domingo, 17 de março de 2024

Genealogias

 Devocional Diário

Genealogias

Jesus […], filho de Davi, […] filho de Abraão, […] filho de Adão, filho de Deus. Lucas 3:23, 31, 34, 38

Por que há tantas genealogias na Bíblia? Podemos achar que as genealogias não fazem muito sentido, mas a verdade é que elas nos proporcionam valores e recordações. Em primeiro lugar, elas apontam para a veracidade da Bíblia, pois são documentos históricos. Isso quer dizer que aquilo que estamos lendo não é um mito. Em segundo lugar, elas nos falam da origem dos povos. Ter raízes envolve pertencimento, vínculos. Imagine o povo hebreu, que escutava as genealogias no deserto. Esse era um povo composto de escravos que não sabia quem era. Saber de onde provinham lhes proporcionava segurança e certezas. As genealogias eram as lembranças da família. O Deus deles era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

Por último, as genealogias enfatizam valores. Não são censos. São passagens que contêm mensagens de relevância. Por exemplo, por que tanta insistência, nas primeiras genealogias, em mencionar os anos que viveu cada personagem? Certamente porque querem mostrar que o mundo nem sempre foi igual e que houve um tempo em que o ser humano estava menos afetado pelo pecado.

Por que os livros das Crônicas mencionam tantos lugares? É fácil: o povo voltava do exílio e tinha que retornar às suas terras de origem. Mencionar o lugar do qual procediam era como “voltar aos seus rincões”. Por que a genealogia apresentada por Mateus consiste em três blocos de 14 gerações cada uma? (Mt 1:17). Porque, para os judeus, o Messias era um descendente de Davi, e o valor numérico do nome Davi, em hebraico, soma 14 ([D = 4] +[w = 6] + [d = 4]). Jesus, portanto, era 3 x 14, ou seja, o Messias dos messias. E por que Lucas teria dito que Jesus era, “conforme se pensava” (Lc 3:23), filho de José? Porque a genealogia não é a de José, mas de Maria. Curioso, não?

Lembro-me de minha avó abrindo um álbum de fotos enquanto mencionava os nomes e as histórias de pessoas que não conheci. Eu carrego o nome do meu avô. Mal me lembro dele, mas tenho visto tantas fotos e escutado tantas histórias sobre ele que encontro sentido quando me chamam pelo sobrenome. Deus faz algo semelhante com as genealogias. Elas nos mostram que temos um passado e, portanto, que sabemos quem somos. E você? Sabe de onde vem?

Vislumbres da eternidade
17 de março
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