quinta-feira, 18 de abril de 2024

Amor, ordem e redenção

 Devocional Diário

Amor, ordem e redenção

Embora andemos na carne, não lutamos segundo a carne. 2 Coríntios 10:3

“O amor como princípio, a ordem como base e o progresso como fim” é o lema que sintetiza o pensamento positivista de Auguste Comte. Esse autor foi tão influente que o positivismo impregnou cada camada da sociedade, especialmente o pensamento científico. Sua busca por ordem estabeleceu rótulos para cada faceta da realidade.

Semelhantemente, na igreja de Corinto tudo e todos recebiam um rótulo: os de Afrodite (sensualistas), Hera (matrimonialistas) ou Dionísio (bêbados); os de Apolo (curandeiros), Esculápio (médicos) ou Poseidon (marinheiros); os da carne, os do caos e os judaizantes. Diante desse cenário, Paulo orientou os fiéis quanto às prioridades de Deus, sobre a preeminência do amor genuíno, sobre o tempo e o espaço dos dons. O único rótulo que eles deveriam receber era “cristão”, e o único modelo era Cristo.

Em Sua taxonomia (classificação), Cristo não fala de liberais ou conservadores, sensualistas ou racionalistas, tradicionalistas ou progressistas. Jesus classifica a humanidade em trigo/ovelhas (crentes) ou joio/bodes (incrédulos). O crente deve ser decente por natureza e, por definição, deve ser ordeiro. Deve promover a honestidade, o crescimento e o equilíbrio. Diante da constante influência mundana na igreja, ele “deve realizar uma obra que requer muito tato, uma vez que é chamado a enfrentar apostasia, descontentamento, inveja e ciúmes na igreja, e terá que trabalhar no espírito de Cristo para colocar as coisas em ordem. Deve advertir firmemente, repreender o pecado e corrigir os erros, não apenas do púlpito, mas também por trabalho pessoal” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 335 [526, 527]).

Como cristãos, devemos trabalhar para alcançar esse objetivo. Em meio ao caos e à confusão do pecado, somos chamados a repreender, corrigir, ordenar e organizar aquilo que o pecado desfez. Essa não é uma obra realizada com o simples objetivo de colocar as coisas em seu lugar, mas de salvar.

Se fôssemos reescrever o pensamento de Comte, talvez poderíamos fazê-lo assim: “O amor como princípio, a ordem como base e a redenção como fim.” Para Deus, tudo deve ser feito com ordem e decência, mas o objetivo maior deve ser sempre a salvação – nossa e do nosso próximo.

 Vislumbres da eternidade
18 de abril
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