Sem magia
Conhecerão a verdade, e a verdade os libertará. João 8:32Visitar Machu Picchu, no Peru, é uma experiência impactante. As edificações da cidade sagrada inca falam de gente não somente com grande habilidade e conhecimento, mas também com forte interesse religioso. Até hoje, pessoas com inclinação espiritual meditam junto aos altares de sacrifícios ou nas salas de ofertas. Tudo parece mágico.
Descer até Aguas Calientes é voltar à normalidade. Os hotéis, os restaurantes, os turistas e o artesanato local se agrupam por ali. No fim da rua principal da cidade, escurecida e de ares medievais, encontra-se uma imagem de Cristo, à qual se conferem os mesmos símbolos da Pachamama (deusa adorada pelos povos indígenas dos Andes). Essa mescla de cristianismo e crenças pré-colombianas impregna a espiritualidade de toda aquela região. Os habitantes locais olham para a imagem com uma devoção infantil e, uma vez mais, tudo parece mágico.
A experiência espiritual mais simples é a magia. O fantástico ocupa o lugar do comum; o milagre resolve os problemas. Na religião mágica, oferendas, palavras ou atos agradam ao divino, que, em um ato de generosidade, concorda em atender às petições. Uma folha de coca ou um pouco de álcool comprazem o “Cristo” da rua, e ele se digna de alterar a dureza do dia a dia. Não é preciso compreender as razões. Basta aceitá-las com submissão e com o intenso desejo de que o extraordinário venha a acontecer. A magia é caprichosa e escraviza as pessoas, impedindo o desenvolvimento espiritual delas.
Jesus Se opõe à magia. Ele cria relações de diálogo e de compreensão. Segui-Lo é começar a entender o mundo, porque Ele é a verdade. Sua proposta de relacionamento (lembre-se de que esse é o significado de “religião”) se situa na normalidade, no dia a dia. O normal é a conversação com o Deus de amor, com o Deus que realiza o milagre do comum: o amor em casa, a responsabilidade no trabalho, a missão na rua, a liberdade no pensamento.
Às vezes, sem que percebamos, retornamos à magia e esperamos por uma religião de exceções. Se é assim com você, lembre-se de que Deus enviou o maná por tantos anos que este acabou se tornando enfadonho. Deixe, portanto, o excepcional para o momento certo e desfrute da liberdade de viver com Deus a cada momento.
Devocional Diário
Vislumbres da eternidade12 de fevereiro
https://mais.cpb.com.br/meditacao/sem-magia/
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