terça-feira, 15 de julho de 2014

A responsabilidade é pessoal - Ezequiel 18

A responsabilidade é pessoal
  Chawngdinpuii Chawngthu

Ezequiel 18 começa com um provérbio que era popular entre os exilados na Babilônia: “Os pais comem uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotam?” (v. 2 NVI). Os exilados acreditavam que o juízo que lhes havia acontecido era devido aos pecados de seus antepassados e não deles. E que não havia nada que pudessem fazer sobre isso. Eles falharam em reconhecer sua própria maldade e o papel que haviam desempenhado em trazer julgamento sobre si mesmos. Assim, acabaram acusando Deus de ser injusto.

Este conceito errôneo originou-se da má interpretação de passagens bíblicas tais como Ex. 20:5; 34:7 e Deut. 5:9-10 que falam que Deus castiga a iniquidade de uma geração até a terceira e quarta geração de seus descendentes.

O restante do capítulo refuta esse falso provérbio, demonstrando o princípio bíblico básico que “Aquele que pecar é que morrerá” (v. 4 NVI). Embora seja verdade que gerações seguintes, muitas vezes, sofrem as conseqüências dos pecados da geração passada, a culpa de seus antepassados não é transferível para eles. Cada um é responsável por seus próprios pecados ou erros cometidos e, assim, seus próprios atos serão a base da punição.

Para tornar claro que cada um é responsável por suas próprias escolhas e que ninguém é punido pelos pecados de outros, Ezequiel usa uma ilustração de três gerações.

Em primeiro lugar, um pai “justo que faz o que é certo e direito” (v. 5NVI). Deus diz dele: “Ele age segundo os meus decretos e obedece fielmente às minhas leis. Esse homem é justo; com certeza ele viverá” (V. 9 NVI). Em segundo lugar, seu filho ímpio “ladrão, derramador de sangue”. Este “não viverá” “o seu sangue será sobre ele”(v. 10-13 ARA). Em terceiro lugar, o neto justo  “que vê todos os pecados que seu pai comete e, embora os veja, não os comete”. “Ele não morrerá por causa da iniquidade do seu pai; certamente viverá” (v. 14, 17, NVI).

Deus é acusado de ser injusto pelos exilados (v. 25, 29), mas a Sua justiça é evidente em julgar cada pessoa de acordo com as escolhas que fez. Se um homem perverso se converter do seu mau caminho e fizer o que é certo, viverá; mas se um homem justo voluntariamente se afasta de justiça e faz o que é mal, ele morrerá (v. 21-28).

À luz de tudo isto, Deus pede a Seu povo que reconheça seus caminhos injustos e se afaste deles, porque Ele não tem prazer na morte do perverso, mas deseja o seu arrependimento para que ele viva (v. 23, 32). O urgente é para o arrependimento. Àqueles que atenderem é prometido “um coração novo e um espírito novo” (v. 31 NVI). E isto se chama GRAÇA!

Chawngdinpuii Chawngthu
Universidade Adventista Spicer, Índia


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