domingo, 5 de janeiro de 2020

A Teologia Da Renúncia

MEDITAÇÃO DIÁRIA

05 de Janeiro
A Teologia Da Renúncia

Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me. Marcos 8:34

Em 5 de janeiro de 1980, fui ordenado ao ministério pastoral. A cerimônia, realizada no Instituto Petropolitano Adventista de Ensino, em Petrópolis, RJ, teve como pregador o pastor José Cândido Bessa Filho, então secretário ministerial da Igreja Adventista na América do Sul. Seu sermão, sob o título dado à reflexão de hoje, foi emoldurado pelo quarteto Arautos do Rei, que cantou o hino “Na senda do Calvário” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, no 66). Naquela ocasião, as mensagens cantada e falada invadiram e impregnaram cada fibra de meu ser. Deus me mostrou em cores nítidas o verdadeiro sentido do ministério pastoral e da vida cristã: serviço desinteressado, sem exigências ou expectativas de reconhecimento humano nem recompensas terrestres de qualquer natureza; renúncia ao eu com todos os seus caprichos. Ou seja, tomar a cruz de Cristo e seguir os passos Dele.

Independentemente de nossas origens, antecedentes familiares, idade, tempo de filiação à igreja, ocupação ou condição social, há um ponto no qual, como pecadores, todos nos igualamos: o anseio por primazia, fama, recompensa e reconhecimento humano. Isso está presente em muitas coisas realizadas no dia a dia, quando silenciosamente nos perguntamos, ao ser confrontados com algum dever: “Que recompensa terei?” Ou ainda: “Que dirão as pessoas a meu respeito?” Esse modo de pensar é perigoso. Ele implica motivação pela vaidade, pelo egoísmo e o orgulho, este descrito como “o que menos esperança incute, e o mais irremediável” (Ellen White, Parábolas de Jesus, p. 154). Por isso mesmo, pode nos custar a vida eterna. A única medida eficaz contra essa mentalidade é a crucifixão do eu. “Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue.”

É possível que hoje, diante de alguma provação, o inimigo nos apresente o mundo e suas glórias como sendo mais compensadores do que o caminho de Cristo. Ou, tendo realizado alguma coisa em favor Dele, da igreja e do semelhante, esperemos recompensa e reconhecimento, sem que ninguém apareça para nos iluminar com holofotes. Nas duas situações, ouçamos Cristo dizer: “Deixei o trono e a glória, / deixei do Céu a luz, / e Minhas mãos pregaram sobre uma rude cruz; / Com tua mão na Minha, sigamos, pois, assim; / Ó, toma a cruz e segue junto a Mim”

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