domingo, 2 de novembro de 2014

Mateus 1 Comentários de Oleg Kostyuk


Mateus 1
Oleg Kostyuk

Os primeiros dezessete versículos do Evangelho de Mateus geralmente são lidos rapidamente, porque se compõem de uma lista de nomes. Mas, o conhecido reformador Ulrich Zwingli disse: “A genealogia de Jesus, se entendida corretamente, contém o essencial da teologia ou a mensagem central da Reforma”. Ou seja, a salvação pela fé.

De fato, seu primeiro sermão na Catedral de Zurique, em Janeiro de 1519 foi sobre a “Genealogia de Jesus”. Até o dia de hoje, a porta principal da Catedral contém as imagens esculpida das quatro mulheres mencionadas na linhagem de Jesus: Raabe, Rute, Bate-Seba, e Maria.

Por que Mateus deliberadamente mencionou estas mulheres na genealogia de Jesus? A lista começa com Tamar que fingiu ser uma prostituta a fim de ter um filho do seu sogro Judá. Ela era viúva e de acordo com o costume judaico a família do marido deveria prover um marido para ela, que deveria sustentá-la. Mas Judá não lhe entregou um dos filhos como prescrevia a lei (cf. Gên 38:1-30). No desfecho da história Judá reconheceu: “Ela é mais justa do que eu, pois eu devia tê-la entregue a meu filho Selá” (Gên 38:26 NVI).

Raabe era um não-judia e uma prostituta. No entanto, ela escondeu dois espias judeus e salvou suas vidas (Jos 2:1-21). Não somente por ter salvo a vida destes homens, mas por sua nova vida de fidelidade ao lado do povo de Deus, ela foi considerada uma mulher justa pela tradição judaica. Mais importante ainda, ela foi ancestral do próprio Rei Davi.

Existe um livro inteiro na Bíblia dedicado a Rute, que apesar de não ser judia foi considerada justa e foi a bisavó do rei Davi.

Mateus não citou Bate-Seba, a outra mulher ancestral de Jesus. Ele simplesmente afirma que ela era a mulher de Urias, o oficial que foi intencionalmente enviado por Davi à frente do campo de batalha para ser morto. Apesar de Urias não ser um judeu, a Escritura afirma claramente que era justo e fiel a Deus e a Davi (2 Sam 11:1-27).

Pode-se facilmente notar duas características principais compartilhadas por essas mulheres: (1) elas eram gentis ou eram casadas com os gentios e (2) algumas não tinham boa reputação. No entanto, são listadas na genealogia dos reis, que é também a genealogia do Rei dos Reis.

Essa lista genealógica que traz o nome de quatro mulheres com reputação duvidosa nos ensina que não há limites para o perdão de Deus e a transformação que Ele pode operar na vida daqueles que O aceitam como Senhor e Salvador.
Oleg Kostyuk



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