domingo, 23 de fevereiro de 2014

A vida conjugal- Cantares 7 e 8


A vida conjugal em poesia

Nestes dois últimos capítulos, nós temos a vida conjugal ou amorosa de dois seres que se amam e se entregam um ao outro, descrita de forma   poética e figurada, em imagens que ficam difícil para o nosso melhor  entendimento, dada a distância social, cultural e conjuntural que nos separa daquela época e daquele povo.

O amor sexual é aqui celebrado:"Quão formosos são os teus pés... as tuas coxas... o teu umbigo... o teu ventre... os teus seios... o teu  pescoço... os teus olhos... o teu nariz... a tua cabeça, os teus cabelos..." (7.1-5).   Poderíamos mesmo afirmar que, não apenas celebrado, mas também  consumado, pois toda a descrição que faz o rei de sua amada nestes   versículos acima, é complementado por um texto que transmite o sentimento de satisfação sexual que a unidade física entre ambos deve ter-lhe trazido:

"Quão formosa, e quão aprazível és, ó amor em delícias" (7.6).

O autor, tece nestes dois capítulos uma espécie de diálogo, em que um responde ao outro. O primeiro faz declarações de amor e de carinho ao  segundo, que por sua vez lhe responde com a mesma intensidade. A  linguagem é poética e figurada, mas deseja exprimir a intensidade e a beleza do sentimento que une o casal. Algumas comparações e alusões são feitas aos componentes da vida familiar como instrumentos para a solidez deste amor: a mãe, o irmão, a irmã dando testemunho desta intimidade para sempre:

 "Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço; porque o amor é forte como a morte; o ciúme é cruel como o Seol; a sua chama é chama de fogo; verdadeira labareda do Senhor". (8.6).

Uma das coisas mais belas na comunhão fraterna do ser humano é a perenidade do amor conjugal. Pessoas que se amam e se casam e celebram bodas de prata, de ouro, de brilhante, vivendo juntas para sempre. É um  amor que não acaba nunca. Muda em seus aspectos íntimos com a idade, com os filhos, os netos, a velhice, mas não perde a sua intensidade nem a sua integridade, porque no plano de Deus, no dizer do escritor sacro do Cântico dos Cânticos:

 "as muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo” (8.7).

 Oração para o dia:Torna-me, Senhor, alguém que mereça ser amado, mas que ame também com a sinceridade e a integridade que a tua vontade exige.



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