segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

A recompensa

  MEDITAÇÃO DIÁRIA

14 de dezembro

A recompensa

Mas eu Te verei, pois tenho vivido corretamente; e, quando acordar, a Tua presença me encherá de alegria. Salmo 17:15, NTLH

Em seu sofrimento, Jó expressou a força de sua confiança: “Verei a Deus. Eu O verei com meus próprios olhos” (Jó 19:26, 27, NVI). Estêvão, em seu martírio, “viu a glória de Deus” e testemunhou: “Vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé, à destra de Deus” (At 7:55, 56). Esperando a execução, Paulo era animado por uma certeza: “Agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto Juiz, me dará naquele Dia” (2Tm 4:8).

Depois de ter sido humilhado em um concílio no qual exaltou Cristo como seu supremo juiz, João Hus recebeu daqueles que o condenaram uma mitra de papel, ilustrada com caricaturas de demônios e a inscrição: “Coroa de hereges.” Hus afirmou: “O meu Senhor Jesus Cristo, por minha causa, levou uma coroa de espinhos. Por que não deveria eu, então, carregar esta leve coroa, por mais ignominiosa que seja? A verdade é que a levarei de bom grado.” Quando acenderam a fogueira, Hus começou a cantar com voz tão forte que se confundia com o estalar da lenha e o barulho da multidão.

Tendo trilhado o mesmo caminho e recebido a mesma sentença, Jerônimo de Praga foi cantando para o local de seu martírio. Ali, seus algozes tentaram acender o fogo por trás dele, que desafiou: “Venham e ateiem o fogo diante do meu rosto; se houvesse temido as chamas, não teria vindo a este lugar.” Enquanto as chamas crepitavam, ele novamente cantava, e orou: “A Ti, ó Cristo, entrego a minha vida em chamas” (John Foxe, O Livro dos Mártires, p. 161-169).

Esses e muitos outros cristãos em todos os tempos foram impulsionados pela fé no que acreditavam e na recompensa que os aguardava. Davi, perseguido por inimigos, não chegou a sofrer semelhantes atrocidades, embora tenha enfrentado por diversas vezes sofrimento e temor. Em nosso verso, ele revela o que pode ser sua preferência por dormir e acordar em paz todos os dias na presença de Deus, acima de qualquer outra coisa na vida. A isso ele se referiu anteriormente: “Deito-me e pego no sono; acordo, porque o Senhor me sustenta” (Sl 3:5). Contudo, também pode ser uma referência ao sono da morte, à ressurreição e à feliz contemplação da face de Deus. O que mais também poderíamos desejar?

Um dia, o sol da vida se esconderá no horizonte do tempo, mas renascerá anunciando a eterna alvorada. Então, veremos a face Daquele que nos sustentou em meio às mais duras provas da vida. Que glória será!

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