Meditação Diária
Qualidades do Cidadão dos Céus
“Quem, Senhor,
habitará no teu tabernáculo”? “Quem há de morar no teu santo monte”?Salmos 15:1
11 qualidades
que indicam o perfil do verdadeiro cidadão dos céus.
Qualificações diante de Deus (v. 2)
1-Anda em sinceridade: Esta é uma qualidade do verdadeiro
cidadão dos céus, demonstrada, primordialmente, diante de Deus. Em Gênesis
17:1, Deus ordenou a Abraão: “...anda na minha presença e sê perfeito”. Isso
equivale a ser íntegro diante do Senhor. A palavra hebraica para integridade é
tamin, significando que o indivíduo íntegro é aquele que diz o que faz e faz o
que diz (Tg 2:12). O Apóstolo Paulo faz idêntica exortação: “Procura
apresentar-se diante de Deus aprovado” ( 2 Tm 2:15).
2-Pratica a justiça: A justiça emana de Deus. O cristão só
consegue viver bem diante do Senhor, se tiver a justiça divina. Noé foi um
exemplo de homem que pratica a justiça e a retidão ( Gn 6:9). Davi conhecia a
Deus como o verdadeiro Pastor, pois somente Ele ( Deus) pode nos guiar pelas
veredas da justiça ( Sl 23:3b).
3-
Qualificações diante dos homens:
Estas qualificações referem-se ao comportamento, ou conduta
ética, do cidadão dos céus diante dos homens, sejam estes salvos ou não.
Refletem o caráter ideal dos filhos de Deus. Tais qualidades podem servir de
parâmetro para nossa auto-avaliação.
4-Fala
a verdade:
o cidadão dos céus chegou a essa condição porque, um dia,
creu na verdade ( Jo 14.6b). Ele (a) foi
liberto (a) pela verdade ( Jo 8:32). Passou a adorar a Deus “em espírito e em
verdade” (Jo 4:24). Foi santificado pela presença de Deus em sua vida. Em
conseqüência, tem como característica básica ser pessoa que só fala “verazmente
segundo o seu coração” (v. 2b).
5-Não
difama o próximo (v. 3 a): Difamar vem do Latim (diffamare),
significando “tirar a boa fama ou o crédito”, falar mal de alguém. O filho de
Deus, os chamados por Deus, os eleitos de Deus, não agem assim. Se ele não
puder falar bem do seu próximo, não há de falar mal. Tiago exorta a que não
falemos mal uns dos outros ( Tg 4:11).
6-Não
faz mal ao próximo ( v. 3b): Fazer mal é próprio dos
malignos, dos maldosos, dos ímpios, que “...não dormem, se não fizerem o mal, e
foge deles o sono se não fizerem tropeçar alguém” (Pv 4:16). O cristão
demonstra, em todos os aspectos de sua vida, cultivar a benignidade, qualidade
daquele que só faz o bem. Fazer o mal, no texto, tem um sentido amplo:
refere-se a qualquer tipo de atitude que venha a prejudicar o próximo em
qualquer circunstância, quer no aspecto moral, quer no social, quer no
espiritual ou físico. Quem faz o mal colherá o fruto do que anda semeando (Gl
6:7).
7-Não
aceita afronta contra o seu próximo (v. 3c): Afronta quer dizer
ofensa, ultraje, humilhação, de modo agressivo, de uma pessoa contra outra. O
cristão é capaz de suportar a afronta contra si mesmo, demonstrando o fruto do
Espírito – a longanimidade, mas “não aceita nenhuma afronta contra o seu
próximo”.
8-Despreza
o réprobo (v. 4): Réprobo é sinônimo de reprovado, mal,
perverso. O cidadão dos céus não pode aprovar, por ação ou omissão, o
comportamento dos ímpios. Deve amá-los, espiritualmente, como Cristo os ama,
mas desprezar suas práticas pecaminosas.
Neemias, ouvindo o falso convite de Sambalate, Tobias e
Gesém, logo os desprezou: “Estou fazendo uma grande obra, de modo que não
poderei descer” (Ne 6:2-3). Jesus, diante da ameaça de Herodes, um governante
réprobo, desprezou-o de imediato, chamando-o de raposa (Lc 13:32).
9-Honra
aos que temem a Deus (v. 4b): Os que temem a Deus, de modo
geral, estão entre os que são considerados “como lixo deste mundo e como
escória de todos” (I Co 4:23). Desse modo, só quem está em condições de honrar
aos que temem a Deus são os verdadeiros cidadãos do céu. Os pais crentes devem
amar e honrar a seus filhos; estes devem honrar a seus pais; os esposos devem
honrar as esposas e vice-versa; os fiéis devem honrar os pastores e estes aos
fiéis.
10-Cumpre
os seus compromissos (v. 4c): O texto do Salmo diz: “aquele
que, mesmo que jure com dano seu, não muda”. No Antigo Testamento, as pessoas
faziam juramento diante de contratos e acordos. No Novo Testamento, vemos que
Jesus nos ensinou a não jurar nem pelo céu nem pela terra (Mt 5:34). Ele
exortou seus seguidores a serem pessoas íntegras no cumprimento da palavra,
dizendo: “Seja, porém, o vosso falar: sim, sim; não, não, por que o que passa
disso é de procedência maligna” (Mt 5:37).
11-a)Não
empresta seu dinheiro com usura (v. 5): Pedir dinheiro emprestado não
é coisa boa (ver Pv 22:7). As vezes, porém, certas circunstâncias obrigam o
cristão a fazê-lo. Se tivermos condições de ajudar alguém, concedendo-lhe um
empréstimo, devemos fazê-lo de modo cristão e compassivo (Sl 37:26), sem
explorar o próximo.
b)Não
aceita suborno (v. 5b): Suborno quer dizer peita, corrupção.
Subornar é dar dinheiro para conseguir alguma coisa que vá de encontro à moral
e aos princípios cristãos. O cidadão do céu jamais aceita tal prática seja
contra o culpado e muito menos contra o inocente. No mundo sem Deus, a prática
do suborno é comum. Mas, como cristãos, devemos condenar esta prática.
Seis palavras apenas são usadas, no final do salmo, para
descrever o galardão do verdadeiro cidadão do céu: “quem faz isto nunca será
abalado”. Isto é, quem age de acordo com as qualidades do verdadeiro cidadão do
céu, jamais sofrerá qualquer abalo.
Pr. Elias Lombardi
Adaptado para esta meditação
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