domingo, 31 de agosto de 2014

Oséias 5- Comentários


Oséias 5
 Pr. Heber Toth Armí

Dar as costas a Deus impede qualquer tipo de cura para o coração e a alma.

Note que,

1. Israel conduz Judá ao pecado (vs. 1-7). Deus revela que a culpa do pecado é dos sacerdotes, das pessoas e dos príncipes. O povo de Deus havia cometido fornicação religiosa, adultério espiritual.
2. Israel e Judá enfrentam a ira de Deus (vs. 8-15). Deus faz justiça a fim de corrigir a injustiça. Por causa da fornicação e adultério religiosos Israel e Judá seriam assolados por Deus mediante invasão militar.

A profecia cumpriu-se quando assírios invadiram Israel em 725 a.C. e tomaram Samaria em 722, e, quando destruíram as cidades fortificadas de Judá, exceto Jerusalém, em 701 a.C. Israel e Judá fizeram aliança com a Assíria, mas sem sucesso contra a ruína (vs. 13-14). Contudo, Deus aguarda um arrependimento (v. 15).

Este capítulo encerra com uma nota positiva diante de tantas coisas negativas da vida religiosa e prática do povo que pertencia a Deus. É apresentado a intensão de Deus em meio à disciplina de Seu povo. Deus toma a decisão de esperar pelo arrependimento (v. 15) quando antes fora dito: “Eles não conseguiriam voltar para Deus nem se o quisessem” (v. 4 AM).

Depois de permitir que Seu povo sofresse as consequências de suas perversões, Deus voltaria “ao seu lugar [para] esperar Israel e Judá confessarem os pecados e buscar a sua face” (William MacDoanld).

Que lições há para nós hoje desse texto inspirado?

1. Quando a liderança afrouxa na piedade, o povo descamba para a imoralidade;
2. Quando o pecado se torna mais atrativo que servir a Deus, as consequências funestas do pecado trazem angústias e aflições;
3. Quando se ignora a Deus, Ele se afasta e retira Sua proteção, deixando que o mal tome conta;
4. Quando a religiosidade é parcial, o juízo de Deus é total – Deus não suporta mornidão espiritual;
5. Quando o povo de Deus, a igreja, decide pelo pecado após todas as tentativas divinas de atração, Deus senta e pacientemente espera por arrependimento;
6. Quando em nenhum lugar há solução, Deus sabe e avisa que ainda Ele é a única salvação para quaisquer situações.

Por que deixar Deus te esperando, sendo que Ele é tua única esperança?

Imagens do Google – editado por Palavra Eficaz
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 “Antes de buscar a ajuda dos homens busque a ajuda de Deus.”

Comentários bíblicos de Gênesis até hoje você encontra em:

Oséias 5 Comentários Yoshitaka Kobayashi

Reavivados por Sua Palavra

Oséias 5
Comentários  de  Yoshitaka Kobayashi

A mensagem profética contra os pecados dos sacerdotes do Israel do norte começa em Oséias 4:4. Neste quinto capítulo, começando com o versículo 1, esta mensagem de julgamento não é dirigida apenas aos sacerdotes, mas também ao rei e os altos oficiais do reino de Israel. Era um anúncio do juízo vindouro.

Eles tinham feito locais de adoração de ídolos em Mispa e na encosta do Monte Tabor (5:1). Aqueles que inventaram a adoração do bezerro de ouro e o rei que introduziu a adoração de Baal em Israel não hesitaram em abater os verdadeiros adoradores de Deus (5:2). A causa desta maldade e degradação era a adoração de ídolos e o espírito de devassidão sexual. Sua desobediência intencional contra Deus em fazer o bezerro de ouro e a introdução em Israel do culto ao Baal de Sidom eram uma rejeição direta das instruções de Deus e Sua lei. E eles ainda queriam que Deus os escutasse! Tais adoradores não tinham capacidade de estabelecer uma verdadeira relação de amor com Deus (5:4).

O final do versículo 7 [Agora suas festas de lua nova os devorarão, NVI] pode ser lido: “Um mês os devorará e à sua herança.” Um mês judaico tinha 30 dias e estes 30 dias poderiam ser interpretados profeticamente como 30 anos, cada dia por um ano. De fato, do final do reinado de Jeroboão II (753 aC) até a destruição de Samaria (722 aC) e cidades circunvizinhas se passaram cerca de 30 anos. Oséias 5:8-9 ressalta a certeza da vinda da Assíria para destruir o reino do norte de Israel (5:13).

Por outro lado, Judá, o reino do sul, também se tornara uma nação de adoradores de ídolos como Israel (5:10, 12, 14). Para eles, Deus seria como uma traça que se alimenta de roupas, e tornar-se-ia a causa da podridão que faria a comida intragável. Ele também seria como um leão forte, que ataca pessoas e gado, e ninguém seria capaz de salvá-los deste Leão.

Enquanto eles não reconhecessem seus pecados e buscassem o perdão de Deus, Ele não poderia abençoá-los, nem poderia restaurar um bom relacionamento com eles como seu Criador e Redentor (5:15).

Deus está sempre disposto a Se relacionar conosco. Precisamos reconhecer que santidade como um povo significa nossa dedicação total a ele.

Yoshitaka Kobayashi
Japão


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sábado, 30 de agosto de 2014

Oséias 4 Comentários Yoshitaka Kobayashi


Leitura Bíblica  - Oséias 4
Comentários  de  Yoshitaka Kobayashi

Sem amor, conhecimento de Deus e veracidade, o povo de Israel só cresceu na prática da mentira, assassinato, roubo, falar palavrões e adultério (4:1, 2). Deus viu que a prosperidade sem piedade e justiça  não trazia benefício algum  para as pessoas (4:3). A idolatria foi progressiva: inicialmente o primeiro rei de Israel do Norte fez bezerros de ouro para supostamente adorar o Deus de Israel. Depois, o rei Acabe e sua esposa Jezabel introduziram a adoração de Baal em Israel. Na época de Jeroboão II iniciou-se a adoração ao bezerro de ouro e a Baal dos sidônios.

Os falsos sacerdotes deveriam conhecer a vontade de Deus mais do que o povo de Israel. Mas esses sacerdotes não se preocupavam com Deus. Eles não eram levitas, tinham sido escolhidos de qualquer tribo e de entre todo o povo por Jeroboão I, o primeiro rei (1 Reis 12:31).

Deus permitiu a prosperidade do reino. Mas à medida que prosperaram também aumentou o pecado contra Deus (4:7). Oséias 4:10-14 destaca o mal do culto a Baal. A prostituição religiosa era realizada durante esses cultos na esperança de estimular Baal a abençoá-los e aumentar o seu gado e a produção agrícola. No entanto, Deus iria interromper sua prosperidade crescente, na esperança de que se arrependessem dos seus pecados e parassem o que eles estavam fazendo (4:10).

Deus se preocupava também com a outra parte do seu povo, isto é, o reino do sul. Ele queria manter Judá à distância do culto ao bezerro de ouro e da adoração de Baal e de ser influenciado por sua nação fraterna, Israel (4:15). Gilgal, Betel e Dã eram centros de culto religioso no norte de Israel. Qualquer um desses templos era nada mais do que um “templo de problemas”, como era Betel (ou Bete-Aven, como era chamado), que significa “Templo de problemas” ou “Casa de impiedade.”

Deus não suportava chamar essas pessoas idólatras e adúlteros de Seus. Eles prosperaram sem arrependimento. Eles amavam os cultos de prostituição de fertilidade. Viria sobre eles o julgamento divino representado pela palavra “redemoinho” (4:19 NVI).

Deus é paciente, mas também é justiça. Disponhamo-nos a amá-Lo e obedecê-lo sabendo que isto será para o nosso próprio bem!

Yoshitaka Kobayashi



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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Oséias 3 Comentários Yoshitaka Kobayashi


Oséias 3
Comentários   Yoshitaka Kobayashi

Neste capítulo o Senhor diz a Oséias: “Vá, trate novamente com amor sua mulher, apesar de ela ser amada por outro e ser adúltera” (Os. 3:1a, NVI). Assim como Gomer havia abandonado a Oséias, assim também Israel havia abandonado a Deus. A ação de Oséias é uma ilustração viva da disposição divina de ir atrás de Israel e Seu povo de volta apesar de sua infidelidade.

Segundo os escritos de Moisés, um marido podia se separar de sua esposa, caso ela se envolvesse em fornicação ou adultério (Deut. 24:1; Mateus 19:9). No entanto, mesmo em caso de adultério e fornicação, o marido que ainda amava a sua esposa, podia trazê-la de volta e restaurar seu relacionamento com ela. Os israelitas haviam abandonado a Deus, mas o marido celestial ainda amava a Israel e queria restaurar o relacionamento com sua esposa.

Deus quer curar a infidelidade de Seu povo. Quando uma pessoa, seja marido ou mulher, demonstra-se incapaz de ser fiel a um relacionamento, o resultado é uma vida de sofrimentos e dificuldades. Todos corremos o risco de sermos infiéis a Deus, de darmos a Ele o segundo lugar em nossas vidas e aos outros “deuses” o primeiro lugar. Ao percebermos em nós esta situação, lembremos que o nosso Senhor é também nosso médico e pode devolver ao nosso coração a capacidade de amá-Lo como Ele merece ser amado.

Quão gratos podemos ser por termos um Deus amoroso e paciente em Seu trato conosco! Apesar de nossas falhas Ele vem atrás de nós e nos propõe um novo começo. Basta aceitarmos!

Yoshitaka Kobayashi


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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Oséias 2 Comentários Yoshitaka Kobayashi

Oséias 2
Comentários  de  Yoshitaka Kobayashi

Oséias 2:1 é uma continuação da bênção de Deus e da prometida prosperidade de Israel mencionadas em 1:10. Judá e Israel seriam novamente um só povo. O profeta Oséias poderia dizer a qualquer homem israelita: “meu irmão”, e a qualquer mulher israelita: “minha irmã”, pois eles se sentiriam como integrantes de uma família.

Esse era o desejo de Deus para eles, mas estas promessas eram condicionais, dependiam da cooperação deles para com os planos de Deus.

Oséias 2:2-13 descreve o comportamento vergonhoso do povo israelita (vv. 5, 10) e sua ignorância acerca do seu Deus (v. 8). A nação israelita não confiava no Deus com quem estava casada, e decidiu depender de nações que considerava mais fortes (Jeremias 2:25).

As maneiras de Deus para trazer sua esposa Israel de volta para Si mesmo eram: 1º)  impedi-la de alcançar relacionamentos significativos com outras nações (vv. 6, 7), para que ela dissesse: “Irei e tornarei para o meu primeiro marido, porque melhor me ia então do que agora”(v. 7). 2º) privar o povo de seus prazeres, de modo que eles se lembrassem que o verdadeiro doador era o seu Deus, não seus amantes. Se não retornassem a Deus, eles perderiam o seu pão, água, lã, linho, bebidas (v. 5), grãos, vinho, azeite, prata, ouro (v. 8), uvas e figos (v. 12). Eles não teriam mais suas celebrações e festas (vv. 11, 13).

Oséias 2:14-23 retrata o modo de Deus levar Israel ao arrependimento e a uma condição de esperança. No começo Deus levaria Israel a um estado carente e problemático, de modo que escutasse a Deus. Uma atitude de ouvir a Deus é uma “porta de esperança” (v. 15 ARA e NVI). O forte desejo de Deus para restaurar a condição espiritual e o bom relacionamento com ele é demonstrado pelo uso de palavras tais como, vou atrai-la”, “falarei ao coração (ARA) / falarei com carinho (NVI)”, que também tem sentido de “sedução” (2:14). Deus queria trazer Israel de volta à mesma condição e estado de espírito que tinham quando saíram do Egito, cantando de alegria (v. 15).

Até o tempo de Oséias Deus permitiu que Israel o chamasse pela palavra comum Baal, que tinha o significado de “Mestre”. Entretanto, Deus queria que Israel entendesse sua relação com Ele como “marido e mulher” em vez de uma relação “mestre-servo” (vv. 16, 17). Deus queria estabelecer uma aliança matrimonial eterna com Seu povo, baseada na fidelidade, justiça, equidade, misericórdia e compaixão (vv. 19, 20).

Se Israel mantivesse um relacionamento correto com Deus, os céus e a terra responderiam e a terra forneceria comida para eles (vv. 21, 22). Que Deus misericordioso nós temos!

Yoshitaka Kobayashi
Japão


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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Oseias 1 Comentários: Yoshitaka Kobayashi


 Oseias 1
Comentários:  Yoshitaka Kobayashi

Ao tempo de Jeroboão II, em tempos de paz, o reino do norte prosperou e o território de Israel ampliou seu território a um tamanho quase igual àquele do tempo de Salomão (2 Reis 14:25).

Neste tempo em que Elias e Eliseu trabalharam fielmente para Deus, Ele escolheu mais dois profetas, Amós e Oséias, para trabalhar em favor do Reino do Norte de Israel. Oséias foi o último profeta a falar com as pessoas de lá. A idólatra e corrompida adoração dos bezerros de ouro e Baal foram predominantes, e os males sociais se tornaram intoleráveis durante o período próspero de Jeroboão II (793-753 aC). Neste período, durante cerca de 30 anos, as mensagens de Oséias foram dadas ao norte de Israel (755-725 aC).

Perto do fim do longo reinado de Jeroboão II (793-753BC), Deus falou para Oséias tomar (de volta) a esposa adúltera (1, 2). Esta foi uma ilustração do amor de Deus para Israel. No início Israel era a pura esposa de Deus (2, 7), como, provavelmente, também era a esposa de Oséias. Deus queria ter Israel de volta, assim como Oséias aceitou de volta sua esposa. Deus aceitaria o retorno da arrependida esposa Israel (“Voltarei a estar com o meu marido como no início”, 2:7 NVI). Então Oséias deveria aceitar a esposa de volta e amá-la, assim como às crianças que dela nasceram

Deus disse a Oséias para dar a seu primeiro filho o nome Jezreel (1:4). Mais tarde, Jeú matou Jezabel, mulher de Acabe, e todos os que ficaram da casa de Acabe, em Jezreel (2 Rs 9: 30-37; 10:14). Assim, o nome do filho de Oséias, “Jezreel” ["Deus espalha", NVI] representava um sinal de que Deus iria punir Israel, incluindo Jeú que não obedeceu a Deus nem se afastou dos pecados de Jeroboão (2 Reis 10:31). A filha de Oséias, lo’-ruhamah, significa “Desfavorecida” [Ou: "Não-amada”, NVI]. Isto profeticamente representava a destruição do reino do Norte de Israel pela Assíria. Aqueles que desobedecem a Deus são lo-ami, “Não meu povo”, o nome de outro filho de Oséias.

No entanto, Deus aceita com amor todos aqueles que estão dispostos a retornar para Ele, e, unidos como um só ao Seu povo, viver sob Sua proteção e prosperar (1:10-11).

Yoshitaka Kobayashi
Japão


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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Daniel 12 Comentários Koot van Wyk

Daniel 12
Comentários  de  Koot van Wyk

Neste capítulo, Daniel vê a ordem mundial como a conhecemos chegando ao fim e Miguel (Cristo), nosso Sumo Sacerdote, concluindo Seu juízo investigativo. Ele é o “príncipe que protege os fiéis a quem Daniel também pertence” (v. 1). Os comentaristas não concordam se Daniel 11:45 e capítulo 12: 1 são ou não eventos simultâneos. O judaísmo entende que os versos 1-4 são a conclusão do capítulo 11.

Cristo, que estava assentado com Seu Pai no trono irá Se levantar. Isto ocorre durante o tempo da tribulação “como nunca aconteceu desde que houve nação”. Quando Ele se levanta, fecha-se a Porta da Misericórdia. Antes Miguel era descrito como “O Príncipe”, mas aqui em Seu estado de glorificação após a conclusão do processo de expiação, Ele é “O Grande Príncipe”.

Começa, então, o tempo de angústia de Jacó. Contudo, “naquela ocasião o Seu povo, todo aquele cujo nome está escrito no Livro [da Vida] , será liberto” (v. 1b NVI). Estes são os remanescentes fiéis ainda vivos. Uma parte dos que dormem o sono da morte serão ressuscitados, “acordarão” (v. 2 NVI). Uns para a vida eterna, e outros, como os que feriram a Cristo,  para a vergonha eterna e destruição final Cristo (v. 2). (Apoc 1: 7). Todos os que aceitam a Cristo como Salvador serão chamados sábios, e todos aqueles que estiveram envolvidos ativamente no negócio mais importante de Deus, ganhar almas, brilharão como as estrelas para sempre (v. 3).

O Livro de Daniel deveria ser selado até o tempo do fim (v. 4). Depois de 1798, data que marca o início do tempo do fim (11:35), entendimento mais completo seria dado. Também o conhecimento iria aumentar rapidamente (v. 4). Esta data é obtida quando o ser vestido de linho ergue suas mãos, jurando que estes dias se cumpririam após “tempo, tempos e metade de um tempo” (v.7a). Daniel entendeu que cada tempo corresponderia a um ano de 360 dias, o que totaliza 1.260 dias proféticos ou anos literais, o que nos leva ao período de domínio secular papal de 538 a 1798.

O ser vestido de linho continua: “Quando o poder do povo santo for finalmente quebrado, todas essas coisas se cumprirão” (v. 7b NVI). Daniel ouviu tudo isso, mas não entendeu (v. 8). Ele ainda queria saber “qual será o resultado de tudo isso?” O que acontecerá então? A mensagem que veio a Daniel dizia que ele tinha que seguir o seu caminho, porque estas palavras estavam fechadas e seladas até o fim (v. 9).

Aquele que falava a Daniel fornece a partir de agora informações adicionais a respeito dos fiéis. Eles serão purificados, sem manchas, através do processo de santificação, e sua fé em Cristo será testada. Diariamente a justiça será vista em suas vidas, porque eles não mais andam em seus maus caminhos (v. 10). Mas os ímpios continuarão seus maus hábitos, encobrimento seus pecados, participando timidamente da verdadeira adoração de Deus, da boca para fora, em vez de rendição do coração. No entanto, aqueles que são sábios andarão com Cristo e Seu Espírito e “entenderão”.

Aqui são dados, então, dois elementos de tempo que não haviam sido dados antes a Daniel e sobre os quais nenhuma informação adicional é fornecida: 1290 dias (v.11) e 1335 anos (v.12).

Não foi dado a Daniel nenhum período de tempo após o encerramento da profecia dos 2300 anos. No entanto, foi dada resposta à pergunta de Daniel de como tudo iria terminar. Os tempos difíceis da história durante a Idade Média mencionados anteriormente deveriam terminar em 1798, mas iriam recomeçar logo antes do final. Daniel ainda não entende tudo, mas é orientado a seguir o seu caminho e descansar (dormir em Cristo): “você se levantará para receber a herança que lhe cabe” (v. 13 NVI). Este evento marcará o final do tempo histórico e o início da eternidade.

Não há nenhuma posição oficial de nossa denominação a respeito dos 1.290 e 1.335 dias. As informações que dispomos a respeito disto são as que tem sido divulgadas de pesquisas particulares.

Querido Deus,
Não sabemos quando Jesus virá; tudo o que sabemos é que a Sua Vinda está próxima. Se tivermos que ir para o nosso descanso, que seja em Jesus, e se continuarmos vivos, sustenha-nos em Teus braços. Amém.

Koot van Wyk
Coreia do Sul.

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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Daniel 11 Comentários Koot van Wyk


Daniel 11
Comentários  de  Koot van Wyk

Daniel recebeu várias visões sobre a sucessão das potências mundiais, cada uma agregando mais informações que a anterior (caps. 2,7,8,9,10-12). Os capítulos 10 a 12 formam uma unidade e, em 11:1, Gabriel continua sua fala, iniciada em 10:19, informando que um ou dois anos antes, no primeiro ano de Dario, o havia apoiado pessoalmente. Quem sabe não foi Gabriel quem acalmou os leões, em seu trabalho para garantir a vitória de Daniel contra seus acusadores?

Gabriel, olhando agora para o futuro, descreve (v. 2) os próximos 4 reis da Pérsia, ressaltando o poder e ambição do quarto. Este não foi ninguém menos que Xerxes (a pronúncia grega de Ashuerosh, ou Assuero, 486 a 465 aC), a quem conhecemos como o marido de Ester. A grande festa de Ester 1 mostra o esforço de Assuero em conseguir apoio militar para sua campanha contra a Grécia. Sua derrota nas batalhas de Salamina (480 aC) e Plateia (479 aC) enfraqueceu a Pérsia e fortaleceu as cidades-estado gregas que, mais tarde, sob o domínio de Alexandre, expandiriam o domínio helênico até o Egito e ao ocidente da Índia (v. 3) [1, Maxwell, p. 298]. 

Nos versos 4 a 14, Gabriel descreve os embates políticos e militares entre dois dos quatro reinos  resultantes da divisão do império de Alexandre pelos seus quatro principais generais: Cassandro (Grécia e Macedônia), Lisímaco (Trácia e norte da Turquia), Seleuco (sul da Turquia, Síria, Babilônia, Pérsia, até à Índia) e Ptolomeu (Egito, Líbia e Palestina). Estes dois últimos, ao norte – o Selêucida – e ao sul da Palestina – Ptolemaico-, que alternaram entre si a posse da Terra Santa no período que conhecemos como intertestamentário, são o foco destes versos.

Já a partir do verso 15 pode-se identificar a ascenção e domínio de Roma, o novo império que chegaria a partir do norte, onde podem- se identificar as referências a Cleópatra (v, 17), Júlio César (v. 17-19), Augusto (v. 20), e a morte de Jesus, o Príncipe da Aliança, (v. 22). 

Do verso 21 até o verso 39, podemos ver a progressiva atuação espiritual de Roma, com clara identificação com a atividade do chifre pequeno das visões dos cap. 7 e 8 [2, Andrews]. Destaque ao ataque ao Santuário, e o seu serviço, símbolos da intercessão de Jesus, e a introdução de um sistema de salvação baseado em obras e intercessão humanas, a “abominação desoladora”.

Nos emociona ver Gabriel contar a Daniel sobre um “povo que conhece ao seu Deus … forte e ativo” (v. 32), que mesmo sob cruéis ditaduras ensinaram “a muitos” (v. 33), perseguidos “até o tempo do fim” (v. 34).  Valdenses, lolardos, hussitas, luteranos, anabatistas, huguenotes e católicos romanos sinceros que “preferiram morrer afogados ou enforcados ou queimados na estaca ou torturados ou aprisionados, a abdicar de sua fé” em resistência ao “espírito de tirania medieval” [1,Maxwell, p. 311].  A reforma protestante foi o “pequeno socorro” do verso 34. [3, CBASD].

É interessante notar que nestes versos, foram revelados a Daniel os aspectos históricos do poder opositor a Deus durante a Idade Média e do remanescente de Deus, enquanto João, em Apocalipse 13, destaca os aspectos religiosos, estendendo este período até o fim.

É oportuno dizer que a Igreja Adventista não tem uma interpretação oficial quanto aos versos 36-45, em especial aos versos 40-45, que são claramente profecias a serem cumpridas. É mera especulação dizer que o verso 45 mostra que os EUA, enquanto segunda besta de Apoc. 14, instalará a sede de seu domínio em Jerusalém (Monte Santo), entre os mares (Mediterrâneo e Morto)

Cabe aqui, com muita propriedade, o comentário da Bíblia de Andrews [2]: “Este texto destaca as tentativas, nos últimos tempos, do inimigo de Deus em estabelecer um controle duradouro sobre todo o mundo. Os precisos eventos na Terra são agora conhecidos apenas por Deus. Predições proféticas são dadas na Bíblia não para que se façam especulações a respeito do futuro, mas para a construção da fé após eles terem passado (ver as palavras de Jesus em João 14:29)”.

Querido Deus,

Ao vermos o fiel cumprimento dos eventos preditos na profecia, nossa fé é fortalecida. No entanto, diante da demora e da incerteza acerca dos eventos futuros pedimos que mantenhas viva a nossa fé e a certeza de que em breve Tu, ó Deus, triunfarás e haveremos de desfrutar da eterna herança contigo. Amém.

Koot van Wyk, DLitt et Phil, ThD.
Kyungpook National University
Sangju, South Korea.

Fonte:


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domingo, 24 de agosto de 2014

Daniel 10 Comentários Koot van Wyk


Daniel 10
Comentários  de  Koot van Wyk

Neste capítulo, é a vez de Daniel ter uma visão da glória de Deus, à semelhança de Ezequiel (Ez. 1). Na Bíblia, a glória de Deus sempre se manifesta quando o Senhor tem algo muito importante a revelar. Nos cap. 11 e 12, de fato, Deus revela a Seu servo fatos importantes que envolverão Seu povo.

A presença poderosa do Rei do universo é majestosa demais para que mortais suportem permanecer na sua presença. Mesmo sem ver o que acontecia, os companheiros de Daniel fugiram, amedrontados (v. 7), e Daniel, que teve um vislumbre da glória divina, caiu desfalecido. Somente a força concedida através do mensageiro celestial o pôde suster naquele momento (v. 8 e 9).

Após orar e jejuar durante três semanas inteiras (v. 2 e 12), Daniel recebe o mensageiro Gabriel que lhe diz que suas palavras, ditas em espírito de humildade, foram ouvidas no Céu desde que ele iniciara a sua oração. Que maravilha saber que nossas orações são ouvidas pelo Pai no mesmo momento que as iniciamos! Jamais saberemos neste mundo as forças espirituais que as nossas orações moveram em favor de quem intercedemos.

Gabriel revela que desde o momento do início da oração de Daniel, ele viera atuar sobre o rei da Pérsia, mas durante estes 21 dias, o ”príncipe da Pérsia” lhe havia resistido, com tanta intensidade que foi necessário que Miguel, o “Príncipe dos exércitos do Céu” (v. 13, Clear Word), ou seja, o próprio Cristo viesse ajudá-lo a conseguir a vitória.

A citação da expressão “príncipe da Pérsia” em oposição ao “Príncipe dos exércitos do Céu” revela a guerra espiritual que se trava nos bastidores dos poderes governantes terrenos. Alguma decisão muito importante que envolvia o povo de Deus estava nas mãos de Ciro, provavelmente a retenção do povo de Deus na Babilônia ou a proibição da reconstrução do templo e dos muros de Jerusalém.

“Durante três semanas Gabriel se empenhou em luta contra os poderes das trevas, procurando conter as influências em operação na mente de Ciro. [...] Tudo que o Céu podia fazer em favor do povo de Deus foi feito. A vitória foi finalmente ganha; as forças do inimigo foram contidas todos os dias de Ciro e todos os dias de seu filho Cambises” (PR, 572).

Gabriel ainda diz que quando a influência divina fosse retirada de sobre os governantes persas, viria o príncipe da Grécia (v. 20). As forças do mal agiriam, trazendo a ruína aos persas, através de Alexandre, o líder dos exércitos grecomacedônicos.

Deus respeita a decisão dos homens em rejeitar a Sua influência. Mas quando Seu povo, como Daniel, intercede com espírito humilde, todo o Céu trabalha em seu favor.

Senhor,

Nestes dias decisivos em que vivemos, em que impérios resistem ao Teu amor, vemos já Seu povo sendo perseguido por amor de Ti. Mantenha-nos obedientes firmes à Tua vontade manifesta em Tua Palavra e derrama em grande intensidade o Teu Espírito sobre este mundo carente do Teu amor, a começar por nós. Em humildade de coração pedimos. Amém.


Texto bíblico: Daniel 10


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sábado, 23 de agosto de 2014

Daniel 9 Comentários Koot van Wyk


Daniel 9
Comentários  de  Koot van Wyk
Depois que Ciro colocou Dario (o general Gobrias, ou Gubaru) como governador da Babilônia, Daniel voltou a estudar as profecias de Jeremias em especial a profecia que falava que a desolação de Jerusalém iria durar 70 anos (v. 2).

Nos outros sonhos que tivera, Daniel podia ver a mão de Deus na História. Mas a questão que o preocupava agora era: quando estes 70 anos se cumpririam para que os judeus fossem libertados e Jerusalém fosse restaurada? Ou será que as coisas se manteriam como estavam? Ele precisava saber do Senhor o que viria depois. Assim, ele se voltou plenamente ao Senhor em oração, jejum e súplicas, com espírito humilde (v. 3), expressando uma das mais bonitas orações intercessórias da Bíblia (v. 4-19).

Ele próprio se identificou com os pecados do povo, reconhecendo como justos os castigos divinos, porque, realmente, o povo de Deus havia rejeitado Seus conselhos.

Reconhecendo que Deus tinha de agir e não podia ignorar o pecado, e reconhecendo que tinham sido ridicularizados diante das outras nações, com o coração quebrantado ele implora ao Senhor para que reverta a situação (vv. 14-19).

Enquanto Daniel orava, Gabriel se postou diante dele e diz a Daniel que o Senhor o havia enviado para ajudá-lo (vv. 21-23) a compreender a visão que tivera dos 2300 anos.

Gabriel lhe diz que haveria um decreto para a restauração e reconstrução de Jerusalém (de fato promulgado por Artaxerxes no sétimo ano de Esdras, em 457 aC) marcando o início do período de 2300 anos. Destes 2300 anos, 70 semanas proféticas ou 490 anos literais seriam separadas para o povo judeu e Jerusalém (v. 24). “Era o período para que o povo de Deus resolvesse os problemas de faltas morais que lhe contaminaram ao longo de sua história como nação. Isto se concretizaria através do Messias”. (Andrews Study Bible).

No começo da última das 70 semanas, a 69ª, viria o Messias, ou o “Ungido” (v. 25). De fato, Cristo foi batizado por João e ungido pelo Espírito Santo em 27 dC, exatamente 69 semanas proféticas ou 483 anos depois da emissão do decreto! Daniel ouviu ainda, com surpresa, (v. 26) que o Messias seria morto no meio da última das 70 semanas (v. 27) e que Jerusalém e o templo seriam novamente destruídos, o que realmente aconteceu sob os romanos, em 70 dC. E, ainda, que haveriam guerras, conflitos e dificuldades até o fim, que viria com a violência de uma inundação (v. 26).

Enquanto Daniel estava preocupado com o fim dos 70 anos de cativeiro da Jerusalém literal, Deus apresenta ao profeta um quadro mais amplo da vinda do Messias, trazendo libertação do pecado para toda a raça humana. Esta extraordinária profecia a qual se cumpriu com precisão no batismo e morte de Jesus nos mostra que Deus está no controle da história e tem o futuro daqueles que o amam em Suas mãos.

Querido Deus,
Muito obrigado por nos revelares que estás no controle da história. Nos momentos difíceis que todos passamos, ajuda-nos a lembrar que o Messias já triunfou e por isso podemos descansar. Aceitamos a salvação gratuita oferecida através de Cristo e amorosamente desejamos seguir as Tuas orientações. Amém.

Koot van Wyk,
Universidade Nacional Sangju, Coreia do Sul


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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Daniel 8 Comentários:Koot van Wyk


Daniel 8
Comentários  de  Koot van Wyk

Daniel, após a queda de Babilônia, tem mais uma visão com animais: um carneiro com dois chifres, simbolizando a Medo-Pérsia, que dominava a Mesopotâmia e a Terra Santa (que formavam o Crescente Fértil) e um bode, que o derrota, simbolizando o império grecomacedônico, das conquistas rápidas de Alexandre, o Grande.

O profeta vê o chifre do bode da visão subitamente se quebrar. E em seu lugar nascem quatro chifres que crescem “na direção dos quatro ventos da terra” (v. 8). De fato, na concretização da profecia, Alexandre morre inesperadamente e seu reino é dividido em quatro porções entre seus generais.

De um dos ventos, nasce um pequeno chifre que cresce em poder e faz coisas terríveis, chegando a desafiar o Príncipe do exército  e destruir o santuário.  Da visão do cap. 7, vimos que o quarto animal simbolizava Roma em suas fases imperial e religiosa.  Este chifre que nasce pequeno e cresce em poder tem todas as características do quarto império do cap. 7, Roma.

Cabe observar que alguns teólogos interpretam que o pequeno chifre nasce de entre os quatro chifres do bode, ou seja, seria um poder que se afirma a partir de um dos quatro reinos nos quais o império de Alexandre se divide. Assim, eles apontam para Antíoco Epifânio, que governou a Terra Santa, perseguiu os judeus e seu culto, chegando a fazer sacrifícios de animais imundos no templo de Jerusalém. Porém, uma análise mais acurada dos elementos da profecia e seus desdobramentos revela que esta interpretação carece de sustentação, pois a guerra contra Deus profetizada dura 1260 anos e não apenas poucos meses.

Todos os elementos visualizados por Daniel sobre o chifre que surgiu pequeno se cumprem em Roma. A visão diz que o santuário e o exército (o povo fiel a Deus) serão entregues "a fim de serem pisados" (Daniel 8:13, ARA). Roma desafiou Jesus, o Príncipe do exército, suprimiu o sacrifício diário, isto é, fez com que as pessoas olhassem para seres humanos e não para Jesus a fim de obterem o perdão dos pecados, e perseguiu os santos. Durante este período, cristãos sinceros que não traíram sua fé foram perseguidos e mortos.

Em seu sonho, Daniel ouve um anjo perguntar ao outro quanto tempo duraria esta situação, de uma instituição atribuir a si mesma o trabalho de mediação de Cristo (v. 13) e obteve a resposta de que depois de duas mil e trezentos dias (ou 2300 anos) o santuário seria purificado (v. 14). Isto aponta para o Dia da Expiação, quando o santuário era purificado dos pecados nele deixados durante o ano.

Apesar do anjo dizer a Daniel que a visão dos 2300 dias se referiam a tempos distantes (v. 26), Daniel ficou muito abalado e fraco, pois não conseguia entender o que estava ali envolvido.

As profecias concedidas a Daniel não se referiam à sua época, não se limitavam ao retorno dos Judeus após 70 anos de cativeiro, mas tinham como foco o tempo do fim (v. 19). Foram dadas para este nosso tempo presente, para preparar um povo para adorar somente o Deus verdadeiro e assim achar-se preparado para o breve retorno de Jesus Cristo a este mundo.

Querido Deus,
Dirigimos nossa atenção a Ti, que habitas no Santuário Celestial, onde nosso caso é julgado. Limpa agora a nossa vida de nossas culpas e veste-nos com a Tua justiça, declarando-nos justos, perante todo o Universo, pelos méritos de Jesus. Amém.

Koot van Wyk
Kyungpook Universidade Nacional, Coreia do Sul.


http://www.palavraeficaz.com/

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Daniel 7 Comentários de Koot van Wyk

Reavivados por Sua Palavra
Daniel 7
Koot van Wyk

Neste capítulo, Daniel muda de história para profecia. Os últimos sete capítulos de Daniel contêm vários sonhos e visões vindos de Deus.

Em Daniel 7, retorna-se para antes dos eventos de Daniel 5, ao tempo em que Belsazar ainda era o regente. Nestes dias, Daniel viu um sonho que repetiu o padrão do sonho da estátua do cap. 2, porém com detalhes adicionais.

Neste sonho, Daniel viu vários animais saindo sucessivamente de um grande mar [os povos da Terra] agitado por ventos [agitações populares, guerras] que vinham de todas as direções (vv. 1-3). Os animais se assemelhavam com um leão alado, um urso, um leopardo, e um animal com dez chifres, de aparência terrível, que não se parecia com nenhum outro animal conhecido (vv. 4-7). Enquanto Daniel estava ainda espantado com a aparência do quarto animal terrível com seus chifres, um pequeno chifre "surgiu entre eles" e três chifres foram arrancados (v. 8).

Após os quatro animais subirem do mar, Daniel viu muitos tronos serem colocados e num deles, envolto por fogo, se assentou um "Ancião", o próprio Deus (v. 9). Milhões serviam o Ancião em uma atividade de julgamento, enquanto cada animal recebia um tempo de vida (v. 10, 12). Daniel reconheceu ali que Deus é Quem levanta e derruba impérios. Ele permite que alguns continuem por determinado tempo e faz com que outros desapareçam. A autoridade dos reinos é concedida ou retirada no céu.

A sucessão dos reinos nos ensina que o leão alado era Babilônia, personificada por Nabucodonosor. O urso era o império combinado dos medos e persas, que se levantou sobre o lado mais forte, os persas. O leopardo simbolizava, em sua rapidez, o império grecomacedônico de Alexandre.

O quarto animal com dez chifres era tão estranho e temível que chamou sobremodo a atenção de Daniel. Após o surgimento e crescimento do chifre que falava arrogantemente blasfêmias contra Deus, este animal foi julgado, morto e destruído no fogo. Este animal representava o império romano, incluindo o Sacro Império Romano, que o sucedeu.
Recebeu Daniel, ainda, a informação que os dez reis eram dez reinos, que o poder representado pelo chifre pequeno falaria contra o Altíssimo, mudaria os tempos e as leis e oprimiria os santos por “um tempo, tempos e metade de um tempo”, frase que foi preservada num dos pergaminhos com o livro de Daniel, que faziam parte dos manuscritos do mar Morto, nas cavernas de Qumram.

Como a palavra traduzida por “tempo” também podia significar “ano”, temos “ano, “anos” e “meio ano”, ou seja, três anos e meio. Se considerarmos, ainda, que o ano judeu tinha aproximadamente 360 dias, chegamos à cifra de 1260 dias (360 dias x 3,5 anos).

Se aplicarmos o princípio de interpretação profética de que um dia profético significa um ano literal (Nm 14:33, 34; Ez 4:4-7 ) chegamos ao período de 1260 anos da perseguição movida por Roma, contra os cristãos em geral, que começou em 538 dC, sob o imperador romano Justiniano e contra os cristãos que não se submeteram às doutrinas humanas impostas por Roma eclesiástica, que se seguiu. O período dos 1260 anos mostrado ao profeta Daniel é o mesmo que foi mostrado a João em Apocalipse 12:6.

Agitado e aterrorizado com tudo que vira: a sucessão de reinos, o chifre blasfemo, justos sendo mortos, juízo investigativo divino e juízo executivo, Daniel pergunta o significado de tudo que vira (v. 16) e recebe a informação:  os reinos passariam, mas os justos, que sofreram de modo destacado sob o poder do quarto animal/reino, ao final “receberão o reino e o possuirão para sempre” (v. 18 NVI).

Esta visão dada a Daniel fornece segurança e esperança a todos nós que seguimos a Deus. Nosso Senhor tem a história em suas mãos e determinou que o reino eterno será dado aos santos do Altíssimo (v. 27).

Querido Deus,
Conforta-nos saber que controlas e conduzes não só as nações, mas também as nossas vidas. Conduz-nos ao destino que reservas aos que Te amam: uma vida plena e abençoada aqui neste mundo e uma vida eterna conTigo.

Koot van Wyk
Universidade Nacional Sangju, Coreia do SulTexto original:http://revivedbyhisword.org/en/bible/dan/7/


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Daniel 6- Comentários de Koot van Wyk


Daniel 6
Comentários  de  Koot van Wyk

O general de Ciro, Gubaru (ou Gobryas), que tomou Babilônia, também foi o seu primeiro governante, sob o nome de Dario, o Medo (v. 1).

Daniel foi colocado como um dos três supervisores dos 120 sátrapas ou governadores escolhidos pelo rei e, com a ajuda de Deus, distinguiu-se como um bom estadista muito acima dos outros dois altos oficiais do rei. Estes, invejosos de Daniel, tentaram, em vão, encontrar alguma acusação contra ele (v. 4). Daniel não se corrompia e era extremamente trabalhador e confiável. Legalmente não podiam fazer nada contra ele; então eles foram buscar algo contra ele em sua religião (v. 5).

Dissimulando honrar ao rei, eles o persuadiram a emitir um decreto que não poderia ser revogado: no período de 30 dias ninguém poderia fazer petição a qualquer deus ou pessoa, a não ser para Dario, sob pena de ser lançado na cova dos leões (v. 7).

Quando Daniel ouviu falar acerca do decreto, abriu as janelas de sua casa e continuou orando a Deus três vezes por dia, como sempre fizera. Nada mudara para ele (v. 10). Daniel sabia que a adoração contínua e a oração eram a chave para o sucesso espiritual de sua vida. Ao testemunharem isto, os inimigos de Daniel o acusaram de desobediência ao decreto do rei.

O rei só neste momento entendeu a armadilha em que caíra e ficou consternado com a noticia, porque gostava muito de Daniel (v. 14). Dario buscou de todas as maneiras salvá-lo porém, sem sucesso (v. 15) – a lei dos medos e persas estava acima dele. A muito contragosto, Dario ordenou que se baixasse o ancião, que teria 83/84 anos na época, através de cordas na cova dos leões, expressando a ele o sincero desejo de que seu Deus o salvasse (v. 16). Em seguida, a cova foi fechada com uma pedra e selada com o selo do rei e os selos dos nobres (v. 17).

Nesta noite não houve para Dario sono, comida ou entretenimento (v. 18). Imediatamente aos primeiros raios do sol correu para a cova para ver o que acontecera (v. 19). Com aperto no coração, já esperando pelo pior, chamou Daniel para ver se ainda estava vivo (v. 20). Para grande alegria de Dario, Daniel, de dentro da cova, louvou a Deus por ter sido salvo dos leões, sem qualquer ferida sequer (vv. 21, 23). Então, os papéis se inverteram e os acusadores de Daniel foram jogados, junto com suas mulheres e filhos na cova dos leões, onde foram imediatamente devorados (v. 24).

Este episódio claramente inspirado pelo inimigo de Deus teve como resultado exaltá-Lo ainda mais, pois em todo o reino se fez conhecido, por decreto real, que “Ele é o Deus vivo e que permanece para sempre; o Seu reino não será destruído, e o seu domínio não terá fim.” (vv. 25-26). Este decreto foi colocado nos arquivos do reino para que os futuros governantes dos medos e persas tivessem dele conhecimento. Através dele, Dario testemunhou que Deus resgata e salva, opera sinais e maravilhas no céu como na terra (v. 27) para livrar os seus. Dario estava aqui não só relatando o passado, mas também profetizando e descrevendo a obra de salvação de Deus em Jesus.

Naquele ano e no próximo Daniel prosperou, tanto no reinado de Dario quanto no de Ciro, que o sucedeu no trono. A última data que temos notícias de Daniel foi o ano de 536 aC, no terceiro ano de Ciro, quando ele teve a longa visão dos capítulos 10 a 11, sobre os reinos que se sucedem até a ressurreição dos justos, no fim dos tempos.

Querido Deus,
Diariamente teu povo remanescente é alvo de críticas, falsas acusações e perseguições. O objetivo é diminuir a sua influência para o bem. Resgata e protege, Senhor, o Teu povo, não só das acusações, quanto de estar entre os acusadores. Em Teu Santo Nome oramos. Amém.
Koot van Wyk
Universidade Nacional Sangju, Coreia do Sul

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Daniel 5-Comentários


Leitura Bíblica  - Daniel 5
Comentários  de  Koot van Wyk

Todos nós conhecemos os eventos da última noite do império babilônico: uma festa regada a muito vinho com todos os nobres da Babilônia, no auge de uma guerra, com os inimigos persas à porta da cidade fortaleza que se achava inexpugnável. O espírito de busca ao prazer de Belsazar seguia a expressão comum na época: “comamos, bebamos, porque amanhã morreremos” (Is 22:13 NVI) – como uma profecia. No auge da orgia, quando todos já estavam altamente embriagados, Belsazar, o anfitrião, manda vir as taças que haviam sido tomadas do templo de Jerusalém para que nelas bebessem em homenagem aos deuses da Babilônia.

Neste momento, dedos de uma mão de forma humana escrevem misteriosa inscrição na parede do palácio, dando fim, de vez, às festividades e deixando todos atônitos e tremendo de medo.

Tendo os sábios falhado em ler as inscrições e dar o seu sentido, a rainha mãe (mãe de Belsazar e esposa de Nabonido, adorador da lua e que se refugiara na cidade de Tema) lembra Belsazar de Daniel. O profeta, desde os tempos de seu avô, Nabucodonosor, mostrara capacidade de “interpretar sonhos e resolver enigmas e mistérios” (v. 12 NVI), tendo convivido e influenciado todos os famosos reis babilônicos. Daniel, agora com 83 anos, é trazido até eles. O porte nobre, digno e seguro do ancião contrasta com o estado deplorável, confuso e amedrontado dos jovens que até há pouco se divertiam sem limites. Daniel relembra a história que a família real conhecia muito bem: a loucura de seu avô após sua arrogante grandeza e sua cura, numa lição divina de humildade e assim, de forma sutil e diplomática, repreende a postura de Belsazar.

As palavras na parede lidas por Daniel, MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM (mina, mina, shekel, upharsin, plural de peres) eram medidas persas de peso ou dinheiro*, mas que também se referiam às expressões: “numerar”, “pesar” e “cortar/dividir” ou “persas”. Para um bom entendedor babilônico, estas palavras expressavam a condenação do império.

Apesar de honrar a Daniel, concedendo a ele as honras de chefe de estado, como terceiro no reino, abaixo apenas de si e de seu pai, Nabonido, Belsazar não demonstrava arrependimento verdadeiro. Seu espírito, embriagado, não mais respondia ao Espírito de Deus, demonstrando apenas culpa.

Naquela mesma noite, o general medo Gubaru, que mais tarde passou a se chamar “Dario, o medo”, o governante mencionado em Daniel 6, tomou a cidade fortificada de Babilônia a partir do leito seco do desviado rio Eufrates, e entrou pelas portas internas, abertas pelos sacerdotes do deus Marduque, deixados de fora das festividades, de acordo com textos cuneiformes. A profecia de vida de Belsazar e seus nobres se cumpriu à risca: todos morreram naquela noite.

Belsazar recebera todas as informações e oportunidades para seguir e adorar o Deus verdadeiro, o Deus dos hebreus e de Daniel. Certamente conhecia as histórias do sonho da estátua e da fornalha, situações de crise e morte para os hebreus, transformada em livramento e exaltação.

Mas informação apenas não basta para um coração arrogante e determinado a fazer sua própria vontade, à revelia da voz do Espírito em sua consciência. É necessária humildade e entrega diária para que Deus possa operar a salvação em nós. Caso contrário, da consciência endurecida restará apenas a culpa. E culpa não traz benefício algum. Somente serve para induzir ao suicídio. É isto que cometemos em nossa vida quando nos afastamos de Deus. Como aconteceu com Belsazar.

* algo como “dólar, dólar, penny e meio dólar”, cf Andrews Study Bible.

Querido Deus,

que as bênçãos que recebemos não nos impeçam de reconhecer que Tu és a fonte de toda boa dádiva. E que com espírito humilde, possamos reconhecer que a Tua presença em nossa vida é a maior de todas as bênçãos que podemos  receber.

Koot van Wyk
Universidade Nacional de Kyungpook, Coreia do Sul



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