MEDITAÇÃO DIÁRIA
Sábado, 07 de agosto
BASTA
De modo que deveis, pelo contrário, perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o mesmo consumido por excessiva tristeza. 2 Coríntios 2:7
Nas afetuosas e pastorais cartas de Paulo aos seus amigos de Corinto, podemos vê-lo “caminhando com eles” através dos vários estágios do crescimento espiritual. Como acontece com muitos recém-conversos que vêm de uma realidade depravada, os coríntios tinham perdido algo de sua sensibilidade à perniciosidade do pecado. Estavam dispostos a tolerar no corpo de Cristo algo tão destrutivo como o incesto. Não sabiam como lidar com essa realidade tão terrível para a igreja.
Quando Paulo apelou para eles a fim de que tratassem decisivamente com o mal em seu meio, estavam muito ansiosos por se mostrar obedientes à sua liderança. Trataram tão asperamente o infrator que Paulo teve necessidade de lhes escrever outra vez, lembrando que a restauração do pecador é o objetivo final.
A maioria de nós admitiria que essa é a transição mais difícil. Muitas vezes é mais fácil sentir indignação contra os pecadores, particularmente quando percebemos que seus pecados são especialmente ofensivos, do que amá-los, restaurando-os à nossa comunhão. Quando os vemos aproximando-se da porta da igreja, constrangidos e hesitantes, como é fácil ignorá-los, às vezes com uma intenção evidente. Alguns justificam sua frieza, afirmando que não desejam ser considerados tolerantes com o pecado. O que se revela, no entanto, em situações assim, é a completa incapacidade de agir como Cristo agiria.
Há algo envolvido aqui que é fundamental para nosso testemunho acerca do caráter de Deus. Por que tantas pessoas têm a ideia de que Deus franze as sobrancelhas para os pecadores, mantendo-os afastados até que sua reputação seja posta em ordem? Será que elas chegam a essa conclusão observando a postura dos cristãos com os que erram?
O desligamento de um crente da comunhão por um pecado manifesto tem o propósito duplo de procurar alcançar sua séria atenção e de anunciar que o corpo de Cristo não endossa esse tipo de prática. Porém, a igreja deve rapidamente atuar para esclarecer que, para Deus, a rejeição não é alavanca para a transformação do caráter. Foi nosso Deus quem inspirou Paulo a pleitear com os coríntios: “Basta! Agora o restaurem.” É exatamente isso o que Deus faria. Abracemos essas pessoas em Seu nome!
Dick Winn, 19/9/1987
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