Refletindo a Cristo
Obras ainda maiores, 30 de Janeiro
Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em Mim fará
também as obras que Eu faço e outras maiores fará, porque Eu vou para junto do Pai.
João14:12.
Não queria Cristo dizer com isto que os discípulos fariam
maiores esforços do que os que Ele havia feito, mas que sua obra teria maior
amplitude. Ele não Se referiu meramente à operação de milagres, mas a tudo
quanto iria acontecer sob a influência do Espírito Santo. “Mas, quando vier o Consolador”,
disse Ele, “que Eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da
verdade, que procede do Pai, testificará de Mim. E vós também testificareis,
pois estivestes comigo desde o princípio.” João 15:26-27.
Maravilhosamente foram estas palavras cumpridas. Depois da
descida do Espírito Santo os discípulos sentiram tanto amor por Ele, e por
aqueles por quem Ele morreu, que corações se comoveram pelas palavras que
falaram e pelas orações que fizeram. Falaram no poder do Espírito; e sob a
influência desse poder, milhares se converteram.
Como representantes de Cristo, os apóstolos deviam fazer
decidida impressão sobre o mundo. O fato de serem homens humildes não devia
diminuir-lhes a influência, antes incrementá-la; pois a mente de seus ouvintes
devia ser levada deles para o Salvador que, conquanto invisível, estava ainda operando
com eles. O maravilhoso ensino dos apóstolos, suas palavras desânimo e
confiança, assegurariam a todos que não era em seu próprio poder que operavam,
mas no poder de Cristo. Humilhando-se a si mesmos declarariam que Aquele que os
judeus haviam crucificado era o Príncipe da vida, o Filho do Deus vivo, e que
em Seu nome haviam feito as obras que Ele fizera.
Em Sua conversação de despedida com os discípulos, na noite
anterior à crucifixão, o Salvador não fez referência ao sofrimento que Ele havia
suportado e teria ainda de suportar. Não falou da humilhação que estava a sua
frente, mas buscou levar-lhes à mente o que lhes pudesse fortalecer a fé,
levando-os a olhar para a frente, à recompensa que espera o vencedor. Ele Se
regozijava na certeza de que poderia fazer por Seus seguidores mais do que
havia prometido, e o faria; de que dEle brotariam amor e compaixão que
purificariam o templo da alma e fariam os homens semelhantes a Ele no caráter;
de que Sua verdade, armada com o poder do Espírito, sairia vencendo e para
vencer.
“Tenho-vos dito isso”, declarou Ele, “para que em Mim tenhais
paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; Eu venci o mundo.” João
16:33. — Atos dos Apóstolos, 22-23.
Este texto vem do livro Refletindo a Cristo, escrito por Ellen
G. White
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