sábado, 31 de maio de 2025

Gênesis 45 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 45
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 45 – A graça permeia as páginas do primeiro livro da Bíblia. Sem ela, só haveria desgraça neste planeta corrompido e maculado pelo pecado.

• Antes de considerar as lições deste capítulo, considere as preciosas palavras do apóstolo Pedro: “O fim de todas as coisas está próximo. Portanto, sejam criteriosos e estejam alertas; dediquem-se à oração. Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos pecados” (1 Pedro 4:7-8).

• O sábio foi bem claro quando, inspirado pelo Espírito Santo, declarou: “Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia” (Provérbios 28:13).

• Jesus foi enfático: “Se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também perdoará vocês. Mas, se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não perdoará as ofensas de vocês” (Mateus 6:14-15).

José havia perdoado seus irmãos antes mesmo da chegada deles. O que ele não sabia, é se a forma deles agir havia mudado. Mas, neste capítulo, tudo foi esclarecido. Aqui “a história de José chega ao clímax. O eloquente discurso de Judá tocou o seu coração e os sentimentos represados não podiam mais ser contidos, pois ele tinha alcançado o limite do seu autocontrole. José destampa sua alma e abre as comportas do seu coração quando, em meio a abundantes lágrimas, dá-se a conhecer a seus irmãos. O medo da revelação é transformado em evidências de perdão e graça, e o temor da vingança se converte em presentes generosos. A ação maldosa dos irmãos de José, governadas por ciúmes e ódio, é transformada pela providência divina em livramento da morte para eles e o mundo, e aquela providência carrancuda escondia a face sorridente de Deus”, analisa Hernandes Dias Lopes.

Após lidar com José, seus irmãos deveriam contar a verdade ao pai deles. Quão difícil deve ter sido o retorno glamoroso deles para casa após um vulcão por serem confrontados com vergonhosas lembranças secretas. Encarar a verdade pode não ser nada confortável, mas certamente será libertador. “Portanto, confessem os pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz” (Tiago 5:16).

O perdão é fruto da graça divina e faz grande diferença quando utilizado em meio às desgraças da existência! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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SINTONIA DO CÉU

 Devocional Diário - Descobertas da fé

31 de maio

SINTONIA DO CÉU

Imediatamente eu me achei no Espírito, e eis que havia um trono armado no Céu, e Alguém estava sentado no trono. Apocalipse 4:2


Na visão descrita em Apocalipse 4, há uma curiosa disposição de grupos concêntricos que se formam ao redor do trono de Deus. Primeiro, quatro seres viventes semelhantes a um leão, uma águia, um homem e um novilho; depois, 24 anciãos vestidos de branco; e, por fim, inúmeros anjos.

Essa disposição lembra o acampamento dos hebreus no deserto. Lá, Deus pretendia, por meio do santuário, fazer daquele lugar uma miniatura do Céu. Ao centro ficava o tabernáculo, representando o trono de Deus, rodeado pela tribo de Levi e pelas demais tribos agrupadas em quatro conjuntos de três tribos cada.

Segundo uma antiga tradição judaica, quando Deus apareceu no Sinai, Ele estava cercado por 22 mil anjos divididos em grupos, e cada grupo era representado por um anjo superior diferente. A Bíblia não diz isso, mas essa era a explicação dada nos dias de Cristo para o posicionamento das tribos no deserto. Ao que parece, Israel desejava acampar de modo a imitar a disposição celestial.

Ainda segundo essa antiga tradição, no Céu, o trono de Deus estaria no centro da multidão angelical e teria quatro anjos em redor, os quais corresponderiam às quatro tribos mais próximas do centro: Rúben, Judá, Dã e Efraim, todas com seus respectivos estandartes. Números 2:2 diz: “Os filhos de Israel acamparão junto ao seu estandarte, segundo as insígnias da casa de seus pais; eles acamparão ao redor da tenda do encontro e de frente para ela.” A Bíblia não relata o que estava nos estandartes, mas sabemos que Judá era representada por um leão (Ap 5:5). Os demais, segundo a tradição judaica, seguiam nesta ordem: uma águia representava Dã; um novilho, Efraim; e um homem, Rúben. Exatamente como os quatro seres ao redor do trono.

Essa tradição revela algo importante. Mais do que uma coincidência, as semelhanças entre o acampamento no deserto e o trono celestial demonstram a sintonia que existe entre as realidades superiores e a trajetória do povo de Deus neste mundo. Em outras palavras, o Céu não está indiferente. Deus e os seres celestiais acompanham cada passo que damos neste planeta. Portanto, saia confiante hoje, pois o Céu se importa com você.

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sexta-feira, 30 de maio de 2025

Gênesis 44 Comentário

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica - Gênesis 44
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 44 – A confiança perdida é difícil ser restaurada; contudo, não impossível quando Deus atua no coração humano. Este capítulo é a esperança para problemas antigos, de relacionamentos arruinados.

José prova seus irmãos com o objetivo de ver se havia alguma transformação na vida deles. As provas foram meticulosamente pensadas (Gênesis 44:1-13) evidenciando que estavam transformados (Gênesis 44:14-34). José queria ver honestidade nas atitudes deles, que antes se mostravam cruéis, frias, indiferentes, injustas e desleais (Gênesis 42:19-20, 33-34; 43:33-34). Além das provas mostrarem que os terríveis filhos de Jacó foram transformados, elas ajudaram a completar a obra de Deus no coração deles.

Os irmãos de José eram afligidos por um forte sentimento de culpa. Diante de qualquer dificuldade, o peso da culpa assolava o coração deles (Gênesis 42:13, 21, 32), além de terem a consciência avivada pela dor emocional quando Jacó espremia as gangrenas de sua alma estrangulada pela suposta morte de seu filho querido (Gênesis 42:35-38; 43:1-9, 14). O medo invadia o coração deles até mesmo quando coisas boas lhes aconteciam (Gênesis 43:18).

Deus é Mestre em curar nossas emoções arruinadas! A transformação do coração que os irmãos de José precisavam experimentar para crescerem e amadurecerem na vida, nós também precisamos. Por isso, assim como José provou a seus irmãos, o nosso irmão Jesus também nos prova, não apenas para que mostremos o quanto somos transformados, mas também para conduzir-nos a mais maturidade (1 Pedro 1:6-9, 13-17).

Como a família de Jacó no passado, a igreja de Deus no presente vive como peregrina neste mundo corrompido pelo pecado. Portanto, da mesma forma que os filhos de Israel aprenderam humildade e reverência diante das autoridades (Gênesis 44:14, 16, 18, 32-33), os modernos filhos de Deus devem aprender a respeitar devidamente as autoridades (1 Pedro 2:11-14), se humilhar e desvencilhar-se de toda ansiedade, confiando que Deus está agindo; e, no tempo certo, Ele exaltará aos humildes (1 Pedro 5:6-7), como fez com José. Os sonhos de José foram a didática usada por Deus para moldar o coração dos filhos de Israel (Gênesis 37:5-11; 44:14, 18), mostrando que Ele é o Soberano na história humana.

Precisamos permitir que Deus conduza nossa vida e execute Seus planos em nós. Precisamos da intervenção dEle em nossa história! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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OFENSAS INACEITÁVEIS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

30 de maio

OFENSAS INACEITÁVEIS

Eu, porém, lhes digo que todo aquele que se irar contra o seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem insultar o seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem o chamar de tolo estará sujeito ao inferno de fogo. Mateus 5:22

No versículo de hoje, Jesus faz uma curiosa advertência sobre as relações humanas. A palavra que aparece como “tribunal” é na verdade “sinédrio”, que julgava as pessoas em Jerusalém, especialmente por crimes de blasfêmia e idolatria.

Partindo desse cenário, Jesus ensinou que desprezar a imagem de Deus no semelhante também é blasfemar contra o Criador. Não podemos “temer a Deus” sem amar nossos irmãos e tratar todos com honra (1Pe 2:17). A reverência pelo Senhor implica respeito por aqueles que Ele criou. Chamar de ridícula uma arte é insultar o artista que a fez.

Por isso, quem insultasse seu irmão estaria sujeito ao juízo. Aqui, o termo “insulto” é uma palavra aramaica que se lê raka. Quem chamasse o outro de raka cometia grave delito diante de Deus. Mas o que significa raka? Para alguns, seria algo como “estúpido”, “burro”, “cabeça de boi”. Jerônimo, no 4o século, disse ter consultado um judeu que traduziu raka como “cabeça oca”. Agostinho também afirmou ter consultado um rabino que dizia que essa não era uma palavra, mas uma interjeição do tipo “hum”, similar ao que alguém, ao ver outra pessoa lhe virar as costas, balbucia, como se dissesse: “Eu desprezo esse fulano.”

Outros dizem que a raiz de raka é a palavra, raqaq, que quer dizer “cuspir”. No Oriente Médio, cuspir no chão é altamente ofensivo, a menos que seja realizado por uma autoridade espiritual, como Jesus fez ao curar o cego e o surdo.

Naquela cultura, chamar alguém de tolo poderia levar o ofendido a cuspir, e a cuspida geraria a ofensa, que poderia resultar em conflito. Por isso, Jesus não falou apenas da violência última, mas dos atos que a antecipam.

Tribunais humanos se preocupam com os conflitos resultantes de um crime, mas o tribunal de Deus se detém nos atos aparentemente não condenáveis que levam à ofensa e talvez à morte. Portanto, tenha cuidado não apenas com sua fala, mas com o rumo para o qual ela caminha. Afinal, as palavras têm consequências nesta vida e no porvir.

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quinta-feira, 29 de maio de 2025

Gênesis 43 - Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 43
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 43 – Você conhece a profecia da túnica de José?

Veja, “...ganhar uma vestimenta especial (provavelmente tingida de cores raras e enriquecida de adornos) foi uma mensagem para os irmãos de José. Significava que ele era o favorito de Jacó para ocupar a chefia do grupo após sua morte”, explica Rodrigo Silva.

Parece que, inconscientemente, Jacó fazia uma profecia sobre José. Embora a túnica fosse rasgada pelos irmãos, o sonho de Deus dado ao irmão humilhado não poderiam ser destruídos. Tanto a projeção de Jacó a José sobressaindo a seus irmãos, quanto os sonhos que José tivera na infância, fluíam para tornarem realidade. Evidentemente, não era o poderoso Faraó, nem mesmo José, que estava no controle de tudo; certamente era Deus – como continua sendo Ele que conduz à história para que todas as profecias fluam para a segunda vinda do Messias.

“Quando José chegou”, diante dos irmãos lá no Egito, “eles o presentearam com o que tinham trazido e curvaram-se diante dele até o chão” (Gênesis 43:26). Contudo, isso não levou José ao orgulho, e a humilhar seus irmãos que o humilharam. Ao contrário, na escola de Deus, José aprendeu a humildade. José é o ícone da humildade no Antigo Testamento, algo que acontece com cada cristão que realmente se converte ao Mestre mais humilde que pisou nosso planeta (Filipenses 2:5-11).

O segredo da vida é entender que “onde Deus é tudo, o ego é nada”, como expressou Andrew Murray. E, acrescentou, “que Deus nos ensine que nossas opiniões e palavras e sentimentos com respeito aos outros homens são Seu teste de nossa humildade diante dEle é o único poder que nos capacita a ser sempre humildes com os homens. Nossa humildade tem de ser a vida de Cristo, o Cordeiro de Deus, dentro de nós”.

O poder pode corromper muitas pessoas que o alcançam, mas não corrompe àqueles que estão sob o poder do Deus do Onipotente. O poder nas mãos de alguém que se submete humildemente a Deus se torna num poderoso canal de bênçãos para beneficiar várias pessoas.

A submissão a Deus leva os indivíduos a desfrutar dos mistérios de Suas provisões. Desta forma, o que era caos e confusão será visto como providência de Deus em Sua Universidade!

Cresçamos espiritualmente! – Heber Toth Armí.

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O SIGNIFICADO DE AMÉM

 Devocional Diário - Descobertas da fé

29 de maio

O SIGNIFICADO DE AMÉM

Aquele que dá testemunho destas coisas diz: “Certamente venho sem demora.” Amém! Vem, Senhor Jesus! Apocalipse 22:20

As igrejas cristãs geralmente terminam orações, gestos litúrgicos e bênçãos com a palavra “amém”. Essa prática vem desde o cristianismo primitivo, conforme vemos em 1 Coríntios 14:16. Mas qual é o significado desse termo? Trata-se de uma expressão hebraica usada há milênios no judaísmo como resposta coletiva a uma bênção ou afirmação com a qual se concorda, mesmo fora do contexto religioso.

Fontes históricas indicam que o costume de dizer amém nas sinagogas já era praticado no 4o século a.C. No templo, os judeus também respondiam amém ao final de uma doxologia ou prece proferida pelo sacerdote. Foi daí que os cristãos e muçulmanos copiaram o costume de dizer amém ou amin ao final de cada oração.

Em Isaías 65:16, a expressão que a versão Almeida Atualizada traduz como “o Deus da verdade” está em hebraico como “o Deus do amém”. De fato, o amém enfático foi longamente usado em juramentos durante o Antigo Testamento (Nm 5:22; 1Cr 16:36). Jesus, de igual modo, quando
fazia uma afirmação solene, dizia: “Em verdade, em verdade lhe digo” ou “amém, amém, Eu lhe digo”.

Alguns rabinos do tempo do Talmude ensinavam que amém era um acrônimo para a frase “Deus é um Rei confiável” em hebraico. Mas essa é uma aplicação poética. Etimologicamente falando, amém vem da raiz ’aman, que quer dizer confiar, agarrar-se a algo como se sua vida depen-
desse daquilo. ’Aman seria o que alguém que está se afogando faz quando vê um objeto flutuante. Ele se agarra, pois aquilo representa sua salvação.

Pronunciar, portanto, um amém após uma afirmação ou prece significava dizer: “Nisso eu me apego com todas as minhas forças.” É dessa mesma raiz hebraica que surgem as palavras ’emet (verdade) e ’emunah com o sentido de fé, fidelidade e confiança. Percebeu a riqueza de significado contido em uma única palavra?

Agora que você já sabe tudo isso, reflita bem antes de dizer um amém mecânico ao final de uma prece ou declaração do pregador. Amém é uma declaração importante perante Deus e os anjos; use-a com sinceridade de coração e agarre-se às promessas de Deus. Sua vida depende disso.

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quarta-feira, 28 de maio de 2025

Gênesis 42 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 42
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 42 – O plano de Deus visava capacitar José para salvar sua família, a fim de salvar o mundo. O treinamento de José ministrado por Deus não era apenas para a administração do Egito diante da fome, mas transformar a família na qual o Messias descenderia.

Não é fácil transformar nossa natureza pecaminosa. Por mais que Deus tentasse, Seus alunos aprontavam demais. Além dos diversos erros de Abraão, Isaque e Jacó, os filhos de Israel (futuros líderes do povo de Deus) enganaram e assassinaram os siquemitas – que após estuprarem a irmã Diná, os irmãos tentaram concertar o erro fazendo acordo com Jacó (Gênesis 34:1-31). Sem somar o que os irmãos fizeram com José (Gênesis 37:1-36), observe também as vergonhosas atitudes imorais de Judá e seus filhos (Gênesis 38:1-26). Muitos fogem da escola de Deus sem se preparam para as provas da existência.

Aprovado na escola da vida tendo a Deus como Professor, José superou “uma tentativa de sedução; um plano diabólico; ingratidão ignóbil; a prisão com todos os seus horrores. Todavia, sua impecável varonilidade, sua fidelidade em fazer o que era reto, sua lealdade ao Deus de seus pais levaram o jovem ao palácio – ele tornou-se governador na terra dos faraós”, destaca Frederick G. Owen.

As dificuldades são as provas da universidade da vida. Diante da fome ao chegar à Terra Prometida, Abraão abrigou-se no Egito (Gênesis 12:10-20); mesmo que Deus tenha-lhe frustrado, mais tarde seu filho Isaque intentara a mesma coisa diante da fome, mas foi impedido por Deus (Gênesis 26:1-6).

Portanto, seria preciso esperar o tempo certo no plano de Deus para descer ao Egito (Gênesis 15:13-14). As coisas estavam se encaixando como Deus havia predito em sonhos a José e ao Faraó (Gênesis 37:5-11; 41:15-36).

Jacó enviou dez filhos a buscar mantimento no Egito – o celeiro do mundo (Gênesis 42:1-5). José, governador daquele Império, identificou seus irmãos (que não o reconheceram) e os colocou à prova para ver se haviam mudado suas crueldades (Gênesis 42:6-38).

O relato inspirado revela que, apesar da fortíssima influência do mal, Deus cuida da história deste mundo imoral. Suas estratégias e ações visam abençoar e salvar pecadores! Ele conta com pessoas como José, dispostas a colaborarem com Seus planos para esses últimos dias nos quais vivemos! – Heber Toth Armí.

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MACHUCANDO A DEUS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

28 de maio

MACHUCANDO A DEUS

Pequei contra Ti, contra Ti somente, e fiz o que é mau aos Teus olhos. Salmo 51:4


O Salmo 51 é um dos textos mais emblemáticos da Bíblia. Nele não há escusas, justificativas ou meias-palavras. Com um pouco de esforço, quase podemos ouvir os gemidos do seu autor. Davi, o grande rei de Israel, desaba perante Deus, confessando seu adultério e o assassinato de um inocente.

A leitura de um poema tão belo nos leva a supor que se trata de uma tragédia similar aos romances de Shakespeare: forte, mas historicamente irreal. No entanto, é o oposto. Eu já estive em velórios orientais e me surpreendi ao ver os enlutados entoando verdadeiros salmos de lamentação à medida que desabafavam a dor de sua perda.

O lamento, que mais parecia um poema decorado, era na verdade um canto improvisado, lembrando os repentistas com suas rimas improvisadas. A diferença é que ali não havia humor, mas angústia. Com base nessa experiência que tive, acredito que, embora possa ter ocorrido alguma
melhoria editorial do Salmo 51, seu conteúdo tenha sido criado no momento em que Davi se angustiava diante de Deus.

O que mais lhe doía? A descoberta? As consequências? A vergonha? Não. Era a decepção de Deus. Os demais sentimentos pareciam pequenos perante a consciência de ter ofendido seu Senhor.

Talvez um caso jurídico ajude a entender o sentimento do rei. Dizem que numa situação em que um cidadão comum enfrenta um ladrão em sua casa e, em legítima defesa, mata o agressor, esse chefe de família, mesmo agindo dentro de uma norma penal permissiva, deve deixar o local do “crime” para evitar um flagrante que o levará preso.

O que pensaria alguém em uma situação dessa? Medo de revanche? Preocupação com a casa? Pode ser. Contudo, se mudarmos a cena para um pai que, limpando uma arma municiada, dispara acidentalmente matando sua filha, as preocupações mudam radicalmente. O único sentimento que importa é a dor de ter ferido alguém que se ama.

Essa foi a angústia de Davi e de todos que amam a Deus. Seus delitos não são meros vacilos que se resolvem com um simples “deixa para lá”. Eles entendem que todo pecado é, em última instância, uma afronta direta a Deus, e nada lhes dói mais do que a sensação de ferir a santidade do Deus que amam. E você? Como se sente ao quebrar um mandamento?

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terça-feira, 27 de maio de 2025

Gênesis 41 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 41
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 41 – Muitas pessoas vivem 10, 20 ou 30 % do que poderiam. Muitos não aprendem na escola da vida a fim de viver neste mundo de hostilidade, corrupção e perversidade os grandes planos divinos. A vida de José revela que uma história marcada pela atuação de Deus, é uma tremenda inspiração para buscarmos os planos que Deus têm para nossa vida.

Deus havia dado sonhos a José em sua infância, quando ele ficou conhecido como o sonhador (Gênesis 37:19); na prisão, Deus usou José para desvendar os sonhos do chefe da padaria e do chefe dos copeiros do Faraó (Gênesis 39:6-22). Incompreensivelmente, o chefe dos copeiros não retribuiu o favor lembrando-se de José; “ao contrário, esqueceu-se dele” (Gênesis 39:23).

Porém, Deus o fez lembrar ao permitir que o Faraó, chefe do chefe dos copeiros, tivesse sonhos também; ao saber sobre quão perturbado estava o Faraó diante da incapacidade dos magos e sábios, o chefe dos copeiros lembrou-se de José (Gênesis 41:1-28). Os sonhos do Faraó revelam que Deus Se manifesta até mesmo a pessoas pagãs, incrédulas e descrentes nEle; mas usa pessoas como José a fim de testemunhar dEle para estas pessoas!

Um treinamento espiritual esteva acontecendo com José o tempo todo. Deus é o conhecedor da história e o provedor neste mundo em declínio; Ele “mandou vir fome sobre a Terra e destruiu todo o seu sustento; mas enviou um homem adiante deles, José, que foi vendido como escravo. Machucaram-lhe os pés com correntes e com ferros prenderam-lhe o pescoço, até cumprir-se a sua predição e a palavra do Senhor confirmar o que dissera. O rei mandou soltá-lo, o governante dos povos o libertou. Ele o constituiu senhor de seu palácio e administrador de todos os seus bens, para instruir os seus oficiais como desejasse e ensinar a sabedoria às autoridades do rei” (Salmo 105:16-22).

Nem todos passam com boas notas nas provas da escola da vida como José. Somente quem busca a Deus, é aprovado e amadurece para se tornar benção nos altos postos da sociedade.

As provas não apenas nos tornam aptos para grandes realizações, mas também humildes para servir a Deus diante dos homens. Só assim alcançaremos 100% do que Deus tem para nós.

Sejamos bons alunos, excelentes aprendizes! – Heber Toth Armí.

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CONFLITO NO CÉU

 Devocional Diário - Descobertas da fé

27 de maio

CONFLITO NO CÉU

Então estourou a guerra no Céu. Miguel e os Seus anjos lutaram contra o dragão. Apocalipse 12:7

A batalha celestial entre Miguel e o dragão vermelho é um dos episódios mais fortes descritos no Apocalipse. A descrição é vívida e sugere não apenas um duelo de ideias, mas uma batalha literal entre os exércitos celestiais.

Considerando que Miguel é o mesmo Anjo do Senhor, reconhecido como uma manifestação única de Deus no Antigo Testamento, podemos afirmar que, no Apocalipse, Ele não é meramente um “anjo” que luta contra o dragão, mas, sim, um Ser divino, sob cujo comando estão todas as hostes celestiais.

Diante da realidade dessa batalha, surge a pergunta: Como o diabo consegue enfrentar Deus e Seus anjos? De fato, se o Altíssimo batalhasse contra qualquer oponente, não precisaria de nenhum exército de anjos ao Seu lado. E mais, não haveria luta, mas, sim, um massacre. Afinal de contas, quem seria capaz de resistir a alguns golpes do poder divino?

Sendo assim, a batalha celestial de Apocalipse 12 me faz refletir sobre alguns aspectos. Primeiro: Deus em Si mesmo seria suficiente para acabar com esse conflito antes mesmo que começasse, mas preferiu contar com Suas criaturas ao Seu lado. Segundo: Deus não lutou em Seu nível divino, caso contrário, nem haveria luta. Ele Se “esvaziou” para lutar, assumindo a forma de servo. Terceiro: O adversário não pode alegar que a guerra foi injusta e desigual.

Apesar do confronto, o que concedeu a vitória ao bem não foi tanto o poder com o qual Miguel poderia ter lutado, mas a força de Seu caráter e a autoridade de Sua justiça. No enfrentamento pelo corpo de Moisés, por exemplo, Ele apenas disse: “O Senhor repreenda você” (Jd 9).

Mais uma vez, o nome escolhido por Ele, “Miguel”, era, por si só, um enfrentamento jurídico contra o dragão, descrito como “a antiga serpente”, uma clara alusão a Gênesis 3. Através da serpente, o diabo disse a Eva que, ao pecar, ela e seu marido se tornariam “iguais a Deus”. No entanto, Miguel em hebraico significa “ninguém é igual a Deus”.

O que aprendemos desse conflito? Que estamos envolvidos em uma guerra cósmica do bem contra o mal. Nela, não há trégua ou neutralidade. Só falta saber de que lado você está.

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segunda-feira, 26 de maio de 2025

Gênesis 40 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 40
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 40 – Em meio a tantas histórias frustrantes desde a queda no Éden, José aparece mostrando que, capacitado por Deus, é possível ser fiel, comprometido com os princípios do Céu.

A vida de José é como oásis em meio à aridez de uma sociedade corrupta; é como flor branca numa água fétida de esgoto. José é alguém na contramão da vida lidando com pessoas que vivem à espreita para derramar sangue, em que cada um caça seu irmão para tirar a vida. É a esperança numa sociedade mergulhada na perversidade; é também a expectativa do Céu para um mundo em declínio, onde as pessoas estão sempre ávidas para fazer o mal. José é uma inspiração aos crentes de cada geração perversa.

José prova que o ambiente não é desculpa/obstáculo para aqueles que desejam viver para Deus. Tanto no seio da própria família como na mansão de Potifar, o poder do mal não corrompeu ao jovenzinho diferente.

José rebelou-se com a tradição de perversidade, vivendo piamente diante de Deus, mesmo enfrentando terríveis adversidades. Ainda que parecia que o mal sobressaía sobre o bem – como no Dilúvio (Gênesis 6:1-7) –, Deus conduzia cada detalhe da história a fim de um dia poder conceder a vitória a todo remanescente fiel que viveu como escória da sociedade!

José é um contraste numa sociedade drasticamente maligna. Ele é bondade em meio às pessoas cruéis. Ele é paciente, mesmo em face às acusações infundadas sobre sua pessoa. Ele é humilde mesmo convivendo com gente delinquente. Mesmo preso inocentemente, ele praticava o bem, até para aqueles que praticaram o mal e estavam juntos na prisão.

Como nossa sociedade precisa de jovens, adultos e idosos como José!

Carecemos de gente que tenha ousadia para ser diferente, e fazer a diferença em meio às pessoas estúpidas e indiferentes à justiça; de gente que reflitam Deus nas mansões de grandes personagens e até mesmo nas cloacas deste mundo onde sobrevivem os perversos. Todos precisam de esperança... são carentes de bondade...

Precisamos de gente que seja leal a Deus a tal ponto de demonstrar lealdade às pessoas a sua volta; de gente que leia a Bíblia e leve Deus tão à sério como José, mesmo frente às desgraças de uma sociedade desprovida do bem...

...Reavivemo-nos!!! – Heber Toth Armí.

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CRISTO EM PROVÉRBIOS – PARTE 2

Devocional Diário - Descobertas da fé


26 de maio

CRISTO EM PROVÉRBIOS – PARTE 2

Antes que os montes fossem firmados, antes de haver colinas, Eu nasci. Provérbios 8:25


Ontem vimos a respeito da exaltação da Sabedoria, que é Cristo, em Provérbios 8. Também vimos Sua participação no ato criador de Deus. Hoje, quero destacar algumas frases desconcertantes para quem crê na divindade de Cristo: “O Senhor Me possuía no início de Sua obra” (Pv 8:22); “Fui estabelecida” (v. 23); “Nasci antes de haver abismos” (v. 24).

Esses versículos parecem dizer que a Sabedoria teve um começo e era sujeita a Deus, portanto não estava em pé de igualdade com Ele. Como entender isso?

A linguagem que vai do versículo 22 ao 26 exprime um modo técnico de falar da entronização de um príncipe. Um texto assírio do século 13 a.C. fala da coroação de Tukulti-Ninurta I, com expressões muitos parecidas com Provérbios 8 e o Salmo 2:6 e 7. No dia da posse, o príncipe, que governaria em corregência com seu pai, era simbolicamente “criado, formado, nascido”. Não se tratava, pois, do início de sua existência, mas do começo de um novo cargo.

O mesmo ocorre com a Sabedoria. Quando se diz “fui estabelecida desde a eternidade; nasci antes de haver abismos”, isso não significa que não fosse eterna, e sim que naquele momento, antes da criação do Universo, Ela assumiu um trono. A linguagem é técnica e reproduz o mesmo discurso que se fazia quando um príncipe recebia sua coroa. Nesse dia, o pai “gerava” simbolicamente o filho, entronizando-o (Sl 2:7).

Isso significa que, em algum tempo antes da criação e da encarnação, Cristo, mesmo sendo eterno, assumiu uma função subordinada ao Pai. Por qual motivo? Richard Davidson explica que ali Cristo assumiu um papel mediador. Mesmo sem pecado, as criaturas precisavam de um
conhecimento de Deus que sua condição limitada não podia dar.

Conquanto o Pai continuasse a representar a natureza transcendente da Divindade, o Filho aceitou Se esvaziar (cf. Fp 2:5-11) para representar o aspecto imanente de Deus. Isso não é uma questão de inferioridade, mas de subordinação voluntária. No futuro, essa mesma condescendência O levaria a tornar-Se humano, não apenas para revelar o Pai, mas para salvar os que estavam separados Dele. Que amor grandioso, não é mesmo?

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domingo, 25 de maio de 2025

Gênesis 39 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 39
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 39 – Após os negros capítulos revelando o estado deplorável da natureza pecaminosa em Gênesis 34 e 38, juntando com outros tenebrosos de homens e mulheres de Deus, muitas vezes ficamos questionando o porquê dessas histórias vergonhosas serem trazidas à nossa memória.

Ellen White nos ajuda: “Homens a quem Deus favoreceu, e a quem confiou grandes responsabilidades, foram algumas vezes vencidos pela tentação, e cometeram pecado, mesmo como nós, presentemente, esforçamo-nos, vacilamos, e frequentemente caímos em erro. Sua vida, com todas as suas faltas e loucuras, estão patentes diante de nós, tanto para a nossa animação como advertência. Se eles fossem representados como estando sem faltas, nós, com a nossa natureza pecaminosa, poderíamos desesperar-nos pelos nossos erros e fracassos. Mas, vendo onde outros lutaram através de desânimos semelhantes aos nossos, onde caíram sob a tentação como o temos feito, e como todavia se reanimaram e venceram pela graça de Deus, acoroçoamo-nos em nosso esforço para alcançar a justiça. Como eles, embora algumas vezes repelidos, recuperaram o terreno, e foram abençoados por Deus, assim nós também podemos ser vencedores na força de Jesus” (PP, 238).

José é um exemplo de que, pelo poder de Deus, aquele que deseja viver no temor do Senhor, poderá se erguer da imoralidade e viver corretamente diante de Deus e dos homens. José é uma exceção num mundo tomado por imoralidade e corrupção.

José é um ícone em meio à depravação mostrando como um jovem pode manter puro o seu caminho (Salmo 119:9-11), mesmo quando tudo conspira para sua destruição (Romanos 8:28-39). Vendido pelos irmãos aos ismaelitas, revendido como objeto no Egito, foi trabalhar na casa de Potifar, oficial de Faraó e capitão da guarda egípcia. Embora fosse escravo trabalhador, confiável e responsável, a mulher de seu senhor armou uma contra ele – que escolheu servir a Deus. Inocente, foi parar na prisão, rendendo-nos preciosas lições:

• Cada lágrima bem aproveitada pode ensinar-nos extraordinárias verdades.
• Adversidades despertam em nós capacidades que em circunstâncias favoráveis permaneceriam adormecidas.
• Adversidades podem ser usadas como trampolins rumo à maturidade.
• Experiência não é o que nos acontece, é o que fazemos com o que nos acontece.
• Paciência e perseverança fazem que, miraculosamente, adversidades se tornem universidades da vida.

Em meio às dificuldades, aprendamos preciosas verdades! Cresçamos espiritualmente! – Heber Toth Armí.

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CRISTO EM PROVÉRBIOS – PARTE 1

 Devocional Diário - Descobertas da fé

25 de maio

CRISTO EM PROVÉRBIOS – PARTE 1

A Sabedoria Se coloca no topo dos lugares elevados, junto ao caminho, nas encruzilhadas das veredas. Provérbios 8:2


Provérbios 8 é um dos textos mais lindos sobre Cristo no Antigo Testamento. Trata-se de um poema de estilo particularmente elevado e solene, escrito por Salomão em referência à Sabedoria.

Mas quem é a Sabedoria? Note que não se trata de uma personificação poética de um atributo divino, muito menos o elogio a uma deusa cósmica. O texto fala de um Ser pessoal (v. 12), com sentimentos, razão e vontade, que possui as mesmas prerrogativas de Deus (v. 13, 35). A Sabedoria governa, julga por Si mesma, ama e pode ser amada (v. 16, 17).

Na criação, Ela estava com Deus; tudo foi feito por meio Dela (v. 22-30). Humana não seria, muito menos angelical. Afinal, qual dos anjos, por mais elevado que seja, pode dizer às criaturas: “Quem Me encontra encontra a vida” (v. 35)? De igual modo, a sentença “Eu, a Sabedoria, moro com a prudência” (v. 12) é análoga à expressão idiomática “Eu, o Senhor”, que aparece várias vezes na Bíblia Sagrada.

Insisto na pergunta: Quem é a Sabedoria? O apóstolo Paulo responde: “Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus” (1Co 1:24). Por isso, Provérbios estava profeticamente falando de Jesus antes de Sua encarnação. E não somente Provérbios, mas toda a Bíblia apontava para Cristo.

O teólogo Norman Geisler afirmou: “Na lei, encontramos o fundamento para Cristo. Na história, encontramos a preparação para Cristo. Na poesia, encontramos a aspiração a Cristo. Nos profetas, encontramos a expectativa de Cristo. Nos evangelhos, encontramos a manifestação de Cristo. Em Atos, encontramos a propagação de Cristo. Nas epístolas, encontramos a interpretação de Cristo. No Apocalipse, encontramos a consumação em Cristo” (A General Introduction to the Bible, p. 29).

É interessante notar que Provérbios descreve Deus criando todas as coisas ao lado da Sabedoria, que é Cristo. Até a ciência, indiretamente, confirma isso. Foi com grande espanto que o pesquisador James Jeans, teórico da relatividade e mecânica quântica, admitiu: “Quanto mais a ciência progride, menos o Universo se parece com um relógio, e mais se assemelha a um pensamento.” Um pensamento divino, chamado Cristo, a Sabedoria de Deus. Que tal buscá-Lo mais de perto hoje?

https://mais.cpb.com.br/meditacao/Cristo-em-proverbios-parte-1/

sábado, 24 de maio de 2025

Gênesis 38 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 38
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 38 – Duras críticas aos pecados alheios podem estar escondendo nossos próprios pecados. Este capítulo está repleto de imoralidade, perversidade, engano; e, cinicamente, de busca por justiça por gente injusta.

Geralmente desejamos que executem justiça aos que erram, mas exigimos ser tratados com misericórdia. Somos duros e inflexíveis contra os outros, mas queremos flexibilidade e misericórdia quando falhamos.

Infelizmente, aqueles que erram não admitem ou reconhecem seus erros até serem confrontados ou encurralados... Essas, e outras verdades, encontramos no relato de Judá e Tamar.

Distanciamento familiar, jugo desigual (comunhão) de quem serve a Deus com quem não O serve, jugo desigual no relacionamento conjugal, infidelidade nos compromissos (2 Coríntios 6:14), e, decisões imorais...  resultam em tragédias que deveriam alertar-nos para a desgraça do maldito pecado. O pior é que o pecado torna os indivíduos insensíveis a Deus, desprovidos de senso moral próprio, mas com aguçado senso de justiça contra o próximo (Romanos 2:1-3).

Maldade, imoralidade e subterfúgio ligados à depravação sexual recheiam este capítulo do povo de Deus. Judá é o líder da tribo da qual descenderia o Messias. Tamar, mulher pagã, foi incluída na genealogia do Salvador (Mateus 1:3). Perez, “o primeiro dos gêmeos nascido de Tamar, fruto de prostituição e incesto, entrou, porém, na linhagem messiânica, que perpassou por Boaz e Rute e chegou ao rei Davi (Rt 4:18-22; Mt 1:3)”, destaca John MacArthur.

A verdade bíblica nua e crua deve servir de Raio-X de nossa vida, visando que busquemos reavivamento e reforma espirituais!

Ellen White expõe que a Bíblia “registra as faltas de homens bons, daqueles que se distinguiram pelo favor de Deus; efetivamente, suas faltas são apresentadas de modo mais completo do que as virtudes. Isto tem sido objeto para admiração de muitos e tem dado aos incrédulos ocasião para escarnecerem da Bíblia. É, porém, uma das mais fortes provas da verdade das Escrituras, não serem os fato explicados de maneira que os favoreça, nem suprimidos os pecados de seus principais personagens... Houvesse a Bíblia sido escrita por pessoas não inspiradas, e teria sem dúvida apresentado o caráter de seus homens honrados sob uma luz mais lisonjeira. Mas, assim como é, temos um registro exato de suas experiências” (PP, 238).

Reavivemo-nos na Palavra de Deus (Hebreus 4:12), alicerçados no Messias! – Heber Toth Armí.

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IMAGEM DE DEUS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

24 de maio

IMAGEM DE DEUS

Então o Senhor Deus disse: “Eis que o homem se tornou como um de Nós, conhecedor do bem e do mal.” Gênesis 3:22


Em que sentido o homem, após pecar, se tornou como Deus? Como poderia Deus ser “conhecedor do bem e do mal” se essa é uma característica daqueles que pecam? O fato de Adão e Eva passarem a ser iguais a Deus após comerem do fruto sugere que o casal não era igual a Deus antes disso. Como entender essa condição, uma vez que fomos criados à imagem e semelhança de Deus?

Talvez seja esclarecedor abordar outra possível tradução do texto de Gênesis 3:22. Considerando que o verbo ser (hayah) aparece numa forma que pode ser traduzida como um pretérito, o sentido seria: “O homem foi como um de Nós.” Isso muda completamente a leitura, pois sugere um lamento divino pelo que o ser humano deixou de ser. Ele era como Deus, conhecedor do bem e do mal no sentido do discernimento, algo que ele perdeu por ter experimentado o pecado. A serpente enganou Eva oferecendo-lhe algo que ela e Adão já possuíam: serem semelhantes a Deus, tendo o discernimento do mal.

Mas como Adão e Eva poderiam ser a imagem e semelhança de Deus se Deus é inigualável? Colossenses 1:15 responde: “Ele [Cristo] é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação.” Apesar de a condescendência do Filho de Deus em Se tornar servo ser algo mais atrelado à encarnação, esse movimento se iniciou muito antes de Seu nascimento em Belém. Começou desde a criação do Universo, quando Cristo voluntariamente aceitou “diminuir-Se” para comunicar o amor do Pai às criaturas.

É por isso que muitos, ao lerem o relato da criação em Provérbios 8:22 a 32, não entendem como Cristo, sendo divino, aparece como servo de Deus. Voltaremos a esse tema nas meditações seguintes. Por ora, basta saber que houve um esvaziamento voluntário do Filho de Deus, de modo que nossa semelhança com o Criador não significa que fomos elevados à categoria de deuses. Foi Ele que desceu ao nível de Suas criaturas.

Por isso, o trabalho da redenção consiste em restaurar essa imagem perdida de Deus em nós, e isso não tem nada a ver com qualquer tentativa de divinização do ser humano, como vemos em diferentes abordagens humanistas. Abra, portanto, seu coração a Cristo, pois somente Ele pode restaurar o que a serpente nos roubou.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/imagem-de-Deus-2/

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Gênesis 37 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 37
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 37 – Parece que Moisés esteve nos preparando para a maior história do Gênesis. Antes de avançar, observe esta nota de Ellen White ajudando-nos a lembrar do contexto de José.

“Jacó tinha pecado, e havia sofrido profundamente. Muitos anos de labuta, cuidados e tristeza ele os havia tido desde o dia em que seu grande pecado fê-lo fugir das tendas de seu pai. Como fugitivo sem lar, separado de sua mãe, a quem nunca mais viu, trabalhando sete anos por aquela que amava, apenas para ser vilmente enganado; labutando vinte anos ao serviço de um parente ávido e ganancioso, vendo sua riqueza aumentar, e seus filhos crescerem em redor de si, mas encontrando pouca alegria na casa contenciosa e dividida; angustiado pela desonra de sua filha, pela vingança dos irmãos da mesma, pela morte de Raquel, pelo crime desnatural de Rúben, pelo pecado de Judá, pelo engano e malícia cruéis praticados para com José – quão longo e tenebroso é o catálogo de males que se estende à vista! Reiteradas vezes colheu ele o fruto daquela primeira ação errada. Em frequentes ocasiões viu repetir-se entre seus filhos os pecados de que ele próprio fora culpado. Mas, amarga como fora a disciplina, cumprira ela a sua obra. O castigo, se  bem que atroz, produzira ‘um fruto pacífico de justiça’” (PP, 237-238).

O lar de José era disfuncional. Seus irmãos eram caracterizados pelo ódio, raiva, inveja, falsidade e assassinato. Além de José ser o filho da esposa preferida de Jacó, José era o preferido também por ser diferente de seus irmãos. Isso... e, mais dois sonhos que projetavam José a líder da família, faziam seus irmãos ferverem de raiva mortífera.

Jacó, encanecido, agiu despreocupadamente, enviando seu filho preferido a buscar informações do trabalho dos outros filhos – promovendo mais ódio nos irmãos que não ganharam nenhuma túnica colorida igual a de José.

Vendido aos ismaelitas, e tido como morto pelo pai... Tudo parecia indicar o fim de José!

Indubitavelmente, pequenos erros acarretam grandes problemas; contudo, por mais problemática que seja sua família, não é motivo para acomodar-se numa vida fracassada. Ainda que tudo conspirasse contra José, o fato dele estar do lado de Deus, o fracasso não era seu destino. Esse mesmo Deus está à nossa disposição! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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JESUS EM GÊNESIS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

23 de maio

JESUS EM GÊNESIS

No princípio, Deus criou os céus e a terra. Gênesis 1:1


O livro do Gênesis é singular por vários motivos. Ao contrário dos mitos da criação que dominavam o imaginário dos povos antigos, nele encontramos uma narrativa única sobre a origem da Terra. Os primeiros ouvintes de Moisés devem ter se surpreendido ao ver que no Gênesis não há nenhuma explicação sobre a origem do Criador; Ele é eterno.

Nos mitos egípcios e mesopotâmicos, mesmo que os deuses desempenhem o papel de criadores da humanidade, eles não são eternos. O Universo já existia antes deles, e alguns chegam até mesmo a morrer, como é o caso de Osíris.

No Gênesis, o Sol, a Lua e as estrelas não são seres divinos, mas, sim, astros criados para governar os dias e as estações. A criação da humanidade é um ato de amor por parte de Deus, que prepara o jardim para receber Adão e Eva. Nos mitos pagãos, o jardim existe em função dos deuses, e os seres humanos são criados apenas para servi-los.

Enquanto o dilúvio na Bíblia é resultado da violência dos povos, na versão pagã, a inundação aparece como um capricho dos deuses que se cansaram da humanidade, considerando-a desnecessária e tediosa.

O mais lindo, no entanto, é o modo como o Gênesis revela a pessoa de Cristo. A palavra “princípio” em hebraico admite o sentido de cabeça, primazia, primogênito, primeiro. Sabendo disso, Paulo aplicou todos esses sentidos à pessoa de Jesus: “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Pois Nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio Dele e para Ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja. Ele é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para ter a primazia em todas as coisas” (Cl 1:15-18).

Ao escrever “no princípio criou Deus”, Moisés poderia estar indicando que, por meio de uma pessoa chamada princípio, Deus criou. O complemento está no Novo Testamento, quando João afirma que, no princípio, “o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1:1). Ao contrário dos deuses pagãos, nosso Criador não é um mito, mas, sim, uma Pessoa que deseja Se relacionar conosco. Escolha hoje manter comunhão com Ele também!

https://mais.cpb.com.br/meditacao/Jesus-em-genesis/

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Gênesis 36 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 36
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 36 – O plano divino para Israel visava alcançar as nações (Gênesis 12:1-3). Tendo Gênesis como público-alvo os israelitas escravizados no Egito, Moisés informou-os dos acontecimentos históricos “mundiais” para que vivessem o que Deus desejava para eles.

Logo no início foram reveladas as origens de várias nações (Gênesis 10). Após o caso da Torre de Babel, outras nações surgiram, tais como as das filhas de Ló com filhos do próprio pai: moabitas e amonitas (Gênesis 19:36-38).

O relato inspirado também apresenta Melquisedeque como rei-sacerdote de Salém, a quem Abraão entregou-lhe dízimos dos seus bens, louvando a Deus como Criador dos céus e da terra (Gênesis 14:18-20), conforme indica Gênesis 1:1. O compromisso de Abraão com um Abimeleque (Gênesis 20:14-18), e o de Isaque com outro Abimeleque (Gênesis 26:26-31), são informações úteis quando os israelitas fossem libertos.

No capítulo em pauta, temos os edomitas, da descendência de Esaú. Edom significa avermelhado, supostamente um apelido pela troca da primogenitura por lentilhas vermelhas. Sendo Esaú irmão de Israel, uma das orientações de Moisés antes de entrar na Terra Prometida foi de não incomodar aos edomitas (Deuteronômio 2:2-8); o mesmo cuidado deveriam ter com moabitas, amonitas, etc. (Deuteronômio 2:8-23). Conhecendo a história, facilitaria o relacionamento com outras nações.

Atualmente, o remanescente de Deus está espalhado pelas nações, denominações e inúmeras religiões do mundo. Jesus mesmo declarou aos judeus: “Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor” (João 10:16).

Em Apocalipse 10:11, a revelação mostra que após o desapontamento com as profecias de Daniel (Apocalipse 10:8-10), era importante continuar pregando a “muitos povos, nações, línguas e reis”. Em Apocalipse 14:6, um anjo representando o remanescente de Deus no tempo do fim, proclama em alta voz o evangelho eterno “aos que habitam na terra, a toda a nação, tribo, língua e povo”. Deus tem filhos sinceros em diversas igrejas falsas (Apocalipse 18:4). Os salvos serão grande multidão “de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Apocalipse 7:9). As folhas da árvore misteriosa servirão “para a cura das nações” na Nova Terra (Apocalipse 22:2).

Além de nos prepararmos para morarmos com Jesus, devemos ajudar outros a se prepararem também. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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QUE DIZEM DE JESUS?

 Devocional Diário - Descobertas da fé

22 de maio

QUE DIZEM DE JESUS?

Indo Jesus para a região de Cesareia de Filipe, perguntou a Seus discípulos: “Quem os outros dizem que é o Filho do Homem?” Mateus 16:13

Cesareia de Filipe ficava a uns 90 km de Cafarnaum ou três dias de viagem nos tempos de Cristo. Por que Jesus levou os discípulos para tão longe, quando poderia perguntar isso à beira do mar da Galileia? E o pior: aquele ambiente era o mais pagão daquele território. Nem mesmo as cidades da Decápole eram tão idólatras.

Naquela região, funcionava um centro de peregrinação para adoradores de vários deuses. Até hoje, aos pés do monte Hermom, é possível ver restos de alguns templos ou nichos dedicados a Pan, Zeus e Nêmesis (a deusa da vingança). O mais exótico era o templo dos bodes dançantes, que ocupava um lugar de destaque. Além desses, havia o templo dedicado ao imperador Augusto, situado na porta de onde diziam ser a caverna do inferno.

Essa visita certamente causou desconforto nos discípulos. Eles podiam até negligenciar alguns pontos da fé judaica, mas, assim como seus correligionários, não apreciavam se misturar com pagãos, comer sua comida ou esbarrar em suas vestes. A certeza de que eram o povo eleito dava-lhes um ar de superioridade, mesmo em território gentílico.

Por isso, a pergunta de Cristo provocou um franzir de testa. “Bem”, responderam eles a contragosto, “uns dizem que é João Batista; outros dizem que é Elias; […] ou um dos profetas” (Mt 16:14).

O lado bom dessa resposta era que o nome de Jesus havia alcançado pessoas mesmo naquele fim de mundo pagão. O lado ruim era que elas diziam coisas positivas de Jesus, mas não o que Ele era de fato. Por isso, o Mestre perguntou: “E vocês, quem dizem que Eu sou?” (v. 15). Em outras palavras: “o que eles estão dizendo a Meu respeito reflete o que vocês estão falando ou deixando de falar para eles.”

A mesma indagação vale para hoje. Mais importante que a opinião das pessoas a seu respeito é o que elas pensam de Jesus por sua causa. Parafraseando Rick Warren, o que elas pensam de você pode não significar nada, mas o que elas pensam de Jesus por causa da sua vida pode significar tudo. Se Jesus perguntasse hoje: “O que as pessoas no seu trabalho, escola ou igreja estão dizendo que Eu sou?”, o que você responderia?

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quarta-feira, 21 de maio de 2025

Gênesis 35 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 35
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 35 – A igreja de Deus no Antigo Testamento dava tantos maus testemunhos que talvez muitos de nós seríamos pagãos para não pertencer a um povo com uma história moral tão baixa. Infelizmente muitos mestres da Bíblia são maquiadores das histórias reveladas por Deus. Inúmeros professores cristãos não são íntegros em suas preleções.

Veja que, “quando Benjamim, o décimo segundo [filho], chegou, sua mãe morreu durante o parto (Gn 35:17, 18). Portanto, a inveja, o ciúme, a rivalidade e a contenda manchou o mundo em que aqueles irmãos nasceram. Um pai. Quatro mães. A melhor maneira de relacionar os irmãos e suas mães é lendo a genealogia em Gênesis 35: ‘Eram doze os filhos de Israel. Rúben, o primogênito de Jacó, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom, filhos de Lia; José e Benjamim, filhos de Raquel; Dã e Naftali, filhos de Bila, serva de Raquel; e Gade e Aser, filhos de Zilpa, serva de Lia’ (v. 22-26)” (Philip W. Dunham).

A dor e o sofrimento castigam o povo de Deus tanto por situações naturais como a morte de Débora, ama de Rebeca e a morte de Rebeca no parto de Benjamim, quanto por escolhas estúpidas, como é o caso de Diná (em Gênesis 34) e o caso de Ruben, que “deitou-se com Bila, concubina de seu pai. E Israel ficou sabendo” (Gênesis 35:22). Que família desestruturada e disfuncional!

Observe como Ellen White comenta sobre essa família: “O pecado de Jacó e o séquito de acontecimentos que determinou, não deixaram de exercer influência para o mal, influência esta que revelou seu amargo fruto no caráter e vida de seus filhos. Chegando esses filhos à virilidade, desenvolveram graves defeitos. Os resultados da poligamia foram manifestos na casa. Este terrível mal tende a secar as próprias fontes do amor, e sua influência enfraquece os laços mais sagrados. O ciúme das várias mães havia amargurado a relação da família; os filhos cresceram contenciosos, e sem a devida sujeição; e a vida do pai obscureceu-se pela ansiedade e dor” (PP, 208-209).

Para reverter esse quadro horrível da família de Jacó, Deus pede a ele devoção e adoração (Gênesis 35:1); Jacó age entendendo a importância da consagração resultante de reavivamento e reforma (Gênesis 35:2-14).

A intimidade transforma nossa vida! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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O INIGUALÁVEL JESUS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

21 de maio

O INIGUALÁVEL JESUS

Eu e o Pai somos um. João 10:30

Jesus foi inigualável. Até eruditos não cristãos admitem isso. Um exemplo é o judeu polonês Sholem Asch, que disse: “Jesus Cristo é a personalidade mais marcante de todos os tempos. […] Nenhum outro mestre se equipara a Ele. […] Outros pensadores podem ter algo básico para um oriental, um árabe ou um ocidental, mas todo ato e palavra de Jesus tem valor para todos nós. Por que eu, como judeu, não deveria me orgulhar disso?” (citado por Ben Siegel, The Controversial Sholem Asch, p. 148).

Há mais de cem anos, um texto anônimo resumiu o que o autor pensava de Cristo: “Os nomes dos antigos estadistas orgulhosos da Grécia e de Roma surgiram e desapareceram. Os nomes dos antigos cientistas, filósofos e teólogos surgiram e desapareceram; mas o nome deste Homem permanece cada vez mais. […] Herodes não poderia destruí-Lo, e a sepultura não poderia detê-Lo” (study.bible/lesson/339).

Declarações assim me fazem pensar no que Jesus disse: “O céu e a terra passarão, mas as Minhas palavras jamais passarão” (Mt 24:35). E o que Ele falou de Si mesmo que seria tão inédito? Jesus foi o único homem que, em sã consciência, afirmou ser Deus.

Várias situações confirmam isso. Uma delas é o versículo de hoje. À primeira vista, pode não parecer uma autoafirmação de divindade, mas na cultura da época era. Tanto que os judeus queriam apedrejá-Lo porque Ele estava “Se fazendo de Deus” (Jo 10:33). Jesus em nenhum momento corrige o entendimento deles. Pelo contrário, o reafirma (v. 38).

Em outra ocasião, Ele declarou: “Em verdade, em verdade lhes digo que, antes que Abraão existisse, Eu Sou” (Jo 8:58). Essas palavras ecoam aquelas proferidas por Deus a Moisés: “Assim você dirá aos filhos de Israel: ‘Eu Sou me enviou a vocês’” (Êx 3:14). A força de Suas palavras foi tão clara que, mais uma vez, os judeus quiseram apedrejá-Lo (Jo 8:59).

Quando uma pessoa alega ser Deus, como Cristo fez, ela só pode ser mentirosa, louca ou verdadeira. Nenhum louco ou mentiroso arrancaria o reconhecimento de tantos eruditos que não foram seus discípulos. Até os não cristãos reconhecem a grandeza de Jesus. Diante disso, só me resta uma alternativa: Ele é Deus. Assim, não tenho outra escolha senão cair prostrado e adorá-Lo como meu Senhor.

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terça-feira, 20 de maio de 2025

Gênesis 34 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 34
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 34 – Grande parte dos que ensinam a Bíblia tende a apresentar os aspectos positivos dos seus personagens; porque, a verdade nua e crua da Bíblia pode assustar muitos crentes.

Jacó disse a Esaú que iria para Seir, entretanto foi para Sucote (Gênesis 33:14-17). O engano fazia parte da família. Seus filhos aprenderam dominar bem a prática da mentira (Gênesis 34:13).

A única filha de Jacó saiu sozinha a conhecer as mulheres da região da nova residência, evidenciando que “as más companhias corrompem os bons costumes” (1 Coríntios 15:33). Siquém, governador pagão daquela região agarrou-a e a violentou; contudo, depois a quis em casamento. Um requisito foi solicitado pelos irmãos de Diná: Todos os homens de Siquém deveriam circuncidar-se. Após três dias de aplicarem a condição, sob a liderança de Simeão e Levi, os filhos de Israel foram à cidade para cruelmente matar todos os homens – enquanto recuperavam do órgão genital dolorido; saquearam a cidade levando seus bens, mulheres e crianças.

“A horrível violação de Diná por Siquém motivou seus irmãos a manifestar uma reação de engano e violência muito maior que seu pai Jacó havia cometido”, comenta Philp W. Dunham. Mentira, assassinato, roubo, vingança, violência... Fazem parte do início da igreja do Antigo Testamento.

Esse capítulo de chacina mancha as páginas da história do povo de Deus; porém, não é por capítulos assim que devemos afastar-nos do corpo de Cristo. Mesmo no Novo Testamento havia casos horríveis. Além do casal mentiroso em Atos 5:1-10, na igreja de Corinto “por toda parte se houve que há imoralidade entre vocês”, diz Paulo, “imoralidade que não ocorre nem entre os pagãos, a ponto de um de vocês possuir a mulher de seu pai” (1 Coríntios 5:1) – o mesmo pecado da igreja do Antigo Testamento (Gênesis 35:22).

No tempo do fim, não é diferente. Ellen White afirma que “a igreja talvez pareça como prestes a cair, mas não cairá” (2ME, 380). Pois, “fraca e defeituosa como possa parecer, a igreja é o único objeto sobre que Deus concede em sentido especial Sua suprema atenção. É o cenário de Sua graça, na qual Se deleita em revelar Seu poder de transformar corações” (AA, 12).

Apreciemos a Igreja como Deus aprecia e, permitamos que Ele transforme nosso coração! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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OS IMPROVÁVEIS DE DEUS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

20 de maio

OS IMPROVÁVEIS DE DEUS

Nem cego nem coxo entrará na casa. 2 Samuel 5:8


O versículo de hoje apresenta um antigo provérbio hebreu de significado difícil, que surgiu por ocasião da conquista de Jerusalém. Quando Davi estava prestes a tomar a cidade, o rei local desdenhou de sua força, dizendo: “Você não entrará aqui. Até os cegos e os coxos poderão impedi-lo de entrar.” Com isso, queria dizer: “Davi não entrará neste lugar” (2Sm 5:6).

Alguns sugerem que os “cegos e coxos” mencionados aqui seriam talismãs que os jebuzeus possuíam, semelhantes às imitações de tumores dos filisteus (1Sm 6:5), que serviam como amuletos de proteção. No entanto, é mais provável que se refira literalmente a pessoas cegas e coxas que, conforme o deboche do rei, seriam suficientes para expulsar Davi da cidade.

Assim, quando Davi conquistou Jerusalém, ele reverteu o ditado que proibia coxos e cegos de entrar na casa. Mas que casa seria essa? A tradução judaica mais antiga entende que se trata do futuro templo, e, de fato, mesmo antes de qualquer proibição davídica, cegos e coxos não podiam se aproximar do santuário do deserto (Lv 21:18).

O tempo passou, e Jesus, Filho de Davi, veio a Jerusalém, cumprindo as profecias. O sinal de que a era messiânica havia começado estaria no fato de Ele expulsar os comerciantes do templo e levar para lá os coxos e os cegos que a lei proibia (Mt 21:14).

Não é que Jesus desprezasse a lei de Moisés; afinal, Ele mesmo a havia dado ao profeta. A aparente transgressão era, na verdade, o cumprimento de Jeremias 31:8, que fala da restauração messiânica de Israel: “Eis que Eu os trarei da terra do Norte e os congregarei das extremidades da Terra. Entre eles estarão também os cegos e aleijados […]; em grande congregação, voltarão para aqui.”

Por isso, o Evangelho de João só menciona dois milagres de Jesus em Jerusalém, ambos ocorridos ao norte e ao sul do templo: a cura do coxo no tanque de Betesda e do cego no tanque de Siloé. Os que antes “expulsariam” o rei Davi da cidade eram agora beneficiados pelo Descendente dele.

O protagonismo de cegos e coxos cumprindo a profecia nos mostra como Deus, em Sua bondade, conta com todos na realização de Seus propósitos. Isso é graça ilimitada para os que lidam com limitações.

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segunda-feira, 19 de maio de 2025

Gênesis 33 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 33
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 33 – Se estivéssemos na cena deste capítulo, certamente as emoções se aflorariam e, em nossa face, as lágrimas se deslizariam. Os gêmeos separados pela ameaça de morte se reencontrarão...

“Mais tarde naquela manhã, quando Esaú estava se aproximando dele, Jacó foi ao seu encontro curvando-se diante de seu irmão sete vezes (Gn 33:3). Porque Jacó primeiro se humilhou diante do Senhor, ele agora era capaz de se humilhar diante de seu irmão. E Esaú graciosamente o aceitou. Naquele momento de reconciliação (v. 4), Jacó explodiu em um reconhecimento especial. De acordo com Gênesis 33:10, ele confessou que viu a Deus em Esaú: ‘Se te agradaste de mim, aceita este presente de minha parte, porque ver a tua face é como contemplar a face de Deus; além disso, tu me recebeste tão bem!’ (NVI). O que Jacó estava vendo no rosto de seu irmão? As mesmas expressões de amor, compaixão, perdão e graça que ele viu na face do Senhor. O sorriso de Deus em Jacó se reflete na aceitação de Esaú”, explica Jiří Moskala; e, então aplica:

“O que as pessoas leem em nossa face quando interagem conosco?”.

Só demonstraremos perdão e graça aos que nos ofenderam somente após experimentarmos perdão e graça de Deus.

O mesmo Deus que reatou o relacionamento de Jacó e Esaú pode reatar qualquer relacionamento que for colocado sob os Seus cuidados. Ao guiar nossa vida, as estratégias divinas nos levarão à alegria da reconciliação.

Diante da experiência marcante da reconciliação, assim que comprou um campo dos filhos de Hamor próximo a Siquém e acampar ali, Jacó “edificou um altar e lhe chamou El Elohe Israel” (Gênesis 33:20). Por Suas bênçãos, Deus é digno de adoração!

Reconhecendo que o Deus de Israel é poderoso, o Jacó admite que o Deus que mudou seu nome no capítulo anterior, agora mudou sua história.

Diante disto, notamos que não é o tempo que cura feridas da alma; é Deus. Sua graça resolveu a desgraça resultante das atitudes carnais que tiveram os gêmeos 20 anos antes.

Por conseguinte, aprendamos que relacionamentos danificados podem ser restaurados com ingredientes de origem celestiais. Amizades destruídas por atitudes impróprias podem ser concertadas quando a graça de Deus é despejada sobre corações feridos e almas dilaceradas...

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#ebiblico #rpsp #palavraeficaz‌‌

AMAR O INIMIGO

  Devocional Diário - Descobertas da fé

19 de maio

AMAR O INIMIGO

   Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês. Mateus 5:44

   Essa é uma das ordenanças de Jesus mais difíceis. Como ser compassivo com alguém que viola crianças ou mata inocentes? Nosso anseio por justiça pede que um raio caia na cabeça dele. Freud dizia que esse mandamento, além de impraticável e absurdo, inibe a resistência ao perverso e desfaz a justiça. Melhor seria abrir as cadeias e homenagear os delinquentes.

   A indignação não é nova. Nos dias de Cristo, a população oprimida ansiava por um messias que os livrasse de seus inimigos. Não puni-los seria como premiar sua injustiça.

   De fato, considerando que a misericórdia envolve tanto um sentimento de solidariedade para com o que sofre quanto de indulgência para com o que errou, podemos dizer que ela é injusta quando não pune quem merece o castigo. Isso incomoda, especialmente quando a clemência é dada àquele com quem não simpatizamos.

   Contudo, observe que Jesus pediu para amar os inimigos, não para gostar deles. Amar e gostar não são sinônimos perfeitos. Amar é um ato de obediência, enquanto gostar é subjetivo.

   Quando ajudei os refugiados sírios no Líbano, fiz isso por amor, atendendo ao mandamento de Cristo. Mas, para dizer se gosto ou não deles, precisaria primeiro conhecê-los e conviver com eles.

   Gosto é algo muito pessoal e não tem nada de antiético em apreciar mais uma pessoa do que outra, desde que não o façamos por partidarismo ou preconceito. Jesus, que não discriminava ninguém, tinha entre Seus discípulos aqueles que eram mais próximos: Pedro, Tiago e João.

   Sobre a punição dos ímpios, Jesus nunca a negou, apenas a reservou para o futuro. Seu ensino era para que não adiantássemos o juízo final, como se pudéssemos fazê-lo antes de Deus. Ações perversas devem ser denunciadas, e atos ilícitos, condenados, porém nas instâncias competentes. Se estas falharem, não compete a nós fazer justiça com as próprias mãos.

   Quanto ao lado “injusto” da misericórdia divina, que não apenas perdoa, mas tolera a existência do ímpio, lembremo-nos de que essa mesma “injustiça” nos foi concedida quando, mesmo sendo merecedores da morte, o inocente Filho de Deus tomou nosso lugar.

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domingo, 18 de maio de 2025

Gênesis 32 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 32
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 32 – Todos nós precisamos encontrar-nos com Deus para mudar o turbilhão que borbulha no íntimo de nosso coração. Quem busca a face do Soberano do Universo enfrentará as ameaças da vida e não fugirá.

O medo estimula muitas de nossas ações. O medo motivou Jacó a presentear seu irmão, a clamar a Deus, e a separar seus bens. Além disso, a angústia o levou a lutar com Deus que viera para lhe socorrer.

O contexto do relato revela que “a imagem de Esaú perseguiu Jacó por 20 anos; durante esse tempo, ele nunca visitou sua terra natal, seus pais ou se reconciliou com seu irmão. Portanto, antes que Jacó pudesse se encontrar com Esaú, ele precisava se encontrar com seu Deus. Antes de ver o rosto de seu irmão novamente, ele tinha que ver a face do Senhor” (Jiří Moskala).

Embora Jacó avistasse anjos como exército de Deus em sua companhia, ele mandou mensageiros à frente com muitos presentes. Porém, seu irmão saiu encontrá-lo com 400 homens. Consequentemente, o medo aumentou; então, Jacó dividiu seu grupo em dois, caso um fosse atacado, o outro escaparia. Além disso, ele caiu de joelhos; humildemente clamou pela misericórdia graciosa de Deus baseando-Se em Suas promessas. Aumentando a angústia, Jacó multiplicou os presentes para seu irmão. O medo também o levou à luta contra o Senhor à noite, tendo assim sua articulação deslocada. Finalmente, reconheceu a Deus e clamou por Suas bênçãos, chamando aquele lugar de Peniel, por ter a vida poupada depois de ver a face de Deus.

O medo revela fragilidades, mostra nossas fraquezas. Apresenta a insignificância de nossa existência. Quanto mais entendermos nossa pequenez, mais reconheceremos nossa necessidade do Deus poderoso. Eis as razões pelas quais Jacó se debruçou em oração clamando pelas bênçãos divinas.

O medo do desconhecido é indicação que não podemos controlar a história; portanto, é importante que esse medo refresque nossa memória e nos leve à oração em busca do Salvador que mudou o nome de Jacó e pode mudar qualquer situação.

A alma angustiada é fruto de consciência culpada. Todavia, quando enfrentamos nossos traumas confiando em Deus, a fé fará o medo recuar diante de nós.

Portanto, permitamos que a fé, não o medo, tome conta de nossas ações! – Heber Toth Armí.

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EXCESSOS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

18 de maio

EXCESSOS

Não seja demasiadamente justo, nem exageradamente sábio; por que você destruiria a si mesmo? Eclesiastes 7:16

O versículo de hoje é curioso. Ele adverte contra a escrupulosidade mórbida e o rigor excessivo, alertando sobre aqueles que fazem coisas boas na dose errada. É o caso das pessoas que trabalham demais. Em 2021, a Organização Mundial da Saúde divulgou que jornadas excessivas de trabalho estão contribuindo para a morte de quase 1 milhão de pessoas por ano.

A palavra temperança é muito apropriada nesse contexto, pois até mesmo coisas boas devem ser moderadas. Veja o caso do otimismo. A falta dele paralisa, e seu excesso cria ansiedade. Vivemos em uma cultura que transformou o otimismo e a felicidade em uma obrigação. Uma avalanche de livros de autoajuda e técnicas de coaching exigem uma inteligência emocional que não tolera o sofrimento nem o desânimo.

Segundo a doutora Joanne Wood, da Universidade de Waterloo, “a obrigação de ter de evitar pensamentos pessimistas e ser positivo o tempo todo é impraticável para a maioria das pessoas. Quanto mais você tenta evitar um tipo de pensamento, mais ele aparece em sua mente” (citado por Natália Spinacé, “O Lado Bom do Pessimismo”, Época, 26/2/2014).

Qual o mérito de nos convencermos de que tudo dará certo, quando há inúmeras evidências do contrário? Esse tipo de pensamento nos leva a crer que, se algo der errado, a culpa será nossa por não termos seguido as regras do pensamento positivo.

Ariano Suassuna encontrou um jeito de lidar com isso. Ele disse: “Não sou nem otimista, nem pessimista. Os otimistas são ingênuos, e os pessimistas, amargos. Sou um realista esperançoso. Sou um homem da esperança. Sonho com o dia em que o sol de Deus vai espalhar justiça pelo mundo todo.”

Ele podia não saber tudo sobre a volta de Jesus, mas suas palavras estão repletas de verdade. Seja otimista, mas permita-se também ser humano, chorar, desanimar e perguntar a Deus o porquê de tudo isso. Os salmistas fizeram isso e não ofenderam o Altíssimo. Pelo contrário, tornaram-se modelos de pessoas que realmente se apegam a Deus.

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sábado, 17 de maio de 2025

Gênesis 31 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Gênesis 31
Comentário Pr Heber Toth Armí


GÊNESIS 31 – Cunhados chateados, invejosos e traiçoeiros incomodam quando aparecem para infernizar a vida do marido de suas irmãs. Filhos de Labão surgem na história para prejudicar ainda mais o judiado Jacó.

Jacó ouviu-os comentando: “Jacó tomou tudo o que o nosso pai tinha e juntou toda a sua riqueza à custa do nosso pai”. Consequentemente, “Jacó percebeu que a atitude de Labão para com ele já não era mais a mesma de antes” (Gênesis 31:1-2).

Diante dessa tensão, Deus pediu que Jacó voltasse a Canaã e prometeu acompanhá-lo. Jacó comunicou a suas esposas, e falou também da forma estranha que vinha sendo tratado pela família delas. Sendo exímio trabalhador, abençoando a si e a seu sogro (Gênesis 30:27), Jacó foi tratado como bobo, tendo o salário alterado dez vezes objetivando prejudicá-lo (Gênesis 31:3-13). Se não fosse por Deus, Jacó teria saído sem nada.

Raquel e Lia concordaram que o pai usou de malandragem, e ainda gastou tudo o que Jacó pagara por elas. Então, fugiram de Labão; Raquel ainda roubou os deuses do pai.

Se não fosse a intervenção de Deus em sonhos ao irado Labão, a lambança que ele faria seria descomunal. Todavia, fez acusações infundadas contra Jacó (Gênesis 31:14-30).

A tensão entre Jacó e Labão foi intensa. Jacó expôs a verdade nua e crua perante o sogro egoísta e ganancioso; entretanto, tudo terminou num acordo entre os dois (Gênesis 31:31-55). Ellen White afirma que “Jacó apresentou claramente o procedimento egoístico e ambicioso de Labão, e apelou para ele como testemunha de sua própria fidelidade e honestidade... Labão não pôde negar os fatos apresentados, e propôs então entrar em um concerto de paz”. A partir daí, não houve mais “conexão entre os filhos de Abraão e os moradores da Mesopotâmia” (PP, 193).

Inveja, ganância e egoísmo cegam quem se deixa levar por esses pecados. Faz o indivíduo errado pensar que está certo, fazendo condenar quem agiu com honestidade. Explora e ainda faz seu hospedeiro de vítima. É melhor afastar-se de gente assim, mesmo que Deus transforme tensão em celebração!

Durante os 20 anos na casa do sogro, Jacó aprendeu que enganar cria mais problemas do que evita a existência deles; assim, Deus moldava seu caráter!

Permita que Deus molde teu caráter também! – Heber Toth Armí.

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BÍBLIA SEXISTA?

Devocional Diário - Descobertas da fé


17 de maio

BÍBLIA SEXISTA?

Assim Deus criou o ser humano à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Gênesis 1:27


Muitos acusam a Bíblia de sexista e propõem mudanças. A teóloga feminista Carter Heyward, por exemplo, acredita que “a fé e a prática cristãs são necessariamente destrutivas para a maioria das pessoas no mundo, na medida em que são cimentadas na insistência de que Jesus Cristo é o Senhor e Salvador de todos” (Our Passion for Justice, p. 117).

Outros, tentando redimir o texto, dizem que ele deve ser adaptado, mas não abandonado. A jornalista Chine McDonald, seguindo esse entendimento, decidiu parar de usar pronomes masculinos para se referir a Deus. Ela argumenta que Deus está além dos estereótipos.

É verdade que na Bíblia encontramos ilustrações tanto masculinas quanto femininas retratando Deus. Ele é comparado a um homem que carrega uma criança (Dt 1:31) e a uma mãe que consola o filho (Is 66:13). Contudo, isso não faz de Deus um ser possuidor dos dois sexos. Deus é espírito (Jo 4:24), mas geralmente é representado com pronomes masculinos. Alterar a forma como os profetas O descreveram apenas para atender a uma agenda é algo muito perigoso.

A crença em um Deus monoteísta, frequentemente descrito com pronomes masculinos, foi o que tornou a cultura hebraica menos sexista e opressora do que as culturas pagãs circunvizinhas. Embora os politeístas cultuassem o feminino sagrado por meio de suas deusas, sua preocupação primordial era a procriação e a licenciosidade litúrgica, muitas vezes resultando em diversas formas de violência contra as mulheres.

Os mitos politeístas estavam cheios de histórias de conflito entre os sexos, com deusas usando sua sensualidade para manipular os homens. Não há isso na Bíblia. Tanto mulheres quanto homens lutam pela sobrevivência de sua família, e, embora estivessem sujeitas à liderança masculina, elas não viam isso como algo depreciativo. A Bíblia apresenta os méritos da esposa em igualdade com os do marido.

Se o princípio bíblico for aplicado, não haverá necessidade de guerra dos sexos ou alteração da Palavra de Deus. “Assim sendo, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vocês são um em Cristo Jesus” (Gl 3:28).

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Êxodo 10 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse Leitura Bíblica - Êxodo 10 Comentário Pr Héber Toth Armí ÊXODO 10 – Na briga dos deuses, o Deus da...