhas, salva Seu povo e concede-lhe vitórias (Zacarias 10:1-5). Como Salvador, revela a causa, o método e o modelo da salvação (Zacarias 10:6-12).

O nome Zacarias significa “Jeová Se lembrou” – uma garantia para o povo de Deus de que, mesmo em tempos de aparentemente esquecimento ou abandono, Deus lembra-Se de Suas promessas e está trabalhando para cumprir Seus propósitos redentores!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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domingo, 21 de julho de 2024

Ser ou usar

 Devocional Diário


Vislumbres da eternidade
21 de julho
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Ser ou usar

Cuidemos também de nos animar uns aos outros no amor e na prática de boas obras. Hebreus 10:24


Um dos livros que mais me impactaram em minha adolescência foi Ter ou Ser, de Erich Fromm. Como muitos outros, eu vivia em busca de uma identidade própria, e essa busca me permitiu compreender que o mais importante não é ter coisas, mas ser alguém. A sociedade em que eu vivia dava muita importância ao ter (uma boa casa, um carro espetacular, um título acadêmico, um trabalho bem remunerado), e não era essa a cosmovisão proposta por Fromm – tampouco por Jesus. Pude, então, aprender que não sou aquilo que possuo. Graças a Deus, somos muito, muito mais do que aquilo que possuímos.

Nossa sociedade atual tem ido um pouco mais além, e o verbo da moda é “usar”. Certamente você já observou que, cada vez mais, as pessoas não compram livros; elas os “baixam”. Depois, os usam e, finalmente, os deletam. Elas veem filmes on-line em suas smart TVs e estabelecem relações temporárias de amizade ou de intimidade por mero interesse. E “usar” é, infelizmente, um verbo muito relacionado com “descartar”. Costumamos descartar coisas, mas descartar pessoas é muito mais grave. Pense nas famílias e na facilidade com que se desintegram. Os casamentos são mais frágeis do que nunca porque, supostamente, o “amor morreu”. Os que empregam essa frase talvez devessem refletir se não seria mais honesto dizer que “esta relação não serve para os meus propósitos”. O mesmo acontece com o vínculo entre pais e filhos, que dependem cada vez mais de interesses pessoais, e esses nunca coincidem. Tais vínculos costumam reagir mais às transações entre usuários exigentes do que a uma relação pessoal.

Hoje, assim como no passado, devemos nos lembrar de que a mensagem de Jesus tem a ver com o ser e que devemos possuir menos, usar menos, para amar mais e ajudar mais. Não é apenas uma questão de espiritualidade. Nossa própria sobrevivência depende disso.

Ter consideração para com os outros é um desafio que nos é apresentado por um mundo carente de verdadeiros seres humanos. Sua missão, entre outras coisas, pode ser a de dizer ao seu vizinho que você se importa com ele, que Jesus o ama e que ele não faz ideia sobre o quão importante ele é para Deus. Sejamos mais do que temos. Façamos a diferença!

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Zacarias 9 Comentário

   Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Zacarias 9
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ZACARIAS 9 – Este não é apenas um relato antigo; é uma carta de amor à humanidade, oferecendo esperança e direção em tempos de incerteza. Este capítulo é um verdadeiro tesouro àqueles que buscam entender mais profundamente a soberania de Deus, Sua justiça, e a promessa de um futuro glorioso.

Imagine-se vivendo num tempo de grande expectativa e esperança. O povo de Israel, após anos de exílio e sofrimento, começa a vislumbrar a possibilidade de restauração e renovação. O profeta Zacarias emerge com uma mensagem de esperança e libertação, dirigida a um povo ansioso por redenção. A narrativa do capítulo se desdobra como um drama divino, onde Deus não apenas promete a libertação de Seu povo, mas também revela o advento de um rei justo e humilde, trazendo paz não apenas para Israel, mas para todas as nações.

A profecia de Zacarias 9 é fascinante devido à sua rica simbologia e seu impacto tanto histórico quanto escatológico. As palavras do profeta conduzem-nos a uma jornada de eventos que culminam na vida do Messias, Aquele que viria montado num jumento, um símbolo de paz e humildade. Este retrato messiânico não é apenas um eco do passado, mas uma promessa vida para o futuro.

• Em Zacarias 9:1-8, Zacarias pronuncia julgamentos contra várias nações vizinhas de Israel, como Tiro, Sidom, e os filisteus. Esta seção destaca a justiça de Deus em lidar com os inimigos do Seu povo e estabelece o cenário para a chegada de um novo reino de paz e justiça.

• Zacarias 9:9 é talvez o texto mais famoso do capítulo em análise; pois profetiza a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Tal profecia realizou-se em Mateus 21:1-11. A imagem de Jesus como Rei humilde contrasta fortemente com os governantes terrenos e aponta para o caráter pacífico e servil de Cristo.

• Zacarias 9:10-12 trata da paz universal e da libertação dos exilados. O sacrifício de Cristo liberta os exilados do pecado e aponta para um reino de paz entre as nações. Esta visão de paz universal reflete a missão global do evangelho e a esperança adventista, quando Cristo estabelecerá Seu reino de paz duradoura.

• No grande conflito entre o bem e o mal, Jesus salva Seu povo, oferecendo proteção e prosperidade (Zacarias 9:13-17).

Portanto, podemos reavivarmo-nos! – Heber Toth Armí.

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sábado, 20 de julho de 2024

Jenga e Lego

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
20 de julho
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Jenga e Lego

Irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, peço-lhes que todos estejam de acordo naquilo que falam e que não haja divisões entre vocês; pelo contrário, que vocês sejam unidos no mesmo modo de pensar e num mesmo propósito. 1 Coríntios 1:10

A igreja de Corinto estava passando por um momento caótico. As opiniões tinham se elevado ao nível de princípios, sendo que os elementos mais básicos propostos pelo cristianismo – equilíbrio, irmandade, humildade, paz e missão – estavam sendo questionados. A igreja estava polarizada. Havia disputas por questões de gênero e status. Os irmãos mais antigos se consideravam melhores do que os mais recentes. Muitos estavam fascinados com o esnobismo e procuravam chamar a atenção. Havia uma forte tendência de caminhar no limite do permitido. Entre tanta divisão, a missão da igreja tinha sido desfigurada. Com grande sabedoria, porém, Paulo pediu que os coríntios colocassem suas próprias opiniões no devido lugar e, juntos, construíssem uma igreja unida no que é fundamental.

Refletindo no texto de hoje e observando a realidade de muitas comunidades religiosas, creio que haja duas maneiras de enfrentar situações como essas. Uma delas é como quem joga Jenga, e outra como quem brinca com Lego. Jenga, para quem não conhece, é um jogo que se realiza com blocos de madeira. Os blocos são colocados de maneira a formar uma torre, e os jogadores vão retirando diferentes blocos, colocando-os no topo da torre. Perde aquele que, ao tirar uma peça, deixa a torre cair. No caso do Lego, o propósito é construir o que quer que seja com blocos de plástico que se encaixam uns nos outros.

Alguns pensam que é preciso dar espaço para os problemas das comunidades. No entanto, aquilo que deve ficar num espaço privado não deve ser levado a público. Quando isso acontece, costuma-se comentar o fato sem dó nem piedade. Esse método acaba derrubando a igreja, assim como acontece com a torre do Jenga. Paulo, porém, nos ensina a construir com a lógica do Lego, pois é na unidade que os projetos são desenvolvidos e prosperam. É óbvio que unidade não significa uniformidade de opinião; mas há coincidência nos princípios.

Lembre-se: na igreja, você deve estar para somar, nunca para dividir ou derrubar. É assim que se constrói uma comunidade que vai junta para o Céu.

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Zacarias 8 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Zacarias 8
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ZACARIAS 8 – Este capítulo é uma profecia de restauração e bênção para o povo de Deus. Ele é dividido em várias partes:

• O zelo de Deus por Sião e Sua indignação contra aqueles que a oprimem (Zacarias 8:1-2).
• Deus promete retornar a Jerusalém, fazer dela uma cidade fiel e reunir Seu povo; segurança e prosperidade serão restauradas (Zacarias 8:3-8).
• O povo é exortado a ser forte e cumprir os mandamentos de justiça, verdade e paz (Zacarias 8:9-17).
• Na restauração provida por Deus, os jejuns de tristeza se transformarão em ocasiões de alegria e festividade (Zacarias 8:18-19).
• O auge da atuação divina será quando as nações forem a Jerusalém buscar ao Senhor e reconhecer Sua presença entre o povo (Zacarias 8:20-23).

Salientamos sistematicamente os resultados da futura restauração prometida por Deus ao Seu povo:

• Sua presença em Jerusalém: Deus habitará nessa cidade novamente, tornando-a uma cidade santa (Zacarias 8:3).

• Prosperidade e segurança: As ruas de Jerusalém estarão cheias de idosos e crianças, simbolizando prosperidade e segurança (Zacarias 8:4-5).

• Reunião do povo disperso: Deus trará Seu povo de volta das terras do Oriente e do Ocidente (Zacarias 8:7-8).

• Transformação de jejuns em festas: Os jejuns originários da babilônia pela destruição do templo se transformarão em tempos de alegria e celebração (Zacarias 8:19).

• Paz e verdade: O povo será incentivado a viver em paz e justiça, e a verdade será exaltada (Zacarias 8:16-17).

• Atração das nações: As nações e povos poderosos virão a Jerusalém para buscar a Deus (Zacarias 8:22-23).

O capítulo revela razões para o desânimo religioso e também fornece antídotos para combatê-lo:

• A destruição da obra de Deus, dos monumentos sagrados e das nossas moradias causam desânimo e desconfiança de restauração; resistência e hostilidade de inimigos vizinhos minam a confiança do povo de Deus frente a investidas em prol da restauração; e, a lentidão da reconstrução física e espiritual ou as dificuldades geram frustrações.
• Porém, Deus está atento e apresenta o antídoto para o desânimo. 1) Confiança em Suas promessas de restauração e bênçãos (Zacarias 8:13-15); 2) Fidelidade aos princípios de justiça (Zacarias 8:16-17); 3) Permitir que Deus transforme tristezas em alegrias com Sua presença e promessas (Zacarias 8:19); e, manter a esperança de restauração mundial gloriosa (Zacarias 8:22-23).

Então, troquemos o desânimo pela reavivamento! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 19 de julho de 2024

Imitando a igreja primitiva

 Devocional Diário 

Vislumbres da eternidade 

19 de julho

https://mais.cpb.com.br/meditacao/imitando-a-igreja-primitiva/

Imitando a igreja primitiva

Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, o Senhor lhes acrescentava, dia a dia, os que iam sendo salvos. Atos 2:46, 47

Não existe nada perfeito neste mundo, mas se devemos deter nosso olhar em uma direção correta, que seja a da igreja primitiva. É possível que tenham exagerado quanto à sua excelência, mas não há dúvida de que aquele foi um tempo para recordar e imitar. Lucas descreve como os crentes procediam e, sutilmente, nos sugere como deveríamos proceder também.

“Diariamente”, iam adorar. Os cristãos visitavam constantemente o templo e eram unânimes nessa prática. Não iam porque fosse um requisito salvífico, mas porque aquele era o local em que se encontravam e compartilhavam suas ideias. Além disso, o templo era um lugar em que havia outras pessoas às quais podiam comunicar sua fé. Embora fossem bem diferentes uns dos outros, estavam alinhados com Cristo e com Sua forma de fazer as coisas.

“Partiam pão de casa em casa”. Eles não comiam de qualquer maneira, pois a expressão “partiam pão” nos lembra Jesus na Santa Ceia ou a refeição com os discípulos de Emaús. Nessas refeições, eles partilhavam esperança, e o faziam juntos, sem nada de grupinhos cochichando uns contra os outros. Faziam tudo com alegria e singeleza de coração; nada de egos fora de controle.

“Louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo.” A igreja tem, entre outros, dois objetivos básicos em sua missão na Terra. Um deles é louvar a Deus, mantendo o olhar humano no Único que tudo pode e nos transforma em pessoas melhores. O outro é ajudar o próximo sendo bondosos, de modo que ninguém tenha nada contra nós.

“O Senhor lhes acrescentava, dia a dia, os que iam sendo salvos.” Eles estavam tão próximo de Jesus que os seus ramos davam frutos. Isso porque o verdadeiro povo de Deus é, conscientemente ou não, atrativo para as pessoas, e todos queremos estar com um grupo assim.

Pergunto a mim mesmo e a você: Por que não nos revestimos de Cristo e vivemos tudo isso outra vez? Que tudo isso deixe de ser algo apenas para ser lembrado e se converta em algo que vivamos. Busquemos essa experiência! 

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Zacarias 7 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Zacarias 7

Comentário: Pr. Heber Toth Armí

ZACARIAS 7 – Quando se estuda correta e profundamente a Bíblia como revelação autorizada de Deus aos seres humanos percebe-se que a verdadeira religião está no coração submisso, não em rituais vazios. Além disso, a justiça e a misericórdia são marcas de um coração alinhado com Deus.

Na verdade, é claro na Bíblia que Deus rejeita o culto sem a prática da piedade e da compaixão. Zacarias 7 é um capítulo que veementemente alerta contra a prática de rituais religiosos sem uma verdadeira transformação de caráter e ações justas.

Segundo o profeta Zacarias, podemos concluir que jejuar religiosamente sem promover justiça e amor ao próximo não é meramente perca de tempo, é hipocrisia – ritual vazio que Deus abomina. 

• Deus sempre chama Seu povo a uma vida de integridade e compaixão. 

• A vida piedosa é marcada por honestidade e cuidado aos outros.

Zacarias alerta para o perigo de ignorar as necessidades e dores alheias, o que desagrada a Deus. Isso está bem claro desde o início, quando Caim questiona a Deus revelando sua indiferença: “Sou eu o responsável por meu irmão?” (Gênesis 4:9). A religião de Caim promove a injustiça, a indiferença, a crueldade, a imoralidade e a rebeldia (I João 3:12; Judas 11). Muitos são os que trilhavam essa religião após o cativeiro babilônico no contexto de Zacarias, e hoje não é diferente – infelizmente!

Zacarias mostra que a indiferença ao sofrimento dos outros é uma ofensa a Deus. Por isso, a narrativa sagrada encoraja os crentes a demonstrarem sua fé através de atos tangíveis de justiça e bondade para com os outros (Miqueias 6:8; Tiago 1:27).

A adoração genuína, segundo Zacarias 7, é demonstrada através de ações que refletem o caráter de Deus: justiça, misericórdia e compaixão. Deus não deseja meramente louvor e adoração externa, mas um coração inteiramente comprometido com Seus princípios e valores. Os sistemáticos dizimistas da época de Cristo receberam a seguinte advertência de Cristo: “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do entro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas” (Mateus 23:23). 

Sendo assim, há muitos religiosos hipócritas. Reavivemo-nos para não sermos também! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 18 de julho de 2024

Todos contam

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
18 de julho
https://mais.cpb.com.br/meditacao/todos-contam/

Todos contam

Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, ali estou no meio deles. Mateus 18:20


O prêmio Nobel de Literatura Shmuel Yosef Agnon escreveu Huésped Para Una Noche (Hóspede Por Uma Noite), um romance que descreve as comunidades judaicas decadentes do leste europeu. Em certo fragmento, o autor relata uma situação que parece surpreendente: a necessidade imperativa da presença de um homem judeu para que se possa orar ou ler a Torá. Inclusive, para certos ritos do judaísmo, é obrigatório que haja dez varões adultos presentes. Se esse quórum (que eles chamam de minyan) não é alcançado, atividades como orar, bendizer ou ler os livros de Moisés não podem ser realizadas. Na época de Jesus também era assim.

As atividades da sinagoga eram muito reguladas. Em primeiro lugar, lia-se um texto do Pentateuco, o qual era traduzido para a língua que todos falavam, o aramaico. Fazia-se um comentário do texto e passava-se a ler outro, dos livros proféticos, o qual também era comentado. As orações e as bênçãos seguiam um processo muito bem definido. Era imprescindível, porém, que fossem dez varões adultos. A palavra minyan significa “os que são contados”, e até que fossem contados dez, não existia a possibilidade de aquilo ser uma congregação.

Um dia, chegou um jovem Rabi que desmantelou todas aquelas normas de funcionamento. Ele disse: “Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, ali estou no meio deles.” Uma frase herética aos ouvidos dos doutores da lei, pois implicava, entre outras coisas, que a presença divina não requer mais do que simplicidade e interesse. Para Jesus, bastam dois para a igreja existir. Não é preciso mais do que uma dupla de pessoas e Jesus. Somente isso basta.

Devemos compreender que tudo é muito mais simples e que muitos dos nossos protocolos e normas devem ser apenas um pouco mais de cor na relação com Cristo em vez de um obstáculo para nos aproximarmos Dele. Ellen G. White escreveu: “Onde Cristo está, mesmo entre uns poucos humildes, eis a igreja de Cristo, pois somente a presença do Santo e Altíssimo que habita a eternidade é que pode constituir uma igreja” (Olhando Para o Alto, p. 350). A chave é Jesus em nossa vida.

Para Cristo, cada membro de Sua igreja é contabilizado. Portanto, sinta-se amado e valorizado por Deus.

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Zacarias 6 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Zacarias 6
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ZACARIAS 6 – As visões de Zacarias e as visões de João na Ilha de Patmos possuem diversas relações, tanto temáticas quanto simbólicas, refletindo a continuidade e o desenvolvimento da revelação divina ao longo das Escrituras; por exemplo:

• Zacarias foca na reconstrução do templo e na restauração de Jerusalém após o exílio babilônico. No Apocalipse, João descreve a redenção final sobre a escravidão do pecado e a vitória de Deus sobre o mal, culminando na Nova Jerusalém.

• Em Zacarias há uma luta entre as forças divinas e as malignas na figura de Satanás opondo-se ao sumo sacerdote Josué (Zacarias 3). No Apocalipse, a batalha entre o Cordeiro e o Dragão é central (Apocalipse 12).

• Zacarias tem visões de cavalos de diferentes cores (Zacarias 1:8; 6:1-8) que representam os espíritos do Céu patrulhando a Terra. No Apocalipse, os quatro cavaleiros (Apocalipse 6:1-8) simbolizam diferentes forças influenciadoras e julgamento da terra.

• Zacarias 4 descreve um candeeiro de ouro com duas oliveiras ao lado, simbolizando a presença do Espírito Santo e os líderes de Deus – Zorobabel e Josué. No Apocalipse, João vê dois candeeiros e duas oliveiras (Apocalipse 11:4), representando as duas testemunhas de Deus.

• Zacarias 2 fala sobre a medição de Jerusalém, simbolizando sua futura proteção e glória. No Apocalipse, João vê a Nova Jerusalém descendo do Céu, uma cidade perfeita e gloriosa preparada por Deus para Seu povo (Apocalipse 21).

• Zacarias fala de Josué, o sumo sacerdote, e Zorobabel, o governador, como líderes escolhidos de Deus. Em Apocalipse, Jesus Cristo é descrito como o Sumo Sacerdote e Rei dos reis, liderando Seu povo à vitória final (Apocalipse 19).

• Zacarias dá grande ênfase na reconstrução do templo em Jerusalém como símbolo da presença e da adoração a Deus (Zacarias 6:9-15). No Apocalipse, o Templo celestial é um tema recorrente; e, no final do livro, é dito que não haverá templo na Nova Jerusalém, porque Deus e o Cordeiro estarão literalmente presentes recebendo adoração (Apocalipse 21:1-22:5).

Em Zacarias 6:12 faz-se referência ao “Renovo”, simbolizando a continuidade e a renovação da promessa divina, que será realizada plenamente no estabelecimento do reino milenar de Cristo, quando após o Milênio estabelecerá Seu Reino eterno.

Temos uma maravilhosa esperança real para ver sua concretização, a qual é um motivo especial para reavivarmo-nos! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 17 de julho de 2024

Imagens da igreja

 Devocional Diário 

Vislumbres da eternidade 

17 de julho

https://mais.cpb.com.br/meditacao/imagens-da-igreja/

Imagens da igreja

Ele é como árvore plantada junto a uma corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo o que ele faz será bem-sucedido. Salmo 1:3

Às vezes fico pensando a que Jesus compararia Sua igreja hoje. Que ilustração Ele utilizaria para que percebêssemos qual é sua missão? Alguns poderiam pensar que o melhor exemplo seria um “benjamim” (também chamado de “tê” ou “plugue triplo”). Todos queremos estar conectados ao mesmo tempo à fonte de energia para carregar nossas baterias. Essa é uma imagem que corresponde ao conceito que muitos cristãos têm da igreja. Mas a igreja não é uma experiência temporária e “energética”, quase mística, que recebemos de forma passiva. Outros poderiam relacioná-la a um hospital. De fato, essa é uma comparação que tenho escutado muitas vezes. É verdade que, como pecadores, vamos a Jesus para ser curados, mas seria muito triste que alguém que está curado não deixasse o centro de saúde. Embora não se reconheça, a atitude de muitos nos faria pensar que a igreja é como um palco, porém ir à igreja é muito mais do que assistir a um concerto. Embora gostemos de nos vestir bem ou observar como os outros se vestem, a igreja não é um desfile de moda, assim como a plataforma não é uma passarela. Embora nos deleitemos com um sermão agradável, a igreja não é um show de variedades.

Acho que, nestes tempos de desmatamento, Jesus nos compararia a um bosque. Primeiro, porque costumamos perder a visão do todo e levamos em conta apenas os galhos e as folhas. Vivemos batalhas pessoais e superficiais, quando deveríamos partilhar vitórias coletivas. Segundo, porque em uma floresta a totalidade é tão importante quanto a individualidade. Na igreja, deixamos de ser nós mesmos, com nossos dons e talentos; e, pela influência do Espírito Santo, somos um povo com uma identidade e uma missão. Terceiro, porque uma floresta cresce graças à relação e à cooperação de todos os seus componentes. A igreja é um projeto em que as relações e a cooperação são imprescindíveis. Uma floresta é um ecossistema que traz salubridade ao entorno. A igreja existe para oferecer a salvação e o vigor de Cristo a todos aqueles que nos rodeiam.

Nunca se esqueça: necessitamos uns dos outros para formar o belo bosque junto às águas da vida. 

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Zacarias 5 Comentário

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Zacarias 5
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ZACARIAS 5 – O contexto histórico de Zacarias é crucial para compreender suas mensagens. O profeta é contemporâneo de Ageu, e ambos enfrentam o desafio de revitalizar a comunidade no processo da reconstrução do Templo e na restauração espiritual, após o retorno dos judeus do cativeiro babilônico. As visões de Zacarias servem tanto como advertências quanto como mensagens de esperança, incentivando o povo a afastar-se do pecado e a confiar na intervenção divina para sua restauração.

“Algo particularmente interessante nos escritos de Zacarias é o registro das oito visões, cheias de imagens dramáticas (Zc 1:7-21; 2:1-13; 3:1-10; 4:1-14; 5:1-11; 6:1-15). Essas imagens e outros aspectos da obra do profeta, tanto nas visões como nos oráculos que se seguem (Zc 9:1-11:17; 12:1-14:21), são elementos de um tipo especial de profecia, descrita tecnicamente como ‘apocalíptica’. Esses elementos incluem o uso abundante de animais simbólicos, intervenções dramáticas e impressionantes de Yahweh na história humana, cenas bizarras de vasos e rolos voadores etc. Essa linguagem apocalíptica já fora empregada antes por Ezequiel e até mesmo por Isaías, mas nenhum profeta supera Zacarias no uso desse método de revelação” (Luter Boyd).

As visões de Zacarias 5 são complexas e ricas em simbolismos, que refletem tanto o contexto histórico de seu tempo quanto temas teológicos profundos:

• A primeira visão do pergaminho voador (vs. 1-4) destaca a condenação do pecado, especificamente o perjúrio e o roubo, indicando um julgamento iminente e abrangente sobre os pecadores.

• A segunda visão da mulher dentro de um cesto (vs. 5-11) simboliza a iniquidade sendo retirada de Israel, enfatizando a purificação e restauração da comunidade.

Teologicamente, Zacarias 5 confronta-nos com a seriedade do pecado e a inevitabilidade do julgamento divino, mas também nos oferece uma visão da graça purificadora de Deus. O rolo/pergaminho voador é um lembrete de que a Lei de Deus ainda é a norma válida pela qual a humanidade é medida, e que a violação desta Lei tem sérias consequências. A mulher no cesto, por outro lado, ilustra a remoção do pecado do povo de Deus, apontando para a promessa divina de purificar o povo e restaurar a justiça.

Assim, Zacarias 5 nos desafia a refletir sobre a santidade e a justiça de Deus, bem como Seu compromisso contínuo em nos redimir! Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí

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Ainda é tempo

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