quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Unidos pelo amor

MEDITAÇÃO DIÁRIA

Quarta-feira, 2 de dezembro

Unidos pelo amor

Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal. Romanos 12:10

A globalização abriu as portas do mundo, e a internet rompeu limites; mas, num paradoxo curioso, os relacionamentos nunca pareceram tão superficiais. As pessoas estão cada vez mais distantes. Faz algum tempo, vi uma fotografia engraçada. Se é montagem ou foi tirada de forma proposital, não sei. O fato é que ela chama a atenção para esse distúrbio social, retratando seis pessoas de uma família que teriam ido visitar a avó queixosa da solidão. Sentados na sala, todos os visitantes usavam seus smartphones sob o olhar da ainda solitária vovó. Estar ligado a alguém por quaisquer meios virtuais, mas relacionar-se pessoalmente sob a motivação do amor que se importa, se doa, compartilha, se solidariza e algo mais, é o que vale. Curtidas, cutucadas ou compartilhamentos virtuais, de fato, valem pouco.

Precisamos pensar na importância de estarmos mutuamente envolvidos e solidários. No livro Firme Seus Valores, Charles Swindoll aborda esse tema. Ele define a expressão “estar envolvido” como “ser participante, manter relacionamento próximo, estar incluído” (p. 26, 27). Isso quer dizer que precisamos nos importar com nosso semelhante. A solidão, a angústia, a tristeza, enfim, todas as dificuldades da vida serão mais facilmente suportadas e superadas se ele puder contar com nossa empatia. Ou, se nos dispusermos a ouvi-lo, não julgá-lo, ligar-nos emocionalmente ou apenas dizer, com palavras e ações: você não está só.

O apóstolo Paulo aconselhou: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal. Outra versão diz: “Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal” (NVI). Isso implica sentimento de irmandade. Irmãos carnais se encontram, abraçam-se, sorriem e choram juntos, compartilham sentimentos. Deveria ser diferente com irmãos em Cristo? A Bíblia Viva apresenta o verso assim: “Não finjam apenas amar uns aos outros: amem realmente. […] Amem-se uns aos outros com afeição fraternal” (v. 9, 10).

Contudo, muitos “irmãos”, de acordo com a comparação feita por Swindoll, comportam-se como porcos-espinhos numa noite de inverno. O frio os aproxima; porém, começam a se espetar, e eles se afastam novamente. Deus, por Sua vez, quer que nos envolvamos. “Levai as cargas uns dos outros” (Gl 6:2); “alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram” (Rm 12:15). O mundo e a igreja serão melhores à medida que cultivarmos a virtude da empatia.

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