segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Aventura de Fé

MEDITAÇÃO DIÁRIA

31 de agosto
Aventura de Fé

Pela fé, Moisés, quando homem feito, recusou ser chamado filho da filha do Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado. Hebreus 11:24, 25

A presença de Moisés no Monte da Transfiguração é o ponto alto de uma decisão tomada por ele no Egito. Tendo sido criado e educado nessa corte, com o objetivo de futuramente assumir o trono, causou transtorno ao recusar “ser chamado filho da filha do Faraó” (Hb 11:24). Naquele tempo, além de Moisés, havia poucos homens que pudessem assumir o comando da nação. Com a morte do faraó de então, Tutmés II, seis anos depois da saída de Moisés, a própria filha do faraó teria assumido o trono como se fosse homem, inclusive trajando-se como rei e usando barba artificial. Imediatamente, ela promoveu Tutmés III como seu coadjuvante, forçando-o a assumir um papel secundário. Depois da morte dela, ele se tornou o faraó (Richard Litke, Ministério, mar/abr, 2014, p. 14).

Do ponto de vista humano, nenhuma decisão poderia ser mais ilusória do que a que foi tomada por Moisés. O povo israelita estava cruelmente escravizado pelos egípcios. Como poderia alguém da corte renunciar a todas as honras dessa posição e assumir livremente a causa daquela gente? Porém, Moisés viu, pela fé, maiores glórias e honras resultantes da confiança no cumprimento das promessas divinas. Pouco importava que isso envolvesse algum sofrimento. A ele não interessava o poder humano. Além disso, tornando-se faraó, também deveria ser sacerdote da religião egípcia, e havia um sacerdócio superior ao qual ele preferiu servir.

Todos nós podemos em algum momento nos encontrar em uma bifurcação na qual temos de escolher entre um caminho inicialmente cheio de vantagens e outro que exige sacrifício e renúncia. Esse pode nos levar a ganhos que somente podem ser imaginados pela fé. Então, precisamos exercitá-la e buscar sabedoria celestial a fim de seguirmos o caminho certo. Ao chegar a esse ponto de decisão, Moisés não hesitou e fez a escolha certa. Da experiência vivida por ele aprendemos que a fé nos mostra que tudo em nossa vida deve dar lugar à vontade de Deus. Ela faz com que desviemos o olhar que tendemos a colocar na glória e no prestígio terrestres, fixando-o na eternidade por vir.

O ganho do pecado é curto. Geralmente termina em arrependimento rápido e doloroso ou, pior, em rápida ruína. Decidir ficar com Deus é altamente compensador, e a presença de Moisés no Monte da Transfiguração o comprova. A menos que alguém queira ser lembrado apenas como se fosse uma múmia.

Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

Observação Criteriosa - Isaías 10

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Isaías 10
Comentário Pr Heber Toth Armí 

A observação criteriosa do Juiz do Universo não deixa escapar nada. Absolutamente, nada foge às Suas vistas, consequentemente, Seu julgamento é perfeito.

A Assíria, nação pagã, seria instrumento de Deus para punir Israel, o povo de Deus. A Assíria não atribuiria seu sucesso a Deus, mas creria ser vitoriosa sobre o povo de Deus graças às suas próprias habilidades e forças – triste ilusão!

O Comentário Bíblico Adventista sintetiza o capítulo em apreço com quatro pontos:

• Ais sobre os tiranos (vs. 1-4);
• Assíria, a vara dos hipócritas, por seu orgulho, será destruída (vs. 5-19);
• Um remanescente de Israel será salvo (vs. 20-23);
• Israel é consolado com a promessa de libertação do poder da Assíria (vs. 24-34).

“É evidente que o fato da Assíria servir de instrumento de Deus para punir Judá não a isenta da culpa pelas atrocidades no curso da guerra […]. Deus pode canalizar as ações más de homens ímpios para a realização de Seus desígnios, sem violar o livre arbítrio dos homens e sem isentá-los de responsabilidades por suas ações” – explica Siegfried J. Schwantes.

Reflita:

1. Através do profeta Deus revela que, quando executar Seu juízo, os governantes que roubam, oprimem e ditam leis injustas serão expostos à vergonha e à miséria (vs. 1-4);
2. O povo de Deus é castigado por seus pecados; para isso, Deus pode usar meios que, ao nosso ver, parece ilógico. Envolvendo pessoas como instrumento de punição, estas podem se perder, se exaltar e se vangloriar ultrapassando os limites propostos por Deus – também serão julgadas (vs. 5-19).
3. Um remanescente do povo de Deus ainda restará. Deus nunca permitiu que o mal tomasse conta totalmente do mundo. Embora sendo minoria, sempre houve quem se levantasse em favor do bem (vs. 20-23).
4. Deus liberta Seu povo, protege o remanescente, cuida daqueles que são Seus. Desta forma, estes não precisam temer, e, realmente não temem às forças do mal (vs. 24-34).

Orgulho, vaidade e vanglória atraem a ira divina até sobre nações desprovidas do privilégio da revelação da Palavra de Deus. Se Deus desgosta tais características inclusive em pagãos desavisados, quanto mais nos crentes avisados!

O Juiz do Universo observa tudo, age e interage com os habitantes do mundo, desejando a salvação de todos! Como responderemos? – Heber Toth Armí.

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domingo, 30 de agosto de 2020

CONFISSÃO

MEDITAÇÃO DIÁRIA

30 de agosto
CONFISSÃO

Temos pecado e cometido iniquidades, procedemos perversamente e fomos rebeldes, apartando-nos dos Teus mandamentos e dos Teus juízos. Daniel 9:5

Faz algum tempo, fui solicitado que visitasse um homem que lutava com severos traumas emocionais. Dispus-me a ouvi-lo, e ele relatou, com riqueza de detalhes, toda história de sua vida. Falou dos ideais que alimentou de servir integralmente à causa de Deus, mas lamentou que no trajeto para a concretização deles tivesse cometido muitos deslizes. Disse que, embora tivesse recebido “inúmeras chances” de restauração, desperdiçou todas elas. E sentenciou: “Além de mim mesmo, não posso culpar ninguém pela condição em que me encontro.” Elogiei-o pela sinceridade em não tentar maquiar o quadro que me foi descrito. Ressaltei que aquela atitude era o primeiro passo rumo à restauração, animei-o a se entregar à graça de Deus e descansar no Seu perdão. Com a ajuda divina, da família e de especialistas, ele foi restaurado e serve com alegria ao Senhor, voluntariamente.

Não é a expressão de autopiedade que nos coloca no caminho da vitória sobre nossos erros e suas consequências, mas o reconhecimento da própria indignidade e carência diante de Deus. Esse foi o espírito com que Daniel buscou o Senhor em oração. Homem íntegro, descrito como sendo “muito amado” pelo Céu (Dn 10:11, 19), nada em sua vida foi encontrado que o reprovasse na investigação feita pelos adversários. Em um ponto do exílio sob o qual a nação israelita estava, apenas um desejo o levou a buscar o Senhor: Quando se cumpririam as 70 semanas restantes para o fim do cativeiro?

Então, orou com profunda humildade e sinceridade, intercedendo por ele mesmo e pelo povo, sem maquiagens, pretextos ou retoques reconhecendo o pecado e a culpa. “Fomos rebeldes”, admitiu. Em profunda contrição, lamentando o ridículo a que tinham se exposto diante de outros povos, ele suplicou que Deus mudasse a situação (Dn 9:14-19). A súplica não ficou sem resposta, e o anjo Gabriel apareceu, encarregado de ajudá-lo a compreender a visão da purificação do santuário (Dn 8).

Os ouvidos do Pai sempre estão abertos ao clamor do “contrito e abatido de espírito” (Is 57:15). Ele almeja Se revelar a quem O buscar sinceramente, reconhecendo os próprios erros e indignidade. Com a mão da graça, liberta os cativos do pecado e os restaura para uma nova vida. Daniel tinha perfeito conhecimento do Deus a quem orou: “Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão” (Dn 9:9). Foi isso que o fez abrir o coração a Alguém que continua o mesmo, para você e para mim.
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

Jesus é a Esperança -Isaías 9

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Isaías 9
Comentário Pr Heber Toth Armí 

Embora os que não se rendem a Deus sofram terríveis consequências, como se vê no capítulo anterior, o capítulo em tese inicia com a seguinte frase:

“Mas não haverá escuridão alguma para os angustiados”. A luz da verdade não tem parte com a luz do espiritismo. Contudo, na história, ambas andam conectadas.

“Antes de toda grande crise da humanidade, sempre houve uma explosão de espiritismo. Foi esse o caso de Judá e Israel pouco antes do cativeiro. Também ocorreu um pouco antes da encarnação de Cristo e de Sua morte expiatória. E tem sido assim nos dias de hoje. Em sua Escritura da verdade, Deus proveu tudo o que é essencial para nos guiar e suprir nossas necessidades (cf. 2Tm 3:16-17)”, diz W. E. Vine.

Quando a chama da verdadeira religião está quase se apagando, o raio do evangelho irrompe no horizonte. O auge do desespero pode ser o início da esperança. O ápice da escuridão pode dar lugar para a luz do amanhecer.

• Deus é a luz dos que vivem nas trevas deste mundo. Ele é a vida aos que estão na região da morte. Deus é a esperança para o desesperado. Sua presença é a alegria dos infelizes – Deus restaura aos aflitos (vs. 1-3).

• Com Deus, toda aflição tem limite. Deus dá um basta aos opressores. Ele porá fogo nos instrumentos de humilhação; Ele é o autor de nossa libertação. Deus fará justiça contra aqueles que praticam a injustiça (vs. 4-5).

• Os ignorantes não percebem a mão de Deus na história; os incrédulos são indiferentes diante da Palavra de Deus. Eles desprezam a Deus no íntimo de seu ser ainda que no fundo sabem que Ele existe (vs. 8-12).

• Deus se ira, Seu furor contra a hipocrisia e a idolatria é nítido em suas ações. Contudo, as demonstrações de indignação divina não coage o duro de coração a render-se à salvação (vs. 13-17).

• Se até o povo de Deus é punido por causa de suas negligências, quanto mais os indiferentes que nunca querem saber de Deus? (vs. 18-21).

• Mesmo quando a situação seja preocupante, Jesus é a esperança para um reino em decadência. Jesus é a solução para todo coração aflito (vs. 6-7).

Sem Jesus, estaríamos todos irremediavelmente perdidos! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sábado, 29 de agosto de 2020

Provados, Mas…

MEDITAÇÃO DIÁRIA

29 de agosto
Provados, Mas…

Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos. 2 Coríntios 4:8, 9

Quem escolher enfrentar a vida sob o prisma do negativismo seguramente não vai tirar da mente a descrição da crua realidade contida em uma frase que ouvi, em uma palestra sobre saúde. De acordo com o orador, começamos a morrer no dia em que nascemos, considerando que cada dia vivido nos leva para a velhice e o fim.

Caso alguém mantenha o pensamento girando em torno disso e ainda ache que deve desperdiçar tempo se lembrando das lutas e provações que unem os limites do nascimento e morte, ficará em total desânimo. Por que alguém deveria viver sob essa atmosfera nublada? A vida tem seus caminhos tortuosos e difíceis, marcados por vales profundos e despenhadeiros perigosos. Há pontos escuros e vielas. Há períodos de inverno e outono; mas também há planícies, belas paisagens, períodos de primavera e verão. Cristo, no contexto do Sermão do Monte, ensinou: “Não vos inquieteis com o dia de amanhã […]. Basta ao dia o seu próprio mal” (Mt 6:34).

Em dois versos de 2 Coríntios 4, Paulo repetiu quatro vezes a conjunção “porém”, para contrapor as realidades da existência humana com a atitude correta a ser mantida diante delas. Para isso, citou seu exemplo. Em boa parte dessa carta, ele defende com entusiasmo incomum seu ministério e credibilidade apostólica que estavam sendo postos em dúvida por críticos mordazes. Como “vaso de barro”, portanto, não estava imune aos choques desferidos por adversidades de toda espécie, porém sempre soube em quem havia depositado sua fé. E prosseguia confiante! Cada um dos perigos enfrentados pelo apóstolo poderia deter o avanço da pregação do evangelho ou abatê-lo pessoalmente, tirando-o do cenário. Felizmente, todos eles foram suplantados por sua firme e determinada confiança em Deus.

Vivendo em um campo de guerra espiritual, vivenciando o evangelho em nosso cotidiano, continuamos a nos deparar com dificuldades. O inimigo age diretamente ou por meio de agentes com diferentes armas. Às vezes, isso nos deixa perplexos e abatidos. Longe, porém, o desespero e desânimo! O Deus a quem servimos neutralizará quaisquer ataques. Ele não nos abandonará muito menos nos deixará à mercê da destruição. “Em tudo somos atribulados […], porém não destruídos.” Então, por que desanimar?

Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

Instrumento do Senhor - Isaías 8

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Isaías 8
Comentário Pr Heber Toth Armí 

As profecias divinas são incríveis. A didática divina é perfeita. Contudo, os seres humanos falham diante das mensagens reveladoras e desafiadoras oriundas de um Deus amoroso.

O esboço realizado por Merril F. Unger do capítulo em pauta ajuda-nos a ter um vislumbre maior de sua mensagem:

• A prefiguração da queda de Damasco e Samaria (vs. 1-4);
• A escolha da descrença e suas consequências (vs. 5-8);
• O desafio da graça de Deus (vs. 9-15);
• O desafio de confiar somente na graça de Deus (vs. 16-20);
• A opção de não confiar em Deus traria a indescritível angústia e aflição da invasão e deportação assíria (vs. 21-22).

Neste capítulo podemos observar três situações que geram três verdades ensinadas por três nações:

1. Damasco, uma nação pagã, que tendo a permissão de Deus, puniu as duas partes do povo de Deus: Israel do Norte e Israel do Sul. Porém, seu poder seria retirado e um juízo levaria esta nação a perceber que a força e a habilidade humanas não valem de nada.
2. Efraim, representando dez das doze tribos de Israel, enveredou-se para a direção da idolatria, e despencou-se da posição de povo de Deus. Assim, cavou a própria sepultura, preparou o próprio caixão e, tomou o veneno mortal: Preferir o pecado antes que a graça que livra do pecado.
3. Judá, embora rebelde, capengava entre confiar em Deus e desconfiar dEle. Eram relapsos na espiritualidade, mornos e frouxos no compromisso com Deus. Destes, por um julgamento que traria purificação, resultaria na formação de um remanescente fiel.

Podemos estar em um dos três grupos, a única segurança é depender única e constantemente de Deus e de Sua Palavra. Deus anseia o melhor de cada um de nós. Contudo, rejeitar Sua Lei e Seus testemunhos significa rejeitá-lO também. Quem assim fizer…

• …Jamais verá a alva (salvação);
• …Passará pela terra oprimido e faminto;
• …Será insaciável;
• …Se enfurecerá;
• …Amaldiçoará inclusive a Deus;
• …Será tomado pela angústia;
• …Viverá em trevas de incerteza e imoralidade;
• …Sofrerá ansiedade terrível;
• …Será lançado às trevas mortais.

Este só não será o destino daqueles que vivem para Deus! Apesar de todo empenho, didática, pedagogia, sinais, profecias, mensagens, apelos de Deus para arrependimento, os pecadores preferem seguir seus próprios caminhos.

Ouça a Deus, renda-se a Ele! – Heber Toth Armí.
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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Deus Entre Nós

MEDITAÇÃO DIÁRIA

28 de agosto
Deus Entre Nós

Porquanto o Senhor, teu Deus, anda no meio do teu acampamento para te livrar e para entregar-te os teus inimigos; portanto, o teu acampamento será santo, para que Ele não veja em ti coisa indecente e Se aparte de ti. Deuteronômio 23:14

O ideal de Deus para Seu povo no Antigo Testamento foi esta

belecido de maneira clara, conforme Moisés: “O Senhor te porá por cabeça e não por cauda; e só estarás em cima e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do Senhor, teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir” (Dt 28:13). Assim, não faltaram instruções relacionadas tanto à vida espiritual quanto às práticas diárias mais elementares. De fato, o nível de espiritualidade se expressa no cotidiano.

Deus estava interessado e cuidava de tudo quanto se relacionava com Seu povo. Nada escapava à Sua graciosa atenção. Nada era tão insignificante que não merecesse Seu terno cuidado. Vestuário, alimento, construção de moradas, relacionamento interpessoal em todos os aspectos e negócios da vida, a porção de terra cabível a cada pessoa e família, a maneira como deveria ser cultivada, práticas de higiene pessoal, tudo era objeto de atenção do Criador do Universo.

Havia, porém, uma razão pela qual os israelitas deveriam seguir aquelas minuciosas orientações: a presença divina no acampamento, o que lhes dava garantia de proteção e vitória contra os inimigos. A expressão “anda”, no texto, sugere Deus movendo-Se, passeando entre o povo. Essa presença ali estava simbolizada pela arca. Por causa disso, o arraial deveria ser santo, limpo em todos os sentidos, de modo que nenhuma “coisa indecente”, “feia”, “desagradável”, “nudez vergonhosa”, conforme as várias traduções, fosse encontrada.

Os israelitas deveriam sentir-se privilegiados com a realidade de ter passeando entre eles Alguém que não podia tolerar nada indecoroso, impuro ou indigno. Sem essa presença, o fracasso era certo. Assim é com o Israel espiritual. O ideal divino para nós não mudou. Deus continua tendo interesse em cuidar de nosso linguajar, nossa alimentação, o trato com o próximo, todos os nossos hábitos e costumes públicos e domésticos. Isso, por uma razão: Ele anda entre nós, guiando-nos, protegendo-nos, suprindo-nos em tudo. Essa presença é o maior motivo para uma conduta refinada em todos os atos cotidianos. Ela faz diferença entre o povo que O serve e o que não O serve de coração.

A menos que queiramos, jamais seremos afastados Dele. Seu amor jamais nos faltará. Em gratidão, nunca deveríamos nos contentar em Lhe dar o mínimo, quando podemos oferecer nosso máximo.
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

Desafios de Fé - Isaías 7

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Isaías 7
Comentário Pr Heber Toth Armí 

Precisamos de segurança. Carecemos de uma base sólida para nossa esperança. Necessitamos da presença confortadora e tranquilizadora de um Ser superior às nossas forças e habilidades…

Não precisamos de um Deus indiferente, distante e ausente. Não precisamos de um Deus que não age e nem nos protege. Não queremos um Deus mais fraco que nós ou, inativo, incapaz de atender-nos quando mais precisamos.

Existem muitos deuses assim, entretanto, o Deus da Bíblia é diferente. Ele é atuante, presente e, acima de tudo, onipotente.

Ameaçado pela guerra, correndo risco de ser substituído, Acaz, rei de Judá, foi desafiado a confiar no Deus que faz promessas. Quando o rei verificava o sistema hídrico da cidade, em preparação ao cerco, o profeta Isaías e seu filho Sear-Jasube foram encontrá-lo (vs. 1-3).

A própria presença do profeta com o filho perante o rei temeroso já transmitia-lhe uma mensagem poderosa:

1. O nome Isaías significa “Jeová Salva”
2. O nome Sear-Jasube significa “Um resto voltará”.

Sim! Em meio à crise que avançava e ameaçava, Deus preservaria um remanescente de Seu povo (vs. 4-9).

• Este Deus age, interage e protege!

Ao Isaías solicitar a Acaz um sinal, este recusou a fazê-lo. Contudo, Isaías disse que daria o sinal mesmo contra a vontade do rei: Nasceria uma criança, não muito tempo daquele encontro, a qual chamaria Emanuel (vs. 10-14) – didaticamente, outra mensagem em símbolos:

3. O nome Emanuel significa “Deus está conosco”.

A soberania divina sobre os inimigos do povo escolhido se veria antes de a criança perder a inocência: Deus protegeria (vs. 15-16). Efraim, representando dez tribos de Israel, desapareceria em poucos anos.

Contudo, devido à incredulidade do monarca judeu, a nação sofreria mais com mais outra ameaça. Além da Síria, a Assíria, em cujo poder Acaz confiou, dizimaria a Terra Prometida (vs. 17-25).

Aplicações:

• Duvidar da Palavra de Deus dada pelos profetas não vale à pena.
• Deus Se faz presente mesmo quando não queremos Sua presença.
• A maior evidência da presença Divina entre nós Se deu no nascimento de Jesus (Mateus 1:23).
• Hoje, Deus está conosco pela presença do Espírito Santo, nosso Consolador, ajudando-nos nos desafios da fé neste mundo – basta aceitá-lO (João 14:16-17,26).

Clamemos fervorosamente: “Senhor, livra-nos da incredulidade. Faz-nos mais crentes em Tuas promessas! Amém” – Heber Toth Armí.
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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

SAÚDE, SALVAÇÃO E VIDA

MEDITAÇÃO DIÁRIA

27 de agosto
SAÚDE, SALVAÇÃO E VIDA

Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma. 3 João 2

Como é maravilhoso poder desejar que a bênção da boa saúde física envolva nossos irmãos e irmãs, tendo a certeza de que eles desfrutam plenamente a saúde espiritual! Como é maravilhoso saber que eles oram no mesmo sentido e com a mesma certeza em relação a nós! Muitos parecem estar empenhados na conquista da saúde física, sem que manifestem igual interesse pela saúde espiritual. No entanto, a busca unilateral da saúde em algum aspecto da vida desequilibra o bem-estar integral que precisamos experimentar. Tão intensamente como buscamos aprimorar a saúde física devemos estar interessados em crescer espiritualmente.

Com esse pressuposto, revelando o amor e a ternura característicos de sua personalidade e pregação, foi que João se dirigiu ao colaborador Gaio. Possivelmente, esse obreiro tivesse condição física limitada pelos ardorosos esforços missionários, razão pela qual o apóstolo orava. Afinal, o vigor espiritual é a maior bênção que podemos obter, considerando que ele tem o potencial de nos ajudar a suportar as adversidades da vida física, com fé, esperança e serenidade. Contudo, jamais devemos perder de vista o fato de que a vida espiritual próspera tem seu fundamento e razão de ser somente em Cristo. Somente o coração que se abre ao toque do Mestre e O acolhe como Senhor absoluto de todos os anelos que nele são gerados descobrirá que, onde está Jesus, haverá crescimento e toda sorte de bênçãos.

Graça e saúde são personificadas no próprio Cristo. Ao profetizar a vinda do Messias por meio de Malaquias, o Senhor disse: “Mas para vós outros que temeis o Meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas” (Ml 4:2). A palavra aqui traduzida como “salvação” significa também “restauração”, “cura”, no sentido integral. Essas bênçãos estavam personificadas em Jesus, a partir de Seu nome: “E Lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos pecados deles”, anunciou o anjo a Maria (Mt 1:21). Essa foi a marca de Seu ministério terrestre, enquanto passava por vilas e cidades como uma corrente vivificadora difundindo saúde, salvação e vida. Mudança de hábitos e atitudes sem Jesus é ilusão, e não raro acaba em fanatismo e hipocrisia. Somente Ele é a vitória sobre todas as ofertas do mundo que causam doença e morte.

Oro neste dia para que você tenha boa saúde, “assim como é próspera a tua alma.”

Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

O Chamado - Isaías 6

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Isaías 6
Comentário Pr Heber Toth Armí 

Quem era Isaías? O que aprendemos de Sua experiência com Deus?

Nascido em Jerusalém, no seio de uma família abastada da realeza, casado, pai de família, consagrado; contudo, em sua auto avaliação, Isaías achou-se indigno, de lábios impuros, para servir a Deus.

• Somos melhores que esse nobre homem?

O contexto revela situação caótica do povo de Deus – só piorava! As consequências da indiferença espiritual vinham com toda força. A maré do pecado estava solapando ao povo escolhido. As trevas da imoralidade eclipsava a luz da verdade.

• Está melhor nossa realidade?

“Na hora mais escura Deus conduz a Isaías ante Seu trono e oferece uma visão de glória ao profeta. Porém, em vez de lhe dar um conjunto de ordens de marcha que sem dúvida o oprimiriam, Deus lhe ofertou uma abundância de graça que lhe permitiria estar em pé” (Troy Fitzgerald).

Isaías não se achou superior às pessoas imundas, entretanto, recebeu de Deus um vislumbre da graça.

• Deus mudou?

“O mesmo ocorre em nosso caso cada vez que enfrentamos nossa hora mais escura ou um desafio impossível com humildade. Deus derrama Sua assombrosa graça em nós” – aplica Fitzgerald.

O contato com a graça motiva-nos a agir positiva ou negativamente. Isaías não ficou indiferente; ele respondeu à pergunta de Deus: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” com “Eis-me aqui, envia-me a mim!” (v. 8).

A missão profética é mais do que difícil, é impossível. Com o Deus do impossível, a mensagem é dada com ousadia e poder – todavia, a maioria esmagadora a rejeitará (vs. 9-10).

• Se nem os crentes têm facilidade para aceitar a Palavra de Deus, quanto mais os pagãos, incrédulos e ateus?

Mesmo sabendo da rejeição quase total, Deus envia Seu profeta; não para, primariamente, condenar, mas para, graciosamente, salvar um remanescente. Como até os condenados ouvirão a mensagem de Deus, fica claro que há graça para todos – embora só uma minoria salvará (vs. 11-13).

REFLITA: Na atualidade, muitos diluem a Palavra de Deus tornando-a mais palatável – agradável aos incrédulos. Mensagens que falam da ira de Deus, justiça e juízo diminuem por enfatizar excessivamente Seu amor, misericórdia e bondade.

• Deus precisa de gente que pregue a verdade de verdade!

Você responde para Deus: “Senhor, envia-me a mim”? – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Além da Justiça

MEDITAÇÃO DIÁRIA

26 de agosto
Além da Justiça

Deem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês. Lucas 6:38, NVI

A expressão “dois pesos e duas medidas”, frequentemente mencionada no contexto dos negócios e relacionamentos do dia a dia, atesta que as pessoas em geral estão muito distantes do princípio enunciado por Moisés no Antigo Testamento: “Usem balanças de pesos honestos, tanto para cereais quanto para líquidos. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês, que os tirei da terra do Egito” (Lv 19:36, NVI). O capítulo trata de leis que visavam proteger os direitos dos pobres, trabalhadores, surdos, cegos e estrangeiros. Nenhum privilégio concedido à nação justificaria o tratamento discriminatório. A missão salvadora de Deus incluía todos. Pessoas de qualquer origem deveriam ser amadas e acolhidas pelos israelitas a fim de que fossem atraídas ao verdadeiro Deus. Havia uma razão pela qual os israelitas deveriam ser honestos no trato com o semelhante: “Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.” Isso era tudo para um povo que desejavam fazer diferença e honrar o nome do Senhor que os havia libertado.

Os cristãos não podem se esquecer desse princípio. Se entre eles não puderem ser encontradas justiça e integridade, onde mais poderiam estar, considerando as condições atuais do mundo? Tempos mais tarde, Jesus ampliou o entendimento sobre o mandamento, acrescentando à ideia de justiça a generosidade em doar: “Deem, e lhes será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês.”

Expressão comum no comércio oriental, “medida calcada, sacudida e transbordante” indicava que aquilo que fosse pesado ou medido deveria ser prensado, sacudido, de modo que transbordasse do recipiente para benefício de quem receberia. O retorno é garantido: “A medida que usarem também será usada para medir vocês.”

Normalmente, associamos esse princípio apenas às questões materiais. De fato, isso está incluído na imagem, especialmente se nos lembrarmos de que a verdadeira religião está relacionada ao cuidado para com os necessitados (Tg 1:27). Além de negociar, trocar, comprar e vender coisas, há virtudes e valores espirituais e fraternos que o filho de Deus pode compartilhar com justiça e generosidade.

Podemos dar reconhecimento aos que servem a Deus com fidelidade, ânimo a quem enfrenta dificuldades e lutas, inspiração aos que vivem sob nossa influência, gratidão aos generosos. Não vamos economizar nisso.

Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

Auto Avaliação - Isaías 5

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Isaías 5
Comentário Pr Heber Toth Armí 

Deus requer de nós uma auto avaliação com base em Sua Palavra. Ele quer renovar-nos e restaurar-nos. Antes, porém, devemos auto avaliarmo-nos!

A auto avaliação é fundamental em cada área da vida, principalmente nas questões mais essenciais. Que dirá da questão vital, como é a salvação?

Auto avaliar espiritualmente é de suma importância para melhorar o desempenho na jornada cristã; pois, tem alguns que se perdem no caminho; outros param; e, tem muitos que retrocedem, voltando ao pecado.

Usando sua bagagem cultural, o profeta Isaías investe profundamente numa mensagem ricamente espiritual. Ele se utiliza ao máximo de sua habilidade com a retórica visando enfatizar uma avaliação que Deus fará em breve ao Seu povo: O julgamento. Tal avaliação teria resultados…

John N. Oswalt dá o seguinte título ao capítulo: “Colheitas de uvas”. E, então, o sintetiza:
1. O cantar da vinha (vs. 1-7);
2. Ais pela vinha:
a) Avareza e indulgência (vs. 8-17);
b) Cinismo e perversão (vs. 18-25)
3. Destruição iminente (vs. 26-30).

Deus é o Lavrador que preparou a terra e plantou uma vinha para si. Apesar de todo preparo e cuidado, a videira produziu uvas de péssima qualidade. A vinha representa Seu povo, que produz frutos imprestáveis.

Para nossa avaliação, Deus condenou, por intermédio de Isaías, vários pecados que Ele não quer ver em nós; tais como:
1. Injustiça socioeconômica;
2. Corrupção do sistema legal;
3. Bebedeiras;
4. Instabilidade espiritual dos ricos.

Didaticamente, Isaías propôs: AQUELES QUE…
• acumulam bens materiais à custa dos pobres, não enriquecem;
• vivem promiscuamente no luxo com requintadas comidas, morre de fome;
• achavam que Deus deveria Se apressar porque demorava para agir, perceberiam as tropas assírias avançando apressadamente contra Jerusalém;
• fazem da luz da verdade trevas em questões morais e éticas serão obscurecidos pelas densas nuvens do juízo divino.

O capítulo começa com cântico de amor, mas termina com notas amargas objetivando levar-nos avaliar os frutos que produzimos!

Nós, geralmente, retribuímos as melhores intenções de Deus, Seu terno cuidado e bênçãos, com atos indignos, perversos, injustos, malévolos. Tal vinha imprestável deve ser destruída. Para que serve? Não só ocupa espaço, ela produz os piores frutos: É uma maldição, quando deveria ser bênção.

Precisamos permitir que o Espírito Santo produza Seu fruto em nós (Gálatas 5:22-23) – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 25 de agosto de 2020

Atitude Radical

MEDITAÇÃO DIÁRIA

25 de agosto
Atitude Radical

E, se o teu pé te faz tropeçar, corta-o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno. Marcos 9:45

De vez em quando, ouço pessoas, adultas ou jovens, anunciarem seu desligamento das redes sociais. Algumas descobriram que o tempo gasto na internet roubou delas porção ainda mais preciosa, que deviam empregar em comunhão com Deus ou em atividades mais frutíferas para si mesmas, para os semelhantes e para a eternidade. Ninguém nega o valor das plataformas virtuais para interação entre amigos e familiares, comunicação em tempo real à distância, e mesmo pregação do evangelho. Ocorre, porém, que o inimigo sempre vai encontrar uma brecha para sugerir distrações ociosas, conversação vazia, desperdício de tempo e armadilhas pecaminosas. Sei de pessoas que caíram nas malhas do adversário, bem como de relacionamentos familiares que foram abalados ou mesmo partidos por causa de comportamentos pecaminosos que ele ofereceu, inicialmente com a promessa de falsa segurança, sigilo e anonimato que somente ele sabe forjar.

No entanto, as redes sociais não são os únicos perigos que se interpõem entre nós e Deus. Há os perigos dos relacionamentos impróprios, pecados acariciados, entre muitos outros. Para nosso bem, Jesus Cristo recomendou que nos submetamos a uma cirurgia radical: mutilação de qualquer coisa que tenha o potencial de impedir nossa salvação.

Em seu quarto discurso no evangelho de Mateus, inicialmente Ele adverte contra o perigo de se causar escândalo a quem quer que seja, pois os resultados podem ser eternamente fatais. Isso o mundo faz com naturalidade; não quem é nascido de novo e vive no reino espiritual da graça. E, caso ainda haja consciente ligação com qualquer causa indutora ao pecado e escândalo, este é o momento de renovação. Sejam radicalmente descartadas, pessoas ou coisas que se interponham entre o cristão renascido e seu Deus.

Sendo assim, é melhor seguir preventivamente o conselho de Charles Spurgeon: “Não manche seus dedos que logo tocarão as cordas celestiais. Não permita que seus olhos, que em breve verão o Rei, cheguem a ser janelas da concupiscência. Não permita que seus pés, que brevemente andarão pelas ruas de ouro, sujem-se em lugares lamacentos. Não permita que seu coração, que dentro em pouco se encherá do Céu e explodirá de alegria, encha-se de orgulho e amargura” (Dia a Dia com Spurgeon, 11 de setembro de 2016).
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

O Renovo Divino - Isaías 4

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Isaías 4
Comentário Pr Heber Toth Armí 

Sobrevivência em meio à forte ênfase das tragédias resultantes do mal é um tremendo desafio. Apesar da desobediência e indiferença, o verdadeiro Deus, abertamente ignorado, não ignora aos negligentes.

O texto em apreço é curto, porém, com mensagens profundas e impactantes. O primeiro versículo faz parte do capítulo anterior. Com a tragédia dos erros cometidos pelo povo de Deus os homens seriam dizimados, os casamentos reduzidos.

“Sete mulheres estariam dispostas a desposar o mesmo varão para serem chamadas pelo seu nome (4:1), ainda que tivessem de trabalhar para seu próprio sustento”. Após este pormenor, Siegfried Julio Schwantes ampliou a interpretação:

“A aplicação literal deste verso é a que melhor condiz com o contexto. Isto não significa, porém, que uma aplicação secundária não possa ser feita por um outro profeta, como quando este texto é aplicado para descrever a condição das igrejas cristãs modernas que de Cristo só querem o nome”. Observe:

• Mulheres = igrejas (Isaías 54:5-6; Efésios 5:23);
• Homem = Cristo (I Timóteo 2:5);
• Comer o próprio pão = nutrir-se da própria doutrina (Eclesiastes 11:1);
• Nossos próprios vestidos = as próprias obras, não a justiça de Cristo (Isaías 61:10);
• Queremos ser chamadas pelo teu nome = cristãos, evangélicos, etc.

Muitos têm o título de cristão, embora estejam distantes de Cristo; declaram-se cristãos, vivendo diferente de Cristo e indiferentes a Ele; afirmam pertencer a Cristo, apegados ao pecado.

Apesar do estrago realizado pelo pecado, Deus promete restaurar Seu povo:

1. O renovo divino trará beleza e glória, restauração e satisfação (v. 2);
2. O remanescente será justificado e santificado no julgamento divino (vs. 3-4);
3. O Senhor protegerá Suas propriedades e Seu povo (vs. 5-6).

Não há santidade na perversidade, nem consagração na corrupção. Contudo, o sangue de Jesus, o Renovo divino, trará restauração física, mental e espiritual de novo, após o estrago feito pelo pecado.

“A presença do Deus santo só pode se materializar em meio a um povo santo; por isso apresenta-se a necessidade de o povo se lavar e eliminar qualquer coisa contrária à santidade do Senhor” (Bíblia de Estudo Andrews).

Deus quer um povo…

• …purificado – não contaminado;
• …santo – não pecaminoso;
• …dedicado – não relaxado;
• …fiel a Ele – não ao pecado.

Por que não atentar para Seus apelos, conselhos e recursos? – Heber Toth Armi.

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segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Sem Falta Nem Atraso

MEDITAÇÃO DIÁRIA

24 de agosto
Sem Falta Nem Atraso

Então, lhe disse Jesus: Ó Mulher, grande é a tua fé. Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã. Mateus 15:28

Meses atrás, recebi por meio de uma rede social esta frase: “Senhor, eu sei que nunca Te atrasas. Mas, por favor, lembra-Te de que sou humano.” Em sua simplicidade, ela me pareceu traduzir a ansiedade natural com que costumamos esperar a resposta de Deus para os pedidos que Lhe fazemos. Também está implícita na frase a sugestão de que Ele compreende o caráter humano de nossos sentimentos, algo que faz em toda e qualquer situação. Entretanto, há ocasiões em que a compreensão limitada que temos da Providência divina nos leva a imaginar que Deus esteja reagindo com indiferente silêncio ao nosso clamor. Nunca, porém, perdemos por esperar Nele. Não há dúvida de que o Senhor agirá, não importa quanto tempo esperemos. A resposta Dele será sempre a melhor para nós.

O que teria sido da mulher cananeia, caso tivesse cedido à pressa com que desejava ver a filha libertada do poder das trevas? A primeira resposta de Jesus à sua súplica foi um aparente silêncio: “Mas Jesus não lhe respondeu palavra”, ao que se seguiu a sugestão dos discípulos para que o Mestre a despedisse de coração vazio (Mt 15:23, NVI). Depois, mostrando aos discípulos como o preconceito nacional deles a trataria, e dando a ela oportunidade de testar a própria fé, Cristo enfatizou a prioridade das bênçãos ao povo israelita. A analogia foi potencialmente desanimadora: “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.” Contudo, ela transformou essa resposta em um humilde argumento para sustentar seu pedido; estaria satisfeita e contente em receber apenas migalhas desse pão: “Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos” (v. 26, 27). O mínimo que Jesus dá, migalhas que sejam, é infinitamente precioso para todo aquele que crê.

Cristo honrou a paciente fé nutrida por aquela mulher: “Grande é a tua fé!” (v. 28). Ele continua honrando-a em nós, que com nossa fé também O honramos.

Ao se dirigir a Cristo, a mulher cananeia sabia que não tinha direitos. Era estrangeira, e apelou à graça e à misericórdia do Senhor. Nada mais nem menos do que isso O move a atender às nossas necessidades. Não temos direitos a exigir, assim como também não temos razão para descrer. Se nada temos, Ele tem tudo para satisfação de nossos anseios. Isso ocorre no tempo Dele, que é o tempo certo.
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

Julgamento - Isaías 3

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Isaías 3
Comentário Pr Heber Toth Armí 

Vaidade é revelação do orgulho, o qual é fruto do egoísmo. Vaidosos são orgulhosos – investem em si mesmos. Deus não é prioridade para os religiosos vaidosos. E isso sempre acarreta resultados desastrosos.

Neste capítulo, “os principais homens de Judá estavam prestes a ser levados, 3:1-7, e isso por causa do pecado dos governantes, 8-15, enquanto as mulheres de Judá são exibidas a se deleitarem no orgulho e no luxo, 3:16-4:1” (Eward J. Young).

• O orgulho, egoísmo e vaidade trazem castigos da parte do santo Deus.

“Todas as classes da sociedade serão castigadas pelos seus pecados – os governantes, os homens trabalhadores e outros, 1-15, assim como as mulheres mundanas, vãs, ímpias, 3.16-4.1” (Merril F. Unger).

“O único interesse dessas mulheres era flertar e seduzir”. Neste capítulo, “o profeta comenta um assunto que o livro de Provérbios trata em mais detalhes (Pv. 6:20-7:27; 31:3). Deus não condena o desejo da mulher parecer atraente, conforme demonstra o livro de Cântico dos cânticos. Antes, o mais importante é que a mulher persevere naquele tipo de amor que se traduz em reverência ao Senhor e desenvolvimento do caráter (Pv 11:22-23; 31:30; Mt 16:3-6). Ou seja, a mulher não deve buscar ser o centro das atenções e rivalizar com o Criador” (Comentário Bíblico Africano).

• Não priorizar Deus em tudo gera titânicas tragédias. Quando grandes instituições ignoram Seus princípios, os resultados são nefastos. É nítido o caos inclusive na política e na religião.
• Os mais belos atrativos e meios de embelezamento não passam de máscaras frágeis que revelam ainda mais a insatisfação que reina no coração desprovido de Deus.

Precisamos atentar este ensinamento:

“Dizei firmemente: Não passarei ociosos momentos na leitura daquilo que de nenhum proveito me será e tão somente me incapacitará para ser prestativo aos outros. Dedicarei meu tempo e pensamentos, buscando habilitar-me para o serviço de Deus. Fecharei os olhos para as coisas frívolas e pecaminosas. Meus ouvidos pertencem ao Senhor, e não escutarei o sutil arrazoamento do inimigo. De maneira nenhuma minha voz se sujeitará a uma vontade que não esteja sob a influência do Espírito de Deus. Meu corpo é templo do Espírito Santo, e cada faculdade de meu ser será consagrada para atividades dignas” (Ellen G. White).

Negligenciando isso, estamos perdidos! “Senhor, reaviva-nos!” – Heber Toth Armí.

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domingo, 23 de agosto de 2020

Nem Mais Nem Menos

MEDITAÇÃO DIÁRIA

23 de agosto
Nem Mais Nem Menos

Não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Romanos 12:3

A filosofia competitiva prevalecente no mundo tem deixado marcas em muitas pessoas. Sendo preteridas, muitas acabam tendo a autoestima reduzida. Preferidas, algumas desequilibram para o alto o conceito que têm delas mesmas, alimentando o sentimento de presunção e orgulho. Diariamente, empresas e organizações precisam selecionar candidatos a vagas disponíveis. Essas empresas têm o direito de optar por aqueles avaliados como melhores. Isso não significa que esses candidatos sejam únicos em todas as coisas; e os outros, incapazes para tudo o mais. Os papéis podem se inverter: quem perde hoje pode, com isso, dar o primeiro passo rumo ao ganho de amanhã. O preferido de hoje para uma função pode ser o preterido de amanhã na concorrência para outra função. Tudo depende de se encarar o fato com a perspectiva certa. Essa perspectiva está diretamente relacionada à consideração das habilidades de cada um. Nenhum de nós é tudo para todas as coisas.

Uma das marcas das obras divinas é a diversidade mutuamente complementar de coisas e pessoas. Por exemplo, isso pode ser visto na natureza, na harmonia das cores e das notas musicais, no funcionamento do corpo humano e na criação do homem e da mulher. Foi nessa moldura que Paulo pintou o quadro dos dons espirituais concedidos aos crentes (Rm 12:3-8; 1Co 12:4-31). É por causa dessa pluralidade, e por meio dela, que todos podem contribuir para o bem e crescimento do todo: a igreja.

Sendo os dons espirituais concessões da graça divina, nenhuma pessoa deve pensar “de si mesmo além do que convém”. Não temos individualmente todos os dons, mas todos os membros e ministérios da igreja são indispensáveis. É desejo de Deus que, no valor a nós atribuído por Ele, sejamos e nos sintamos plenamente integrados ao corpo e alegremente prestemos o melhor serviço. Assim, não cairemos na tentação de nos achar superiores a nosso irmão, muito menos ele precisa se encolher sob o manto da baixa autoestima. Não somos concorrentes, mas colaboradores uns dos outros. Assim deve ser no campo profissional.

O padrão pelo qual as pessoas em geral se avaliam é o da presunção. A medida pela qual o cristão se avalia é a fé, “pois quanto maior a medida da fé, mais elevada será a percepção da dependência de Deus” (Comentário Bíblico Adventista, v. 6, p. 679). Essa é a regra que deve moldar nossos relacionamentos na igreja e fora dela.
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

Seria diferente hoje? - Isaías 2

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Isaías 2
Comentário Pr Heber Toth Armí 

Carecemos de religiosidade sólida, verdadeira, bíblica, relevante e plena. Por que contentamos com migalhas das revelações divinas e nos satisfazemos com alcançar à superficialidade da fé, em vez de ansiar por sua profundidade?

• Se quiserdes sair da mesmice e da superfície espiritual, envolva-se diariamente com Isaías.

Da família real, esse magnífico profeta, é “dotado de uma espiritualidade profunda, bem-educado e capelão da corte de quatro reis de Judá por um período aproximadamente de cinquenta anos”. Ele, “foi talvez a figura mais monumental dos séculos intermediários da história de Israel” (Stanley A. Allisen).

No capítulo em pauta, após Isaías emitir introdução profética (v. 1), há uma ênfase no povo de Deus como proclamador da verdadeira religião (vs. 2-5). Todavia, o povo descumpriu com seus elevados propósitos, por preferir viver na lama das religiões falsas; então, o resultado era inevitavelmente assustador (vs. 6-11).

• Seria diferente hoje?

Após revelar a tentativa frustrante do povo judeu de viver conforme a expectativa divina, a profecia trata do grande dia do Senhor. Nesse dia ficará nítido que tudo o que parece seguro trará humilhação, decepção e frustração; em contrapartida Deus será glorificado, exaltado e mostrado digno de confiança (vs. 12-17). Toda idolatria será destruída, imprópria para auxiliar aos que dela dependem (vs. 18-21).

A expressão “o dia do Senhor” refere-se “ao julgamento divino dos perversos em meio ao povo do Senhor ou entre as nações. Também está ligada à ideia de salvação. Além disso, pode indicar a era messiânica, como em 10:20 […]. No contexto do cap. 2, vários temas são entrelaçados para explicar o sentido da expressão ‘o dia do Senhor’. Trata-se de um dia de juízo contra a idolatria, o espiritualismo e o orgulho” (Bíblia Andrews).

O dia do Senhor será o grande dia da decepção aos que confiaram em…
• …si mesmos, em suas forças, habilidades, espertezas;
• …tudo, menos em Deus;
• …religiões místicas, aparentemente mais poderosas, melhores…

Os pecadores se interessam por tudo, menos no que realmente importa. Creem em qualquer coisa boba, mas duvidam do que é verdadeiro. Abraçam conceitos falsos e insignificantes, mas rejeitam a Deus e Sua Palavra… Contudo, “Deus vai mostrar qual é Seu agir para que vivamos a vida para a qual fomos feitos” (v. 3).

“Senhor, reaviva-nos enquanto é tempo!” – Heber Toth Armí.

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sábado, 22 de agosto de 2020

SOLI DEO GLORIA

MEDITAÇÃO DIÁRIA

22 de agosto
SOLI DEO GLORIA

Também me deste o escudo da Tua salvação, a Tua direita me susteve, e a Tua clemência me engrandeceu. Salmo 18:35

Embora tivesse a orientação de que lhe seria indicado quem deveria ser o futuro rei, o entrevistador analisou sete possíveis ocupantes do trono, mas nenhum deles estava na agenda do Supremo Líder. Até que fez a pergunta decisiva a Jessé, o pai deles: “Você não tem mais nenhum filho?” “Ah, sim!”, foi a resposta. “Tenho o caçula, mas ele está cuidando das ovelhas.” Tendo diante de si o garoto Davi, Samuel ouviu a manifestação do Céu: “É este!” Ali teve início a história de Davi (1Sm 16:11, 12). Primeiramente, como habilidoso harpista a serviço de Saul. Antes de se revelar poeta, com as credenciais de ter dominado, à mão, animais ferozes, acabou convencendo o rei a deixá-lo enfrentar o vitorioso Golias, diante de quem mostrou ser ele o verdadeiro vencedor, “em nome do Senhor”.

Seguiram-se memoráveis vitórias contra inimigos do reino, mas o monarca, apostatado e frágil, reagiu invejoso contra ele. Fugindo às repetidas ameaças de morte, Davi continuava humilde, fiel, dotado de visão espiritual, ao ponto de se recusar a destruir o potencial algoz, que desonrava a unção recebida. Mesmo assim, o jovem conquistador lembrou que o rei era intocável (1Sm 24).

Com a morte de Saul, Davi assumiu o trono, dando início a tempos de prosperidade, recuperação do respeito e força, diante das outras nações. É verdade que sua história não foi isenta de tropeços. Contudo, arrependeu-se (Sl 51) e recebeu condecoração máxima da graça: “Achei a Davi, […] homem segundo o Meu coração”, disse o próprio Deus (At 13:22), dando-lhe razões de sobra para celebrá-la.

Foi o escudo da graça que o protegeu dos perigos e o tornou vencedor sobre os inimigos. Sob esse refúgio, obteve o favor de Deus. Não foi outra coisa senão a clemência divina que o tornou grande. Sim, ele reconhecia humildemente tudo isso. Aqui está uma lição para muitos que, hoje, imaginam-se com direitos a favores celestiais ou que se veem como únicos autores das conquistas pessoais ou do serviço prestado à causa de Deus.

É dito que, depois de haver composto o oratório “O Messias”, do qual o 42° movimento, “Aleluia”, tem maravilhado as pessoas em todo o mundo, Georg Händel escreveu as iniciais SDG – Soli Deo Gloria (glória somente a Deus) – no fim do manuscrito. Esse foi o sentimento que marcou a existência de Davi. Qualquer percepção além disso, diante do que Deus tem feito de nós e por nós, chega a ser pecaminosa.
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

A avaliação de Deus - Isaías 1

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Isaías 1
Comentário Pr Heber Toth Armí 

O profeta da qual este livro recebe o título é grande visionário, culto, inteligente e consagrado. Ele oferece-nos um livro muito bem elaborado.

Isaías “é o grande profeta messiânico e príncipe dos profetas do AT. Não tem rival em esplendor de dicção, brilhantismo de símiles, versatilidade e beleza de estilo, profundidade e amplidão de visão profética. Era filho de Amoz (1.1), e tido tradicionalmente como de ascendência real – irmão do rei Amazias, neto do rei Joás” (Merril F. Unger).

Se estudarmos com afinco e mergulhados em oração a este livro profético messiânico, experimentaríamos um reavivamento pela Palavra de Deus.

Comece com entusiasmo no primeiro capítulo. O contexto “refere-se à devastação do território e ao cerco de Jerusalém no tempo de Senaquerib em 701 (cf. 36,1s; 2Rs 18,13s), ou por ocasião da guerra siro-efraimita em 735 (vf. 7,1-2 e 2Rs 16,5-9)” (Comentário da Bíblia de Jerusalém).

O povo de Deus, embora religioso, era alheio a Deus. Vivia na igreja, mas longe de Deus. Praticava rituais, mas não havia profundidade em seu relacionamento com Deus. O profeta de Deus mostra o perigo dessa religiosidade vazia, de aparência, hipócrita.

“Este capítulo descreve uma cena em um tribunal”, diz Warren W. Wiersbe. E então acrescenta:

1. Deus convocou o tribunal e declarou as acusações (vs. 2-4);
2. Deus apresentou seu caso e declarou a nação culpada (vs. 5-15);
3. Deus, porém, ofereceu aos acusados a oportunidade de se arrependerem e de serem perdoados (vs. 16-31).

A avaliação de Deus é perfeita, real. Deus não é negativista, muito menos pessimista, mas realista. Sua conclusão é exata. Consequentemente, quando Deus diz que Seu povo merece ser castigado, Ele não está exagerando, muito menos inventando.

O que fica claro para nós, é que Deus é intolerante ao envolvimento com a religião verdadeira possuindo uma espiritualidade superficial. Diante de uma religiosidade só de forma, Ele exige uma radical reforma. Ele confronta uma espiritualidade morta, porque deseja um reavivamento sobrenatural.

O anseio de Deus por arrependimento por uma vida religiosa hipócrita, vazia e superficial é visto em seu oferecimento de perdão, graça e restauração. Uma renovação do compromisso com Deus resulta em atitudes perceptíveis: Abandono daquilo que para Deus é intolerante, para abraçar ao estilo de vida que Deus preza!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Mudança Gloriosa

MEDITAÇÃO DIÁRIA

21 de agosto
Mudança Gloriosa

Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Efésios 2:13

Um hino que toca meu coração, entre muitos outros, não importando quantas vezes seja cantado, tem como título “Com Cristo no Meu Coração” (Hinário Adventista do Sétimo dia, no 233). Em 1914, Rufus Henry McDaniel escreveu a poesia em uma demonstração de fé na preciosidade que Cristo significava para ele, após a dolorosa perda do filho Herschel. Logo em seguida, Charles H. Gabriel ornamentou o poema com a vibrante melodia. Recentemente, ao cantá-lo mais uma vez no culto familiar com minha esposa, atentei para o texto bíblico ao qual, no hinário, ele remete: Efésios 2:12 e 13.

Paulo inicia esse capítulo lembrando o passado obscuro de seus ouvintes: perdidos, sem Cristo. Essa condição não apenas dizia respeito aos gentios, segundo o ponto de vista dos judeus, mas também inclui toda a humanidade, em todos os tempos. Graças à misericórdia do Pai, eles e nós recebemos a salvação somente em Cristo, que desfez o abismo de separação. Agora, pelo sangue de Jesus, todos pertencemos a Ele e somos irmãos uns dos outros. Ele Se constitui o elo de nosso relacionamento vertical com o Céu, e também o elo horizontal com os semelhantes. “Não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”, escreveu o apóstolo (Gl 3:28).

Pela fé no sangue de Cristo, somos reconciliados, salvos, vivificados e ressuscitados Nele. Com Cristo, pela fé nos assentamos nas regiões celestiais (Ef 2:3-7). Não mais estamos longe e separados de Cristo, mas unidos a Ele, que é nossa paz (v. 14). Já não somos estrangeiros à família celestial, mas “concidadãos dos santos” e participantes dessa família (v. 19). Isso significa viver, mesmo aqui, sob os princípios do reino celestial, na feliz expectativa de em breve recebermos as glórias desse reino.

A cruz foi o instrumento pelo qual Cristo colocou por terra a parede divisória entre gentios e judeus. Em lugar dessa parede, um novo templo foi construído. Não um lugar onde nos reunimos, mas onde o Espírito habita, nosso coração, e um grupo ao qual pertencemos, a família de Deus na Terra, extensão da família do Céu.

Pensando no que éramos antes do encontro com Jesus, e no que somos depois disso, cada um de nós pode celebrar em gratidão: “Que mudança gloriosa em mim se operou, / Com Cristo no meu coração!” Esse cântico deve ecoar pela eternidade. Graças a Deus!
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

O amor - Ct 8

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica -Cântico dos Cânticos 8
Comentário Pr Heber Toth Armí 

Na visão do céu o casamento é uma instituição tão séria que ao Deus entregar a Moisés os Dez Mandamentos escritos por Seu próprio dedo, um deles dizia: “Não adulterarás”.

Sim, é tão sério tal assunto do ponto de vista divino, que um dos 66 livros da Bíblia foi completamente dedicado a ele em forma de música poética.

Os últimos cinco poemas dos 23 do livro estão no último capítulo, segundo Tremper Longman:

· Poema 19: Anelo amoroso (vs. 1-4);

· Poema 20: Como um selo (vs. 5-7);

· Poema 21: Proteger à irmã (vs. 8-10);

· Poema 22: A quem pertence a vinha? (vs. 11-12);

· Poema 23: Seja como uma gazela (vs. 13-14).

Esta é uma das 1005 músicas do sábio Salomão. Ela é complexa, profunda, de alta qualidade literária. Dos últimos 14 versículos do livro, destaco:

· O amor é tão bom e prazeroso que dá vontade ter conhecido o cônjuge já na infância e ter vivido muitos momentos extasiantes.

· Relembrar momentos de namoro, início do romantismo, a história do casal, a espera do casamento para a intimidade sexual, é útil para nutrir o casamento.

· A declaração pública do compromisso faz parte do amor verdadeiro e intenso, o qual deve ser cultivado para que seja duradouro.

· Os versos 6-7 “é a representação de 1Co 13.1-8 no AT. Quatro qualidades do amor aparecem: 1) O amor faz parte do casamento, como a morte faz parte da vida; 2) o amor é intenso como a chama mais brilhante quanto a glória do Senhor; 3) o amor é insuperável e indestrutível, mesmo quando inundado por dificuldades; e 4) o amor é tão precioso que não pode ser comprado, apenas doado” (John MacArthur).

· A família dos noivos é essencial para a formação do caráter do relacionamento conjugal. “Até os irmãos desempenhavam uma parte importante no namoro e casamento da irmã (Gên. 24:29, 50, 55 e 60) e na proteção da castidade (Gên. 34:6-17; II Sam. 13:20 e 32)” (Marvin Pope).

· A pureza no namoro deve ser preservada no casamento (Hebreus 12:4) para que o casal viva em paz, tranquilidade e contentamento.

· O amor deve ser para além da vida toda… “Eterno”…

· O verdadeiro amor vem de Deus…

“Senhor, faça reavivar a chama do amor em meu coração!” – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Ebenézer!

MEDITAÇÃO DIÁRIA

20 de agosto
Ebenézer!

Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor. 1 Samuel 7:12

Longânimo e misericordioso como somente Ele é, em dois confrontos entre israelitas e filisteus o Senhor é visto dando a Seu povo mais uma chance de arrependimento. Isso não os livrou de sofrer anteriormente grandes perdas. Nos dois combates disputados nas proximidades de Ebenézer, lugar cujo nome significa “a pedra de ajuda”, a rebeldia do povo bloqueou a ajuda de Deus. O resultado foi a matança de 34 mil israelitas, incluindo os dois filhos do sacerdote Eli, e o sequestro da arca – símbolo da presença divina entre eles. Posteriormente, ela foi devolvida por causa dos juízos de Deus sobre os inimigos. Apesar disso, Israel não se voltou completamente para o Senhor.

A resposta do povo de Deus ao chamado para o reavivamento convocado pelo novo líder Samuel atiçou os filisteus. Enquanto os israelitas estavam reunidos em Mispa, os filisteus decidiram atacá-los; porém, naquela ocasião, o episódio teve outro desfecho. “Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor.” Aquela havia sido uma ocasião especial e jamais poderia ser esquecida, razão pela qual o memorial foi erigido. Ele remetia a lembrança ao passado. Em nenhum momento o Senhor havia abandonado Seu povo escolhido.

Na experiência dos israelitas no Antigo Testamento, a frase “Deus não desiste de você”, frequentemente repetida entre nós, estava impressa em vívidos tons de realidade. Não foi por falha nem indiferença da parte de Deus que as batalhas anteriores foram perdidas. O Senhor estava lá, ensinando-lhes as lições que precisavam aprender, despertando neles o profundo anseio de maior dependência e consagração a Ele. O memorial implicava também certeza para o futuro, desde que não recuassem de sua entrega total ao Senhor. A história não terminava ali, e Deus continuaria sempre a postos para intervir em favor deles.

Essa é nossa experiência. Apesar do que nos tenha acontecido nos altos e baixos da vida, o fato de que estamos vivos proclama: “Até aqui nos ajudou o Senhor!” Quanta segurança isso nos transmite! Nossa história continua sendo escrita. Haverá mais razões para sorrir e chorar, mais lutas e triunfos, tentações a serem vencidas e provas a suportar, mas o monumento de gratidão que erguemos em nosso coração pelas conquistas do passado nos aponta que Aquele que nos ajudou até aqui é o mesmo Deus de sempre.
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

Poemas de Amor Ct. 7

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica -Cântico dos Cânticos 7
Comentário Pr Heber Toth Armí 

O Deus que celebrou o casamento do primeiro casal incentivando-o e abençoando-o para que fosse feliz, quer que sejamos felizes e abençoados com o estudo deste livro romântico, erótico e sensual.

Mais do que nunca, nós do século XXI precisamos de instruções tão elevadas como essas, pois nossa sociedade está em baixa em questões de relacionamentos conjugais.

Mesmo após a entrada do pecado que a tudo degenera, estraga e oblitera, Deus sonha que o casamento seja uma bênção, com o mesmo propósito que Ele projetou.

O poema dezessete, iniciado em 6:13 culmina em 7:10. Desta forma, temos o poema dezoito nos versículos 11 a 13, intitulado por Tremper Longman de “Te darei meus amores”.

O marido contempla a esposa, elogia seus pés, seu andar, suas pernas, seu corpo escultural, sua pele macia e sedosa, seus seios avantajados, seu pescoço, seus olhos cheios de mistérios, suas curvas, seu cabelo, seu encanto, sua beleza. Depois ele expressa:

Como você é linda! […]
Eu a desejo mais que tudo!
Seu encanto é como o de uma palmeira,
E seus seios são como doces cachos de tâmaras.
Eu digo: “vou subir àquela palmeira!
Vou acariciar seu tão aprazíveis frutos!”
Oh, Sim! Seus seios
São como cachos de doces frutos para mim… (vs. 1-8).

A esposa, encharcada de amor, responde apaixonadamente ao marido, falando do sabor de seus lábios, dos seus beijos, de seus desejos e após apreciarem bons momentos em meio à lugares românticos, celebrando a vida e o amor, lhe diz:

Em meio a tantos aromas e cores
Que celebram a vida que exala do amor,
Eu lhe segredo: tenho comigo o mais precioso fruto
Que guardei só para você, amor da minha vida! (vs. 9-12).

Segundo Eugene H. Peterson, devemos entender duas coisas do livro em análise para interpretá-lo corretamente. “Primeira: o livro contém requintados poemas de amor. Segunda: os poemas são de conteúdo explicitamente sexual”.

Do capítulo supracitado, destacamos:

1. Beleza se põe na mesa – deve ser apreciada e valorizada pelo cônjuge.
2. Romantismo e prazeres sexuais no casamento são bíblicos.
3. Toda pessoa que verdadeiramente ama é romântica.
4. Quem ama se entrega plenamente.
5. Prazer sexual coloca brilho e colorido vivo na vida.

Portanto, deixe-se moldar pelos propósitos divinos! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Agora e o Depois

MEDITAÇÃO DIÁRIA

19 de agosto
O Agora e o Depois

Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê-Lo como Ele é. 1 João 3:2

Esse é um dos textos mais preciosos das Escrituras! Se temos consciência da real condição em que nos encontrávamos antes de irmos a Jesus Cristo, encontramos Nele motivos para incontida alegria e gratidão. O convite a essa atitude parece estar implícito no verso anterior: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus.” Nos relacionamentos humanos, nenhum filho toma a iniciativa de ser achado nessa condição. De igual modo, a iniciativa de nos tornar filhos de Deus não é nossa, mas Dele. O novo nascimento é ação divina, por meio de Sua graça. Não se trata de ação humana. Assim, não podemos promover nosso novo nascimento nem nossa adoção como filhos de Deus. O relacionamento entre pais e filhos é caracterizado pelo amor e pela dependência. Amor do pai, que aceita, protege e provê, e dependência do filho, que se entrega e se submete, muito natural e espontaneamente, por amor e com amor.

O apóstolo deixa claro que, desde que esse relacionamento continue se desenvolvendo sobre o fundamento do amor, de modo cada vez mais sólido e próximo, podemos viver com segurança no presente. Dessa maneira, é impossível ao filho renascido viver em uma condição permanente de rebelião contra o Pai (1Jo 3:4, 6, 9), algo que os filhos das trevas não podem entender, porque não O conhecem (v. 1). Contudo, nós escolhemos viver o privilégio de conhecê-Lo, andar com Ele em todos os caminhos, nas pegadas de Jesus Cristo.

A presente segurança de sermos filhos de Deus projeta a certeza de nosso futuro. Alguém já lembrou que o presente é profeta do futuro, a criança é protótipo do adulto, e o botão, nascedouro da flor. Assim, é-nos dada a certeza de que “ainda não se manifestou o que haveremos de ser”, mas, “seremos semelhantes” a Deus. Estamos crescendo rumo “à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo” (Ef 4:13, NVI). Isso significa chegar a ser participantes da natureza do Pai, assim como o Filho. Reconhecemos que ainda estamos aquém, mas estamos progredindo passo a passo até a eternidade. Pela graça de Deus, chegaremos lá, “quando Ele Se manifestar”!

Ainda não sabemos “o que haveremos de ser”, em sua plenitude. Não importa que não saibamos; o mais importante é manter viva a esperança em Jesus. Não se desespere consigo mesmo. Cristo completará Sua obra em nós, então “seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê-Lo como Ele é”

Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

Essência de um Bom Casamento

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica -Cântico dos Cânticos 6
Comentário Pr Heber Toth Armí 

Um tema tão sagrado como o sexo tem sido considerado de forma tão degradante, sendo inclusive tema de exploração obscena em revistas, livros, sites, filmes, artes, mídias sociais… Os propósitos divinos são deturpados, assim assuntos positivos tornam-se repulsivos, nojentos.

O poema catorze, iniciado no capítulo anterior, termina no versículo 3 do capítulo em pauta. Onde Tremper Longman destaca mais três poemas, à partir do versículo 4:

• Poema quinze: Imponente como um exército em ordem de batalha (vs. 4-10);
• Poema dezesseis: Uma surpresa no jardim das nogueiras (vs. 11-12);
• Poema dezessete: Descrição da Sulamita que dança (6:13-7:10).

O amor está no ar. O romantismo norteia o rumo da vida, motiva as ações e age para a felicidade do cônjuge. A descrição que a noiva fez de seu noivo, agora marido, entusiasma as suas amigas. Mas, por que contar onde ele foi? O homem que ela descreveu é seu marido, ele pertence a ela, e ela lhe pertence (vs. 1-3).

Essa deve ser a essência de um bom casamento: Um pertencer ao outro (I Coríntios 7:1-5).

O amor fecha os olhos aos defeitos e concentra-se nas qualidades. De forma superlativa, com fortíssima ênfase, Salomão elogia generosamente a sua noiva/esposa (vs. 4-10).

1. Comparando-a à cidade dos prazeres e a dos sonhos;
2. Dizendo-lhe que é irresistível;
3. Declarando-lhe que sua beleza é demais para ele;
4. Afirmando que ela é perfeita;
5. Discursando com maestria oriental da formosura…
• …Do seu cabelo atraente;
• …De seu sorriso encantador;
• …De seu rosto suave e esplendoroso;
6. Fala da exclusividade dela;
7. Informa sobre a admiração dos simples e dos importantes quando a viam.

A Sulamita, ao ouvir estas doces e românticas palavras dos lábios de seu amado, foi tomada de sonhos de amor, seu coração foi arrebatado… (vs. 11-12). Esse amor é um incentivo aos amigos – e a nós (v. 13).

“O Senhor quer que o casamento de um homem e uma mulher seja uma fonte de bênçãos espirituais, emocionais e físicas para os dois, e também para os seus parentes, amigos e vizinhos, e para a sociedade em que vivem. O egoísmo e a imoralidade destroem essas bênçãos. Mas a graça de Cristo faz com que se intensifiquem e fortaleçam” (Ronald M. Flowers).

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 18 de agosto de 2020

Em nome do Rei

MEDITAÇÃO DIÁRIA

18 de agosto
Em nome do Rei

Somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. 2 Coríntios 5:20

Quando eu era um pré-adolescente, nunca tinha ouvido falar do Clube de Desbravadores. Embora ele existisse no Brasil, ainda não havia sido estabelecido na região em que eu morava. Entretanto, fui convidado a fazer parte da agremiação similar chamada os “Embaixadores do Rei”, na igreja batista de minha cidade. Por alguma razão, da qual não me lembro, a experiência não durou muito tempo, mas foi suficiente para que, ainda hoje, eu me lembre da empolgação com que recitávamos o que parecia ser o lema do clube: “O amor de Cristo nos constrange; somos embaixadores em nome de Cristo!” (2Co 5:14, 20). Parecíamos sentir um “cheiro de autoridade” em nossa vibrante expressão.

De fato, um embaixador é uma autoridade. Ele representa um governo em uma terra estrangeira. Nessa condição, a atitude básica e mais elementar que se espera dele é lealdade irrestrita a seu país. É um construtor de pontes entre sua nação e aquela a qual é enviado, tendo a missão de tornar os anfitriões simpáticos aos interesses da pátria que o enviou. Não é livre para estabelecer a própria agenda nem para disseminar ideias pessoais: é representante de outro governo, fala em nome deste.

É assim que somos “embaixadores de Cristo”. A palavra utilizada pelo apóstolo para “embaixadores” designava, “o legado de um imperador, o que empresta prestígio ao emprego dessa palavra aqui, como designação dos mensageiros especiais de Cristo” (Russell Champlin, O Novo Testamento Interpretado, v. 4, p. 349). Falamos em nome do Rei do Universo, a quem devemos lealdade irrestrita. Não temos um recado pessoal a transmitir, mas uma mensagem divina, cuja nobreza demanda conduta igual de nossa parte. Essa é uma mensagem de reconciliação do ser humano com Deus. A salvação ou morte eterna depende da aceitação ou rejeição da proposta divina. A missão é solene.

Porque “o amor de Cristo nos constrange”, não podemos pensar em retroceder. A mensagem deve ser dada com autoridade e coragem temperadas com amor, paciência e equilíbrio próprios da conduta de embaixadores. Somos servos, representantes do Céu. Defendemos interesses infinitamente mais importantes que as mais graves questões governamentais terrestres. Que a graça divina nos habilite a viver à altura desse privilégio.

Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

Viver em Amor Ct. 5

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica -Cântico dos Cânticos 5
Comentário Pr Heber Toth Armí

– O livro em análise é desprezado por uns, mas apreciado por outros: “Enquanto alguns judeus e cristãos puritanamente evitaram o livro, por considerá-lo ‘sensual’, alguns dos santos mais consagrados da história se deleitaram em suas páginas”. Outros tendem a alegorizá-lo visando amenizar sua mensagem erótica.

Porém, continuando o estudo no livro mais romântico do mundo, o capítulo em pauta oferece-nos mais três poemas, conforme destaca Tremper Longman:

• Poema onze: Da cabeça aos peitos; descrição sensual da mulher por parte do homem (vs. 1-7);
• Poema doze: O convite (vs. 8-9);
• Poema treze: Comer no jardim de amor (4:10-5:1).

A mensagem do livro é clara, nossos preconceitos tendem anuviar seu significado – nossa visão distorcida da sexualidade atrapalha nossa interpretação desse livro!

Observe este diagnóstico: “Até 3:11, não há indício de uma cerimônia de casamento ou de uma vida conjugal; assim, o cenário dos acontecimentos sustenta a ideia de que os fatos ocorridos em 1.2-3:5 referem-se aos dias pré-nupciais, enquanto os fatos de 4.1ss referem-se à cerimônia de casamento e à vida de amor dos noivos que se seguiu. Há várias razões que sustentam essa explicação:

1) ‘Desposório [casamento]’ não é mencionado antes de 3.11;
2) ‘Noiva’ não aparece até 4.8, e depois é mencionada por seis vezes, de 4.8 até 5.1; e
3) Antes de 4.1, a amada tem uma preocupação com a abstinência sexual (cf. 2.7; 3.5), o que não acontece depois, com os santos laços do matrimônio” (John MacArthur).

Fomos feitos pelo Deus do amor, para viver em amor. Isso dá sentido à vida. Desde o nascimento, passando pelo desenvolvimento, entrando no casamento, até o fim da vida, dependemos de um ambiente de amor, intimidade e respeito.

O livro em questão é…

• …um manual de orientação sexual dado pelo Criador do sexo, do orgasmo, do clitóris, em fim, do prazer.
• …um guia para viver a plenitude do amor conjugal de forma intensa resultando em plena felicidade.
• …como bússola que aponta a direção rumo ao plano de Deus para o relacionamento mais íntimo entre duas pessoas.

Desviar-se do plano bíblico significa seguir a própria rota pensando ser possível encontrar um destino melhor que o proposto por Deus. Infeliz ilusão!

Não há nada melhor que seguir instruções reveladas pelo nosso Criador! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Divinamente Iluminados

MEDITAÇÃO DIÁRIA

17 de agosto
Divinamente Iluminados

O Senhor é Deus, Ele é a nossa luz. Salmo 118:27

Se a vida eterna implica o conhecimento de Deus e de Seu Filho Jesus Cristo (Jo 17:3), não deveríamos nos contentar com um relacionamento superficial. Receberemos mais benefícios espirituais conforme mais profundamente buscarmos obter familiaridade com Sua pessoa e as virtudes de Seu caráter. Entretanto, as boas intenções esbarram nas limitações que nos foram impostas pelo pecado. Por maior que seja nosso anelo por Deus, jamais O alcançaremos plenamente enquanto estivermos aqui. Não importa o quanto o intelecto seja sofisticado, nenhum esforço será o bastante para alcançar toda a luz a respeito de Deus, até que Ele Se mostre pelo brilho de Sua revelação. Para conhecê-Lo, precisamos Dele mesmo em nós. Nele, e por intermédio Dele, é que conseguimos ver a luz que Ele é.

Não há idioma em que a imensidão do amor de Deus possa ser descrita em toda sua plenitude. “Se em tinta o mar se transformasse, / Em papel o céu também, / E a pena ágil deslizasse, / Dizendo o que esse amor contém, / Daria fim ao grande mar, / Ao esse amor descrever, / E o céu seria mui pequeno / Pra tal relato conter”, costumamos cantar (Hinário Adventista do Sétimo Dia, no 31). Ele “excede todo o entendimento” (Ef 3:19). Os pensamentos mais profundos, mesmo brotando do mais elevado intelecto humano, não podem alcançar a imensidão de Deus e de Seu amor.

O salmista refletiu sobre como a conformidade com o pecado mantém os homens nas trevas da impiedade, longe de Deus: “Ele [o ímpio] se acha tão importante, que não percebe nem rejeita o seu pecado. […] Abandonou o bom senso e não quer fazer o bem. Até na sua cama planeja maldade; nada há de bom no caminho a que se entregou, e ele nunca rejeita o mal” (Sl 36:2-4). Em contraste a isso, o poeta bíblico destacou a misericórdia de um Deus sempre à espera da decisão do ser humano em querer se colocar sob o foco da luz que torna possível ver a “Luz”.

Parafraseando Albert Barnes, não é olhando para nós mesmos nem sob a ótica de nossa tremulante luz que teremos a correta visão de Deus e de tudo que Lhe diz respeito. Não apenas pela busca intelectual de informações a respeito Dele. Há um único caminho que torna isso possível: nossa permanência sob o foco de Sua luz. À parte Dele, não há outra fonte de luz ou verdade sobre Ele. Longe Dele, tudo são trevas. Perto Dele, tudo se ilumina.

Hoje e sempre, vivamos sob o foco da verdadeira Luz que ilumina a todos.
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

Viver em Amor - Cantares 4

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica -Cântico dos Cânticos 4
Comentário Pr Heber Toth Armí

– O livro em análise é desprezado por uns, mas apreciado por outros: “Enquanto alguns judeus e cristãos puritanamente evitaram o livro, por considerá-lo ‘sensual’, alguns dos santos mais consagrados da história se deleitaram em suas páginas”. Outros tendem a alegorizá-lo visando amenizar sua mensagem erótica.

Porém, continuando o estudo no livro mais romântico do mundo, o capítulo em pauta oferece-nos mais três poemas, conforme destaca Tremper Longman:

• Poema onze: Da cabeça aos peitos; descrição sensual da mulher por parte do homem (vs. 1-7);
• Poema doze: O convite (vs. 8-9);
• Poema treze: Comer no jardim de amor (4:10-5:1).

A mensagem do livro é clara, nossos preconceitos tendem anuviar seu significado – nossa visão distorcida da sexualidade atrapalha nossa interpretação desse livro!

Observe este diagnóstico: “Até 3:11, não há indício de uma cerimônia de casamento ou de uma vida conjugal; assim, o cenário dos acontecimentos sustenta a ideia de que os fatos ocorridos em 1.2-3:5 referem-se aos dias pré-nupciais, enquanto os fatos de 4.1ss referem-se à cerimônia de casamento e à vida de amor dos noivos que se seguiu. Há várias razões que sustentam essa explicação:

1) ‘Desposório [casamento]’ não é mencionado antes de 3.11;
2) ‘Noiva’ não aparece até 4.8, e depois é mencionada por seis vezes, de 4.8 até 5.1; e
3) Antes de 4.1, a amada tem uma preocupação com a abstinência sexual (cf. 2.7; 3.5), o que não acontece depois, com os santos laços do matrimônio” (John MacArthur).

Fomos feitos pelo Deus do amor, para viver em amor. Isso dá sentido à vida. Desde o nascimento, passando pelo desenvolvimento, entrando no casamento, até o fim da vida, dependemos de um ambiente de amor, intimidade e respeito.

O livro em questão é…

• …um manual de orientação sexual dado pelo Criador do sexo, do orgasmo, do clitóris, em fim, do prazer.
• …um guia para viver a plenitude do amor conjugal de forma intensa resultando em plena felicidade.
• …como bússola que aponta a direção rumo ao plano de Deus para o relacionamento mais íntimo entre duas pessoas.

Desviar-se do plano bíblico significa seguir a própria rota pensando ser possível encontrar um destino melhor que o proposto por Deus. Infeliz ilusão!

Não há nada melhor que seguir instruções reveladas pelo nosso Criador! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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domingo, 16 de agosto de 2020

Paisagem Transformada

MEDITAÇÃO DIÁRIA

16 de agosto
Paisagem Transformada

Junto ao rio, às ribanceiras, de um e de outro lado, nascerá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não fenecerá a sua folha, nem faltará o seu fruto; nos seus meses, produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; o seu fruto servirá de alimento, e a sua folha, de remédio. Ezequiel 47:12

Na longa visão do templo dada ao profeta Ezequiel, a partir do capítulo 40 de seu livro, foi-lhe possível contemplar de um alto monte, em Israel, um novo templo. De acordo com Siegfried Júlio Schwantes, as características desse templo não correspondem “aos dados que se encontram no Pentateuco para o antigo santuário” (Ezequiel, p. 185), diferindo também do templo de Jerusalém, reconstruído depois do exílio. Diante disso, eruditos afirmam que essa visão é uma descrição do estado ideal de Israel no retorno do exílio, na Terra Prometida, caso a nação tivesse vivido à altura dos ideais divinos.

Mencionando a divisão da terra em 12 tribos, Ezequiel 47 começa descrevendo o templo como uma nascente de águas purificadoras, inicialmente referidas como um filete que aumenta à medida que flui até se transformar em um rio caudaloso. Ele muda a paisagem do deserto, convertendo-o num jardim; em suas margens crescem árvores frutíferas. A imagem comunica a lembrança da abundância de bênçãos físicas e espirituais inesgotáveis que deviam fluir do templo para o povo, em sua condição idealizada por Deus.

A figura de águas abundantes como símbolo de bênçãos para os filhos de Deus é comum na Bíblia. Cristo Se identificou como fonte da qual fluiriam “rios de água viva” (Jo 7:37-39). Ao apóstolo João foi dada a visão na qual pôde contemplar “o rio da água da vida” (Ap 22:1, 2). Comentaristas bíblicos consideram as árvores como símbolo de cristãos verdadeiros e espirituais, “árvores que o Senhor plantou” (Is 61:3), que brotaram graças às águas do santuário (Sl 1:3). Matthew Henry opina que as águas significam o evangelho de Cristo que sairia de Jerusalém para o mundo, no poder do Espírito Santo. Ellen White também associa a missão da igreja e seus membros, individualmente, à visão das águas purificadoras (Atos dos Apóstolos, p. 13; Testemunhos Seletos, v. 2, p. 485).

Nada produz tanta segurança ao cristão do que saber que, no templo celestial está Jesus, a fonte inesgotável que jorra para vida eterna (Jo 4:14). Nessa fonte, todos podem encontrar nutrição e sustento, refrigério e vigor, cura e salvação. Quem se abeberar dessa água se torna um afluente pelo qual ela jorra alcançando outros famintos e sedentos, transformando-lhes a aridez num jardim. É nosso privilégio ser canais de bênçãos para as pessoas hoje.
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

Jeremias 51 Comentário

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