quarta-feira, 29 de março de 2023

Jó 4 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jó 4
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JÓ 4 – Nossa concepção é limitada, não enxergamos a realidade espiritual; a não ser que dependamos da revelação de Deus. Nossas limitações levam-nos a agir geralmente de forma imprudente com quem precisa ser compreendido, amado e ouvido. Precisamos aprender reagir corretamente ao sofrimento alheio.

Elifaz retrucou Jó. Sua base foi sua teologia. Ele respondeu veementemente às expressões desesperadas de seu amigo que enfrentava angústia nas provações.

Elifaz começou aparentemente de forma compassiva, porém, logo partiu para um ataque acusatório com conselhos imprudentes. A abordagem teológica de Elifaz tem apoio bíblico (Salmo 94:12-13; Provérbios 1:7; 3:11-12), porém sua interpretação da revelação, tanto quanto da condição de Jó, foram extremamente simplistas.

Devido a uma compreensão superficial da religião, Elifaz agiu de forma equivocada ao acusar a Jó de ser culpado por seus próprios sofrimentos. O não considerar a possibilidade de Jó ser inocente e que suas aflições pudessem ter uma explicação diferente do que simplesmente uma punição divina por pecados específicos, resultaram de aplicar conceitos espirituais corretos no contexto errado. Tal interpretação simplista e imprecisa coloca em xeque a compaixão e a empatia que deveriam ser demonstradas a quem passa por uma tremenda crise, como a de Jó.

A preocupação em defender uma visão de Deus como Juiz que pune o mal atrapalha as pessoas de demonstrar empatia e compaixão a quem sofre. Elifaz apresenta uma visão teológica rigorosa e fria, seu objetivo visava impor uma solução aos problemas de Jó. Tal atitude resultou em falta de amor, acusação e condenação.

Se Jó já tinha grandes motivos de sobra para sofrer, quanto mais ao ser falsamente acusado em nome da sã teologia? A acusação dói, ainda mais quando ela é inadequada! O caso de Jó só piorava com o discurso de Elifaz criticando o inocente.

Leia atentamente Jó 4:1-21 e depois considere com oração:

• Não retribua o sofrimento da pessoa a pecados específicos.
• Não faça suposições ou julgamentos precipitados.
• Não seja ignorante ou insensível às emoções de quem sofre.
• Não deixe de demonstrar amor ao preocupar-se em dar soluções fáceis para situações complexas.
• Não culpe qualquer vítima assolada pela dor.

Geralmente, achar-se sábio significa ser tolo. Mais que oferecer respostas, ofereça compaixão a quem tanto precisa.

Vamos reavivar o amor para oferecê-lo a quem tem dor! – Heber Toth Armí.
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