sábado, 27 de abril de 2024

A voz dos silenciados

 Devocional Diário

A voz dos silenciados

Abra a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os desamparados. Provérbios 31:8

Cansados após um longo dia de marcha e discursos inflamados para uma multidão de 200 mil pessoas, alguns começaram a deixar o local do evento. Martin era o último dos dez oradores e poderia ter sido apenas um a mais. Os que falaram antes tinham se destacado por mensagens muito diretas e realistas. Martin começou do mesmo jeito, mas logo viu que não estava funcionando. Foi quando uma cantora, Mahalia Jackson, fez com que ele entendesse a situação: “Fale sobre o sonho, Martin.” E Martin Luther King Jr. pronunciou um dos discursos mais relevantes da história. Só algumas palavras para o trazer à memória: “Eu tenho um sonho: que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença. Nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho: que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.” Nesse dia, Martin foi a voz dos que não têm voz. E mais: ele sonhou pelos que não têm sonhos.

Somos chamados para ser a voz dos marginalizados, dos desamparados, dos que não podem se expressar, dos que sofrem injustiças. Nossa voz deve não somente reivindicar melhores condições de vida como também propor soluções que gerem esperança. Ser cristãos faz com que contemplemos a nova Terra, mas não esperemos o momento da segunda vinda para que, só então, tudo se transforme. Isso não significa, porém, que devamos ser militantes de qualquer ideologia, pois só Cristo poderá resolver definitivamente os problemas da humanidade. Enquanto Ele não vem, devemos fazer nossa parte em ajudar o próximo.

A maioria de nós não tem mais influência do que sobre as pessoas mais próximas. Mesmo assim, ofereça esperança a elas. Lembre-se de que o maior impacto que a história já sentiu começou em uma casa humilde, com um casal e um bebê.

Faça a diferença na vida das pessoas. Sonhe, chore e se alegre com elas. Acima de tudo, ore com elas e por elas. A melhor maneira de transformar o mundo é por meio do evangelho genuíno, o qual restaura vidas.

Vislumbres da eternidade
26 de abril
https://mais.cpb.com.br/meditacao/a-voz-dos-silenciados/
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Ezequiel 33 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 33
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 33 – Após tratar de profecias referentes à várias nações, o profeta Ezequiel volta-se novamente a nação do povo de Deus. “A partir deste ponto, o ministério de Ezequiel assume uma nova direção. Após o juízo, vem a graça divina e a promessa de restauração do povo na era messiânica. O plano de Deus envolve, em primeiro lugar, cura e reconstrução de relacionamentos saudáveis, bem como a renovação de lugares e o derramamento de bênçãos. É uma mensagem de esperança, e Ezequiel desempenha um papel pastoral no consolo ao povo do Senhor” (Bíblia Andrews).

A Bíblia do Discípulo comenta que “o objetivo principal da mensagem de Ezequiel foi restaurar a glória de Deus perante o povo que a havia rejeitado à vista das nações observadoras. Israel estava agora passando pela dura experiência do cativeiro babilônico. Embora estivessem vivendo numa nação estrangeira, Deus continuava sendo o supremo Soberano sobre todas as nações. Ele é um Deus santo que deseja santificar o Seu povo, providenciando salvação e o levando a obedecer (36:25-27). O livro apresenta as mensagens proféticas de Ezequiel contendo revelações de juízos contra Israel e outras nações estrangeiras. Assim como outros livros proféticos, Ezequiel segue uma sequência tríplice básica: (1) juízos e profecias contra Israel; (2) mensagens de juízo contra nações estrangeiras; (3) profecias de esperança e restauração”.

• Esse panorama abrangente auxilia na compreensão de como deve ser apresentada a mensagem de juízo e salvação (evangelho). Note que Ezequiel 33 inicia reiterando a temática da responsabilidade do vigia de alertar o povo sobre o perigo do pecado e suas consequências; Deus é retratado como um juiz justo, intolerante a iniquidades, mas disposto a salvar a humanidade.

• Para que haja salvação, primeiro é preciso haver arrependimento e conversão do pecador. Por isso, Deus convida as pessoas a arrepender-se e mudar de direção, abandonando seus pecados e voltando-se para Ele. Cada pessoa deve ser responsável pelas próprias escolhas ou ações (Ezequiel 33:10-20).

• Deus explica a situação do povo esperando que haja uma reação positiva de conversão. Deus faz de tudo para salvar (Ezequiel 33:21-33).

Assim como Ezequiel foi chamado para ser vigia, os missionários são chamados a ser vigilantes e alertar os povos sobre o perigo do pecado e a necessidade de salvação em Cristo. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Zumbis

 Devocional Diário

Zumbis

A morte e a vida estão no poder da língua; quem bem a utiliza come do seu fruto. Provérbios 18:21


Zumbis. É incrível o fascínio que surgiu no mundo literário e cinematográfico por esses seres meio mortos ou meio vivos que têm um desejo patológico de ingerir carne humana. Filmes, séries, livros, revistas em quadrinhos estão inundados desses personagens de ficção. Personagens de ficção? Evidentemente, os zumbis não existem, mas existem, sim, pessoas que gostam de “devorar” carne humana – e mais do que você pensa.

AVISO: O texto a seguir pode ferir sua sensibilidade.

Há uma citação de Ellen G. White que é tão clara como contundente: “Aqueles que estão se alimentando daquilo que é o Pão da Vida, a Palavra do Deus vivo, e se deliciam com a medula e a gordura das grandiosas e preciosas promessas de Deus […], não [podem] ter nenhum desejo de se entregar a conversas tolas e de se sentar à mesa com caluniadores” (Carta 14a, 1893). Tenho certeza de que, se ela vivesse em nossos dias, teria empregado a palavra “zumbi” para se referir a esses “canibais”.

A morte e a vida estão à mercê da nossa língua. Podemos provocar sérios danos a muitos com nossas críticas, mentiras e maledicências. Isso nos deixará meio mortos – uns zumbis. Se você falar com bondade e afeto, receberá mais bondade e afeto. Se falar com maldade e desdém, receberá mais de uma mordida mal-intencionada. É curioso como alguns meio vivos só dedicam palavras de elogio aos mortos. Veja o que Ellen G. White disse sobre esse assunto: “Quantas palavras de amor são ditas acerca do morto! Quantas boas coisas em sua vida são evocadas! […] Se essas palavras tivessem sido ditas quando o fatigado espírito carecia tanto delas, quando os ouvidos as podiam escutar e o coração sentir, que aprazível quadro haveria sido deixado na memória! […] Sejamos atenciosos, agradecidos, pacientes e longânimos em nossas relações uns com os outros. Que os pensamentos e sentimentos que encontram expressão em torno do moribundo e do morto sejam introduzidos no convívio diário com nossos irmãos e irmãs em vida” (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 418 [490]).

As melhores palavras devem ser para os vivos. Esse não é um assunto sem importância. Que suas palavras vivifiquem e conduzam as pessoas à Fonte da vida!

Vislumbres da eternidade
26 de abril
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Ezequiel 32 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 32
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 32 – Todas as pessoas, até mesmo as mais poderosas, são confrontadas pela autoridade de Deus, que governa sobre os destinos dos homens e das nações.

A justiça divina prevalece sobre os poderosos da Terra, trazendo humildade aos soberbos e consolo aos oprimidos. Mesmo os mais altivos são confrontados pela autoridade incontestável de Deus, que julga com misericórdia sem ignorar Sua justiça.

“Faraó podia se imaginar um filho de leão, mas, aos olhos de Deus, não passava de um crocodilo que ele pegaria em sua rede e destruiria. O rei da Babilônia acabaria com a soberba do Egito, e a terra ficaria destruída e silenciosa. As nações lamentariam com lágrimas. O Senhor ordenou que Ezequiel proferisse uma lamentação [...] sobre o Egito e toda sua pompa”, sintetiza William MacDonald sobre Ezequiel 32:1-16.

Ezequiel 32:17-32 contempla a “sétima profecia sobre o Egito... Trata-se de uma profecia repleta de simbolismos. As nações foram mortas e seus líderes são personificados e representados como se estivessem na cova ou she’ol, falando com faraó. Em vez de apoiar a continuação da vida após a morte em uma existência sombria no além, esta profecia simbólica enfatiza que as grandes nações que aterrorizavam a terra dos vivos um dia seriam destruídas”, explica a Bíblia Andrews.

Três pontos sobressaem de Ezequiel 32:

• A soberba leva à queda – O Faraó, embora poderoso, foi advertido sobre sua arrogância e orgulho, que resultariam em destruição. Por outro lado, a humildade precede a honra. Reconhecer nossas limitações e dependência do Senhor capacita-nos a receber Sua graça e favor.

• A soberba cega a realidade – O Faraó foi comparado a um leão entre as nações, mas sua visão grandiosa o impediu de ver sua vulnerabilidade diante do juízo divino. Em outras palavras, o juízo divino é inevitável. A integridade moral e a submissão aos princípios divinos são essenciais para evitar a ruína espiritual e pessoal.

• A soberba aliena aliados – O texto destaca como o Egito e seus aliados serão humilhados, mostrando como a arrogância pode afastar uns dos outros. Portanto, o cuidado com a soberba é essencial. Vigiar contra a arrogância e cultivar a humildade diante de Deus e dos outros promove relacionamentos saudáveis, uma vida de satisfação e, por fim, a vida eterna.

Vamos refletir e reavivar-nos? – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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quinta-feira, 25 de abril de 2024

O poder das palavras

 Devocional Diário

O poder das palavras

Que alegria é ter a resposta adequada! Como é boa a palavra dita na hora certa! Provérbios 15:23

Jó estava sofrendo uma desgraça atrás da outra. Ele havia sido um dos homens mais ricos e famosos de sua região, mas tudo começou a se voltar contra ele. De forma dramática, ele perdeu sua família e suas riquezas. Como se não bastasse, Elifaz, um dos seus melhores amigos, alegou que a culpa de tudo o que estava acontecendo era do próprio Jó. O pobre homem poderia ter se ressentido com seu amigo e explodido de raiva, expulsando os amigos de sua presença. No entanto, Jó optou por falar educadamente com eles, expressando como se sentia, a consolação de que precisava naquele momento e como não a estava recebendo.

Jó é um modelo de comunicação por ter escolhido um método que ajuda os outros e, ao mesmo tempo, alimenta um espírito de equilíbrio. Tanto a raiva quanto o ressentimento não são atitudes corretas.

E você, como reage? Ao sofrer um ataque, você contra-ataca ou pondera? Como você aplica o verso bíblico que diz que “a resposta branda desvia o furor” (Pv 15:1)? Você se responsabiliza por suas palavras? Tenha em mente que, quando as palavras saem da sua boca, elas adquirem vida própria. Josh Billing, um humorista norte-americano contemporâneo de Mark Twain, disse a esse respeito: “Metade dos nossos problemas na vida pode ser identificada pelo fato de termos dito ‘sim’ muito rápido ou ‘não’ muito tarde.”

Salomão nos propõe dois caminhos. Primeiro, devemos nos alegrar com as coisas que dizemos. Nossas palavras devem incentivar a bondade e a verdade. Segundo, devemos aprender a dizer as palavras corretas no momento oportuno. A verdade não nos autoriza a ser agressivos; a bondade não nos obriga a ser passivos. A verdade nos anima a ser sinceros; a bondade, a ser carinhosos.

Quero incentivá-lo a praticar a pronúncia das palavras justas que vêm acompanhadas da verdade e da bondade. Pondere suas palavras e observe o efeito que elas produzem nas pessoas ao seu redor. Esteja ciente do ambiente que suas palavras criam e domine aquilo que você diz. Suas palavras têm o poder de afetar outras vidas. Então, fale com cuidado e escolha as palavras com sabedoria. Se não sabe como fazer isso, peça ajuda ao Senhor.

Vislumbres da eternidade
25 de abril
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Ezequiel 31 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Ezequiel 31
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


EZEQUIEL 31 – Aqui, o profeta Ezequiel apresenta uma profecia contra o Egito, utilizando a metáfora de uma árvore alta e majestosa para representar o poder e a glória do Faraó do Egito. A árvore representa especificamente o Faraó e seu reino.

Ezequiel inicia comparando o Faraó a uma árvore majestosa no Jardim de Deus – alta, com ramos espessos e muitos galhos, que simbolizam a grandeza e o poder do Egito e de seu líder (Ezequiel 31:1-11).

No entanto, apesar de sua grandeza, a árvore é derrubada por Deus, representando a queda do Faraó do Egito (Ezequiel 31:10-14). O evidente julgamento divino se deve à arrogância e à soberba do Faraó, que se considerava mais grandioso do que qualquer outra nação ou líder. “Em Daniel 4:11-12 e 20-22 a própria Babilônia é comparada a uma árvore frondosa, cuja altura chagava até o céu e nos ramos da qual as aves do céu faziam morada”, observa Siegfried Schwantes.

A queda de Faraó serve como aviso a outras nações que também são orgulhosas e confiam em sua própria força, em vez de confiar em Deus. Ezequiel conclui o capítulo reafirmando a soberania e o poder de Deus sobre todas as nações e advertindo que aqueles que se elevam em orgulho serão humilhados (Ezequiel 31:15-19).

“Despojando a alegoria de seu adorno poético, conclui-se que ‘o jardim de Deus’ é este mundo, e as árvores que nele se encontram são as várias nações”, diz Schwantes.

Em essência, Ezequiel 31 é uma advertência profética contra a arrogância e a autoconfiança das nações, utilizando a queda de Faraó e do Egito como exemplo poderoso do julgamento de Deus sobre o terrível orgulho humano.

Uma das duas lições importantes extraídas de Ezequiel 31 por Schwantes são as seguintes:

• “Não é a prosperidade de uma nação que é condenada, mas o orgulho e a arrogância que geralmente acompanham a prosperidade”.
• “A luta por supremacia entre as nações não passa de um exercício fútil. Todas as nações estão destinadas a perecer. Sua sorte não é melhor do que a do homem mortal que também descerá à cova”.

Orgulho é destrutivo! Independentemente de nossa nacionalidade, e de nossa função na sociedade, todos nós precisamos assimilar ao nosso coração as verdades de Ezequiel 31. Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Reconheça e confie

 Devocional Diário

Reconheça e confie

Então o homem disse: “A mulher que me deste para estar comigo, ela me deu da árvore, e eu comi.” Gênesis 3:12

O relato de Adão em Gênesis 3 é tristemente parecido com nossa realidade. Não é só porque ali estão descritos quais seriam os efeitos do pecado neste mundo, mas porque Adão tem uma reação muito peculiar: ele coloca a culpa da sua conduta nos outros. Se lermos detalhadamente a justificativa, ficamos com a impressão de que ele transfere a culpa do que ocorreu para o próprio Deus. A técnica de Adão era “transferir e ignorar”.

Essa é uma reação frequente nas pessoas que fizeram algo errado e não se sentem verdadeiramente arrependidas. Dar desculpas ou culpar os outros, além de infantil e covarde, é também uma atitude que não ajuda a resolver o problema. Por quê? Porque, ao transferir a culpa, não se consegue reconhecer onde está o problema nem como enfrentá-lo. Imagine que seu pé esteja doendo muito, mas que toda hora você insiste que o problema está no seu tipo de penteado. Por mais que você vá ao salão para dar formas diferentes ao seu cabelo ou para cortá-lo, a dor do seu pé não vai desaparecer. Franz Grillparzer, um dramaturgo austríaco, afirmou acertadamente: “Existe um remédio para as culpas: reconhecê-las.”

Reconhecer nosso erro é um passo imprescindível para alcançar a solução. Não somente nos recoloca no caminho da verdade, como também nos tira da infância espiritual, aquela em que se vive na fantasia e na cegueira. Depois de reconhecer a culpa, não fique com ela. Passe-a para Jesus. Como diz 1 João 1:9, “se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. A técnica de Jesus é “reconhecer e confiar”. Reconhecer a culpa e confiar sua vida ao Senhor.

Faça a você mesmo as seguintes perguntas: Faço algo de errado? Jogo a culpa nos outros? Que culpa me atrevo a reconhecer? Sigo a técnica de Adão ou a de Jesus? Pergunte-se essas coisas com as palavras de 1 João 4:10 ao fundo: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” Deus continuará amando-o, não importa o que você fizer. Você já sabe: reconheça, confie e, com a ajuda de Cristo, mude! 

Vislumbres da eternidade
24 de abril
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A voz dos silenciados

  Devocional Diário A voz dos silenciados Abra a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os desamparados. Provérbios 31:8 Cansados após ...