domingo, 13 de dezembro de 2020

“Quem sou eu?”

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

13 de dezembro

“Quem sou eu?”

Então, entrou o rei Davi na Casa do Senhor, ficou perante Ele e disse: Quem sou eu, Senhor Deus, e qual é a minha casa, para que me tenhas trazido até aqui? 2 Samuel 7:18

Construir o templo tinha sido um forte desejo abrigado no coração de Davi. Mas esse privilégio foi reservado por Deus a seu filho, Salomão. A razão disso: “Tu derramaste sangue em abundância e fizeste grandes guerras; não edificarás casa ao Meu nome” (2Cr 22:8-10). Entretanto, o Senhor afirmou ter outros planos para ele: “Mas a Minha misericórdia se não apartará dele […]. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2Sm 7:15, 16). Isso o coloca na condição de ascendente do Messias, Rei eterno sobre todos os povos.09

Então encontramos Davi em prece no templo, meditando, com o coração derramando afeto, gratidão e reconhecimento a Deus. Certamente lembrou-se de um passado transbordante de bênçãos com que foi agraciado desde que foi escolhido, sendo ainda um jovem pastor de ovelhas, para reinar sobre Israel. Lembrou-se dos perigos dos quais havia sido livrado, das vezes em que teve de fugir das ameaças de Saul e se abrigar no providencial refúgio divino. Agora, maravilhado diante da condecoração que acabava de receber, abriu o coração: “Quem sou eu, Senhor Deus?”

Uma lição a ser relembrada é que a negação de um privilégio ou bênção não significa que seremos privados da misericórdia do Pai. Tendo-O, bem como a Sua misericórdia, temos tudo. Com isso, outros privilégios e mais bênçãos cairão das mãos Dele sobre nós, de acordo com Seu amoroso plano e sabedoria. Nem sempre teremos que ser tudo, ter tudo ou fazer tudo o que queremos. Mas Ele sabe o que é melhor sermos, termos e fazermos. “Davi sabia que realizar a obra que em seu coração tinha decidido empreender seria uma honra para seu nome e traria glória ao seu governo; mas estava disposto a submeter sua vontade à vontade de Deus” (Patriarcas e Profetas, p. 712).

À parte do contexto dessa experiência, a pergunta de Davi nos lembra de pessoas que, perdidas no emaranhado da vida, procuram-se e procuram seu valor. Contudo, a cruz nos mostra quem somos e quanto valemos. Somos filhos de Deus, avaliados pela vida de Deus em Seu Filho. É ao pé da cruz que nos vemos absolvidos por Seu castigo, dignificados por Sua humilhação, vivificados por Sua morte. Você acha que, depois de haver feito tanto, Ele negará algum outro bem a Seus filhos?

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