sexta-feira, 5 de junho de 2020

FUNERAL SEM CHORO

MEDITAÇÃO DIÁRIA

05 de junho
FUNERAL SEM CHORO

Ele era da idade de trinta e dois anos quando começou a reinar e reinou oito anos em Jerusalém. E se foi sem deixar de si saudades. 2 Crônicas 21:20

Não me lembro de ter ouvido falar nem de ter assistido a alguma cerimônia fúnebre em que as faltas da pessoa falecida tivessem sido destacadas pelos oradores. Elas podem até ser amplamente conhecidas, mas o bom senso manda que se realce aspectos positivos; afinal, todo mundo tem defeitos e também virtudes. Certamente, deixamos a marca do que fazemos positivamente ou do que fazemos e que não deve ser imitado. Entretanto, é certo que ninguém quer imaginar ser mencionado em nenhuma ocasião, muito menos depois que tiver morrido, por causa dos defeitos.

A Bíblia, porém, não esconde as falhas de nenhum de seus personagens, mesmo dos mais destacados heróis, entre os quais não está o rei mencionado em nosso verso de hoje. Jeorão era filho primogênito de Josafá, reinou pouco tempo, mas deixou um histórico lamentável. Para começar, embora fosse rei e tivesse a maior parte no espólio deixado pelo pai, tão logo assumiu o reinado, de olho na herança dos irmãos, matou-os à espada. Sua esposa, Atalia, filha dos ímpios Acabe e Jezabel, mais tarde tentou acabar com a linhagem de Davi (2Cr 22:10). Jeorão rejeitou as advertências de Deus e promoveu a decadência moral e espiritual dos moradores de Jerusalém e de Judá. Finalmente, morreu acometido de uma terrível enfermidade, que deixou suas entranhas expostas.

De acordo com um costume da época, os reis, ao morrerem, eram colocados em uma sepultura especial, em um local chamado “sepulcro dos reis”. Não foi esse o caso de Jeorão. Quando morreu, não recebeu nenhuma homenagem. O povo não lhe queimou incenso, ele não foi sepultado no sepulcro dos reis, e o cronista diz a respeito dele que “se foi sem deixar de si saudades” (2Cr 21:20). Em contraste, Ezequias “foi sepultado na colina onde estão os túmulos dos descendentes de Davi. Todo Judá e o povo de Jerusalém prestaram-lhe homenagens” (2Cr 32:33, NVI).

Não é pecaminoso desejar ser estimado, mas isso é resultado do bem que a pessoa espalha, do amor e perdão que reparte, da acolhida que oferece e do serviço prestado, com altruísmo e lealdade. Acima de tudo, é importante que sejamos conhecidos e lembrados por nossa fidelidade a Deus.

Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

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