Mateus 22
Stephen Bauer, Ph.D.
No capítulo 23, Mateus continua a relatar o conflito entre
os líderes religiosos e Jesus, iniciado com a Sua entrada triunfal. Aqui,
porém, o foco está sobre o tema do poder.
Jesus inicia dizendo aos escribas e fariseus que eles
estavam errados ao colocar fardos espirituais pesados sobre as pessoas,
enquanto eles próprios não praticavam as suas ordenanças. E nem sequer ajudavam
aqueles a quem oprimiam a cumprir estas obrigações (vv 3-4). Esses líderes
apreciavam ser reconhecidos como “Rabi”, ou “mestres”, uma pessoa de autoridade (vv 6-7), e amavam o
prestígio associado ao seu ofício (v 5).
Este tema, poder e prestígio, é reiterada nos oito
“lamentos” [ou “ais” (ARA)] (vv 13-30) que Cristo pronunciou sobre os escribas
e fariseus. Ele os acusa de exercerem o poder fechando o reino dos céus para as
pessoas e de serem guias cegos (vs 13,16). Por outro lado, Jesus diz a seus
seguidores que ninguém deveria chamar a outro de “pai”, “mestre” ou guia, nem
deveriam assim se autodenominar. Pelo contrário, o maior entre eles deveria se
tornar um servo dos demais (vs 8-11).
Cristo nunca pretendeu que a religião se tornasse uma
ferramenta de poder pessoal. Mas como os fariseus e os escribas daqueles dias,
muitos hoje ainda tentam utilizar de sua suposta autoridade divina em apoio de
seus objetivos pessoais. Alguns líderes da igreja oprimem membros a eles
submissos. Alguns pais ameaçam os filhos em nome de Deus, ocasionando que eles
tenham uma relação negativa com Deus e com a Igreja.
Assim como a figueira, aqueles que usam a religião como um
instrumento para promover e construir poder religioso ou pessoal tem a
aparência de espiritualidade, mas não demonstram os frutos do serviço de
auto-sacrifício e amor piedoso, como apresentados por Cristo. “O maior dentre
vós será vosso servo.” (v. 11 ARA).
Stephen Bauer, Ph.D.
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/mat/23/
http://www.palavraeficaz.com/
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