domingo, 21 de junho de 2020

”OREI POR VOCÊ”

MEDITAÇÃO DIÁRIA
21 DE Junho 
”OREI POR VOCÊ”

Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. Lucas 22:31, 32

Depois de haver exemplificado pessoalmente, na Ceia, o espírito de humildade e serviço que deveria caracterizar Seus discípulos, Jesus continuou aconselhando-os e advertindo-os sobre a maneira como reagiriam aos acontecimentos que culminariam com Sua morte na cruz. Judas havia sido envolvido pela trama do grande adversário e estava a caminho de consumar a traição. Contudo, os demais não ficariam isentos da tentação de seguir o mesmo caminho. Afinal, traição e negação andam perto uma da outra. Não por falta de advertência, Pedro negaria o Mestre, e Jesus Se dirigiu a ele. A repetição de seu nome indica a ênfase dada à declaração. A referência a “vocês” destaca que Pedro não seria o único tentado a agir covardemente.

A palavra “peneirar”, joeirar ou cirandar lembra a prática do mundo agrícola de se peneirar grãos, separando os bons dos inutilizáveis. Geralmente temos aplicado a palavra ao conceito de sacudidura, processo que passará a fé dos cristãos pelo crivo, em uma seleção que separará os genuínos dos falsos (Am 9:9). Mas a palavra, também traduzida como “cirandar”, andar de um lado para outro, implica a imagem pintada por Pedro sobre o inimigo, que “anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1Pe 5:8).

As duas figuras evidenciam que a fé professada pelos discípulos seria provada e que, em torno deles, Satanás trabalhava à espreita, esperando o momento certo de atacar. Pedro prometeu lealdade, dizendo: “Estou pronto a ir Contigo, tanto para a prisão como para a morte” (Lc 22:33). Mas ele não tinha ideia do que aconteceria. Não podia ver o cirandar do inimigo, ouvir seu rugido nem perceber sua sutileza. Caiu, embora tenha se arrependido profundamente.

O modus operandi do adversário ainda é o mesmo. Continua à nossa espreita. Sabendo que o rugido pode ser detectado com menor dificuldade, age também com sutilezas, mascarando motivos censuráveis com ações de bela fachada, inspirando racionalizações e desculpas para o pecado, agredindo violentamente suas vítimas. Seu arsenal é incontável. Com isso, seu objetivo maior é nos destruir. Daí a necessidade de vigilância e oração constantes.

Felizmente, temos Cristo como refúgio e fortaleza. O que Ele garantiu a Pedro naquela ocasião reafirma hoje para nós: “Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça.”

Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

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