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quinta-feira, 30 de novembro de 2023

TENTAÇÃO E ORAÇÃO

 MEDITAÇÃO DIÁRIA 

30 de novembro

TENTAÇÃO E ORAÇÃO

Sendo assim, todo o que é piedoso Te fará súplicas em tempo de poder Te encontrar. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Salmo 32:6

Salmo 32, além de apontar o caminho para sermos perdoados, apresenta alguns recursos que Deus colocou à nossa disposição para sermos obedientes. O primeiro é a oração. O mundo não valoriza a oração. As pessoas vivem como se Deus não existisse. Quando assistimos a um filme e os personagens passam pelas mais diferentes situações, algumas de fato terríveis, percebemos que nenhum deles recorre a Deus. Não buscam a sabedoria e o socorro que o Senhor pode oferecer. Em nosso mundo, há pessoas que nunca fizeram uma única oração. Outros, quando oram, só sabem pedir. Não têm nada mais a dizer a Deus. E alguns só pedem coisas materiais.

Você tem orado? Na última semana, quanto tempo você gastou em oração? Quando você ora, qual é o conteúdo de sua oração? É necessário orarmos continuamente, em especial quando percebemos que estamos sendo tentados. Jesus ensinou como devemos orar e disse que uma de nossas petições deve ser: “Não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal” (Mt 6:13). Em vez de nos deixarmos levar pela tentação, precisamos perceber o perigo e orar pedindo a Deus livramento. Fazendo assim, por mais forte que seja a tentação, ela não nos vencerá.

O verso de hoje ilustra essa realidade com a figura de uma inundação. Quando garoto, estudei no Instituto Adventista Cruzeiro do Sul, em Taquara, RS. Lá, todos os anos, chovia muito. Como resultado, os rios transbordavam, e o lugar ficava alagado. Mas eu morava em um lugar elevado, o dormitório masculino. As águas nunca nos atingiram. Podíamos ver as águas subindo os degraus da escadaria que dava acesso ao prédio. Mas, enquanto estive lá, elas nunca entraram no dormitório.

Do mesmo modo como as águas vão subindo, subindo, a tentação vai se intensificando, mas pela oração estamos em uma posição tão elevada que não somos vencidos por ela. Portanto, não se esqueça! Na próxima vez que perceber a tentação se aproximar, ore. Diga a Deus como se sente. Peça a ajuda Dele. O Senhor socorrerá você!

https://youtu.be/84g9WTnNQe0

sábado, 30 de abril de 2022

O DIVINO MÉDICO

 O DIVINO MÉDICO


Depois, colocou aquele homem sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele. Lucas 10:34

O espírito do bom samaritano não tem sido representado com frequência em nossas igrejas. Muitos em necessidade de auxílio são passados por alto, como o sacerdote e o levita passaram de longe pelo ferido e maltratado desconhecido que havia sido deixado para morrer à beira do caminho. Aqueles que necessitam do poder do divino Médico para curar suas feridas têm sido deixados sem cuidado e sem ser notados. Muitos agem como se fosse suficiente saber que Satanás montou sua armadilha para uma pessoa, e eles voltam para casa tranquilamente sem cuidar da ovelha perdida. É evidente que os que manifestam esse espírito não são participantes da natureza divina, mas dos atributos do inimigo de Deus.

Alguém deve cumprir a comissão de Cristo. Alguém terá de levar avante a obra que Ele começou na Terra. À igreja foi dado esse privilégio, para isso ela foi organizada. Por que, então, os membros da igreja não têm assumido essa responsabilidade? Há os que têm visto essa grande negligência. Eles percebem as necessidades de muitos que estão em sofrimento e penúria, reconhecem nessas pobres almas aqueles por quem Cristo deu Sua vida e seu coração tem sido movido de piedade, levando à ação cada habilidade. […] Aqueles que se empenham nessa obra de auxílio cristão fazem aquilo que o Senhor deseja que se faça, e Ele aceita seus labores. O que se tem feito nesse sentido é um trabalho com o qual todo adventista do sétimo dia deve de coração simpatizar, e ao qual deve prestar seu apoio, nele empenhando-se zelosamente. Negligenciando essa obra, que se acha a seu alcance, recusando essas responsabilidades, a igreja está se prejudicando grandemente. […]

Devido à negligência da igreja, Deus tem olhado para ela com desprazer. Amor à comodidade e indulgência egoísta têm sido demonstrados por muitos. Alguns que tiveram o privilégio de conhecer a verdade bíblica não a acolheram no santuário da alma. Deus considera todos esses como tendo de prestar contas dos talentos que não retornaram a Ele em serviço honesto e fiel, no empreender de todo esforço possível para buscar e salvar os que estão perdidos (Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 294-296).

PARA REFLETIR: Por que Deus lhe pede que cuide dos perdidos, enquanto você mesmo tem tantas lutas para enfrentar? De que maneira ajudar os outros ajuda você?

MEDITAÇÃO DIÁRIA

30 de abril

https://mais.cpb.com.br/meditacao/o-divino-medico/


sábado, 28 de agosto de 2021

Ele Criou Tudo

 Meditação Diária

Sábado, 28 de agosto

ELE CRIOU TUDO

Pois, Nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio Dele e para Ele. Colossenses 1:16

Se uma pessoa aceita de imediato e indiscutivelmente o texto bíblico de hoje, terá respostas para muitas questões desconcertantes e muitos dos grandes problemas da vida serão esclarecidos. Nessa declaração categórica, o apóstolo Paulo afirma que a Terra é apenas uma parte de um imenso Universo, visível a nós meramente como estrelas que, na realidade, são enormes sistemas solares.

Esses vastos sistemas respeitam as leis divinas na natureza. Sua grandeza é demais para mente humana finita, mas podemos perceber que, como uma orquestra, seguem a direção do grande Maestro. Paulo apresenta Cristo como o Criador, não apenas de nossa galáxia, mas da totalidade de sistemas que constituem o Universo.

Que o Universo existe ninguém duvida. E seria inconcebível crer que um Deus onisciente e onipotente criaria o Universo sem um grandioso propósito fundamental. Além do mais, pela comovente parábola do Salvador a respeito das 99 ovelhas seguras no aprisco e apenas uma perdida na montanha (Mt 18:12-14), podemos deduzir com razão que nosso mundo é o único que deixou o pastoreio divino. A declaração no Apocalipse de que o trono de Deus estará na Nova Jerusalém (Ap 21:22) concorda com a afirmação de Mateus acerca da alegria triunfal pelo retorno da ovelha perdida, mais do que por 99 seguras no redil. Isso indica também quão excessivamente grande é o interesse do Universo inteiro no resultado final do importante conflito que está em andamento entre o bem e o mal.

Como habitantes deste único mundo perdido, somos participantes do grande conflito. Cada um de nós é uma parte do plano divino, estabelecido antes da criação da Terra, para vindicar a sabedoria e a justiça do governo de Deus e para enaltecer Sua bondade e amor. Não se trata de um projeto autocrático, mas do único plano que pode conquistar a aprovação dos seres em todo o Universo.

Você já considerou a importância da responsabilidade que lhe foi confiada? Tem agradecido a Deus pelo privilégio de ter sido alcançado pela salvação e por poder se alistar para lutar no lado vencedor?

Floyd Rittenhouse, 22/4/1984

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

A última prece

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

31 de dezembro

A última prece

Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus! Apocalipse 22:20

Seria demais imaginar que o inimigo de Deus assistiria indiferente ao extraordinário crescimento da igreja de Cristo no primeiro século. Assim, por meio da religião e do Estado, ele empreendeu a mais severa perseguição aos apóstolos e outros fiéis cristãos. Alguns depuseram a vida decapitados, outros foram devorados por feras nas arenas públicas ou queimados como tochas humanas nos jardins imperiais romanos.

João foi o último dos apóstolos a ser julgado e condenado por causa da fé que professava. Inicialmente, por ordem de Domiciano, ele foi sentenciado à morte em um caldeirão de óleo fervente. Diante da formalização da sentença, João declarou: “Meu Mestre Se submeteu pacientemente a tudo quanto Satanás e seus anjos puderam inventar para humilhá-Lo e torturá-Lo. Ele deu a vida para salvar o mundo. Considero uma honra ser permitido que eu sofra por Seu amor” (Ellen White, Atos dos Apóstolos, p. 570). Impressionados pela força desse testemunho, seus algozes o tiraram do tacho, e ele sobreviveu sendo, posteriormente, exilado na solitária ilha de Patmos, no Mar Egeu.

Ali, João teve o privilégio de receber significativas visões a respeito da história da igreja ao longo dos tempos. Viu o Filho do Homem conduzindo-a em sua trajetória de pureza doutrinária, em suas lutas no enfrentamento de heresias e no combate a elas por meio da coragem de fiéis defensores da verdade. Sim, João contemplou o trono de Deus, ouviu o cântico dos remidos junto ao mar “como que de vidro” (Ap 15:2, 3), viu o Cordeiro, por cujo sangue derramado somos espiritualmente lavados, tornados mais alvos que a neve e também vencedores. Finalmente, viu o fim do pecado, de seu autor e de seus adeptos. Viu a morte para sempre vencida e o pranto eternamente erradicado. Foram-lhe mostradas a nova Terra, a nova ordem de amor, paz e justiça no reino que jamais passará.

Nessa direção, caminhamos pela graça divina. Nossas lutas pessoais decorrentes do pecado inerente a nós serão para sempre superadas. Ameaças às nossas boas intenções de fidelidade a Deus desaparecerão. Tropeços e quedas, nunca mais! O triunfo da graça é real! Seu Autor garantiu que não falhará em vir compartilhar conosco essa vitória: “Sim, venho em breve!” Logo chegaremos à glória! Assim como João, tendo o coração queimando em anseio de que isso não demore, nós oramos: “Amém! Vem, Senhor Jesus!”

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

A glória da graça

MEDITAÇÃO DIÁRIA

30 de dezembro

A glória da graça

E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. Romanos 8:30

Estou tentando me lembrar do final feliz mais emocionante para uma grande história sobre a qual eu tenha lido, ouvido ou que tenha vivenciado. Pode ser que você tenha muitas na lembrança, mas se destaca para mim o momento em que a noiva surge esplendorosa conduzida pelo pai em direção ao noivo, que a espera no altar. Tendo realizado várias cerimônias de casamento, testemunhei a emoção de quem espera e de quem vai ao encontro. O brilho nos olhos, o sorriso e as lágrimas ao mesmo tempo. No rosto de um e do outro, a expressão da vontade de acelerar o ritmo da marcha nupcial. Certa vez, ouvi uma emocionada e sorridente noiva repetir em sussurro: “Acho que vou enfartar! Acho que vou enfartar!” Você consegue imaginar a intensidade desse momento?

No entanto, de uma coisa sei: todos os finais felizes de todas as histórias reunidos, por mais extraordinários que sejam, passam de mera sombra do apogeu glorioso da graça. O plano redentor de Deus, estabelecido desde antes da fundação do mundo (1Pe 1:20), está em andamento e será concretizado. Deus predestinou todos os seres humanos para salvação, a todos chamou por meio do convite do evangelho, justifica pela graça e glorificará os que aceitarem Seu convite. Esses reinarão com Ele pelos séculos da eternidade.

Desse modo, o cristão vive na certeza da salvação e na feliz expectativa da glorificação. “A glorificação é um ato mediante o qual Deus permite que os redimidos compartilhem de Sua radiante glória. Isso significará salvação em seu sentido mais amplo e final” (Hans LaRondelle, O Que é Salvação, p. 117). Para isso, Cristo veio, viveu, morreu e ressuscitou. Para isso, “a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tt 2:11). Com o pensamento na grandiosidade da graça, Paulo disse gloriar-se, bem como os demais cristãos, “na esperança da glória de Deus” (Rm 5:2).

O pecado tem deixado sua marca na experiência humana e nos cenários mais belos da natureza. Entretanto, virá o dia em que seremos libertos de seus efeitos. Viveremos esta incrível realidade: “O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. […] Desde o minúsculo átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeita alegria, declaram que Deus é amor” (Ellen White, O Grande Conflito, p. 678). Estamos um ano mais perto dessa glória!

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Esperar ou apressar?

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

29 de dezembro

Esperar ou apressar?

Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a Sua vinda. 2 Pedro 3:11, 12, NVI

Assim como em nossos dias, também havia nos dias do apóstolo Pedro quem zombasse da vinda de Cristo. Os cristãos sob seus cuidados necessitavam de orientação, ânimo e certeza. Com plena segurança de que o Senhor não falhará, o apóstolo se apressou em aconselhá-los. Reafirmou a certeza no cumprimento da promessa divina e lhes expôs o estilo de vida que deveriam manter enquanto aguardassem a manifestação do Salvador: “Que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a Sua vinda” (2Pe 3:11, 12, NVI).

No entanto, algumas pessoas se perguntam: “Podemos apressar a vinda de Cristo? Deus não tem o controle absoluto da situação? Como poderíamos redirecionar, retardar ou adiantar a execução de Seus propósitos?” Inicialmente, será bom prestarmos atenção ao significado original das palavras “esperar” e “apressar” nesse verso. A primeira palavra, tradução do termo grego prosdokao, reflete uma “grande expectativa”, portanto ativa, prática, além do conhecimento meramente teórico de que algo vai acontecer. Ou seja, implica preparo, tendo em vista o desfecho do que é esperado. A segunda palavra é a tradução para o termo grego speud?, “continuamente apressando”; “veementemente desejando”, enquanto nos preparamos.

O próprio Jesus associou a espera ao envolvimento ativo na missão: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (Mt 24:14). “É privilégio de todo cristão, não só aguardar, mas mesmo apressar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ellen White, Evangelismo, p. 696).

Fazer-nos participantes da missão que prepara o mundo para esse glorioso acontecimento, no entanto, não significa dependência humana da parte de Deus. “É privilégio” a nós concedido. Ele tem nas mãos o curso da História e a missão. “A Majestade do Céu tem sob Sua direção o destino das nações e os negócios de Sua igreja” (Ellen White, Testemunhos Seletos, v. 2, p. 352). Pode muito bem dirigi-las sem nossa ajuda. Anjos, por exemplo, poderiam concluir a missão de evangelizar o mundo. Contudo, o Senhor escolheu contar conosco, apesar de nós mesmos. Quanto a nós, não deveríamos nos omitir de trabalhar lado a lado com Aquele que graciosamente nos escolheu, a fim de compartilhar com todas as pessoas o plano da redenção para o ser humano.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Quando será?

MEDITAÇÃO DIÁRIA

 28 de dezembro

Quando será?

Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos Céus, nem o Filho, senão o Pai. Mateus 24:36

Durante um intervalo entre palestras de um congresso, fui abordado por um participante que me perguntou: “Pastor, como é possível sentirmos saudades de alguma coisa que nunca vimos?” Referia-se às tantas vezes em que nós dizemos estar sentindo “saudades do Céu”. Essa saudade, inclusive, é tema de muitos de nossos belos hinos, como “Saudade” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, no 340) e “Além do Rio” (ibid., no 570). A ênfase é no anseio de que logo chegue o momento de vermos o Rei.

Com a expressão dessa saudade, tentamos traduzir nosso profundo anseio de que logo chegue o momento de vermos o Rei, conhecê-Lo assim como Ele é; experimentar Nele e junto a Ele a libertação de tudo o que nos faz sofrer no mundo e viver a glória de Sua presença para sempre.

“Tudo dentro de nós clama pela vida e pela permanência; no entanto, tudo que nos cerca nos faz lembrar da mortalidade” (Aiden Tozer, Mais Perto de Deus, p. 52, 53). Contudo, um dia voltaremos à eterna Fonte de nossa origem: o próprio Deus. Por isso, ansiosos pelo cumprimento da promessa feita por Jesus de nos levar para a casa do Pai, nós, à semelhança dos discípulos, perguntamos: “Quando será?” Não sabemos. Nem o Mestre revelou que soubesse. Paradoxo para Aquele que conhece todas as coisas? Evidentemente, não. A declaração não torna Jesus menos Deus do que sempre foi.

Ekkehardt Mueller opina: “A declaração foi feita durante o período em que esteve encarnado como ser humano, e é a partir dessa perspectiva que deve ser compreendida” (Ministério, jan/fev, 2012, p. 17). E o Comentário Bíblico Adventista afirma: “Como um homem na Terra, Cristo limitou voluntariamente Seu conhecimento e poder na medida da capacidade dos seres humanos” (v. 5, p. 538).

Contudo, o que mais nos importa do que saber simplesmente que Ele virá? Isso é tudo. Nossas dores terão fim, as lágrimas serão enxugadas, o pecado não mais existirá. Mataremos a saudade de nossos queridos e a saudade (anseio) de Jesus. A morte morrerá!

Tudo nos diz que “Ele está vindo. Se será hoje, um dia ou dois, depois de amanhã, o que importa saber é que Ele volta; e vem para recolher os que já são Seus” (Jader Santos). Enquanto isso, continuemos esperando e nos preparando.

domingo, 27 de dezembro de 2020

Um cântico de alegria

MEDITAÇÃO DIÁRIA

27 de dezembro

Um cântico de alegria

Coroas o ano com a Tua bondade, as Tuas pegadas destilam fartura. Salmo 65:11

Estamos quase findando mais um ano. Quatro dias mais, e este ano se tornará passado. Há um ano, vivíamos as mesmas emoções e os mesmos sentimentos de agora, diante de tantos sonhos, expectativas e projetos que alimentávamos em nossa mente. Olhávamos pelo retrovisor do tempo os deslizes, obstáculos e curvas na estrada do ano anterior e acendíamos os faróis da esperança. Nada podíamos ver, mas podíamos crer, confiar, sonhar e avançar. O que vemos agora?

Frutificaram as sementes dos ideais que lançamos? Concretizaram-se os sonhos nos quais investimos intelecto, tempo, sentimentos, emoções e, talvez, dinheiro? Independentemente de quaisquer resultados colhidos, o importante é que a certeza de termos sido acompanhados pela bondade de Deus mantém a esperança e nos enche de paz. O que mais poderíamos desejar? Estamos nas mãos de um Pai empenhado em promover nosso bem em todas as circunstâncias que nos envolvam. “Um poder invisível está trabalhando continuamente para servir ao homem, para alimentá-lo e vesti-lo” e para tudo o mais (Ellen White, Parábolas de Jesus, p. 81).

No Salmo 65, Davi louva a Deus por Sua bondade manifestada, ao que parece, nas bênçãos de uma colheita farta. Ninguém pode afirmar não ter vivenciado a bondade divina, por meio da colheita de frutos que brotaram das sementes lançadas no início deste ano. Há realizações e conquistas a serem contabilizadas; ideais e sonhos realizados. Objetivos atingidos. E há bênçãos em forma de crescimento experimentado e lições aprendidas em meio a perdas momentâneas.

Até aqui chegamos amparados pelo mesmo poder que sustém os mundos em suas órbitas e mantém firmes as montanhas. A mesma luz que faz os poderes das trevas tremerem ilumina nosso caminho. A mesma voz que acalma tormentas transmite serenidade a nosso coração. Nosso Deus é o grande Eu Sou, o Alfa e o Ômega, Aquele que nos alcançou no mais profundo nível da nossa pecaminosidade e nos dignificou. Um Deus que nos ama de uma eternidade a outra, passada e futura, e cujas misericórdias não têm fim. Ele responde a todos os nossos clamores, sempre além do que pensamos, desejamos ou pedimos, conhecendo o que é melhor para nós. Por onde passa, deixa fartura. Portanto, assim como na linguagem do salmista, os campos revestidos de rebanhos e os vales cobertos de trigo “exultam de alegria e cantam” (Sl 65:13), cantemos nós também. Temos razões para cantar.

sábado, 26 de dezembro de 2020

Troféus do sofrimento

MEDITAÇÃO DIÁRIA

26 de dezembro

Troféus do sofrimento

Ele verá o fruto do penoso trabalho de Sua alma e ficará satisfeito. Isaías 53:11

Ao ler Isaías 53, você já sentiu ser esse capítulo um daqueles que devem ser lidos em atitude reverente, de adoração e gratidão? Esse é o sentimento que experimento ao lê-lo. Impossível não nos curvarmos emudecidos diante dessa tocante descrição do incompreensível amor do Pai. A primeira realidade que nos é apresentada é tão terrível e repugnante quanto é o pecado para a Divindade. Ambos são inconciliáveis, e o pecado requer punição. Entretanto, a partir dessa verdade, sob a inspiração do Espírito Santo, o profeta registrou a expressão de outra realidade cheia de conforto: ao punir o pecado de Seu povo, Deus o fez na pessoa de Seu Filho, Jesus, o Messias prometido. De fato, Ele mesmo Se colocou em nosso lugar e recebeu o castigo que a nós era destinado.

Apesar de grandiosa, a boa-nova referida por Isaías aparentemente não entusiasmou os ouvintes incrédulos (Is 53:1). O protagonista dela “não tinha aparência nem formosura; olhamo-Lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse” (v. 2). Não tinha consigo a ostentação da realeza humana. Assim, foi rejeitado e desprezado pelos que eram Seus (Jo 1:11). Apesar disso, jamais deixamos de figurar em Seus planos. Havia uma missão de resgate a ser levada até o fim, e a preço incalculável.

Ninguém jamais entenderá as profundezas do sofrimento enfrentado por Jesus. “Tomou sobre Si as nossas enfermidades”, “foi transpassado por nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades”, “foi cortado da terra dos viventes” (Is 53:4-10). “As gotas de sangue que corriam de Sua fronte, Suas mãos e pés, as convulsões de agonia que sacudiam Seu corpo e a indescritível angústia que enchia Sua alma quando o Pai ocultou Dele a face falam ao ser humano, dizendo: ‘Foi por amor a você que o Filho de Deus consentiu em levar sobre Si esses odiosos crimes; por você, Ele rompeu o domínio da morte, e abriu os portões do Paraíso e da vida imortal’” (Ellen White, História da Redenção, p. 225).

Somos os troféus de Seu sacrifício. Toda corte celestial irrompeu em louvor assim que Jesus apresentou ao Pai as marcas desse sacrifício. Esse louvor se prolongará pela eternidade. Então Cristo verá nos remidos de todos os tempos, “o fruto do penoso trabalho de Sua alma e ficará satisfeito” (Is 53:11). Ali, pela graça do Senhor, estaremos você e eu. Fomos feitos para Ele.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Nome sem igual

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

25 de dezembro

Nome sem igual

Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Mateus 1:21

O nome de Cristo tem sido fonte de inspiração para escritores, pregadores, compositores e cantores, que têm enaltecido o poder e atração irresistíveis que ele carrega. “Reis e reinos vão passar, mas existe algo nesse nome”, diz a letra original de uma belíssima canção composta por Bill e Gloria Gaither, conhecida em português pelo título “Cristo, algo existe em Ti”, que é cantada até hoje. O nome de Jesus abranda e ilumina com esperança o coração mais endurecido. Poderoso, tem resistido aos ataques de inimigos em suas tentativas de varrê-lo da face da Terra. Porém, ao contrário disso, um dia todos se curvarão diante desse Nome, reconhecendo-O como Rei eterno.

Nenhum outro é igual a Cristo. “Um nome que inspira devoção e o mais puro amor. O nome que Deus nos enviou como um presente […]. Esse nome nos quer curar”, e, quem O invocar, “perdão alcançará”, cantam os Arautos do Rei a canção “O Nome Cristo”, composta por Jader Santos. Para o Novo Tom e para nós, na letra e música de Valdecir Lima e Lineu Soares da canção “Cristo”, Ele é o “lírio do vale, a rosa de Saron […] o meigo e bom Pastor, o Pai da Eternidade […] Ele é vida, verdade e salvação.”

O anjo contou a José a razão pela qual o bebê deveria ser chamado Jesus: “Ele salvará o Seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21). Em hebraico, Jesus significa “o Senhor é salvação”. Isso envolve todas as formas de manifestação de Sua graça. Assim, leprosos chamaram Seu nome e foram curados. Pecadores clamaram e foram perdoados e salvos. Enlutados tiveram de volta seus mortos. Demônios foram postos em fuga, deixando livres os que lhes eram cativos. Em nome de Cristo, os apóstolos continuaram a trajetória de maravilhas, e o poder nele contido está a nosso dispor. Nele, pedimos, e o Pai nos atende. Nenhuma bênção nos será negada sempre que confiarmos em Seu nome.

Sempre haverá razão para cantarmos junto com os Arautos: “Há poder em Teu nome, Jesus! / Há esperança em Teu nome, Jesus!” (canção “Em Nome de Jesus”, de Jader Santos). Agora, imagine o momento em que você pronunciará esse Nome, olhando nos olhos de Seu Autor. Não apague essa imagem de sua mente. Ela lhe fará muito bem neste dia.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Um rei na casa do pão

MEDITAÇÃO DIÁRIA

24 de dezembro

Um rei na casa do pão

E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti Me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. Miqueias 5:2

O futuro avistado por Miqueias para Israel era desanimador. Cercada por tropas inimigas, Jerusalém veria seu rei ser maltratado e humilhado (Mq 5:1). No entanto, o triste cenário é repentinamente iluminado por um raio de esperança. Deus não havia abandonado Seu povo, e um novo Rei iria surgir (Mq 5:2).

Assim, o profeta teve um vislumbre do Rei-Salvador, o Messias prometido e aguardado pelos filhos de Deus desde que Adão havia perdido o paraíso edênico sob a promessa de que o Descendente da mulher viria para triunfar sobre o mal (Gn 3:15). O que nem líderes religiosos nem autoridades poderiam imaginar era que o Messias nasceria em um insignificante vilarejo de Judá, não em um ambiente da realeza de Jerusalém, conforme esperavam. Mas os propósitos do Altíssimo haviam determinado que este seria o lugar: Belém-Efrata, cujo significado é “casa de pão”.

A humildade do lugar escolhido para o nascimento de Jesus se ajusta muito bem à maneira pela qual, às vezes, Deus escolhe agir. Ele aprecia trabalhar por meio de coisas e pessoas simples, dignificando-as a partir de então. Por isso, ao longo dos tempos, Ele tem escolhido seres humanos diminutos por causa do pecado, e os tem habilitado a realizar maravilhas em Sua causa. Por Sua graça, pecadores indignos têm-se tornado gigantes espirituais. Ele, que é o “Pão da vida”, deseja fazer de nosso coração uma casa na qual possa renascer todos os dias, a fim de que aprendamos a amar e possamos crescer à semelhança Dele.

Digna de nota é a referência ao fato de que as origens do bebê nascido em Belém “são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Ali não ocorreu apenas o nascimento de um grande personagem histórico, benfeitor da humanidade. Belém foi a porta através da qual Deus encarnado entrou na história da humanidade dando a vida para resgatá-la.

À semelhança do que acontecia com Israel nos dias de Miqueias, no que depender dos maiorais da Terra, o futuro da humanidade também é desanimador. Entretanto, um Libertador virá, não como bebê indefeso, mas como Rei vencedor. Então, estabelecerá Seu reino de justiça e paz. A longa noite do pecado e da morte terá fim. A sombra do mal será para sempre dissipada. Foi para isso que houve o primeiro Natal. Essa é a razão maior pela qual devemos celebrá-lo não somente em um dia do ano, mas a cada segundo da existência.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Além da compreensão

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

 23 de dezembro

Além da compreensão

Como são grandes as riquezas de Deus! Como são profundos o Seu conhecimento e a Sua sabedoria! Quem pode explicar as Suas decisões? Quem pode entender os Seus planos? Romanos 11:33; NTLH

Nós sabemos muito bem. Os dias mais escuros de nossa existência são dolorosos e quase humanamente insuportáveis, mas não são inúteis. As experiências que vivenciamos nos oferecem oportunidades para reflexão e aprendizado e abrem caminho para maiores bênçãos no fim da jornada. Você já pensou nas muitas lições que pôde aprender ou relembrar durante um longo período de recuperação de algum mal físico que o atingiu de surpresa? Um desses lembretes pode ser: Não tente entender todos os caminhos pelos quais Deus permite que você ande. Ninguém entenderá. E mais: Não se renda ao tormento de lutar com perguntas para as quais não terá respostas nesta vida. “Como ou por que vim parar nesta condição?” Talvez haja respostas; talvez, não. Se não houver, apenas confie, porque a fé é o alento espiritual do justo (Hc 2:4). Não murmure nem se queixe, conte as bênçãos, louve e agradeça, porque isso liberta. Espere, pois a esperança que temos “não nos decepciona” (Rm 5:5, NVI).

Com toda a sabedoria e inspiração com que foi abençoado, Paulo frequentemente falou de “mistérios” em seus escritos. Fez isso sempre se referindo às maravilhas da graça com que Deus nos sustenta em meio aos espinhos que permite que levemos conosco, com propósitos às vezes incompreensíveis (2Co 12:7-10). Em nosso verso de hoje, depois de mencionar a abrangência da graça de Deus, que abriga sob o senhorio Dele todos os povos, etnias e pecadores que a aceitarem, ele expressou a limitação de seu entendimento diante dessa maravilha. Então não lhe restou outra saída a não ser a que também devemos buscar diante de situações que estão além de nossa compreensão. Ou seja, acalmar-nos diante do desconhecido e tentar captar pela fé a imensidão do amor e da sabedoria do Pai.

Convém darmos uma longa trégua em nossa mente aos males que nos afligem. Além das experiências que vivenciamos, ou em meio a elas, uma coisa deve ser o centro de nossa reflexão. John W. Peterson a expressou no refrão de um hino: “Mas um maior milagre me comove o ser; / Tão insondável é, não posso compreender: / Que o meu eterno Deus, em Seu grande amor / A mim salvasse, pobre pecador!” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, no 198).

O que mais nos importa além disso? Pelo que nos oferece na eternidade, a graça supera todo revés no presente. Ao Deus sábio e infalível que a concede a nós seja “a glória eternamente! Amém” (Rm 11:36).

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Alerta máximo

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

22 de dezembro

Alerta máximo

Sabe, porém, isto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis. 2 Timóteo 3:1

Na série de conselhos dirigidos a Timóteo, Paulo não deixou de adverti-lo quanto ao ambiente em que ele exerceria seu ministério “nos últimos dias”. Tendo em mente que os cristãos daquela época já consideravam próxima a vinda de Cristo, o apóstolo mencionou a condição de frieza e apostasia em que estariam alguns religiosos: arrogantes, egoístas, desobedientes, ímpios, escravos dos prazeres, ingratos, insensíveis, irreconciliáveis, hipócritas, blasfemos, depravados, sem domínio próprio, cruéis e inimigos do bem (v. 2-5). Timóteo deveria ser cuidadoso em relação a esses, diante dos quais não poderia recuar no cumprimento do dever de apresentar fielmente a Palavra de Deus.

Contudo, a referência de Paulo também projeta uma visão do período em que vivemos. Não é necessário dizer muita coisa para descrevermos a natureza dos dias atuais. São tempos nos quais somam-se aos comportamentos indicados por Paulo outros sinais enumerados por Jesus Cristo aos discípulos (Mt 24). A recomendação do apóstolo para que Timóteo não convivesse com aqueles falsos religiosos, a fim de se proteger da influência deles, também é dirigida a nós. Precisamos nos afastar do mal e permanecer vigilantes (Mt 24:42).

Estamos perto do desfecho da história do mal e do pecado. Não há mais tempo para distrações. Conta-se que numa escola fundamental, duas alunas ocupavam-se em preparar uma lista de objetos pessoais que pretendiam levar para o que parecia ser um acampamento. No entanto, não se tratava disso. Elas haviam lido e ouvido sobre um tempo de tribulação antes da vinda de Cristo, e pensaram em se preparar para esse período. Se teriam que fugir para locais isolados, que nada lhes faltasse, pensavam. Era um gesto que mostrava a inocência delas, mas também revelava a fé que tinham na bendita esperança. A ideia de preparo foi levada muito a sério.

Passados 12 anos, uma daquelas meninas, agora com 22 anos, estava cursando medicina. Aquela lista já não passava de uma vaga lembrança perdida entre tantas outras prioridades. Às vezes, ela dizia pensar: “Ele virá em breve!” Então, questionava: “Passaram-se 12 anos, nada aconteceu! Talvez não venha!” E concluía: “Tenho medo de nunca mais ouvir a voz me dizendo que Ele virá!” E quanto a nós? Damos importância suficientemente ao fato de que Ele virá? A voz dessa realidade não pode ser abafada em nosso coração.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

O esforço da entrega

  MEDITAÇÃO DIÁRIA

21 de dezembro

O esforço da entrega

Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. Hebreus 12:14

Há uma ideia, decorrente de uma visão distorcida da graça, que leva alguns cristãos a desenvolver uma experiência espiritual doentia. Essa ideia apresenta a vida cristã como uma experiência passiva, na qual as conquistas espirituais são concretizadas instantaneamente. De acordo com esse modo de pensar, quem aceita Cristo como Salvador pessoal experimenta as bênçãos da graça e entende estar dispensado de qualquer participação no próprio crescimento espiritual. Alguém já comparou essa ideia ao funcionamento de aeronaves com piloto automático, nas quais os passageiros se acomodam de olho no destino e tudo acontece sem a participação deles.

O conselho transmitido aos cristãos hebreus, entretanto, não se harmoniza com esse conceito. Há conquistas na vida cristã pelas quais devemos lutar. Em nosso texto, Paulo aponta duas delas: a paz com todos e a santidade. Como filhos do “Príncipe da paz” e súditos de Seu reino, tanto quanto possível devemos viver pacificamente com todas as pessoas (Rm 12:18), embora incansavelmente combativos contra o mal.

Ao lado disso, devemos buscar a santificação, sem a qual “ninguém verá o Senhor”, que é o mais alto objetivo da existência cristã. É significativo notar que o verso não menciona algo como “perfeição de santidade”, alcançada na Terra, mas santificação – um processo de crescimento, que se inicia no momento em que recebemos Cristo em nossa vida e nos tornamos inteiramente Dele.

Isso contraria outra ideia altamente destrutiva: a de que, se temos que ser ativos, devemos tomar o controle do processo. Esse pertence a Cristo. Nossa parte é manifestar inteira submissão, tomando decisões, fazendo escolhas, exercitando a fé. Fé e santificação andam de mãos dadas. A primeira é o alicerce, a segunda é a construção. Fé que não coloca o cristão no caminho da santificação é sem propósito; santificação pretendida sem fé é mera religião de aparências.

Se pretendemos crescer espiritualmente, mais do que tudo precisamos estar em Cristo e Ele em nós. De acordo com Ian Thomas, “estar em Cristo, isso é redenção; mas Cristo estar em nós, isso é santificação! Estar em Cristo, isso nos torna aptos para o Céu; mas estar Cristo em nós, isso nos torna aptos para viver na Terra! Estar em Cristo altera a direção para onde vamos; mas Cristo estar em nós muda nosso propósito” (Salvos Pela Vida de Cristo, p. 18, 19). Precisamos continuamente dessa dependência.

domingo, 20 de dezembro de 2020

Enriquecidos pela pobreza

MEDITAÇÃO DIÁRIA

20 de dezembro

Enriquecidos pela pobreza

Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por amor de vós, para que, pela Sua pobreza, vos tornásseis ricos. 2 Coríntios 8:9

Em meio à enfática defesa de seu ministério, Paulo não havia se esquecido das necessidades materiais da igreja de Jerusalém. Estando em Corinto, apelou aos cristãos locais para que contribuíssem com o atendimento a irmãos pobres daquela comunidade. As igrejas da Macedônia já haviam feito sua parte de modo digno de reconhecimento: “No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. Pois eles, testemunho eu, na medida de suas posses, deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam” (2Co 8:2, 3, NVI). Isso não era pouco, embora possivelmente os coríntios não fossem muito mais abastados que os macedônios. De fato, o índice de pobreza no Império Romano era alto. Mas, com a mesma disposição generosa concedida por Deus aos macedônios, os coríntios também poderiam contribuir.

O exemplo dos macedônios era altamente incentivador. Contudo, Paulo avançou em seu pensamento e apresentou um modelo de graça infinitamente mais generosa que beneficiou pecadores indigentes, em todos os tempos e lugares ao longo dos séculos: Cristo Jesus. Ele é o exemplo insuperável de entrega. Era rico na glória de Sua Divindade, mas voluntariamente escolheu assumir nossa natureza e sua pobreza total. Esvaziou-Se, nada retendo para Si, sujeitando-Se a viver como homem exposto às mesmas dificuldades que enfrentamos.

Isso Ele fez para que pudesse compartilhar conosco as riquezas da salvação e nos ajudar a encontrar o verdadeiro tesouro no Céu, acima de tudo o que possamos imaginar acumular na Terra. Cristo “Se fez pobre por amor de vós, para que, pela Sua pobreza, vos tornásseis ricos”, disse Paulo. É impossível avaliar as riquezas das quais Cristo abriu mão. A imaginação mais fértil, o raciocínio mais apurado, a mais bela poesia, a mais eloquente oratória, o texto mais profundo e tocante, nada disso é suficiente para descrevê-las. Elas envolvem provisão para as necessidades temporais e eternas.

   Por mais que nos aprofundemos no estudo a respeito de Cristo e de Sua graça, veremos que são muito mais profundos do que podemos alcançar com nosso entendimento. Diante de tudo que pudermos imaginar que Ele seja ou que esteja disposto a nos conceder, Ele é e está disposto a conceder muito mais. Essa é a riqueza que Sua pobreza nos possibilita. E tudo por causa da graça!

sábado, 19 de dezembro de 2020

Nunca sem um Intercessor

MEDITAÇÃO DIÁRIA

19 de dezembro

Nunca sem um Intercessor

Portanto, Ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio Dele, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles. Hebreus 7:25, NVI

Tão completo, abrangente e inclusivo é o plano da redenção que, às vezes, surpreendo-me perguntando a mim mesmo: “O que exige maior dose de esforço: Permanecer no caminho que leva à perdição, rejeitando todos os apelos da graça, ou trocá-lo pela rota que conduz à vida eterna?” A primeira suposição significa ignorar toda a provisão feita pelo Céu e colocada gratuitamente à disposição do ser humano. A segunda implica aceitar pela fé. No entanto, há quem a rejeite, assim como há quem a avalie insuficiente, entendendo que precisa acrescentar algo a fim de tornar possível a própria salvação. Duplo engano.

Para desfrutarmos a alegria da salvação, precisamos aceitar tudo o que Deus realizou em Cristo na cruz. Ou nos imaginaríamos com direito a exigir algo mais além de Sua vida de obediência imaculada, Seus sofrimentos e morte em nosso favor? Contudo, o plano inclui mais: o ministério intercessor de Jesus. A salvação por Ele oferecida está intimamente ligada a Seu ministério de intercessão pelos pecadores, meio pelo qual são aplicados os méritos daquele sacrifício ao pecador arrependido. Nas palavras de Siegfried Schwantes, “Cristo veio nos salvar não em nossos pecados, mas de nossos pecados. O ideal que Deus nos propõe é de viver uma vida sem pecado. ‘Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo’ (1Jo 2:1). É a morte de Cristo que garante nossa justificação. Mas é Sua intercessão que torna possível nossa santificação” (Hebreus, p. 55).

Hoje temos junto a Deus um sacerdote superior a todos os que O simbolizaram no Antigo Testamento. Morreu, porém ressuscitou, pois é um sacerdote eterno, que “vive para interceder”, não como um suplicante humilhado ou advogado discursando inflamado na tentativa de convencer jurados ou juízes. Intercede como vencedor, reivindicando, com o argumento de Seu sacrifício e da sepultura vazia, em favor de todos quantos “por meio Dele, aproximam-Se de Deus”. Desse modo, as acusações de Satanás já não têm o menor sentido na vida de uma pessoa banhada pelas águas da graça. Dúvida, temor e desespero são absolutamente injustificáveis.

“Ele pode salvar.” Esse é Seu ministério. Sua vida é nossa garantia, nossa segurança, pois vive para nós. E não há nenhum outro além Dele: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1Tm 2:5).

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Livra-nos do mal

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

18 de dezembro

Livra-nos do mal

Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas. Também da soberba guarda o teu servo. Salmo 19:12, 13

No Salmo 19, Davi expressou sua contemplação meditativa sobre a grandeza de Deus manifestada nas obras da natureza (v. 1-6), bem como em Sua lei (v. 7-10). Nos versos 11 a 13, contemplou a si mesmo à luz dessa lei e, finalmente, orou para que, liberto do pecado, encontrasse agrado no Senhor.

Não é muito difícil uma pessoa se descobrir pecadora. Para isso, é suficiente olhar para a lei, padrão divino mediante o qual “vem o pleno conhecimento do pecado” (Rm 3:20). Contudo, há pecados que cometemos sem que o saibamos, somente vistos por Aquele diante de cujos olhos todas as coisas estão bem evidentes. Exemplo disso foi o erro cometido por Pedro, na ocasião em que Jesus falava aos discípulos a respeito de Sua morte. Sem perceber que era usado pelo inimigo, o discípulo contestou o Mestre (Mt 16:22, 23). Há também erros ocultos que nem sempre reconhecemos em nós mesmos.

Erros ocultos ainda mais sérios são aqueles desconhecidos das pessoas, mas conhecidos por nós. Esses aplainam o caminho para grandes quedas. A transgressão aberta de qualquer mandamento da lei de Deus é condenável em um caráter cristão. Também são perigosos os pecados inconscientes. Não sendo vistos, podem crescer livremente, a menos que seu portador desperte para a luz que os ilumina, pelo trabalho do Espírito Santo.

Depois de ter orado em favor de perdão pelos erros desconhecidos, cometidos por ignorância, o salmista orou em favor de proteção contra os pecados conscientes e deliberados. Pediu que esses, na eventualidade de serem cometidos, não o vencessem; mas, que ele, transgressor, fosse restaurado ao favor divino. Outras versões bíblicas em vez da palavra “soberba” trazem a expressão “pecados intencionais”. A soberba foi o pecado de Lúcifer, assim como é o alicerce de todo pecado cometido conscientemente, inclusive levando o transgressor a avaliar-se como não tendo pecado.

Assim como a Bíblia adverte o ímpio de que não continue no caminho pecaminoso rumo à perdição, também adverte o pecador perdoado e salvo de que não se desvie do bom caminho que o conduz à vida eterna. Nossa única segurança está em recorrermos ao trono da graça em busca de perdão, sabedoria e poder para resistir ao mal, em nome de Jesus.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Sua bênção, Pai!

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

17 de dezembro

Sua bênção, Pai!

O Deus eterno é o seu refúgio, e para segurá-lo estão os braços eternos. Deuteronômio 33:27, NVI

Houve um tempo em que as crianças eram instruídas a pedir a bênção aos pais, avós, tios e mesmo a pessoas idosas fora do círculo familiar. Então recebiam como resposta as palavras: “Deus te abençoe”; “Deus te faça feliz”, entre outras expressões. Embora ainda possa haver famílias que conservem a tradição, a maioria já não se preocupa com esse costume herdado da cultura judaica. Quando era oferecida pelo patriarca às vésperas de sua morte, a bênção tinha um valor ainda mais especial. Foi assim que Jacó reuniu os filhos e os abençoou (Gn 49).

Embora não fosse pai dos israelitas, Moisés também o fez, estando perto de morrer. Sua morte lhe havia sido anunciada pelo próprio Deus, que lhe deu orientações para serem transmitidas ao povo. O notável líder seguiu tudo à risca: reuniu as tribos e abençoou cada uma num tom diferente do de Jacó. O patriarca abençoou os filhos, ao mesmo tempo em que não omitiu suas fragilidades nem os maus atos praticados por eles. Moisés falou sob a perspectiva da graça divina. Assim, “Jacó nos apresenta o fracasso humano, fraquezas e pecado; Moisés nos mostra a fidelidade divina, a bondade e a benignidade. Jacó nos conta das ações humanas e o julgamento delas; Moisés nos revela os desígnios divinos e as puras bênçãos que deles emanam” (C. H. Mackintosh, Estudos Sobre o Livro de Deuteronômio, p. 358). É imensa a disposição que Deus tem para nos abençoar. Faz isso unicamente por graça, apesar de nós mesmos. Todas as bênçãos com que somos contemplados têm Nele sua fonte exclusiva.

Seguindo a ordem divina, Moisés se despediu abençoando as tribos. Orou mencionando cada uma, pedindo em favor de preservação da vida, concessão de vitória e prosperidade, capacidade espiritual, estabilidade, superioridade e poder, habilidades para guerrear e vencer inimigos, proteção e cuidado. Finalmente, disse: “Não há ninguém como o Deus de Jesurum, que cavalga os céus para ajudá-lo, e cavalga as nuvens em Sua majestade! O Deus eterno é o seu refúgio, e para segurá-lo estão os braços eternos” (Dt 33:26, 27, NVI)

Jesurum significa “amado”, uma referência a Israel como povo de Deus. A palavra traduzida como refúgio significa “morada”, “habitação”, lugar em que nos sentimos livres, descansados, confortáveis, seguros e protegidos. O Senhor não apenas nos abençoa providenciando um ambiente assim. Ele mesmo é tudo isso e muito mais para nós, Seus filhos amados.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Povo de Deus

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

16 de dezembro

Povo de Deus

Deus colocou todas as coisas debaixo de Seus pés e O designou cabeça de todas as coisas para a igreja, que é o Seu corpo. Efésios 1:22, 23, NVI

A igreja deve ser compreendida como algo muito além do ajuntamento de terra, cimento, ferro, madeira e tinta. Como templo, é um lugar no qual nos reunimos; mas, em essência, é uma comunidade, um grupo do qual somos parte. É uma ekkl?sia que, em grego, originalmente significava uma reunião de cidadãos convocados em assembleias legislativas ou para outras finalidades. Na Bíblia, a palavra identifica a reunião de um grupo de pessoas que foram ligadas a Cristo depois de experimentarem arrependimento, aceitá-Lo como Salvador e Senhor e receberem o batismo.

Adoração, crescimento espiritual e fraternal, missão evangelizadora e fortalecimento mútuo são alguns dos propósitos da existência da igreja. Se é verdade que o firme alicerce da fé e prática cristãs é o relacionamento com Jesus, também é verdade que esse relacionamento se mostra sadio na medida em que somos levados a nos relacionarmos com os irmãos de fé. Ao descrever a experiência dos primeiros cristãos, Ellen White escreveu: “Alegravam-se na doce comunhão com os santos […]. Em seu contato diário entre si, revelavam o amor que Cristo lhes ordenara” (Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 241).

Na carta aos Efésios, Paulo deixou clara a ligação indissociável entre Cristo e a igreja. Na primeira parte da epístola (Ef 1–3), o apóstolo fala do plano divino de “fazer convergir em Cristo todas as coisas celestiais ou terrenas” (Ef 1:10, NVI), o que envolvia a inclusão de judeus e gentios como membros do corpo de Cristo. Na segunda parte (Ef 4–6), vê-se a nova vida que os caracterizaria, expressada no bom relacionamento entre eles. Assim, a igreja é um grupo ao qual pertencemos, no qual convivemos em amor e do qual Cristo, superior a todos os poderes celestiais e terrestres, acima de tudo e de todos, é a cabeça. Aliás, na mesma carta, além do simbolismo do corpo, a igreja é apresentada como edifício, templo de Deus, cuja pedra fundamental é Cristo, (Ef 2:10, 21). Também é a esposa amada com amor supremo que O levou a Se entregar por ela (Ef 5:25).

Assim, igreja é uma comunidade pela qual flui o amor de Cristo ativo, perdoador, que aceita, inclui, solidariza-se, disposto a doar-se e servir. Sendo Cristo a cabeça da igreja, a vida desta é a vida Dele. Seus sentimentos são os Dele, assim como Dele é o amor difundido por ela. A igreja somos você e eu.

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Defesa contra o mal

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

15 de dezembro

Defesa contra o mal

Pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Efésios 6:12, NVI

Nenhum exército planeja perder uma batalha. O mesmo é verdade com equipes de esportes coletivos, ao disputarem competições. A vitória é sempre o alvo maior, e o ataque ao adversário é fundamental para consegui-la. Entretanto, não pode haver descuido na defesa. Nas competições esportivas, o equilíbrio entre estratégias ofensivas e defensivas é o segredo de belas exibições e da conquista de vitórias.

Nós estamos envolvidos em um embate de proporções infinitamente maiores e mais significativas que os enfrentamentos esportivos. Maiores do que os mais intensos combates militares da História, mesmo que os exércitos envolvidos tenham o arsenal mais poderoso e destrutivo. Paulo foi claro: nossa luta é contra as forças espirituais do mal. Não importa o tipo nem o agente por meio do qual o ataque acontece. Por trás dele está um estrategista sutil, ardiloso e cruel, contra o qual não devemos transigir.

Tenho a impressão de que nesse embate nossa melhor estratégia é nos posicionarmos bem firmes na defesa. Assim parecem nos ensinar alguns textos bíblicos: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé” (1Pe 5:8, 9). “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4:7). As armas descritas por Paulo pressupõem defesa: armadura, couraça, calçado para os pés, escudo, capacete e espada, que também é arma de ataque.

Posicionar-nos na defesa não significa que devemos estar encurralados, assustados e temerosos, mas como atletas ou soldados confiantes, que executam ordens de um comandante vencedor. Esteja alerta! Quando sofrer um ataque, “faça como Jesus fez quando Satanás o tentou no deserto. Chame-o pelo nome. Arranque sua máscara. Denuncie seu disfarce […]. Não importa o que acontecer, não flerte com este anjo caído” (Bruce Wilkinson, Vitória Sobre a Tentação, p. 109).

Não se esqueça: nosso General e Técnico não está tentando vencer. Ele já venceu, justamente quando parecia ter sofrido a maior derrota. Com Sua morte, Jesus selou o destino das “forças espirituais do mal”. Com Sua ressurreição, celebrou a vitória sobre elas. Vitória que Ele partilha com todos aqueles que pela fé O aceitarem. Entre esses, você e eu.

Números 35 Comentário

   Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse Leitura Bíblica - Números 35 Comentário Pr Heber Toth Armí NÚMEROS 35 –  Líderes espirituais são e...