domingo, 16 de agosto de 2020

Paisagem Transformada

MEDITAÇÃO DIÁRIA

16 de agosto
Paisagem Transformada

Junto ao rio, às ribanceiras, de um e de outro lado, nascerá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não fenecerá a sua folha, nem faltará o seu fruto; nos seus meses, produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; o seu fruto servirá de alimento, e a sua folha, de remédio. Ezequiel 47:12

Na longa visão do templo dada ao profeta Ezequiel, a partir do capítulo 40 de seu livro, foi-lhe possível contemplar de um alto monte, em Israel, um novo templo. De acordo com Siegfried Júlio Schwantes, as características desse templo não correspondem “aos dados que se encontram no Pentateuco para o antigo santuário” (Ezequiel, p. 185), diferindo também do templo de Jerusalém, reconstruído depois do exílio. Diante disso, eruditos afirmam que essa visão é uma descrição do estado ideal de Israel no retorno do exílio, na Terra Prometida, caso a nação tivesse vivido à altura dos ideais divinos.

Mencionando a divisão da terra em 12 tribos, Ezequiel 47 começa descrevendo o templo como uma nascente de águas purificadoras, inicialmente referidas como um filete que aumenta à medida que flui até se transformar em um rio caudaloso. Ele muda a paisagem do deserto, convertendo-o num jardim; em suas margens crescem árvores frutíferas. A imagem comunica a lembrança da abundância de bênçãos físicas e espirituais inesgotáveis que deviam fluir do templo para o povo, em sua condição idealizada por Deus.

A figura de águas abundantes como símbolo de bênçãos para os filhos de Deus é comum na Bíblia. Cristo Se identificou como fonte da qual fluiriam “rios de água viva” (Jo 7:37-39). Ao apóstolo João foi dada a visão na qual pôde contemplar “o rio da água da vida” (Ap 22:1, 2). Comentaristas bíblicos consideram as árvores como símbolo de cristãos verdadeiros e espirituais, “árvores que o Senhor plantou” (Is 61:3), que brotaram graças às águas do santuário (Sl 1:3). Matthew Henry opina que as águas significam o evangelho de Cristo que sairia de Jerusalém para o mundo, no poder do Espírito Santo. Ellen White também associa a missão da igreja e seus membros, individualmente, à visão das águas purificadoras (Atos dos Apóstolos, p. 13; Testemunhos Seletos, v. 2, p. 485).

Nada produz tanta segurança ao cristão do que saber que, no templo celestial está Jesus, a fonte inesgotável que jorra para vida eterna (Jo 4:14). Nessa fonte, todos podem encontrar nutrição e sustento, refrigério e vigor, cura e salvação. Quem se abeberar dessa água se torna um afluente pelo qual ela jorra alcançando outros famintos e sedentos, transformando-lhes a aridez num jardim. É nosso privilégio ser canais de bênçãos para as pessoas hoje.
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

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