sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Daniel 8 Comentários:Koot van Wyk


Daniel 8
Comentários  de  Koot van Wyk

Daniel, após a queda de Babilônia, tem mais uma visão com animais: um carneiro com dois chifres, simbolizando a Medo-Pérsia, que dominava a Mesopotâmia e a Terra Santa (que formavam o Crescente Fértil) e um bode, que o derrota, simbolizando o império grecomacedônico, das conquistas rápidas de Alexandre, o Grande.

O profeta vê o chifre do bode da visão subitamente se quebrar. E em seu lugar nascem quatro chifres que crescem “na direção dos quatro ventos da terra” (v. 8). De fato, na concretização da profecia, Alexandre morre inesperadamente e seu reino é dividido em quatro porções entre seus generais.

De um dos ventos, nasce um pequeno chifre que cresce em poder e faz coisas terríveis, chegando a desafiar o Príncipe do exército  e destruir o santuário.  Da visão do cap. 7, vimos que o quarto animal simbolizava Roma em suas fases imperial e religiosa.  Este chifre que nasce pequeno e cresce em poder tem todas as características do quarto império do cap. 7, Roma.

Cabe observar que alguns teólogos interpretam que o pequeno chifre nasce de entre os quatro chifres do bode, ou seja, seria um poder que se afirma a partir de um dos quatro reinos nos quais o império de Alexandre se divide. Assim, eles apontam para Antíoco Epifânio, que governou a Terra Santa, perseguiu os judeus e seu culto, chegando a fazer sacrifícios de animais imundos no templo de Jerusalém. Porém, uma análise mais acurada dos elementos da profecia e seus desdobramentos revela que esta interpretação carece de sustentação, pois a guerra contra Deus profetizada dura 1260 anos e não apenas poucos meses.

Todos os elementos visualizados por Daniel sobre o chifre que surgiu pequeno se cumprem em Roma. A visão diz que o santuário e o exército (o povo fiel a Deus) serão entregues "a fim de serem pisados" (Daniel 8:13, ARA). Roma desafiou Jesus, o Príncipe do exército, suprimiu o sacrifício diário, isto é, fez com que as pessoas olhassem para seres humanos e não para Jesus a fim de obterem o perdão dos pecados, e perseguiu os santos. Durante este período, cristãos sinceros que não traíram sua fé foram perseguidos e mortos.

Em seu sonho, Daniel ouve um anjo perguntar ao outro quanto tempo duraria esta situação, de uma instituição atribuir a si mesma o trabalho de mediação de Cristo (v. 13) e obteve a resposta de que depois de duas mil e trezentos dias (ou 2300 anos) o santuário seria purificado (v. 14). Isto aponta para o Dia da Expiação, quando o santuário era purificado dos pecados nele deixados durante o ano.

Apesar do anjo dizer a Daniel que a visão dos 2300 dias se referiam a tempos distantes (v. 26), Daniel ficou muito abalado e fraco, pois não conseguia entender o que estava ali envolvido.

As profecias concedidas a Daniel não se referiam à sua época, não se limitavam ao retorno dos Judeus após 70 anos de cativeiro, mas tinham como foco o tempo do fim (v. 19). Foram dadas para este nosso tempo presente, para preparar um povo para adorar somente o Deus verdadeiro e assim achar-se preparado para o breve retorno de Jesus Cristo a este mundo.

Querido Deus,
Dirigimos nossa atenção a Ti, que habitas no Santuário Celestial, onde nosso caso é julgado. Limpa agora a nossa vida de nossas culpas e veste-nos com a Tua justiça, declarando-nos justos, perante todo o Universo, pelos méritos de Jesus. Amém.

Koot van Wyk
Kyungpook Universidade Nacional, Coreia do Sul.


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