terça-feira, 10 de outubro de 2017

Ninguém perfeito

Ninguém perfeito, 10 de Outubro


Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós. 2 Coríntios 4:7.

Todos os discípulos tinham sérias falhas de caráter quando Jesus os chamou ao Seu serviço. O próprio João, que chegou a ter mais íntimo convívio com o Manso e Humilde, não era de si mesmo dócil e submisso. Ele e seu irmão foram chamados “filhos do trovão”. Marcos 3:17. Durante o tempo em que viveram com Jesus, todo menosprezo a Ele mostrado lhes despertava a indignação e a combatividade. Mau gênio, vingança, espírito de crítica, tudo se encontrava no discípulo amado. Era orgulhoso e ambicioso de ser o primeiro no reino de Deus. Mas dia a dia, em contraste com seu próprio espírito violento, contemplava a ternura e longanimidade de Jesus, e aprendia-Lhe as lições de humildade e paciência. Abriu o coração à divina influência, e tornou-se, não somente ouvinte, mas cumpridor das palavras do Mestre. O próprio eu escondeu-se em Cristo. Aprendeu a levar o jugo de Jesus, a suportar-Lhe o fardo.

Jesus reprovava Seus discípulos, advertia-os e avisava-os; mas João e seus irmãos não O deixavam; preferiam a Jesus, apesar das reprovações. O Salvador não Se afastava deles por causa de suas fraquezas e erros. Continuaram até ao fim a partilhar-Lhe as provações e aprender as lições de Sua vida. Contemplando a Cristo, transformaram-se no caráter. ...

Cristo não escolheu, para Seus representantes entre os homens, anjos que nunca pecaram, mas seres humanos, homens semelhantes em paixões àqueles a quem buscavam salvar. ...

Havendo eles próprios estado em perigo, acham-se familiarizados com os riscos e dificuldades do caminho, e por esse motivo são chamados a esforçar-se por outros em perigo idêntico. Almas existem perplexas pela dúvida, opressas pelas fraquezas, débeis na fé, incapazes de apegar-se ao Invisível; mas um amigo a quem podem ver, indo ter com eles em lugar de Cristo, pode ser um elo para firmar-lhes a trêmula fé no Filho de Deus.
Devemos ser coobreiros dos anjos celestes em apresentar Jesus ao mundo. — O Desejado de Todas as Nações, 295-297.

Este texto vem do livro devocional Vidas que Falam pelo Ellen G. White.
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