terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Não convém racionalizar

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

Terça-feira, 2 de fevereiro

Não convém racionalizar

Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o Senhor sonda os corações. Provérbios 21:2

Qual é seu objetivo na vida? Você tem um alvo bem definido? Li certa vez que um homem, ao entrar pela primeira vez numa aldeia, viu uma porção de alvos com uma flecha no centro de cada um deles. Ele deduziu que devia haver um bom atirador nessa aldeia e pediu informações a seu respeito. Disseram-lhe que aquilo fora efetuado por um tolo.

Ao encontrar o responsável por aquela proeza, o visitante o cumprimentou:

– Você deve ser um bom atirador. Como consegue acertar sempre bem no centro do alvo?

– Oh, isso é fácil – replicou o tolo. – Atiro a flecha primeiro e só depois traço os círculos!

Não é assim que muitos procedem na vida? Fazem primeiro o que bem entendem e traçam então círculos de racionalização em volta de sua vida, convencendo-se de que acertaram no alvo.

A racionalização é um membro dissidente de uma família respeitável. É bom ser racional, mas é perigoso racionalizar. Racional significa: “Que faz uso da razão; que raciocina; que se concebe pela razão; conforme a razão; aquilo que é de razão.” Por sua vez, racionalizar também quer dizer “inventar explicações ou desculpas superficialmente racionais ou plausíveis para certos atos, crenças, desejos, etc., sem estar ciente de que esses não constituem os verdadeiros motivos”.

As justificativas insatisfatórias que apresentamos para não ser melhores cristãos constituem em grande parte uma racionalização. Razões são uma coisa; desculpas são outra bem diferente.

Um bom exemplo são as respostas dos diversos convidados na parábola da grande ceia. “Todos, à uma, começaram a escusar-se. Disse o primeiro: Comprei um campo e preciso ir vê-lo; rogo-te que me tenhas por escusado. Outro disse: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te que me tenhas por escusado. E outro disse: Casei-me e, por isso, não posso ir” (Lc 14:18-20). Isso são desculpas, não razões. Eram tentativas para ocultar a triste realidade de que eles não queriam ir à festa. À semelhança do homem tolo de nossa história, eles atiravam primeiro a flecha da decisão e traçavam então os círculos da racionalização. Tenhamos cuidado para não fazermos a mesma coisa.

Robert Spangler, 23/8/1978

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