A Cruz que cura
O objetivo dele era criar em si mesmo, dos dois, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade. Efésios 2:15, 16, NVI.
De todas as formas de orgulho, o orgulho racial é o mais profundamente enraizado. Crescemos sem perceber que abrigamos sentimentos irracionais de superioridade em relação à algumas pessoas de origem étnica diferente.
O racismo parece incurável. Governos proclamam igualdade para pessoas de todas as raças, defendem a igualdade em suas constituições, promulgam leis para impor conformidade exterior. Mas decretos e leis não podem mudar o coração – que é onde o racismo se origina.
Deus, porém, tem a solução para o arraigado problema humano do racismo. A cruz de Cristo, que nos reconcilia com Deus, reconcilia-nos uns com os outros. Ao vir a Terra e morrer em benefício de cada pessoa, Jesus trouxe a paz entre nós. A cruz equaliza as raças: não importa a nossa cor, sexo, status, ou conta bancária, todos nós obtemos a salvação exatamente da mesma maneira.
Deus nos fez um pela criação, Ele nos fez um também pela redenção.
Eu cresci na Austrália. Se você tivesse me dito em meus anos de juventude que eu era racista, eu teria rido de você. Por que você me diria isso? Um dos meus melhores amigos era um etíope com a pele tão escura quanto à meia-noite! Tornamos-nos amigos no Colégio de Avondale, onde fui estudar para me tornar um ministro do evangelho. Nas férias de um verão particularmente quente vendemos livros juntos de porta-a-porta, ele foi recebido como hóspede em nossa casa, comeu à nossa mesa, tinha uma cama no meu quarto. (Ele também vendeu muitos mais livros do que eu fiz!) Racista? Nunca!
Mas eu era. Só depois que fui para a Índia com minha esposa e comecei a refletir sobre minhas raízes é que percebi o profundo orgulho existente em meu coração. Totalmente isolado da cultura que me deu à luz, pude enxergar melhor de onde eu tinha vindo. Verdade, eu não tinha preconceitos contra os negros, por si só, mas eu era racista para com o povo aborígene da Austrália. Cresci pensando neles como melhores do que animais, mas inferiores aos brancos.
O racismo é assim – é seletivo. Cada um de nós pode pensar em pessoas de alguma outra raça de quem gostamos. Mas provavelmente abrigamos sentimentos de orgulho e superioridade para com pessoas de outra raça com quem já tivemos contato.
O evangelho de Jesus Cristo expõe o orgulho oculto existente em nossos corações. Ele nos educa, apontando um caminho melhor. A cruz é a maior força para mudanças sociais positivas no mundo – e essa mudança deve começar com a igreja.
ORAÇÃO
Mestre do amor, o teu exemplo de vida e o teu sacrifício me sensibilizam. Por isso Te suplico: “Muda o meu coração, de dentro para fora, pelo Teu Espírito. Que eu considere a todos como meus irmãos. Amém”.
Autor: William G. Johnsson
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