Portador da cruz, 15 de Novembro
E, quando O iam levando, tomaram um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para que a levasse após Jesus. Lucas 23:26.
Mal havia Jesus passado a entrada da casa de Pilatos quando a cruz, preparada para Barrabás, foi trazida e colocada sobre Seus ombros feridos e sangrantes. Havia levado Seu fardo alguns metros apenas quando, devido à perda de sangue e ao excessivo cansaço e à dor, caiu desmaiado ao solo. Ao voltar a Si, a cruz foi-Lhe de novo posta sobre os ombros, e Ele forçado para a frente. Cambaleou mais alguns passos, levando Sua pesadíssima carga, e então caiu desfalecido ao chão. Os sacerdotes e príncipes não sentiram compaixão por sua Vítima sofredora, mas reconheceram que Lhe era impossível levar mais longe o instrumento de tortura. Ficaram perplexos, sem saber a quem encontrar bastante humilde para levar a cruz ao lugar da execução. Manuscrito 127.
A turba que acompanhou ao Calvário o Salvador insultou-O e dEle escarneceu, por não poder levar o madeiro. Todos presenciaram os débeis e vacilantes passos de Cristo, mas não se mostrou compaixão no coração dos que avançaram passo a passo em suas injúrias e torturas ao Filho de Deus. ...
Um estranho, Simão cireneu, vindo do campo à cidade, ouve a turba em seus zombarias e insultos; ouve a desdenhosa repetição: “Abri caminho para o Rei dos judeus!” Detém-se, atônito à contemplação da cena, e ao expressar sua compaixão, em palavras e gestos, apanham-no e o obrigam a erguer a cruz, demasiado pesada para os ombros de Cristo. ... O madeiro carregado por ele ao Calvário foi o motivo de tomar Simão sobre si a cruz de Cristo, por livre escolha, e para sempre permanecer animosamente sob esse peso. Sua associação forçada com Cristo, ao levar ao Calvário a Sua cruz, e contemplar a triste, espantosa cena e os espectadores junto à cruz, foi o meio de lhe atrair a Jesus o coração. Cada uma das palavras dos lábios de Cristo se lhe gravou na mente. ... E o coração de Simão creu. — Manuscrito 103, 1897.
Este texto vem do livro devocional Vidas que Falam pelo Ellen G. White.
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