MEDITAÇÃO DIÁRIA
Quinta, 18 de marçoRecompensa para o justo
Então, se dirá: Na verdade, há recompensa para o justo; há um Deus, com efeito, que julga na terra. Salmo 58:11
Há uma pergunta que tem perturbado a humanidade: “Por que […] Te calas quando o perverso devora aquele que é mais justo do que ele?” (Hc 1:13). Parece que o profeta Habacuque sintetizou em poucas palavras o clamor de muita gente diante das aparentes injustiças da vida.
Se você se mantiver honesto, é provável que seu futuro não seja de riqueza. Por outro lado, você observa pessoas sem escrúpulos que crescem, progridem e conseguem o que desejam. A cultura de injustiça que reina no mundo, às vezes, leva as pessoas a questionar se vale a pena ser honesto, pontual, puro, verdadeiro, abnegado.
O tema central do Salmo 58 é o abuso do poder judicial. Alguns estudiosos acham que esse salmo foi escrito pelo rei Davi quando, em algum momento, ele misturou-se com o povo e percebeu de perto a administração errada da justiça em Israel. Essa realidade revoltou seu espírito. Pessoas que haviam sido colocadas em lugares estratégicos, para fazer justiça ao povo, estavam promovendo a opressão, vendendo consciências e deixando que a corrupção se apoderasse da corte. Era insuportável.
Não existe frustração maior que apelar a um juiz por justiça e, diante de todas as provas em favor de sua inocência, ser declarado culpado. Ou ver que um homem público se apodera de uma grande fortuna e aproveita sua posição para ser declarado inocente.
Davi começa o salmo de hoje perguntando: “Falais verdadeiramente justiça, ó juízes? Julgais com retidão os filhos dos homens?” Todo o salmo está cheio de indignação. Mas, no verso de hoje, o salmista expressa a certeza de que finalmente Deus operará, dando a recompensa ao justo.
Essa não é uma justiça que acontecerá na vida eterna ou quando Jesus voltar. É uma promessa para agora; Deus é justo e vigilante. Não existe nada oculto a Seus olhos. Quando Ele não intervém, é simplesmente porque está aguardando o momento mais oportuno para recompensá-lo.
Guarde essa promessa em seu coração. Não permita que a decepção se apodere de você nem que o veneno da revolta destrua sua alma. Mais breve do que imagina “se dirá: Na verdade, há recompensa para o justo; há um Deus, com efeito, que julga na terra”.
Alejandro Bullón, 18/6/2007
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