quarta-feira, 16 de julho de 2025

Levítico 1 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Levítico 1
Comentário Pr Héber Toth Armí


LEVÍTICO 1 – Ao entender nossa real situação de miserável pecador, devemos procurar por um grandioso Salvador.

Tanto o livro de Êxodo quanto o de Levítico tratam de tipologias, especialmente o Santuário, o sacerdócio e a cerimônia sacrifical, que apontam à pessoa e obra do Salvador, confirmado em 1 Coríntios 10 e no livro de Hebreus.

Símbolos detalhados no santuário formam “magnífico mosaico no grande plano divino de redenção, de Gênesis a Apocalipse”; assim, “Gênesis é o livro dos princípios; Êxodo, o livro da redenção; Levítico, o livro da expiação e da vida santa”. Em outras palavras, “em Gênesis, vemos o homem arruinado; em Êxodo, o homem redimido; em Levítico, o homem purificado, adorando e servindo”, aponta Merrill Unger.

Deus arquitetou uma estratégia que pudesse restaurar os seres humanos que foram separados dEle pelo pecado, que estão chafurdando-se na imoralidade e presos às correntes da escravidão da iniquidade. Deus Se dispôs a salvar pecadores culpados, sentenciados à morte, visando relacionamento íntimo. Holocaustos eram sacrifícios essenciais na teologia hebraica, divinamente orientados em Levítico 1.

Tanto animais para sacrifício, e como proceder na cerimônia foram divinamente orientados... Bovino, ovino, caprino ou aves deveriam ser devidamente queimados como “aroma agradável ao Senhor” (Levítico 1:9, 13, 17). Ao pôr a mão na cabeça do animal, o culpado reconhecia a função substitutiva da vítima para, então, ciente de sua situação deploravelmente pecaminosa, oferecer o “holocausto para que seja aceito como propiciação em seu lugar” (Levítico 1:4).

Ellen White explica no capítulo 58 de “Os Ungidos” que “o grande inimigo da humanidade tem procurado representar Deus como alguém que tem prazer em destruir as pessoas. Deus estabeleceu os sacrifícios para revelar Seu amor. Mas Satanás os perverteu, levando os pecadores a acreditar e esperar – em vão – que esses sacrifícios serviam para acalmar a ira de um Deus ofendido. Ao mesmo tempo, Satanás procura despertar pensamentos, sentimentos e atitudes más para que, por meio de repetidas desobediências, ele possa levar as multidões cada vez para mais longe de Deus, ficando sem esperança e presas pelas correntes do pecado”.

O plano divino é melhor que o satânico! Jesus tornou-Se holocausto em nosso lugar para conceder-nos o privilégio da reconciliação com Deus. Com Sua morte, ofertou-nos a vida. Sua condenação é nossa redenção...

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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DILUINDO A PALAVRA

 Devocional Diário - Descobertas da fé

16 de julho

DILUINDO A PALAVRA

Rejeitamos as coisas ocultas que trazem vergonha, não agindo com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus. E assim, pela manifestação da verdade, nos recomendamos à consciência de todos na presença de Deus. 2 Coríntios 4:2

No texto de hoje, Paulo contrasta seu ministério com os falsificadores que comercializavam vinho adulterado, um problema recorrente na Roma Antiga. Plínio, um escritor contemporâneo do apóstolo, reclamava da quantidade de vinho falsificado que havia em Roma. Segundo ele, nem os nobres sabiam se o que bebiam era genuíno.

Em 2 Coríntios 2:17, Paulo já mencionava aqueles que viviam “mercadejando” a Palavra de Deus, e agora fala daqueles que a “adulteram” com “astúcia”, ou seja, falsificam-na antes de apresentá-la ao povo. Esse jogo de palavras (mercadejar e adulterar) foi usado posteriormente por Luciano de Samosata (120-180 d.C.) em sua crítica aos filósofos de má índole que vendiam “lições como mercadores de vinho, muitos deles adulterando, enganando e oferecendo falsas medidas”. O verbo grego dolo?, usado tanto por Paulo quanto por Luciano, está relacionado ao termo “dolo” em português e originalmente significava diluir uma ânfora de vinho em maior quantidade de água para diminuir a concentração e servir mais pessoas.

Embora os gregos e romanos costumassem beber vinho diluído em água, o exagero na mistura representava um delito. Um grafite encontrado em Pompeia descreve uma viagem enganosa na qual água era comprada e revendida como se fosse vinho.

Paulo não estava, é claro, fazendo apologia ao consumo de álcool, mas aproveitou uma situação comum para ilustrar seu ponto de vista. Enquanto a sociedade enfrentava problemas com aqueles que, às escondidas, adulteravam o vinho, a igreja lidava com os que, secretamente, deturpavam a Palavra de Deus. Paulo ressaltou que não diluía a Palavra com acréscimos desnecessários, como muitos de seu tempo faziam.

Se era assim naquele tempo, imagine hoje. Precisamos mais do que nunca pregar a pura Palavra de Deus, sem diluições que comprometam sua pureza. Uma mensagem que acomode os agitados, mas desperte os acomodados. E quanto a você? Como está recebendo e compartilhando a mensagem de Deus? Pura ou diluída?

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terça-feira, 15 de julho de 2025

Êxodo 40 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 40
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 40 – Não há melhor presente do que receber a presença de Deus! A ordem para armar o tabernáculo deu-se no primeiro aniversário da libertação do Egito (Êxodo 40:1).

Assim como em Gênesis, a graça de Deus atua na desgraça humana, concedendo privilégios a quem merece mais que a escravidão – pois a morte é salário do pecado (Romanos 6:23).

Ao ter toda a mobília colocada em seu devido lugar tudo foi cerimonialmente consagrada ao Senhor; inclusive sacerdotes e Sumo sacerdotes. Observe que Arão, um líder irresponsável, negligente e mentiroso no episódio da idolatria do bezerro de ouro, foi escolhido como Sumo Sacerdote, juntamente com seus filhos – o mais alto posto no serviço sacerdotal (Êxodo 40:12-16).

Note que o tabernáculo é chamado de “Tenda do Encontro”, e sobre a mesa que ficaria na nessa tenda deveria conter os “pães da Presença”, os quais estariam “diante do Senhor” (Êxodo 40:22-23). Evidenciando, desta maneira, que Deus quer encontrar-Se com pecadores. Sua presença era ilustrada pela arca da aliança, contendo as duas tábuas da aliança – os Dez Mandamentos, que refletem o caráter de Deus –, onde Sua glória Se manifestaria visivelmente (Êxodo 40:20-21).

Tudo o que continha no Tabernáculo visava levar o pecador à presença do Criador – a qual perdera-se devido ao pecado; a oportunidade dessa presença foi restaurada através do plano da salvação, ilustrado na teologia do Santuário. Conquanto, assim que “Moisés terminou a obra”, “a nuvem cobriu a Tenda do Encontro, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo. Moisés não podia entrar na Tenda do Encontro, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo”. Deus, através da nuvem (diurna) e da coluna de fogo (noturna), Se fez perceptivelmente presente na jornada de Seu povo (Êxodo 40:34-38).

A apoteótica presença divina na conclusão de Êxodo era apenas um vislumbre da vinda do Emanuel, que Se faria carne para habitar conosco, visando revelar a glória divina (João 1:1-14); cujo auge se dará em Sua majestosa segunda vinda (Mateus 24:30-31). Enquanto isso, temos Sua presença constante garantida até o fim (Mateus 28:20). Aleluia!

O livro de Êxodo ensina-nos que tudo o que somos e temos devem ser devolvidos ao Senhor de tudo; nisto reside nosso culto/louvor (adoração) ao Deus que concede-nos o privilégio de Sua presença. Consequentemente, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.


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O JUÍZO DE DEUS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

15 de julho

O JUÍZO DE DEUS

Temam a Deus e deem glória a Ele, pois é chegada a hora em que Ele vai julgar. Apocalipse 14:7

Um levantamento realizado pelo Pew Research Center detectou que a crença no juízo final está se tornando cada vez mais impopular e desacreditada. Entre as pessoas que creem em Deus, 70% dos que têm mais de 50 anos concordam que “todos enfrentarão o tribunal divino”. Porém, esse número cai para 56% na faixa etária dos 30 aos 40 anos, e 49% para aqueles com menos de 30 anos.

Apesar de ser um tema impopular, ele é bíblico e faz parte das três últimas advertências divinas que devem ser dadas ao mundo (Ap 14:6-12). O desconforto em relação a esse dia é proporcional à forma como encaramos nosso futuro encontro com Deus.

É interessante observar que nem todos demonstram medo; alguns demonstram desprezo por esse dia. Enquanto algumas pessoas temem por saber que estão em falta, outras desdenham da punição divina. A Bíblia reconhece esses sentimentos na forma particular como as pessoas se dirigirão a Deus naquele dia. Enquanto alguns suplicarão a morte por não suportar a ira de Deus (Ap 6:16), outros arrogantemente questionarão por que não estão entre os redimidos (Mt 7:22, 23).

Jesus várias vezes referiu a Si mesmo como o “Filho do Homem” e usou esse título para falar do juízo: “Porque o Filho do Homem há de vir na glória de Seu Pai, com os Seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme as suas obras” (Mt 16:27).

Em Daniel 7:10, 13 e 14, o Messias chega ao tribunal de Deus, onde os livros do juízo estão abertos. Ele recebe autoridade para reinar e julgar a humanidade. Várias passagens do Novo Testamento também falam Dele como juiz (Jo 5:27; At 17:31; 2Co 5:10).

Contudo, enquanto esteve na Terra, Jesus tratou o juízo como um evento futuro. Sua missão inicial era revelar a misericórdia de Deus. Como sacerdote e juiz, Jesus tinha a capacidade de perdoar ou condenar, mas usou Seu poder, em um primeiro momento, para perdoar. Essa é a força de um Deus que ama: Ele salva, quando poderia destruir. Essa também é a certeza de que não devemos temer o juízo, muito menos desprezar o que ele significa.

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segunda-feira, 14 de julho de 2025

Êxodo 39 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 39
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 39 – A presença de Deus Se mostra em cada momento da história de Seu povo:

• A presença salvadora de Deus é vista na libertação da escravidão (Êxodo 1:1-13:16).
• Sua presença orientadora e provedora é percebida na jornada para o Sinai (Êxodo 13:17-18:27).
• Sua presença exigente é nítida na Sua aliança no Sinai (Êxodo 19:1-24:18).
• Sua presença nos convida à adoração e o caminho está nas orientações para o tabernáculo e sacerdotes (Êxodo 25:1-31:18).
• A presença divina disciplina o erro e perdoa o faltoso (Êxodo 32:1-34:35).
• A presença de Deus alcança Seu clímax junto à comunidade que reverentemente O adora integralmente (Êxodo 35:1-40:38).

A importante bênção da presença de Deus é a maior recompensa que um pecador pode receber. A maneira carinhosa em que Deus trata Seu Santuário revela Seu amor generoso ao pecador. Quando estudamos corretamente o Santuário e seus serviços, ficaremos impressionados com a imensurável graça de Deus para com os desgraçados pecadores.

Êxodo 39 trata das vestes dos sacerdotes e Sumo Sacerdotes, e da conclusão da obra – conforme Deus orientou. As cores diversas, juntando aos detalhes dourados, vão além de revelar a criatividade de Deus ou a rara beleza em meio ao deserto; mostram o grande cuidado e interesse que Ele tinha com os pecadores recém libertos das agruras da escravidão.

A demonstração de valorização divina à humanidade nota-se também claramente no prenderem “as pedras de ônix em filigranas de ouro e nelas gravaram os nomes dos filhos de Israel, como um lapidador grava um selo. Então as costuraram nas ombreiras do colete sacerdotal, como pedras memoriais para os filhos de Israel, como o Senhor tinha ordenado a Moisés” (Êxodo 39:6-7).

Os membros da igreja de Deus são pedras preciosas aos olhos divinos (1 Pedro 2:4-5). Nossas atividades diárias devem ser realizadas lembrando que, além de sermos importantes para Deus, devemos estar cientes de Sua sagrada presença. A diadema sagrada do Sumo Sacerdote, preparada com ouro puro, contendo a inscrição “Consagrado ao Senhor” (Êxodo 39:30), demonstra-nos que, em Cristo, não pertencemos mais ao pecado que nos escraviza; pertencemos ao Senhor que nos liberta!

Deus informa como realizar Sua obra; Ele ensina aos que trabalharão em Seus projetos, acompanha a execução, e finalmente, recompensa a todos os que se envolveram.

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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APOSTASIA E FÉ

 Devocional Diário - Descobertas da fé

14 de julho

APOSTASIA E FÉ

Quando o Filho do Homem vier, será que ainda encontrará fé sobre a terra? Lucas 18:8


Você sabia que igrejas na Europa estão se tornando ambientes de farra, bebedeira e prostituição? Catedrais históricas estão se transformando em cassinos, bares, escritórios, danceterias e centros de bilhar. Na música, o DJ substituiu o regente e o hino deu lugar à balada.

Dessas igrejas em declínio, aquelas que ainda mantêm alguma liturgia são as que foram alugadas por imigrantes ou se transformaram em mesquitas. A questão é quanto tempo resistiremos até que essa realidade seja vista por aqui.

Paulo falou da apostasia vindoura (1Ts 2:3), que seria a deserção dos princípios da fé. Mas como ocorre esse abandono? De modo lento e gradual. A abreviação do tempo mencionada em Apocalipse 12:12 deixa o diabo irado, mas não afoito. Seu objetivo é fisgar a presa no momento certo.

A Bíblia diz: “Bem-aventurado é aquele que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (Sl 1:1). Veja as etapas: andar, deter-se e assentar-se. Não é na primeira tentativa que o diabo convence alguém a ser um escarnecedor; ele vai aos poucos.

Na história dos hebreus, vemos que tudo começa com a murmuração e a tolerância ao pecado. Essa disposição mental transformou a travessia de 40 dias em uma jornada de 40 anos. Eles saíram do Egito, mas o Egito não saiu deles. Mais tarde, pediram um rei para serem iguais aos vizinhos pagãos. Por fim, negligenciaram a profecia a ponto de não perceberem a chegada de Jesus.

Vemos com tristeza a história se repetindo hoje. De acordo com o professor Ricardo Mariano, o crente da atualidade deseja ser menos minoritário, menos sectário, menos distintivo e mais dotado de legitimidade social, independência religiosa e adequação ao mundo. Esse perfil condiz com uma perigosa perda de identidade, que resulta em apostasia.

Felizes são aqueles que, em meio à apostasia, tomam a mesma decisão de Josué: “Eu e a minha casa serviremos o Senhor” (Js 24:15).

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domingo, 13 de julho de 2025

Êxodo 38 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 38
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 38 – O livro de Êxodo pode ser dividido em duas certidões de nascimento de Israel como nação: A certidão física (Êxodo 1:1-15:27), e a certidão espiritual (Êxodo 16:1-40:38).

Assim, temos a narrativa de como Israel tornou-se física e espiritualmente povo de Deus a fim de cumprir a promessa feita a Abraão em Gênesis 12:2. Todos os detalhes do Santuário deviam cooperar para promover o nascimento espiritual que se espalharia para revigorar espiritualmente toda a raça humana. Nisso residia a bênção de Deus ao mundo através de Abraão.

A arca da aliança, a bacia de bronze, o altar do holocausto, o candelabro, a mesa dos pães da proposição, e o altar de incenso eram mobílias que ilustravam verdades eternas. Cada móvel, além de ter as medidas e os ornamentos orientados por Deus, tinha seu lugar também especificado pelo divino Arquiteto do Santuário. Grandes e pesadas cortinas delimitavam o Santuário, e o dividiam em dois. Além da tenda do encontro, havia o pátio – onde seria colocado o altar dos holocaustos (Êxodo 38:1-20).

Tudo isso indicava que a adoração requer entrega total, sem reservas ao Deus Universal, ao Qual, precisamos oferecer e fazer o melhor. Os materiais valiosos (Êxodo 38:21-31) ofertados para a edificação do lugar de habitação de Deus naquele momento “se fossem calculados ao preço atual, valeriam milhões de dólares”, diz William MacDonald.

Assim, a conversão que não alcança o coração inteiro, não toca a conta bancária, nem a carteira, nem o bolso do “crente”, está incompleta. Quem não oferece seu melhor a Deus demonstra que não reconhece que Deus deu Seu melhor ao entregar-nos Seu filho para morrer por nós.

O Santuário é o caminho da redenção. “O caminho para a presença de Deus começava no altar de bronze, onde as vítimas inocentes morriam pelos pecadores culpados. Em resumo, o altar de bronze nos remete ao Calvário, em que o Filho de Deus morreu pelos pecados do mundo (Mt 26:26-28; Jo 1:29; 3:14-16; Rm 5:8; 1 Pe 2:24)”, explica Warren Wiersbe. “O altar do holocausto representa a cruz onde o Senhor Jesus Se entregou a Deus como o sacrifício completo. Ninguém pode chegar ao Pai senão pela morte sacrifical de Cristo”, afirma MacDonald.

Visivelmente, Deus cria estratégia para relacionar-Se conosco... Como responderemos? Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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UM RETRATO DO NOSSO TEMPO

 Devocional Diário - Descobertas da fé

13 de julho

UM RETRATO DO NOSSO TEMPO

Vocês sabem interpretar a aparência da terra e do céu, mas não sabem discernir esta época? Lucas 12:56

Quando o século 20 começou, muitos pensavam que esse novo tempo seria a concretização de todos os sonhos da modernidade. Mas o otimismo durou pouco. As duas grandes guerras, os problemas ecológicos e a bomba atômica foram apenas alguns dos problemas recém-surgidos e nunca antes imaginados. Quem poderia, em meio ao fervor do otimismo moderno, imaginar uma destruição como a de Hiroshima e Nagasaki?

O ser humano descobriu que não tinha o controle de seu destino. A mesma ciência que se libertara do poderio medieval, salvando vidas, era então usada para matar milhares de pessoas de uma só vez. Foi assim que nasceu a pós-modernidade, colocando em questionamento o otimismo dos anos anteriores.

Já no final do século, o filósofo alemão Friedrich Nietzsche afirmou que Deus havia morrido. Sua estranha afirmação era uma forma de ilustrar o rompimento entre o ser humano e os valores religiosos. Deus Se tornara cada vez menos frequente nos discursos da humanidade, de modo que parecia morto no pensamento das pessoas, que não se importavam mais com Sua existência. Mais tarde, porém, entendeu-se que, mais do que ter “brigado com Deus”, a humanidade tinha se divorciado de quase tudo que é ético e perdido a maioria dos seus valores existenciais.

Então veio o século 21, e novamente vemos o mundo mudando. A sociedade mais uma vez questiona os últimos padrões de moralidade que sobraram do século 20. Em alguns casos, e muitas vezes em nome do “progresso”, práticas e normas antes aceitas como boas e “cristãs” passaram a ser substituídas por práticas e discursos politicamente corretos que formam as “novas regras”.

O desafio para os cristãos é olhar tudo isso com sabedoria, tendo a Bíblia como inegociável regra de fé e prática. Devemos manter sempre o dedo no pulso dos acontecimentos, não por motivos ingênuos ou sensacionalistas, mas para sermos verdadeiros intérpretes da história. Somente assim perceberemos o ponto em que estamos e para onde caminhamos. Que a nova Terra seja o nosso destino, e o evangelho, a nossa bandeira.

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sábado, 12 de julho de 2025

Êxodo 37 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 37
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 37 – Adoração não resulta naturalmente da informação teológica; é necessário conhecer a Deus. Os recursos visuais da didática divina para ensinar o evangelho e a adoração aos pecadores foram devidamente produzidos conforme o Deus que receberia a adoração.

Realizou-se o santuário segundo o modelo e orientações divinas. Cada detalhe foi realizado pautando-se pela ordem de Deus. Êxodo 37 fala da elaboração da arca da aliança, da mesa da preposição e seus utensílios, do candelabro de ouro, e do importantíssimo altar de incenso.

Como o livro de Êxodo foca na adoração, é necessário analisar a relevância do segundo mandamento (Êxodo 20:4-6) e as imagens de anjos sobre a arca da aliança, localizadas no lugar santíssimo – onde a glória da presença divina Se manifestaria.

Pergunto: Tais esculturas angelicais não ferem ao segundo mandamento quanto à ordem de não fazer ou adorar ídolos, claramente indicada em Êxodo 20:23 e 34:17?

Contextualmente, na Bíblia, a arte na religião não era proibida, ao contrário, tinha seu destacado valor. O dom artístico era dado por Deus e altamente considerado (Êxodo 31:2-5). Haviam móveis no santuário que deveriam ser enfeitados com representações de flores e frutas (Êxodo 25:31-36). Ainda, o véu que ia sobre o tabernáculo e o véu de dentro da tenda sagrada continham figuras de querubins/anjos (Êxodo 26:1, 31). O próprio Deus pedira que construísse duas esculturas de querubins para colocar sobre a Arca da Aliança (Êxodo 25:17-19; 37:6-9).

A condenação divina deve-se primariamente ao mau uso que se faz das imagens e das esculturas. Equivocadamente, “alguns condenam figuras, alegando que são proibidas pelo segundo mandamento, e que todas as coisas desse gênero deveriam ser destruídas”. Na verdade “o segundo mandamento proíbe o culto às imagens”, esclarece Ellen G. White.

Sobre o propiciatório, (tampa da arca da aliança), “havia duas imagens em ouro batido representando querubins, guardiões do trono de Deus e defensores da retidão do Senhor. Eles olhavam para baixo, para o sangue aspergido sobre a arca e sobre o propiciatório. O sangue de Jesus satisfaz a justiça de Deus e cobre todas as nossas transgressões. Cristo é o nosso propiciatório, e Deus Se encontra com o pecador por Seu intermédio”, aplica William MacDonald.

Portanto, pratiquemos a reverência e a humildade ilustradas nas imagens dos querubins. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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MILAGRES E NATUREZA

 Devocional Diário - Descobertas da fé

12 de julho

MILAGRES E NATUREZA

Assim, em Caná da Galileia, Jesus deu início aos Seus sinais. João 2:11


David Hume foi um crítico da fé que negava a existência de milagres porque estes violariam as leis da natureza. Em outras palavras, se Deus criou as leis naturais e as anula para operar uma cura, Ele seria incoerente. De fato, se o Criador preferiu morrer na cruz a transgredir Sua lei, por que não faria o mesmo com as leis da natureza?

Para responder a isso, precisamos levar em conta três aspectos. Em primeiro lugar, muitas das leis da natureza estão maculadas pelo pecado. Crianças nascem com defeitos genéticos, plantas apodrecem, e corpos se decompõem. Nada disso fazia parte do plano de Deus. Portanto, não devemos confundir a correção natural com violação natural. Quando uma fábrica realiza um recall de seus automóveis para corrigir um defeito em determinado lote, não está transgredindo leis automobilísticas, mas, sim, promovendo coerência entre o que os carros são e o que deveriam ser.

Em segundo lugar, não podemos afirmar que os milagres são necessariamente contrários à natureza, pois ainda há muitas coisas que desconhecemos. Os milagres podem contrariar certas leis que conhecemos, enquanto se harmonizam com outras que ainda estão além do nosso entendimento. Por exemplo, a lei da gravidade, tão fundamental para a física comum, não é a mesma na física quântica, que parece ser regida por outras regras.

Em terceiro lugar, a natureza está repleta de leis aparentemente contraditórias que coexistem em harmonia. Um exemplo disso vem do organismo humano: oxigênio e potássio, quando combinados, entram em combustão. Esses dois elementos estão presentes no corpo humano, e, no entanto, o corpo não entra em combustão. Isso significa que aconteceu um milagre? Logicamente, não. A lei descreve o que acontece em situações ideais, mas, nesse caso, vários outros fatores interferem na combustão, impedindo-a de ocorrer. Portanto, não houve uma violação da lei.

Deus é sempre coerente, mesmo quando realiza coisas que desafiam a razão humana. Seus milagres ocorrem todos os dias; o simples fato de você ter acordado e estar lendo este texto é mais um feito miraculoso de Deus. Pela lei adâmica, estaríamos mortos em nossos pecados, mas estamos vivos pelo milagre da graça. Eis aí um belo motivo para começar bem o seu dia.

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sexta-feira, 11 de julho de 2025

Êxodo 36 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 36
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 36 – Tudo o que temos resulta da imensurável generosidade de Deus. Ele doa para Sua missão através de nós. Recursos que ofertamos, primeiro Deus nos entregou. Ele é dono de tudo e todos. Como nosso proprietário, Deus investe em Sua própria obra e o faz colocando Seus recursos em nossas mãos, para que os administremos conforme a Sua perfeita vontade.

Apreender essa importante verdade nos fará conscientes: Não gastaremos de qualquer jeito nem esbanjaremos o dinheiro de Deus; pois, além de desperdiçar o que não é nosso, estaremos cientes que prestaremos contas ao Seu verdadeiro dono.

Sendo honestos e fieis administradores do recurso que Deus nos confia, sempre haverá o necessário para Seus propósitos terrestres. Ou melhor, Deus nos concede mais do que o necessário – para que invistamos em Sua missão. Caso sejamos dadivosos como os generosos israelitas, em algum momento será necessário pedir-nos para não trazer mais ofertas. “Pois o que já haviam recebido era mais que suficiente para realizar toda a obra” (Êxodo 36:1-7).

Nestes dias finais da história do pecado, “Deus nos chama para ser colaboradores Dele. Essa é a mensagem que Ele nos envia de diversas maneiras. A mensagem deve ser apresentada para aqueles que não conhecem o Senhor. A Bíblia precisa ser lida para quem quiser ouvir. O Espírito Santo coopera com aquele que abre as Escrituras para os outros. O ministro que é um pastor verdadeiro anuncia a Palavra ao povo... A obra precisa ser realizada em nosso país e em outras terras. Esse trabalho requer o dinheiro que o Senhor nos confia... Não é a devolução dos dons confiados por Deus que deixa a pessoa pobre. Mas a recusa em fazê-lo leva à pobreza, pois o maior propósito para o qual os recursos divinos devem ser usados é a manutenção dos obreiros na grande seara a ser colhida” (Ellen White, Manuscrito 124, 1898).

A construção do Santuário só foi possível porque os israelitas não foram egoístas, nem avarentos materialistas (Êxodo 36:8-38); o mesmo sucederá na pregação escatológica quando o amor altruísta for o impulso do remanescente ao anunciar o puro evangelho num mundo repleto de discursos espúrios (Mateus 24:10-14).

Antes do advento de Cristo, Deus procurará adoradores que O adorem em espírito e em verdade! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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PREGAÇÃO E CULTURA

 Devocional Diário - Descobertas da fé

11 de julho

PREGAÇÃO E CULTURA

Para com os judeus, fiz-me como judeu, a fim de ganhar os judeus. 1 Coríntios 9:20


Um grande desafio da pregação é contextualizar o evangelho para diferentes culturas. Até que ponto podemos adaptar a mensagem? Onde estaria o limite? Certamente, evitar a adequação a fim de proteger a doutrina não é a solução do problema.

O missionário Barry Irwin conta o que ocorreu aos nativos da Nova Guiné depois que aceitaram Jesus e foram batizados. Por anos, eles devolveram o dízimo, frequentaram os cultos e seguiram os costumes da igreja. Até que um dia foram ao pastor e disseram: “Agora já devemos ter feito o bastante para pagar a Jesus por Sua morte.” Então, eles voltaram ao paganismo.

A falta de uma contextualização fez com que entendessem o sacrifício de Cristo como uma dívida que os missionários contraíram. Então, para ajudá-los a quitá-la, concordaram em abster-se, por um tempo, das coisas que seriam consideradas pecaminosas aos olhos da religião dos brancos.

A adaptação cultural do evangelho foi praticada por Paulo, sem esquecer que fé e cultura possuem nuances diferentes. A cultura relaciona-se com a natureza e tende a ser dinâmica, ao passo que a fé enfatiza a autoridade da revelação e é mais conservadora. Como Paulo lidou com isso?

Em primeiro lugar, quando a abnegação se fez necessária, ele abriu mão de certos direitos. Embora pudesse comer carne, ter uma esposa e viver do dízimo, ele renunciou a esses privilégios para não causar escândalo na pregação (1Co 9:4-18).

Em segundo lugar, Paulo se fez servo daqueles que evangelizou. “Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível” (v. 19). É um perigo cair na arrogância missionária. Não podemos nos sentir superiores àqueles que buscamos alcançar para Cristo. Tão importante quanto pregar é ter sensibilidade para aprender com aqueles que queremos evangelizar.

Por fim, Paulo adaptou a mensagem sem comprometer a doutrina. Para isso, permaneceu dentro da revelação, “não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo” (v. 21). Sua adequação não ultrapassava o limite das Escrituras, pois tradições humanas são negociáveis, mas os princípios divinos não. Que tal adotarmos hoje o modelo de Paulo?

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quinta-feira, 10 de julho de 2025

Êxodo 35 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 35
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 35 – Assim como a presença de Deus com Israel resultou do livramento da escravidão egípcia (Êxodo 1:1-15:27), Sua presença conosco liberta-nos da escravidão do pecado (Mateus 1:21-23; João 8:32-34). Por conseguinte, a presença constante de Deus com pecadores exige obediência ao compromisso da aliança realizada por Ele – explícito na segunda parte do livro (Êxodo 16:1-40:38). O tabernáculo era o evangelho em símbolos, evidenciando que o verdadeiro evangélico é fiel ao Provedor do Evangelho (Mateus 24:11-13; Apocalipse 14:6-7, 12).

O sagrado dia de sábado é o anel ou aliança de compromisso de Deus com Seu amado povo (Êxodo 35:1-3). É na demonstração de reconhecimento desse dia que o povo revela Seu compromisso com Deus. “Esse princípio básico da adoração de Israel foi mais uma vez declarado e salientado” destaca Merrill F. Unger. Deus relembra várias vezes a sacralidade do sábado, para que o secularismo, o materialismo, o hedonismo, o humanismo, e o racionalismo não obscureçam sua relevância (Êxodo 16:1-34; 20:8-11; 23:10-23; 31:12-17; 34:21).

Assim como Deus separou Seu povo para ser santo, separou o sábado para o lembrar de viver em santidade. “Deus salvou Seu antigo povo de Israel e fez aliança com ele, exigindo dele um estilo de vida coerente com esse chamado santo. Ele exige de todos os que consideram seu povo essa mesma adesão a Seus padrões imutáveis”, argui Eugene H. Merrill.

Enquanto que em Êxodo 25:1 a 31:17 encontramos instruções de Deus para construir o tabernáculo para que Ele pudesse habitar em meio dos pecadores, em Êxodo 35:1 a 40:38 somos informados de como aconteceu a construção do tabernáculo. Essa arquitetura deveria unir o compromisso de Deus de habitar com Seu povo e o compromisso do povo que recebeu o privilégio da presença divina.

Bezalel e Aoliabe citados em Êxodo 31:1-11, principais artesões da tenda divina, foram novamente destacados em Êxodo 35:30-35. Seus talentos, dados por Deus, mais uma vez observados, mostram a importância dos talentos no serviço a Deus!

Nossa atitude diante do tempo, tesouro e talentos revela nosso real compromisso com Deus! Tempo (Êxodo 35:1-3), Tesouro/recursos financeiros (Êxodo 35:4-29) e Talentos/dons (Êxodo 35:30-35) devem ser integralmente consagrados ao Senhor!

Se Deus não for Senhor de tudo em nosso coração, certamente não O consideremos Senhor de nada! Reavivemo-nos completamente! – Heber Toth Armí.

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IGREJAS: TÚMULOS DE DEUS?

 Devocional Diário - Descobertas da fé

10 de julho

IGREJAS: TÚMULOS DE DEUS?

Cristo amou a igreja e Se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a Si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. Efésios 5:25-27


Friedrich Nietzsche foi um dos críticos mais ácidos do cristianismo. Sua frase “Deus morreu” ficou conhecida na cultura popular. Contudo, tão ou mais grave quanto o obituário de Deus é a ideia de que as igrejas teriam participação em Sua morte.

“O que são agora estas igrejas, senão túmulos e sepulcros de Deus?” – pergunta o filósofo através de um de seus personagens, o homem louco que anda de dia com uma lanterna acesa, gritando: “Procuro por Deus! Procuro por Deus!” E, ao descobrir a ausência do Todo-Poderoso na sociedade, conclui estarrecido: “Deus morreu.”

Embora como cristão eu discorde das ideias de Nietzsche, não posso evitar reconhecer a força de sua denúncia. Não se trata, é claro, de uma morte real do Todo-Poderoso, que é imortal. Embora cético e antirreligioso, o discurso do autor se faz no campo das ideias. A partir do momento em que a fé se tornou irrelevante no Ocidente, é como se Deus tivesse morrido no pensamento humano. E com um agravante: as igrejas colaboraram com isso.

De fato, temos que admitir que para muitos cristãos parece que Deus realmente morreu. Declaram-se crentes, mas vivem como se Ele não existisse. São cristãos na teoria, mas ateus na prática. Afirmam a soberania divina e, ao mesmo tempo, se conformam com normas e valores mundanos. Mais que um paradoxo, isso representa uma ambiguidade espiritual confusa e difícil de entender.

Quando um crime bárbaro acontece, é comum dizermos que o criminoso não tem Deus no coração. E pode ser isso mesmo. Até que um ateu se levanta e questiona: Considerando que os ateus são minoria no mundo (apenas 2 a 5% da população), não seriam os altos índices de violência um indicativo de que o Deus dos crentes não está sendo real na vida deles?

Não saia de casa hoje sem se perguntar com honestidade: Se minha igreja fosse majoritariamente composta de pessoas como eu, isso anularia ou confirmaria a denúncia de Nietzsche? Que Deus nos ajude a representar bem o caráter de Cristo.

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quarta-feira, 9 de julho de 2025

Êxodo 34 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 34
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 34 – Embora o Deus todo-poderoso e santo Se ire devido a Sua total intolerância ao pecado, essa ira revelada serve para acentuar ainda mais a riqueza de Sua bondade, misericórdia e compaixão com o pecador miserável.

No livro de Êxodo, conscientizamo-nos de que quanto melhor compreendermos a essência do caráter do Deus libertador, mais motivados os adoradores deverão estar para cultuá-Lo. Cada capítulo vai esclarecendo que a doxologia aceitável a Deus é aquela que é orientada e pautada tendo por base a teologia pura e correta.

Para isso, desde as primeiras páginas do livro, o próprio Deus vem revelando mais e mais o Seu caráter extraordinário; visto inclusive em Sua estratégia inicial de tirar Israel do Egito de forma pacífica, solicitando ao Faraó deixar Seu primogênito cultuá-Lo no deserto. Caso houvesse resistência, haveriam consequências (Êxodo 4:21-23; 5:1-3). Nove assustadoras pragas deveriam servir de advertência ao Faraó; o qual em sua ignorância destruiu o Egito e, em sua dureza de coração, não pensou em seu primogênito como Deus pensava no dEle.

Além dessa bondade de Deus com o obstinado Faraó, era notória a riqueza de Sua bondade e compassivo cuidado com os afligidos israelitas – os quais desconheciam o Pai amoroso que tinham. Ao revelar-Se, cada ato Seu era importante. Sua demonstração de amor era gritante. Ao conhecer Sua graça, cada pecador deveria motivar-se à adoração contagiante. Assim, quanto mais O conhecermos, nosso louvor deve ser cada vez mais vibrante. Quanto mais intimamente estivermos de Deus, mais radiante será nossa adoração.

Ao lavrar segunda vez os Dez Mandamentos, após Moisés ter despedaçado as primeiras tábuas de pedra, Deus revelou-Se compassivo, clemente, longânimo e grande em misericórdia e fidelidade.

Devido à tamanha afronta a Deus na perversão da adoração, os israelitas deveriam ser punidos com morte; porém, ao serem poupados, Moisés adorou a Deus. Depois pediu pela graça de Sua presença ao povo (Êxodo 34:1-9). Então Deus renovou a aliança reiterando os ensinamentos graciosos até ali apresentados (Êxodo 34:10-27). A evidência de que Deus não desistiu dos israelitas estampava no resplandecente rosto de Moisés (Êxodo 34:29-35).

A prostituição espiritual afeta a adoração e nossa vida espiritual. É fundamental então estudar a Bíblia para evitar desvirtuar o culto prestado ao Deus que abomina rival na adoração!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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SEDE DE DEUS

Devocional Diário - Descobertas da fé


9 de julho

SEDE DE DEUS

Assim como a corça suspira pelas correntes das águas, assim, por Ti, ó Deus, suspira a minha alma. Salmo 42:1


O sofrimento é um dos maiores argumentos usados pelos ateus para não aceitarem a existência de Deus. De fato, a combinação das palavras “criança” e “leucemia” em uma mesma sentença é perturbadora para qualquer pessoa.

Por outro lado, é interessante observar que, mesmo diante das maiores tragédias, não abandonamos completamente a crença em Deus, mesmo que de forma teórica. Apesar das adversidades, de alguma forma o sagrado continua aqui, influenciando a maioria absoluta da humanidade.

O trauma do genocídio não tornou os ruandeses, judeus e armênios grupos majoritariamente descrentes. Pelo contrário, a maioria dos sobreviventes ainda buscava na fé o consolo para sua dor. O sofrimento os levou a ver a vida de um modo diferente, mas não a duvidar da existência de Deus.

Embora seja difícil chamar Einstein de religioso, podemos pelo menos dizer que ele também admitiu que temos uma busca universal pelo sentido da vida, que se traduz na experiência da fé. Segundo ele, “encontrar a resposta para esta busca significa ser essencialmente religioso”. Nesse mesmo sentido, o filósofo alemão Ludwig Wittgenstein disse que “crer em Deus significa ver que a vida tem um significado”.

Não seria essa busca uma expressão de nossa carência de Deus? É como se o inconsciente clamasse em uma oração que até mesmo os ateus poderiam fazer: “Senhor, que Tu existas.” Como disse Aldous Huxley: “Há um vazio em forma de Deus no coração das pessoas.”

A tragédia humana consiste justamente em negar esse vazio ou tentar preenchê-lo com algo que não seja Deus. Muitos tentam, até que percebem, talvez tarde demais, que sexo, dinheiro, poder e fama podem oferecer prazer momentâneo, mas não trazem a paz verdadeira. Foi esse sentimento que levou muitos famosos a encerrarem sua vida com uma overdose em um quarto de hotel.

Lembro-me de uma oração de Santo Agostinho que diz: “Oh Deus, Tu nos criaste para Ti mesmo, e nosso coração estará inquieto até que encontre repouso em Ti.” Que assim seja! Que Deus preencha a carência eterna do nosso ser.

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terça-feira, 8 de julho de 2025

Êxodo 33 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 33
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 33 – O caráter de Deus tem sido desvirtuado durante a história. Satanás tem maculado Seu caráter com acusações infundadas. Muitos tornaram-se ateus por rejeitarem o Deus que foi-lhes apresentado.

Êxodo 33 é um documento essencial para obtermos conhecimento fidedigno do verdadeiro Deus. Seu caráter já é percebido não apenas ao perdoar, mas também ao ceder diante do apelo de Moisés pela continuidade de Sua presença com o povo que O traiu descaradamente (Êxodo 33:1-17).

Moisés se encanta cada vez mais com o Deus a Quem servia. O caráter divino o impressionava. Mesmo sendo santo, Deus voltava atrás, perdoava, concedia novas chances, quando traído dispôs-Se a continuar com o povo... Com isso, Moisés fez uma das mais elevadas petições que um mortal possa fazer: “Peço-te que me mostres a Tua glória” (Êxodo 33:18) – mais do que ousadia absurda, seu pedido revelava desejo intenso de conhecer melhor a Deus.

Deus poderia ter mostrado Sua onipotência, onisciência ou Sua santidade. Ele poderia fazer cair fogo, ou produzir extraordinários raios e trovões. Mas não fez nada disso!

Tomando o devido cuidado para Moisés não morrer diante de Sua santa presença, Deus apresentou “toda Sua bondade”. Disse que mostraria Seu lado compassivo e misericordioso... isso equivaleria a Sua glória! (Êxodo 33:12-22). Que Deus incrível!

Enquanto um rei humano mostraria glória apresentando seu arsenal bélico e seu exército com soldados bem treinados, revelando pompa, grandeza e riqueza, Deus revela Sua bondade!

Satanás não quer que as pessoas tenham o conceito correto de Deus. Apesar de conseguir distorcer a opinião que muitos têm dEle, Jesus veio intensificar o que já estava revelado no Antigo Testamento (Hebreus 1:3).

As pessoas precisam conhecer “as riquezas da bondade de Deus, tolerância e paciência” que conduzem pecadores “ao arrependimento” (Romanos 2:4). Certamente falta apresentar mais as riquezas dessa bondade divina para presenciarmos mais conversões genuínas.

Muitos desconhecem o caráter de Deus. A perversão do Seu caráter tem afastado inúmeras pessoas da fé. Inclusive crentes têm aderido aos conceitos fomentados pelo diabo sobre o caráter do Deus verdadeiro. Conquanto, reavivemo-nos orando como Paulo orou pelos crentes de Éfeso (Efésios 3:14-19), para que mais pessoas tenham o privilégio de conhecer verdadeiramente ao Deus bondoso, O qual revelou-Se claramente nas páginas sagradas de Seu santo livro. Aceitas? – Heber Toth Armí.


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JESUS ESTÁ AÍ?

 Devocional Diário - Descobertas da fé

8 de julho

JESUS ESTÁ AÍ?

Senhor, queremos ver Jesus. João 12:21


Certo dia, um grupo de gregos que havia subido a Jerusalém para participar da festa da Páscoa pediu a um dos 12 apóstolos para ver Jesus. A Bíblia diz: “Estes se dirigiram a Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e lhe pediram: ‘Senhor, queremos ver Jesus.’ Filipe foi dizê-lo a André, e André e Filipe o comunicaram a Jesus” (Jo 12:21, 22).

Pelo contexto, tudo indica que esses homens eram estudiosos não judeus, talvez filósofos, interessados em conhecer mais sobre o judaísmo. Por isso, foram a Jerusalém durante a festa religiosa. É possível que tenham ouvido falar de Jesus e, assim como os magos que saíram do Oriente para ver o Menino, eles também foram para conhecer o Cristo.

O fato de terem ido até Filipe poderia ser incidental, ou talvez fosse porque ele provavelmente soubesse falar grego e poderia traduzir a conversa. O nome “Filipe” é de origem grega, o que sugere que ele poderia ter alguma familiaridade com a cultura grega. Em apoio a essa ideia, está o fato de ele ter se dirigido a André, outro discípulo com um nome grego, para ambos levarem o pedido dos estrangeiros até Jesus.

O interesse daqueles homens foi um bálsamo para Jesus, que já sentia as angústias da aproximação de Sua morte. Em quatro dias, Ele seria crucificado, de modo que o encontro com aqueles gregos era um prenúncio de que Seu sacrifício converteria muitos não judeus.

O texto omite o diálogo com os homens. Aparentemente, a analogia do grão que morre para dar fruto foi dita aos discípulos. De qualquer modo, existe algo simbólico aqui, como escreveu Mário Veloso: “Se os gregos representam o mundo não judeu, o método de aproximar-se de Cristo, através dos apóstolos, pode significar que o evangelho chegará a todo o mundo através dos discípulos do Senhor. Cristo não irá pessoalmente a todas as nações da Terra, mas Seus discípulos irão. E conduzirão esses povos a Cristo” (Comentário do Evangelho de João, p. 259).

Diante disso, surge a pergunta: Que tipo de igreja os “de fora” encontrarão quando nos procurarem pedindo para ver Jesus? Imagine alguém chegando em sua casa e perguntando: “É aqui que mora Jesus?” Como responderíamos? Tendo o privilégio de ser Seus representantes, o que o mundo pensa de Cristo pelo modo como vivemos e falamos Dele?

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segunda-feira, 7 de julho de 2025

Êxodo 32 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 32
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 32 – A adoração sofreu corrupção cedo na história humana. Caim foi o primeiro a corrompê-la (Gênesis 4:1-7). Após o Dilúvio devido à crescente imoralidade, outra perversão sucedeu: Erigiram a Torre de Babel como portal dos deuses (Gênesis 11:1-8). Ao chamar Abraão, Deus o tirou dentre sua família politeísta (Josué 24:2-4). Embora Seus descendentes desceram ao Egito como remanescentes fieis a Deus, o Egito perverteu a religião deles.

Então, Deus libertou Israel da escravidão a fim de que praticasse a verdadeira adoração (Êxodo 4:22-23; 5:1-3; 8:26-29; 9:1, 13; 10:3, 8-11, 24-26). Contudo, depois da expoente experiência no Sinai, em menos de dois meses que Deus chamou Moisés para o cume do monte, o povo decaiu na idolatria. A impaciência do povo pediu deuses falsos, Arão consentiu. Então, houve “um reavivamento e reforma”: As mulheres tiraram suas joias e ofertaram generosamente, o povo levantou cedo, ofereceu sacrifício; então, começou o “louvorzão”! Deixando evidente que nem tudo o que dá certo na igreja é correto perante Deus!

É muito fácil a impaciência perverter a crença. Inventar expectativas quanto às coisas de Deus pode desembocar em frustração ou perversão da fé. “A esperança que se retarda deixa o coração doente”, diz o sábio (Provérbios 13:12).

Moisés quebrou literalmente as novíssimas tábuas dos Dez Mandamentos escritas por Deus, para ilustrar o resultado real da perversão da adoração. E, depois, graças a Sua intervenção mediadora, Deus não consumiu Israel. Graças a mediação de Jesus hoje, não somos consumidos em nossos pecados; porém, mesmo assim, somos disciplinados. Os mais rebeldes são devidamente punidos por Deus no tempo certo (Êxodo 32:33-35; Hebreus 4:14-16; 12:3-12; Apocalipse 3:19)

Êxodo 32 nos alerta, mostrando-nos que pode acontecer da igreja de Deus e seus líderes espirituais caírem na ingratidão diante da graça divina; substituírem o Deus vivo por deuses marionetes; e, não reconhecer os próprios erros, pecados. Ao ser questionado sobre o deus bezerro, Arão explicou: “O povo trouxe-me o ouro, eu o joguei no fogo e surgiu esse bezerro” (Êxodo 32:24). Seria cômico, se não fosse trágico!

A tribo de Levi demonstrou prontidão pela verdade diante do apelo de Moisés (Êxodo 32:25-26). Tal atitude em posicionar-se com Deus resultou em bênçãos em sua história futura!

A lição é clara: Arrependamo-nos urgentemente para reavivarmo-nos corretamente! – Heber Toth armí.

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MENSAGEM CRISTOCÊNTRICA

 Devocional Diário - Descobertas da fé

7 de julho

MENSAGEM CRISTOCÊNTRICA

É verdade que alguns proclamam Cristo por inveja e rivalidade, mas outros o fazem de boa vontade. Filipenses 1:15

É um dever proclamar a Cristo. Para muitos, “se alguém falar de Jesus, já podemos aceitar sem problemas”. Porém, o critério não é tão simples assim.

No versículo de hoje, Paulo não se refere a opositores, como Nero e Herodes, que perseguiam os crentes. Ele fala de cristãos que aceitaram o batismo e pregavam sobre Jesus. No entanto, o faziam com sentimentos escusos. Isso nos leva a crer que não basta apenas pregar sobre Jesus; é
importante definir tanto o sentimento quanto o conteúdo dessa pregação.

É claro que o próprio Jesus afirmou que as Escrituras testificam Dele (Jo 5:39). Por isso, é importante sermos cristocêntrico em nossa mensagem, porém com critérios bem estabelecidos. Quando Jesus perguntou o que as pessoas diziam a Seu respeito, Ele não recebeu respostas do tipo: um charlatão, um mentiroso ou um lunático. Segundo os discípulos, diziam que Ele era João Batista, Jeremias ou um dos profetas (Mt 16:14).

Percebeu o problema? As pessoas diziam coisas bonitas sobre Jesus, mas não quem Ele era de fato. Alguém disse certa vez: “Quero Jesus, não doutrina.” Será que dá para separar as duas coisas? Fanáticos, como David Koresh e Jim Jones, que levaram dezenas de pessoas à morte, falavam de Jesus o tempo todo. Portanto, a questão não se limita a ser cristocêntrico.É importante saber: Que Cristo estamos colocando no centro? E essa é uma informação “doutrinária”.

Há uma abordagem moderna que propõe usar Cristo como chave hermenêutica da fé. A princípio, parece algo bom. Porém, o que seus proponentes defendem é que os ensinos de Jesus devem ser o crivo para determinar o que é ou não inspirado nas Escrituras. Isso cria um cânon dentro do cânon. Eles afirmam, por exemplo, que, se Paulo disse algo e Jesus não falou nada sobre o assunto, devemos ignorar Paulo e ficar somente com Cristo. Assim, para eles, a Bíblia não é a palavra de Deus, mas uma coletânea que contém a palavra de Deus, isto é, os ensinos de Cristo.

A falta de uma teologia clara, que seja sustentada por toda a Bíblia, cria uma caricatura distorcida de Cristo. Não seria essa uma forma de o diabo confundir as mentes hoje?

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domingo, 6 de julho de 2025

Êxodo 31 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 31
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 31 – A narrativa desse segundo livro da Bíblia relatando os “atos de Deus em libertar Seu povo do Egito e de lhe dar leis e instituições seria lembrança constante do interesse especial de Deus por Israel e fator de união na adoração. Israel nunca poderia ter se tornado e permanecido como povo cujo Deus é o Senhor sem a consciência destas ocorrências divinas na história de sua existência. Recontar estes eventos gerou fé nas gerações posteriores de Israel. Estes mesmos eventos são espiritualizados na grande redenção feita por Jesus Cristo na cruz do Calvário. Os cristãos olham estas manifestações divinas como símbolos da obra de Deus a favor deles em Cristo (ver Jo 1:29; Hb 8:5; 10:1)”, comenta Leo G. Cox.

Desde o capítulo 25, Moisés vem tratando da planta e da engenharia do Santuário. Este capítulo encerra esse ciclo, abordando a escolha dos artesãos para sua construção (Êxodo 31:1-11).

Após tratar dos construtores do Tabernáculo/Santuário, Moisés reiterou o mandamento do sábado, mostrando ser a sua observância um sinal da aliança entre o povo e Deus (Êxodo 31:12-17). Tanto o santuário quanto o sábado estão intimamente em conexão com a genuína adoração ao verdadeiro Deus.

Essa cessão encerra com uma declaração extremamente importante: “Quando o Senhor terminou de falar com Moisés, deu-lhe as duas tábuas da aliança, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus” (Êxodo 31:18).
Por mais sagrado que fosse o Santuário e sua construção requeresse urgência, as horas sagradas do sábado não deveriam ser destinas à sua execução. Assim, Deus ensina respeito e zelo pelo Seu sinal de compromisso com os pecadores. A lei não é de Moisés. Moisés apenas a recebeu de Deus. Moisés não é o autor, nem mesmo o escritor da lei; Deus escreveu com Seu dedo em tábuas de pedra.

O sinal de Deus não é limitado a Israel, já que Ele se apresenta como o Criador dos Céus e da Terra (Êxodo 31:17; Gênesis 1:1; Isaías 56:6-7). Toda criatura racional deve adorar ao Criador; Israel deveria ser propagador dessa verdade ao mundo.

Na Nova Aliança, Deus quer escrever Sua sagrada lei em nosso coração (Jeremias 31:31-33). Aquele que deseja participar dessa Aliança hoje, deve permitir que Deus escreva Sua lei no coração (Apocalipse 12:12). Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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AMOR AO DINHEIRO

 Devocional Diário - Descobertas da fé

6 de julho

AMOR AO DINHEIRO

Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e atormentaram a si mesmos com muitas dores. 1 Timóteo 6:10


De acordo com Heródoto, as primeiras moedas provavelmente tenham surgido entre os lídios da Ásia Menor por volta do 7o século a.C. Alguns exemplares, em forma de grão de feijão, estão entre as mais antigas moedas do mundo. Feitas de prata e ouro, essas moedas apresentavam estampas de um rei, um leão ou um veado e eram conhecidas como electrum stater. Suas dimensões, seu peso e metal diferenciavam seu valor.

Antes do surgimento das moedas, outros objetos tinham valor monetário. Os persas e egípcios, por exemplo, depositavam grãos de sua colheita em templos ou armazéns do governo, que funcionavam como bancos. Recibos eram sempre fornecidos aos depositantes. Esse pode ter sido o sistema utilizado por José no Egito.

Dizem que as primeiras notas impressas apareceram na China por volta de 800 d.C., e a primeira inflação severa ocorreu no século 11. Marco Polo relata que os mongóis emitiam notas bancárias e que era uma ofensa não aceitá-las. E havia também dinheiros exóticos em determinadas culturas, como balas de prata, argolas, facas e pontas de flecha.

No versículo de hoje, Paulo alerta contra a avareza, que leva ao desvio da fé. Ele parece fazer referência a casos que ocorreram nas igrejas por onde passou, servindo de alerta a Timóteo, para não cair no mesmo erro.

Se olharmos o contexto do capítulo, veremos que ali é condenável a busca pela riqueza a qualquer custo, ou seja, não de modo honesto e altruísta, mas de forma cobiçosa, invejosa, provocativa e antiética. Note que Paulo pede aos empregados dos crentes que não usem o fato de serem da mesma igreja como motivo para tratá-los de outra forma senão como patrões. Portanto, não é pecado ser rico e ter empregados; o pecado é enriquecer de um modo que desagrada a Deus.

O termo aqui traduzido como “cobiça” é diferenciado em grego e se aplica mais à avareza, ou seja, ao apego desmedido ao dinheiro. Isso pode ser aplicado até mesmo àqueles que não são ricos, mas são tão apegados ao que têm que não aceitam compartilhar. O pior tipo de pobreza está naquelas pessoas que só possuem dinheiro e nada mais.

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sábado, 5 de julho de 2025

Êxodo 30 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 30
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 30 – Comunhão é resultado de dedicação no relacionamento, não nos regulamentos. Há muitas pessoas que fazem dos regulamentos fins em si mesmos, quando deveriam ser meios para viver em relacionamento com o soberano Deus.

O sistema de sacrifício e de purificação eram estratégias criadas por Deus para tornar possível o que era impossível: Pecadores se relacionarem com um Deus Santo. A oração é essencial meio de comunicação; é tão importante que o altar de incenso só não era mais importante que a arca com o propiciatório dentro do lugar santíssimo. O altar de incenso era “santíssimo ao Senhor” (Êxodo 30:10).

Após aceitar ser redimido (Êxodo 30:11-16), através da água na bacia e da unção com óleo, as imundícias do pecado devem ser eliminadas a fim de purificar o coração para que o canal de comunicação com Deus fique livre de qualquer obstáculo que interfira/atrapalhe a comunhão (Êxodo 30:17-33).

Todo o sistema do Santuário é um esquema para levar o pecador à presença do Senhor. O altar de incenso perante o propiciatório nos indica que a oração nos coloca na santa presença de Deus (Êxodo 30:1-8). A fumaça do incenso sobe ilustrando que a oração chega até o trono de Deus (Apocalipse 8:3-4). Sabendo que Satanás quer interromper ou impedir a comunicação com Deus, precisamos vigiar para que nossa oração esteja desprovida de qualquer contaminação ou perversão religiosa provocada por ele (Êxodo 30:34-37).

Deus nos quer o tempo inteiro em oração, em todas as ocasiões (Efésios 6:18). Não tem como exagerar na importância e relevância da oração. Não devemos dedicar período de tempo à oração, devemos dedicar toda nossa existência. Deus preza pela oração porque através dela Ele Se relaciona conosco. Por isso a ordem bíblica é: “Orem continuamente” (1 Tessalonicenses 7:17). O apelo insistente é: “Dediquem-se à oração” (Colossenses 1:2)

Deus quer relacionar-Se conosco sabendo que pode haver risco; por isso, Ele orienta visando proteger-nos – para que Sua santidade não nos destrua por causa de nossa pecaminosidade (Êxodo 30:20-21). Deus não nos quer mortos, mas vivos para estar conosco. “Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus” (Mateus 5:8).

A graça do evangelho reside no fato do Deus santo aproximar-Se do pecador e cuidar dele com profundo amor!

Por isso, alegremo-nos! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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ANALFABETISMO BÍBLICO

 Devocional Diário - Descobertas da fé


5 de julho

ANALFABETISMO BÍBLICO

O Meu povo está sendo destruído, pois lhe falta o conhecimento. Oseias 4:6


Em 1987, foi publicado nos Estados Unidos um livro polêmico e instigante intitulado Instrução Cultural: O que Cada Americano Precisa Saber. Nele, o autor chega à conclusão de que grande parte dos norte-americanos não possui o background cultural mínimo para entender com profundidade nem mesmo a primeira página de um jornal.

De fato, várias pesquisas parecem confirmar isso. Uma delas é a lista MindSet, que revelou que a maioria dos americanos prestes a entrar na universidade não consegue escrever em letra cursiva, acha o e-mail lento demais e pensa que Beethoven é um cachorro e Michelangelo é uma tartaruga ninja. Em outra pesquisa, realizada em Fullerton, Califórnia, mais da metade dos alunos não sabia quem foi Alexander Hamilton, mesmo com seu rosto estampado na nota de 10 dólares.

Embora não haja uma pesquisa tão detalhada no Brasil, não creio que estejamos em melhor situação. Nas últimas divulgações anuais do PISA (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), nosso país ocupou os últimos lugares entre os 81 países avaliados.

Se é assim com o conhecimento secular, como seria em relação às doutrinas cristãs? De acordo com o Fórum Pew sobre religião e vida pública, se comparados a outros grupos sociais, 70% dos chamados “crentes” sabem menos sobre Bíblia do que ateus e agnósticos.

Isso é muito sério, e há um agravante: para inserir conhecimento bíblico, é preciso limpar a cultura inútil armazenada. No entanto, assim como acumuladores que não querem se desfazer do lixo estocado, muitos se recusam a desocupar espaço em uma mente sobrecarregada para apren-
der as coisas de Deus.

Segundo Randy Frazee, estamos vivendo na era do analfabetismo bíblico. “Nunca”, escreveu o teólogo Augustus Nicodemus, “os evangélicos cantaram tanto e nunca foram tão analfabetos de Bíblia. Nunca houve tantos animadores de auditório e tão poucos pregadores da Palavra de Deus”.

A Bíblia declara que o povo de Deus perece por falta de conhecimento. Que tal mudarmos hoje essas estatísticas e mostrarmos ao mundo que ainda somos não apenas o povo de Deus, mas também o povo da Bíblia?

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sexta-feira, 4 de julho de 2025

Êxodo 29 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse



Leitura Bíblica - Êxodo 29
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 29 – Consagração requer submissão a Deus: Disposição de seguir definitivamente Sua soberana vontade, em todas as questões: Serviço, roupas, alimentação, família, práticas religiosas, etc. Isso implica numa entrega total de nossos interesses para viver aos Seus, que são melhores que os nossos.

A mensagem deste capítulo importa a cada um de nós, porque na Nova Aliança, Jesus é o Sumo Sacerdote (Hebreus 5:1-5); e, nós, Seus sacerdotes que estão ao Seu serviço (Apocalipse 1:6; 1 Pedro 2:5-9; 4:11). Assim como foi importante a consagração para o serviço a Deus no Antigo Testamento, é fundamental hoje também (João 17:17; 1 Pedro 3:15; Hebreus 12:14; 1 João 1:6-9).

O propósito de Deus para a consagração está no último versículo, como o clímax do capítulo 29 de Êxodo. A religião cristã ultrapassa a questão dos regulamentos; o auge é o relacionamento que Deus quer ter com os seres humanos – separados pelo dEle pelo pecado (Isaías 59:2). Entretanto, Ele está sempre intentando reatar o laço quebrado com apelos e estratégias didáticas (Isaías 59:1).

Estar conosco é tão importante para Deus, que o próprio Emanuel (Jesus) fez uma oração intrigante ao Pai: “Em favor deles eu me santifico, para que também eles sejam santificados pela verdade” (João 17:19). Jesus é o cordeiro oferecido em sacrifício para tirar o pecado do mundo (João 1:29, 36), ilustrado na cerimônia de consagração do sacerdote e sua família em Êxodo 29. Ele também é o Pão (Êxodo 29:2-4) que alimenta os crentes para viverem eternamente com Deus (João 6:50-51).

A santificação é o caminho para Deus operar maravilhas em nosso meio (Josué 3:5). Foi essencial para fundamentar a igreja cristã, que deu início no pentecostes com grande poder evangelístico (Atos 1:4, 14; 2:1-41). Deus almejava um ministério poderoso para os hebreus recém-libertos da escravidão egípcia, o mesmo deseja a nós que vivemos no fim da escravidão do pecado (Romanos 13:11-14).

Jesus é a água que lava nossas impurezas (Êxodo 29:4; João 4:10, 13-14; Apocalipse 1:5; 7:14). “Quando, da parte de Deus, nosso Salvador, se manifestaram a bondade e o amor pelos homens, não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido a Sua misericórdia, Ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo...” (Tito 3:4-5).

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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DEUS QUE SOFRE

 Devocional Diário - Descobertas da fé

4 de julho

DEUS QUE SOFRE

Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens, Homem de dores e que sabe o que é padecer. Isaías 53:3


Em 1954, foram publicados dois manuscritos encontrados no Mar Morto que lembram o relato de Isaías 53. Eles fazem parte do chamado Rolo de Ação de Graças, que diz: “Quem tem sido desprezado como Eu? E quem tem sido rejeitado pelos homens como Eu? E quem se compara a Mim em tolerar (suportar) o mal? […] Quem é como Eu dentre os deuses? Eu sou o amado do rei, a companhia dos santos. […] Quem foi considerado desprezível como Eu e, no entanto, quem é igual a Mim em Minha glória?”

Esses manuscritos foram terrivelmente danificados, enquanto os demais estavam normalmente enrolados, levando alguns a suspeitar que isso não tenha sido acidental. Pesquisadores deduzem que os poemas foram propositadamente rasgados e amassados na antiguidade, possivelmente devido ao seu caráter polêmico. A ideia de um Deus sofredor já incomodava naquela época.

É notória não somente a semelhança com Isaías 53, mas também o paradoxo de um servo que sofre incomparavelmente para depois ser glorificado. Além disso, Ele é singular entre os homens, pois combina em Si o status divino e o humano ao mesmo tempo. Isso era algo inédito. Note a comparação entre a retórica “quem é como Eu dentre os deuses?” e o texto de Êxodo 15:11, que diz: “Ó Senhor, quem é como Tu entre os deuses?”

Parece que o texto foi escrito para falar em primeira pessoa sobre um certo Mestre de justiça que poderia muito bem ser o Messias que todos esperavam. O poema se assemelha a uma autobiografia messiânica, semelhante ao Salmo 22, que faz alusão tanto ao sofrimento de Davi quanto ao do Messias.

Como podemos observar, a crença em um Deus que Se tornou humano e sofreu neste mundo é uma herança polêmica e milenar. Antes mesmo do nascimento de Jesus, já havia aqueles que acreditavam nisso e aqueles que se incomodavam ao ponto de destruir essas ideias.

É muito interessante ver como as verdades polêmicas de Deus resistem ao tempo e dividem a humanidade entre aqueles que as aceitam e aqueles que as rejeitam. E você, como se posiciona diante da afirmação de que Deus Se encarnou, viveu entre nós e morreu para nos salvar?

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quinta-feira, 3 de julho de 2025

Êxodo 28 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 28
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 28 – Deus aprecia o belo, a organização, os detalhes. Ele preza pela formosura, pela ornamentação e pela qualidade.

Neste capítulo tratando dos sacerdotes, Sumo Sacerdote e suas vestimentas, o próprio Deus é Quem dá todas as diretrizes, inclusive instruções estilísticas de moda.

D. L. Moody destaca que “a estola sacerdotal era toda bordada com fino fio de ouro entretecido com outras cores”. Ellen White frisa que “as vestes do sumo sacerdote eram de custoso material e de bela confecção, em conformidade com a sua elevada posição. Em acréscimo ao traje de linho do sacerdote comum, usava uma vestimenta azul, também tecida de uma única peça. Ao longo das fímbrias era ornamentada com campainhas de ouro, e romãs de azul, púrpura e escarlate. Por sobre isto estava o éfode, uma vestidura mais curta, escarlate e branco. Era preso por um cinto das mesmas cores, belamente trabalhado. O éfode não tinha mangas, e em suas ombreiras bordadas de ouro achavam-se colocadas duas pedras de ônix, que traziam os nomes das doze tribos de Israel. Sobre o éfode estava o peitoral, a mais sagrada das vestimentas sacerdotais... As bordas eram formadas de uma variedade de pedras preciosas, as mesmas que formam os doze fundamentos da cidade de Deus. Dentro das bordas havia doze pedras engastadas de ouro, dispostas em fileiras de quatro, e como as das ombreiras, tendo gravados os nomes das tribos” (PP, 350-351).

Para Deus, Seu povo é como um amontoado de pedras preciosas, carregadas nos ombros e no peito de Jesus, nosso Sumo Sacerdote. Cada pedra é diferente da outra, mas todas preciosas; formando parte importante na construção espiritual (1 Pedro 2:4-5).

O Urim e o Tumim em Êxodo 28:30 interessam a muita gente. Tanto Urim quanto Tumim começam com a primeira letra do alfabeto hebraico e terminam com a última – fazendo certa alusão a Jesus como “o primeiro e o último, o princípio e o fim”, que no alfabeto grego é “o Alfa e o Ômega” (Apocalipse 22:13).

Urim significa “luzes”, Tumim “perfeições”; Jesus é a luz (João 8:12) que deixou Sua Palavra, Antigo e Novo Testamento (Apocalipse 11:3-4), para iluminar O Caminho (Salmo 119:105). Ele é nosso guia perfeito: Caminho, Verdade e Vida (João 14:6). Precisamos submeter-nos a Sua vontade! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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INTIMIDAÇÃO SISTEMÁTICA

 Devocional Diário - Descobertas da fé

3 de julho

INTIMIDAÇÃO SISTEMÁTICA

Os irmãos tinham inveja dele; o pai, no entanto, guardou aquilo no coração. Gênesis 37:11

Conta-se uma fábula na qual uma cobra perseguia um vaga-lume. Ele fugia rápido, mas a cobra não desistia de alcançá-lo. Um dia, já sem forças, o vaga-lume perguntou para a cobra: “Por que você me persegue se eu nem pertenço à sua cadeia alimentar? Fiz alguma coisa contra você?” “Não”, respondeu a cobra. “Então, por que você quer me devorar?”, insistiu o vagalume. “É porque não suporto o modo como você brilha!”

Muitas vezes, você será atacado injustamente por pessoas determinadas a diminuí-lo. E, se houver algum problema de autoestima em sua vida, você será seriamente tentado a pensar que elas estão certas. Afinal de contas, por que você parece mais atacado do que outros ao seu redor? A impressão é de que os demais não enfrentam a mesma oposição.

Entretanto, essa é uma impressão que pode não refletir a realidade dos fatos. É claro que há pessoas amargas que, por onde passam, semeiam toxicidade. No entanto, hoje quero falar de pessoas boas que são criticadas justamente por serem boas. Jesus era muito atacado por seus familiares, e o mesmo aconteceu com José do Egito. O espírito belicoso e traiçoeiro de Rúben e Simeão ou a promiscuidade de Levi não pareciam incomodar o clã de Jacó. Mas José, só de respirar, já era repreendido.

O mesmo padrão repetiu-se na família de Jessé, em que Davi era constantemente invalidado pelos irmãos. Se essa também é a sua realidade, saiba que você está em boa companhia. Outros protagonistas escolhidos por Deus sofreram o mesmo tipo de intimidação sistemática.

Em situações assim, busque orientação de Deus sobre como agir e, se necessário, procure a ajuda de um terapeuta para auxiliá-lo a descobrir os gatilhos emocionais que o colocam para baixo. Tenha certeza de que a maioria desses gatilhos é uma ilusão mental que o leva a sentir-se diminuído. Seja fiel aos princípios bíblicos, mesmo que seja criticado por isso. Tenha uma meta válida e persiga-a até o fim, independentemente das vozes que surjam pelo caminho. Espelhe-se em pessoas boas e junte-se a elas em um ecossistema que contribua para seu crescimento. Por fim, ajude outros ao longo da jornada. Isso tornará o caminho menos espinhoso, e você verá o agir de Deus em sua vida.

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quarta-feira, 2 de julho de 2025

Êxodo 27 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Êxodo 27
Comentário Pr Héber Toth Armí


ÊXODO 27 – O preparo do caminho desde o pecador até o Criador é realizado pelo próprio Deus.

O altar de sacrifícios mostra que o derramamento de sangue é essencial para o pecador “aproximar-se de Deus. É um tipo de cruz (morte) de Cristo, nosso holocausto, que Se ofereceu sem mácula a Deus (Hb 9:14)”, já a porta nas divisórias (resultantes das cortinas e tábuas) “indica Cristo [João 10:9]. Ele é nosso acesso a Deus em virtude de Sua obra de redenção”. Complementando, “o azeite puro de oliva simboliza o Espírito Santo (Jo 3:34; Hb 1:9)” que seria usado no candelabro sombolizando que, “em Cristo, a lâmpada de azeite queima constantemente”, sintetiza Merrill Unger.

O altar de sacrifício teve início, provavelmente, quando Deus preparou vestes para Adão e Eva após cometerem pecado e serem expulsos das delícias do Éden (Gênesis 3:21-24). A importância do altar foi transmitida aos filhos do casal, o qual sofreu adulteração quando Caim ofereceu seu sacrifício (Gênesis 4:3-7) – evidenciando que, aquele que não assimila corretamente o sacrifício poderá sacrificar até o próprio irmão (Gênesis 4:8).

Contudo, a prática correta dos sacrifícios foi preservada, a qual podemos perceber no relato da saída de Noé da arca depois do Dilúvio (Gênesis 8:20), e na adoração praticada por Abraão, Isaque e Jacó (Gênesis 12:7-8; 22:1-13; 26:25; 33:18-20; 35:1-7; etc.).

Muitos anos se passaram; agora, em Êxodo 27, “foram dadas instruções referentes à construção de um altar para oferecimento de sacrifícios, um ritual que havia sido quase inteiramente descontinuado. Enquanto estavam no cativeiro egípcio, as ideias do povo sobre sacrifícios haviam sido em grande parte moldadas pelas ideias dos egípcios. Os egípcios, por sua vez, haviam adquirido essas ideias dos israelitas na primeira vez em que estes foram ao Egito, mas haviam misturado a verdade com a falsa idolatria. Possuíam práticas indecentes ligadas à adoração em seus altares pagãos”, explica Ellen White (CBASD, v. 1, p. 1221).

Desde Caim, a questão da adoração vem correndo risco de deturpação. No tempo do fim, Satanás usará estratégias para conduzir multidões à adoração adulterada. Somente não se perverterão aqueles que tiverem “seus nomes escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a criação do mundo” (Apocalipse 13:8).

Deus procura adoradores fieis! Portanto, reavivemo-nos! Sejamos fieis! – Heber Toth Armí.

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EU SOU

 Devocional Diário - Descobertas da fé

2 de julho

EU SOU

Deus disse a Moisés: “Eu Sou o Que Sou.” Disse mais: “Assim você dirá aos filhos de Israel: ‘Eu Sou me enviou a vocês.’” Êxodo 3:14


Existe um debate quanto à correta tradução do versículo de hoje. De forma simplificada, pode-se dizer que a língua hebraica não possui o verbo ser/estar no presente do indicativo ativo. Logo, frases como “eu sou um professor” seriam escritas na forma ani moreh ou “eu professor”. O verbo ser fica subentendido, mas não é escrito.

Além disso, a presença de uma forma verbal imperfeita no original hebraico leva muitos a sugerir que a melhor tradução do texto seria “Eu serei o que serei”; “Eu serei quem serei”; ou ainda “Eu estarei onde estarei”. São possibilidades de leitura compatíveis com a gramática hebraica. Os judeus de fala grega traduziram essas palavras de Deus de outro modo, ainda mais interessante: “Eu Sou o que está sempre sendo”, ou seja, não haverá tempo em que Ele não seja.

Outro detalhe importante é a semelhança linguística entre o verbo ser, hayah em hebraico, e o nome sagrado de Deus, que alguns transliteram como Jeová, Javé ou Yahweh. Assim, o sentido permanente “estar continuamente sendo” seria a base do ser de Deus, que pode ser definido como “Aquele que é [ou permanece sendo] por todo o sempre”.

Em Apocalipse 1 Jesus amplia esse conceito ao Se revelar como “Aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso”. Isso não apenas enfatiza Sua divindade como também descreve Seu modo de ser. João provavelmente conhecesse uma canção popular daquele tempo que dizia: “Zeus era, Zeus é, Zeus será.” Os romanos cantavam isso trocando o nome Zeus por Júpiter.

Jesus não é simplesmente alguém que existe em três modos temporais, passado, presente e futuro. Ele é um Deus que age, está em movimento e Se dirige ao nosso encontro. Em outras palavras, Deus não apenas existe, Ele é. Ele não está apenas conosco, como um adorno na sala; Ele está ao nosso lado, pronto para nos guiar e defender. Por isso, a eternidade de Deus é mais do que uma linha infinita; é uma sequência de atos realizados em nosso favor. Esse é o grande Eu Sou!

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Levítico 1 Comentário

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