terça-feira, 22 de julho de 2014

" E o perdão" Ezequiel 25

Reavivados por Sua Palavra
“E o perdão?”
 Ross Cole

Quando alguém tem problemas de visão, necessita de textos escritos em letras grandes para poder ler. Judá apresentou tanta dificuldade para ouvir Jeremias em Jerusalém e Ezequiel na Babilônia, que estes profetas tiveram que gritar (Ez 1 a 23).

Mas agora o inacreditável aconteceu e Jerusalém caiu. A noiva do Senhor está morta. Agora é o momento de mensagens de apoio e conforto para os sobreviventes (Ez 33 a 48).

Mas antes da restauração, a raiva e a revolta geralmente se manifestam. Raiva por todos aqueles que causaram sofrimento e dor (Ez 25 a 32).

Os inimigos opositores de longa data são abordados em primeiro lugar. Amom e Moabe são parentes dos israelitas, descendentes de Ló. Edom e Seir também o são, da linhagem de Esaú. No entanto, muitas vezes, a animosidade entre parentes pode ser muito mais profunda do que entre meros conhecidos. E temos ainda, neste capítulo, os filisteus, que sempre foram inimigos.

Devo confessar minha sensação de desconforto com a intensidade deste capítulo. Não parece correto exigir tal derramamento de sangue. No entanto, certamente existe um lugar para sentir raiva daqueles que nos ferem e até mesmo para sentir alegria pela sua derrota. Nenhuma emoção é ruim em si mesma. Como você usa essas emoções é que conta.

“E o perdão?” Sim, o perdão é importante. Mas primeiro você tem que sentir a intensidade da ofensa recebida; não diga apenas que perdoa. O perdão não deve ser apenas desculpar o erro, sem encarar e superar a dor do que foi feito. O verdadeiro perdão  encara a mágoa indesculpável, mas apesar da dor sentida; perdoa. O Calvário demonstra o quanto custou caro o oferecimento do perdão divino. A doação da graça custou a sentença de morte.

Muitas vezes temos pressa de que as pessoas cheguem a uma conclusão rapidamente. Ao abusado, ao quebrantado, deve ser permitido compreender a realidade da perda. O caminho da restauração não é ignorar a dor para, então, perdoar. É sentir a dor, reconhecer a dor e então perdoar e deixar a dor ir embora.

Neste capítulo, Ezequiel também retrata belas imagens de restauração, mas primeiro ele sente e expressa raiva das nações, com muita razão, aliás. Você não pode curar o que você não sente.

Senhor, conceda-nos, como parte de nossa cura, sentirmos a plenitude de nossa dor, assim como nos mostrastes a autenticidade da Sua.

Ross Cole
Avondale College, Austrália


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