sábado, 31 de maio de 2014

Aliança entre Deus e Seu povo - Jeremias 30


Aliança entre Deus e Seu povo
Michael Sokupa

O profeta Jeremias volta a receber a Palavra do Senhor. O profeta é instruído a escrever “num livro todas as palavras” que o Senhor tinha falado com ele (v. 2 ARA). É interessante notar que em boa parte da seção do capítulo 30 ao 33, ele usa uma estrutura poética como expressão de alegria, porque esta é uma seção de esperança.

No início do capítulo Jeremias anuncia a restauração de Judá. As pessoas estão em estado de pânico. Isto é descrito pelo uso de uma metáfora de uma mulher em trabalho de parto (v. 5-6). Deus tranquiliza o povo mostrando que Ele está por trás e no controle da punição ao Seu povo e revela que toda a crueldade e idolatria dos captores retornaria para eles como uma expressão da justiça de Deus: “Mas todos os que a devoram serão devorados; todos os seus adversários irão para o exílio. Aqueles que a saqueiam serão saqueados; eu despojarei todos os que a despojam”(v. 16 NVI).

Alguém poderia perguntar: Por que Deus permitiu que nações ímpias explorassem Seu povo? Por que Deus permite que o mal seja praticado e os ímpios prosperem? Ao dar esperança ao seu povo, Deus lhes dá a garantia de que a justiça será feita. A nação que traz o julgamento de Deus ao Seu povo também será submetida ao mesmo julgamento.

Estas promessas de restauração do povo de Deus e de julgamento dos inimigos de Deus trazem também à tona o tema da aliança: “vocês serão o meu povo, e eu serei o seu Deus ” (v. 22 NVI), tema este que é discutido mais detalhadamente em Jeremias 31.Esta restauração que Deus promete não é apenas material, política ou nacional. É também uma restauração da relação da aliança entre Deus e Seu povo.

Ao desenvolvermos ações de incentivo a uma vida saudável buscamos restaurar a saúde física das pessoas; ao alimentar os pobres cuidamos de suas  necessidades materiais; na busca de justiça em um ambiente politicamente injusto estamos defendendo os ideais da Palavra de Deus. Todos esses esforços são bons e elogiáveis, mas são de menor valor se não abordarmos o  cerne do problema, que é o relacionamento quebrado com o Criador. Este aspecto espiritual deve ser o centro e objetivo de todas as atividades da igreja e de seus membros individualmente.

“Querido Senhor, por favor, ajuda-me a lembrar em tudo que eu fizer, de que o foco principal da existência deve ser o meu relacionamento conTigo. Amém”.

Michael Sokupa
Heidelberg College , South Africa
                                                  

sexta-feira, 30 de maio de 2014

´E tempo de buscar - Jeremias 29


É tempo de orar

Pr. Heber Toth Armí

Na leitura de hoje, Deus nos convida a abrir e ler três cartas (Jeremias 29):

1. A primeira carta, escrita em Jerusalém, visa, em primeiro lugar, confortar aos exilados em Babilônia que após 70 anos Deus os faria voltar e prosperar grandemente. Portanto, no exílio deveriam construir, plantar, casar e criar filhos a fim de que não diminuíssem; além de evitar àqueles que julgam profetizar em nome do Senhor com declarações diferentes destas. Em segundo lugar, condenar àqueles que viviam perversamente e aos profetas falsos e imorais que contrariavam às revelações divinas (vs. 1-23).

2. A segunda carta, escrita em Babilônia, visa responder a Jeremias com o fim de silenciá-lo; pois, Sofonias substituiu ao sacerdote Joaiada, e ameaçou a Jeremias dizendo que Sofonias fora instituído por Deus para lançar na prisão e no tronco a qualquer que alegasse ser profeta (vs. 24-29).

3. A terceira carta, tréplica de Jeremias, visa informar aos cativos em Babilônia que o Senhor em breve executaria Semaías e sua família por suas predições falsas e pelas atitudes perversas (vs. 30-32).

Atente para cada uma delas e tire preciosas lições para tua vida. Pense, reflita, estude e medite assim terás um excelente dia na presença do Senhor!

Às vezes cartas foram instrumentos usados por Deus para consolar, orientar e repreender. O capítulo 29 de Jeremias contém três cartas: Uma argumentação escrita por Jeremias (vs. 1-23), uma réplica escrita por Semaías (vs. 24-29), e, finalmente, Jeremias faz a tréplica (vs. 30-32). 

Veja que Deus não tolera o pecado, mas mesmo aos pecadores escravos que perderam a terra e estão exilados em terras estrangeiras, Ele envia mensagens de conforto e orienta-os a viverem de uma forma que, mesmo no cativeiro, experimentariam a paz. 

Não é objetivo divino que as pessoas sejam rebeldes, cause confusão, por isso Ele diz: “Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós tereis paz” (v. 7). 

Você já orou por tua cidade? Já orou pelos políticos de tua cidade? Intercedeu por todos os moradores a fim de que tenham paz? Clamou a Deus em prol dos policiais, e dos responsáveis por manterem a cidade em ordem? Pediu que Deus lhes desse sabedoria, equidade e coragem para agir corretamente? Saiba que disso dependerá a tua paz enquanto você estiver morando na cidade em que você está! Pense e tome uma atitude!

Um dos textos auge de Jeremias 29 é o que encontro nos versos 11 a 13. Estes versos são inspiradores, não só para os antigos israelitas, mas para nós também. 

Kyle M. Yates declara que, “a palavra de Deus a seu povo no tempo de Jeremias ainda é Sua palavra garantida para os homens que pecaram e perderam contato com o Infinito. Nenhum gosto perfunctório de interesse é capaz de obter o bem mais precioso do que o ouro. O Senhor está sempre disponível. Desejam que todos os homens olhem para Ele e vivam. Seus braços estão sempre abertos em um convite carinhoso para todo os que se voltam para ele. Também é fato que, contudo, que é necessária uma busca diligente. Quem adquire consciência dessa necessidade experimenta a dádiva divina que satisfaz, e quem se dedica a buscá-lO pode estar certo da vitória, se o fizer de todo coração. Purificação, paz, alegria e vitória lhe serão concedidas pela mão de um Deus amoroso que tem prazer em abrir as portas do lar divino para Seus filhos”. 

Medite o dia inteiro nos versos 11-13, assimile em tua mente estas orientações e receba estas promessas em tua vida. Deus é o mesmo! 

Ore com base nesses versos agora mesmo! Heber Toth Armí

Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança.Então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei.Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração. Jeremias 29:11-13


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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Falsas Profecias- Jeremias 28


Falsas Profecias
Comentários  de  Michael Sokupa


Outra onda de falsas profecias surge na pessoa de Hananias. Ele previu que em dois anos a nação seria restaurada e o cativeiro babilônico chegaria ao fim. E quebrou o jugo que Jeremias colocara em seu pescoço. As pessoas que receberam esta profecia tiveram então que compará-la com o que Jeremias e outros profetas haviam dito antes.

Neste capítulo, Jeremias ajuda as pessoas a refletir: “Os profetas que precederam a você [Hananias] e a mim, desde os tempos antigos, profetizaram guerra, desgraça e peste contra muitas nações e grandes reinos.” (v. 8 NVI). Mas Hananias estava profetizando paz para as pessoas.

Um dos testes de um verdadeiro profeta é que: “o profeta que profetiza prosperidade será reconhecido como verdadeiro enviado do Senhor se aquilo que profetizou se realizar.” (v. 9 NVI). Não só as profecias de Hananias não se cumpriram, como ele morreu 2 meses após seu confronto com Jeremias (comparar v. 1 com v 17).

Nas últimas décadas presenciamos mais predições sobre o fim do mundo do que em todos os séculos anteriores da história. Algumas dessas profecias vieram acompanhadas de datas específicas. Entretanto, esses profetas e suas profecias não se cumpriram e portanto não passaram pela prova da Palavra de Deus.

Nós também precisamos ter em mente que esta é uma das provas em caso de haver uma predição correta de eventos. Os profetas da atualidade têm que cumprir todas as provas encontradas nas Escrituras para serem reconhecidos como profetas verdadeiros.

Algumas passagens da Escritura que podem ser utilizadas para testar alguém que reivindique em nossos dias possuir o espírito profético são: Isaías 8:20; Mat 7:15-20 ; 1 João 4:1-3. Ellen G. White é uma profetisa que viveu na segunda metade do século XIX e que foi submetida a tais testes bíblicos durante um longo período de tempo e provou ser uma verdadeira profetisa através do cumprimento de todos os requisitos apresentados pela Escritura.

A advertência em 1 João 4:1 se aplica hoje: ” Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.” (NVI). Essa responsabilidade não é dada apenas a teólogos, pastores e líderes, mas cada pessoa deve testar os profetas para certificar-se de sua veracidade. E a igreja, corpo de Cristo, tem a responsabilidade de se posicionar contra os falsos profetas e a favor dos verdadeiros profetas.

“Querido Senhor, ajuda-me a avaliar qualquer pessoa que afirme ser um profeta com o teste bíblico de um profeta verdadeiro. Conduz-me à plena verdade pela Tua Palavra”.

Michael Sokupa

Heidelberg College , África do Sul



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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Um sermão simbólico- Jeremias 27



Um sermão simbólico
Heber Toth Armí

Mais vale uma imagem do que mil palavras para a mente humana que não compreende as coisas divinas. Há situações em que os sermões precisam ser ilustrativo, visível e dramático para chamar a atenção daqueles que caminham para a perdição (destruição).

Por isso Jeremias 27 é um sermão diferente, é “um sermão simbólico; os aguilhões e jugos representariam de maneira viva o quadro do cativeiro” (Comentário Bíblico Moody). Tem corações tão duros que nem assim adianta. Muitos são os que preferem a podridão de vida que leva à escravidão do pecado do que aceitar a salvação oferecida gratuitamente por Deus. 

O Comentário Bíblico Adventistas divide da seguinte forma este capítulo:

1. Com o símbolo de correias e canzis, Jeremias profetiza a submissão dos reis vizinhos a Nabucodonosor (vs. 1-7);

2. Ele [Jeremias] os exorta [os reis] a se renderem e a não crerem nos falsos profetas, assim como aconselha a Zedequias (vs. 8-18);

3. Ele [Jeremias] prediz que os demais utensílios serão levados para Babilônia e ali permanecerão até o dia do castigo (vs. 19-22).

Leia cada um de seus 22 versos com atenção, oração e submissão à Palavra de Deus.

O pecado tem um poder entorpecente, enfeitiça àqueles que o amam. O pecado pode te levar para mais longe do que você gostaria de ir; pode custar um preço mais alto do que você estaria disposto a pagar e, te reterá por mais tempo do que você gostaria de ficar. 

Veja em Jeremias 27 que o povo de Deus seria levado ao cativeiro babilônico e ficariam lá exilados por 70 anos por causa do pecado! Você não nasceu para sofrer. Mas você sofre; sabe por quê? Porque onde há pecado existe angústia, dor, doença, amargura, tristeza, ódio, inveja, injustiça, etc. 

Por isso Deus diz: “Eu fiz a Terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, com o meu grande poder e com o meu braço estendido, e os dou àquele a quem for justo” (v. 5). Deus sabe de todas as coisas. Ele pode todas as coisas. Ele vê todas as coisas. Ele protege aos que Lhe honram, adoram e servem. Ele cuida, livra e fortalece aos que se comprometem com Sua justiça. Deus quer o melhor para você, mas você deve buscar esse melhor no relacionamento amoroso com Ele. Você precisa ouvir e obedecer a voz de Deus falar a você.

Além a verdade que Deus cria, forma, tem poder, que está com os braços estendidos para favorecer aos justos, Deus confronta àqueles que buscam outras alternativas para sua sobrevivência ou para apontar-lhes a direção. Por meio de Seu verdadeiro profeta em Jeremias 27, Ele nos exorta: 

“Não deis ouvidos a vossos profetas e a vossos adivinhos, aos vossos sonhadores... porque eles vos profetizam mentiras para vos mandarem para longe de vossa terra, e para que eu vos expulse e pereçais...” (vs. 9-10). 

Cuidado com aqueles que profetizam em nome de Jesus para atrair cristãos para o diabo. Satanás quer que percamos as promessas e proteção divinas, e também o Céu. Então é bom apegar-se a Deus dia após dia: 

"Senhor, tem muitos instrumentos de Satanás se auto declarando Teus servos, mas aprendi que devo tomar cuidado. Dá-me discernimento e percepção espirituais aguçadas a fim de que não me enganem. Não quero seguir orientações de pastores falsos, que profetizam aquilo que o Senhor não os revelou. Ajuda-me a instruir aqueles que seguem mentiras achando que são verdades. Torna-me um instrumento para abrir os olhos daqueles que tremem diante dos falsos profetas dos dias atuais. Abençoa minhas intensões de ajudar aos enganados. Em nome de Jesus. Amém"!

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terça-feira, 27 de maio de 2014

Chamado ao arrependimento-Jeremias 26


Lições de Vida
Chamado ao arrependimento
Pr. Heber Toth Armí

Mais que não apreciar, normalmente as pessoas não toleram as coisas espirituais. Os proclamadores íntegros da genuína verdade divina geralmente não são tão populares quando aqueles que fazem programas seculares. Mensagens vindas do Céu não são tão apreciadas na Terra. 

Leia mais sobre isso em Jeremias 26. Ali aprendi que, se você compartilhar algo que não agrada a Deus, certamente agradará à maioria de teus contatos; porém, se você compartilhar comentários da Palavra de Deus, um número bem menor vai curtir e compartilhar (se não te excluírem de tua lista de contatos – amigos). 

Jeremias foi ameaçado de morte ao compartilhar a Palavra de Deus. Há um contraste entre o que queremos para nós e o que Deus pede de nós. Buscar a Deus resulta numa mudança radical de vida e, isso, os pecadores não querem, nem mesmo os religiosos. 

Entretanto, Deus tem Seus servos, Seus instrumentos para chamar a todos ao arrependimento! Aceite as palavras de Deus dirigidas a você para que tenhas sucesso e sejas liberto das aflições que virão sobre os impenitentes. É melhor tomar uma atitude e uma decisão radical do que perder tudo, inclusive a vida no ambiente celestial.

Quando se proclama a Palavra de Deus, sem nada omitir, sem esquecer até mesmo do mandamento esquecido que Deus pediu para ser sempre lembrado: o quarto que fala sobre o sábado; e, então convidar pessoas a uma mudança plena de vida em relação a tudo, inclusive na alimentação, até os mais religiosos e líderes espirituais a rejeitarão (Jeremias 26:1-8). 

O Pr. José Alexandre de Paula, sobre este capítulo diz: “As condições de Deus para a segurança de Seu povo nas bênçãos da aliança eram: [1] Dar ouvidos à Palavra do profeta, e [2] Observar a Lei de Deus”. Tais coisas eram ignoradas pelo povo de Israel, será que o Israel moderno vive à altura do ideal divino? Como você vive em relação à revelação do Céu? 

Jeremias foi considerado réu de morte pela liderança religiosa e política; por ser considerado ameaça ao povo, ele foi ameaçado de morte pelo povo. Entretanto, ao não ceder à pressão o profeta nos deixa um legado: Perseverança e coragem (vs. 9-15). 

“Parar de anunciar a Palavra de Deus é pior do que perder a vida”, aplica José Alexandre. Seria bom se todo pregador da Palavra de Deus não se intimidasse frente ao que pode acontecer ao proclamar toda a Palavra de Deus! Melhor ainda se as pessoas aceitassem a mensagem de Deus por meio de Seus servos sem questionar ou confrontá-la!

Você já leu a Bíblia hoje? O capítulo de leitura mundial é Jeremias 26. Abra a tua Bíblia a deixe Deus tocar em tua vida. Aceite os preciosos ensinamentos divinos ainda que ali neste capítulo se nota que os insubmissos a Deus e à Sua Palavra questionam, argumentam e contestam a revelação genuína e completa de Deus, não aceitam tudo e tentam reprimir e intimidar aos verdadeiros e íntegros mensageiros de Deus. 

Todavia, quem teme a Deus, não vacila diante de ameaças humanas (vs.12-15). A verdade é que Deus não deixa Seu mensageiro sozinho, Ele põe outros a proclamarem simultaneamente a fim de convencer ao maior número possível de pecadores (vs. 16-24). Deus quer salvar o perdido, Ele quer libertar do pecado a todos. 

Como você reage aos servos de Deus? Aceite toda a verdade divina proclamada pela boca de Seus verdadeiros mensageiros. Seja perseverante e corajoso como Jeremias e tenha a companhia do Criador do Universo. 

Ore: Senhor, ainda que não sejam palatáveis as Tuas Palavras, tomo a atitude de aceitá-las em minha vida. Molda-me conforme o Teu querer, eu oro! Amém”.

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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Arrependei-vos! Jeremias 25



Arrependei-vos!
Dan Houghton

Que capítulo intenso! Deus envia aqui Sua Palavra a toda a nação de Judá e, também, ao mundo todo, em todas as épocas, através de seu servo Jeremias.

A mensagem de Deus é simples e clara. Observe Seu “Plano de três pontos” para a sobrevivência espiritual:

1. Arrependei-vos dos vossos maus caminhos e maldades;

2. Não vá atrás de outros deuses para os servir e adorar;

3. Não Me obrigue a agir por causa das más obras das tuas mãos.

A Escritura registra a triste verdade que eles se recusaram a ouvir. Recusaram não apenas poucas vezes, mas de forma permanente.

A leitura deste capítulo me faz imaginar Jeremias tentando conseguir a atenção das pessoas no portão da cidade. Mas o povo não deu ouvidos às palavras de Deus. Estas palavras os teriam salvo se tivessem levado o profeta a sério.

Jeremias detalha os resultados devastadores de desprezar as repreensões divinas. Os babilônios se tornaram instrumento divino de juízo. Os sons da vida foram silenciados e as luzes se apagaram.

Mas existe uma esperança: encontramos neste capítulo a profecia de Jeremias de que os cativos ficariam na Babilônia por 70 anos e depois retornariam.

Veja que interessante: como registrado em Daniel 9, esta é a mesma profecia que Daniel estava estudando perto do fim do cativeiro! Preste atenção: vemos aqui um profeta – Daniel – estudando as palavras de outro profeta – Jeremias – que tentava entender o que Deus dizia! Quão importantes são as palavras de Deus!

No restante do capítulo observamos Jeremias ser levado em visão para além dos 70 anos de cativeiro, após a punição de Babilônia por seus pecados, até o desfecho do conflito entre o bem e o mal no fim dos tempos.

Estas questões que trouxeram os juízos divinos ao povo de Deus agora se aplicam a todo o mundo. Deus diz: “Pegue de minha mão este cálice com o vinho da minha ira e faça com que bebam dele todas as nações a quem eu o envio.” (v. 15 NVI).

Os estudantes da Bíblia reconhecem aqui uma forte semelhança com as palavras de Apocalipse [em especial, Apoc 14], descrevendo o conflito final dos tempos. Deus tem um acerto de contas a fazer, não só com o Seu povo, mas com todas as nações. A devastação do pecado e do mal não perdurará para sempre.

No final deste capítulo é feita referência aos líderes e pastores no Dia do Juízo. Não é uma imagem bonita. Parece mais um momento de terror. Eu não gostaria de ser responsabilizado por ter levado um dos filhos de Deus a se extraviar!

A boa notícia é de que haverá um fim para a loucura de rejeitar as palavras de Deus. Façamos a nossa parte em aceitar as mensagens de Deus para nós e as colocarmos em prática. Assim seremos aprovados no juízo final.

“Senhor, que cada membro da família mundial “Reavivados por Sua Palavra” ouça atentamente as Suas palavras e as pratique”.

Dan Houghton
Centro de Pesquisa Hart
Califórnia, EUA
                                        

domingo, 25 de maio de 2014

A perspectiva de Deus- Jeremias 24


perspectiva de Deus 
Dan Houghton

Deus usa duas cestas de frutas para ilustrar Sua mensagem. Uma cesta tem figos perfeitos, maduros e pronto para comer. O outro cesto tem figos ruins que não podiam ser consumidos.

Note que Deus mostra que, assim como os figos, o Seu povo está dividido em dois grupos.

Apesar da idolatria e da infidelidade da liderança política e religiosa, ainda há um grande grupo de Seu povo, retratado como “figos muito bons!” O outro grupo seguiu o modo mais fácil de vida e através da infidelidade tornou-se totalmente e completamente corrompido. Estou animado porque Deus mostra que existem fiéis mesmo em épocas de corrupção social e religiosa. Ele sempre tem um povo que é fiel!

Mas a mensagem deve ter sido decepcionante para as pessoas boas. Enquanto aqueles retratados pelos figos ruins ficariam na terra, as pessoas retratadas pelos bons figos teriam que ir para o cativeiro babilônico! E Deus disse que isso era para o próprio bem deles!

Eu só posso imaginar o quão difícil deve ter sido aceitar esta mensagem! Como poderia a destruição de sua terra natal e sua cidade e ser levado para o cativeiro por pagãos cruéis ser para o seu próprio bem? Isso nos lembra que os caminhos de Deus não são os nossos caminhos. Devo lembrar disso na próxima vez que acontecer algo que pareça difícil de entender.

Tudo se resume em como vemos as coisas. Nossa perspectiva cobre apenas os poucos dias que temos nesta terra. A perspectiva de Deus é muito mais ampla. Ele havia dito aos primeiros israelitas, por meio de Moisés, qual seria o resultado se a nação fosse infiel e seguisse a outros deuses e práticas pagãs. As previsões em Deuteronômio são simples. O tempo finalmente tinha chegado.

Essa perspectiva é encontrada em dois lugares. Primeiro, nos versos 8 a 10. Deus limpará a terra. O rei e o restante que ficar na terra e aqueles que fugiram em busca da segurança no Egito experimentarão espada, fome e peste. Em segundo lugar, em 2 Crônicas 36, a Escritura registra que os líderes e o povo transgrediram mais e mais. Deus insistiu com eles através de seus profetas até que não houvesse mais nenhum remédio. Então, o juízo veio em ondas. Aqueles que sobreviveram à destruição (os figos bons) foram levados para a Babilônia como servos.

Observe um ponto muito importante aqui. O povo de Deus deveria permanecer na terra do seu cativeiro até que a terra agrícola gozasse seus sábados, para cumprir os 70 anos em que a terra pôde descansar. Deus havia orientado Seu povo a deixar a terra descansar a cada sete anos, mas o povo decidiu que não era economicamente viável fazer isso! Agora, Ele vai deixar a terra descansar para compensar todos esses anos em que sua Palavra tinha sido ignorada.

Mas este capítulo também tem uma boa notícia! Todos nós precisamos de uma boa notícia para o dia de hoje! Nos versículos 5-7, Deus expressa Seu grande plano para os “bons figos”, que seriam retirados da terra para evitar os julgamentos. Ele promete trazê-los de volta, restaurá-los e lhes dar um novo coração para que possam conhecê-Lo melhor. Ele promete que será o seu Deus e que, com o novo coração, eles se voltariam para Ele como nunca antes!

 Isso é o que nós precisamos: compromisso total, olhos apenas para Ele. Precisamos de um coração que está verdadeiramente convertido do poder destrutivo do pecado. Não como uma Laodicéia morna, mas completamente entregues ao nosso Salvador.

“Oh, Senhor , que eu esteja no cesto de figos bons! Por favor, dê-me um novo coração, completamente dedicado a Ti. Amém”.
Dan Houghton
Centro de Pesquisa Hart
Califórnia, EUA

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sábado, 24 de maio de 2014

Líderes espirituais - Jeremias 23


Líderes espirituais 
Dan Houghton

É uma grande responsabilidade ser um líder espiritual; ser pastor é uma responsabilidade ainda maior.

Posso entender a paixão que leva uma pessoa a ministrar em nome do nosso Deus, pois desde cedo convivi com muitos pastores. Meu pai é um pastor aposentado e tenho cinco tios que também são pastores. Adicione a esta lista de bênçãos: um irmão, um cunhado e um filho, além de muitos amigos pastores e, especialmente, meu pastor atual.

Nos capítulos anteriores de Jeremias, o foco eram os líderes políticos da nação. Neste capítulo a mensagem é dirigida aos líderes espirituais, pastores e profetas. Deus pronuncia aqui um ai contra os pastores que dispersaram a Seu povo (v. 2).

Algo muito sério e de responsabilidade é representar a Deus perante o povo e pretender falar em Seu nome. É um pecado muito grande diante de Deus perverter Suas palavras, representá-lo mal e profetizar mentiras em Seu nome. Não devemos nunca usar o nome de Deus de maneira inconsequente e descuidada para dar credibilidade a nossos propósitos.

Num período em que os líderes espirituais estavam deixando de repreender o erro e eles mesmos cometendo os mais graves, o Espírito Santo, através de Jeremias, derrama um feixe de luz brilhante em um mundo escuro. Ele profetiza que o próprio Deus irá estabelecer novos pastores que cuidem de seu povo (v. 4) e irrompe em uma bela profecia messiânica! (v. 5-8.)

“Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será chamado: SENHOR, Justiça Nossa” (Jr 23:5-6, ARA). Eles precisavam desesperadamente da justiça de Deus assim como nós também precisamos.

Há um ditado que diz: “Como são os líderes assim é o povo”. Ou seja, o povo segue as ações de seus líderes. E não serão melhores do que eles. É de se admirar, então, que o mal ataque vigorosamente nossos pastores e líderes? Temos o privilégio de interceder por eles em oração, principalmente nestes tempos urgentes.

Uma prática que tem se demonstrado particularmente eficaz na neutralização da Palavra de Deus é a imoralidade. Mesmo que sejamos dedicados ao Senhor, ainda assim somos vulneráveis a tais tentações. Nos tempos de Jeremias, os falsos profetas e sacerdotes estavam levando o povo a decadência espiritual pela omissão da repreensão e por seus próprios atos. Jeremias chama esta situação de “uma coisa horrível” e compara o povo de Jerusalém ao povo de Sodoma (v. 14). Isso vale também para o nosso tempo.

Este capítulo trata acima de tudo acerca da deturpação da vontade de Deus. Dizer que Deus não gosta desta situação é um eufemismo. Foi com tremor que, como pastor, li: “Por isso me esquecerei de vocês e os lançarei fora da minha presença, juntamente com a cidade que dei a vocês e aos seus antepassados” (v. 39).

Jeremias lamenta profundamente a situação. Ele diz que seu “coração está quebrantado” por causa do uso indevido de “santas palavras” de Deus (v. 9). O profeta entende as graves implicações.

Fiquei impressionado com o conceito de que a Palavra de Deus poder ser “furtada” (v. 30). Pensei nas várias formas em podemos fazer isto, mas uma se destaca: os caminhos de um hipócrita – os que dizem uma coisa e fazem outra. Jesus alertou seus discípulos a respeito, porque os escribas e fariseus diziam uma coisa, mas suas ações não estavam em harmonia com o que diziam (ver Mateus 23:2-3).

Será que somos uma pessoa na igreja e outra na vida cotidiana? São os nossos pensamentos sujeitos à Santa Palavra de Deus? Deus está ansioso para que seu povo se desfaça da condição de Laodicéia, em que as pessoas permanecem com um pé na igreja e outro no mundo.

“Senhor, motiva-nos, constranja-nos e dá-nos a força para, como líderes espirituais, sermos fiéis à Sua Palavra em nossos corações e em nossas práticas diárias. Que assim, inspiremos outros a também Te servir, em espírito e em verdade, como Teus verdadeiros filhos e filhas. Amém.”

Dan Houghton
Centro de Pesquisa Hart
Califórnia, EUA
                                  

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Chamados à responsabilidade-Jeremias 22


Lições de Vida
Chamados à responsabilidade
Heber Toth Armí

Quando as coisas não são como Deus quer, a situação real da sociedade não será como a gente quer. Problemas, desafios, opressão e angústia vão existir onde Deus não for considerado. Como seria a vida de nossa família, sociedade, cidade e até igreja se mais pessoas investissem na consagração a Deus à Sua Palavra! Que bom seria! Que paz existiria! 

Como buscar a Deus, Sua orientação e vontade não fazia parte da vida do povo, nem após as poderosas advertências do profeta Jeremias aos judeus, o profeta foi inspirado por Deus a lembrar “ao rei sua obrigação de promover a justiça, alertando que o fracasso nesse ponto traria sérias consequências...” – expõe o Manual Bíblico Vida Nova ao comentar Jeremias 22. 

Os líderes são responsáveis diante de Deus mais que os liderados. Líderes, tanto religiosos quanto políticos são nesse capítulo são chamados à responsabilidade diante de Deus. Todos terão de prestar contas por ter deixado de influenciar para o bem ou influenciado para o mal. Vamos prestar atenção às palavras de alerta do Senhor e viver como Ele almeja a fim de não sermos condenados por nossas negligência e indiferença!

Leia com atenção Jeremias 22. Medite em cada uma de suas inspiradas palavras e deixe que a paixão pela Palavra de Deus pegue fogo. O capítulo em questão foca os reis de Judá, Deus quer restaurar Seu povo e faz Sua derradeira tentativa:

1. Profecia contra o rei Zedequias (vs. 1-9);
2. Profecia contra o rei Salum (vs. 10-12);
3. Profecia contra o rei Jeoquem (vs. 13-23);
4. Profecia contra o rei Jeconias (vs. 24-30).

Destaco as palavras de William Kelly, a seguir, abordando a importância da realeza judaica: “A realeza sempre foi o último segmento da sociedade a perder a bênção de Deus em Israel. Se o rei andava em retidão, mesmo que o povo e os profetas se houvessem desviado, o Senhor continuava a abençoar Israel. Tudo dependia do rei, da descendência de Davi. Deus poderia disciplinar os profetas, os sacerdotes e o povo, mas se manteria próximo deles por amor de seu servo Davi. Quando, porém, não apenas eles se desviavam, mas também o rei comandava a perversidade, era absolutamente impossível o Senhor permanecer junto deles, e coube a Jeremias a triste missão de pronunciar essa decisão divina”. 

Se reis, governadores e pastores falharem, o que mais Deus poderia esperar das nações?

Após ler e meditar nas palavras proféticas destaco as lições extraídas de Jeremias 22:

1. Muita coisa seria diferente em nossa nação se não fosse a tremenda corrupção de nossos governadores.

2. Muita coisa seria diferente nas cidades se não fosse a perversidade de nossos líderes políticos.

3. Muita coisa seria diferente em nossa vida familiar se cuidássemos mais para não pecar contra Deus e contra o próximo.

Deus alerta tentando que ninguém se perca. Ele disciplina para salvar. Deus quer corrigir nosso caráter, nos moldar para uma vida melhor. Suas orientações são de graça para nos livrar da desgraça. 

Oremos: “ Pai de amor e justiça, opera em minha vida a fim de que eu seja o que Tu queres que eu seja. Ajuda-me a ser a influência que esperas de mim para minha família, igreja, bairro, cidade, estado e pais. Quero ser salvo e influenciar a muitas e muitas pessoas a salvação também. Em nome de Jesus, amém!”

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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Qual a nossa decisão? Jeremias 21



 E a este povo dirás: Assim diz o Senhor: Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte. (Jeremias 21:8)

Dois caminhos são postos em nossas vidas.

Precisamos de sabedoria para escolher o melhor, e a mais sábia opção é o caminho da vida. Escolher o caminho da vida não quer dizer que as coisas serão fáceis, ao contrário, exigirão de nós constante vigilância, a fim de que possamos desviar e vencer tudo aquilo que  surgir em nosso caminho que nos afaste do caminho da vida. 

Mantenhamos viva em nossa mente  a certeza de que o caminho da vida é o melhor, por mais que o da morte se mostre com menos dificuldades e mais fácil, porém nos levará a destruição!

Os caminhos estão aí. Deus não retira sua liberdade. A escolha é nossa!

Leia Jeremias 21 na sua Bíblia 
Comentário de Matthew Henry 

Quando o sítio começou, Zedequias mandou perguntar a Jeremias acerca do acontecimento. Em épocas de angústia e perigo, os homens muitas vezes buscam quem os aconselhe e ore por eles no meio das pessoas, que em outro momento desprezaram e contradisseram. Entretanto, essa busca e apenas para verem-se livres do castigo. Quando aqueles que professam a fé seguem em desobediência, presumindo dos privilégios externos, podem esperar que o Senhor prospere os seus inimigos contra eles. Como o rei e os seus príncipes não se rendiam, o povo os exortou a fazê-lo. Nenhum pecador na terra fica sem Refúgio, se realmente desejar um, mas o caminho da vida e humilhante, requer abnegação e expõe a dificuldades. (Jremias 21.1-10)

A maldade do rei e de sua família foi mais grave por causa de sua relação com Davi. O profeta instou a agirem com justiça, para que não acontecesse de a ira do Senhor se tornar inextinguível. Se Deus é por nós, quem será contra nós? Porém, se Ele estiver contra nos, quem poderá fazer algo a nosso favor?(Jeremias  21.11-14). (Matthew Henry)

 “Antes de buscar a ajuda dos homens busque a ajuda de Deus.”

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terça-feira, 20 de maio de 2014

A Oração de Jeremias- Jr. 20.7-12:


Apresentando nossa causa diante de Deus

Jeremias pregou um sermão poderoso (Jeremias 19), um "peso" de Deus para o povo. Por causa do seu pecado, de ter cultuado a Baal e sacrificado seus filhos perante este deus repugnante, os israelitas seriam quebrados como um pote de barro. Cumprindo ordens expressas de Deus e para ilustrar a mensagem, Jeremias pegou um vaso de barro e o quebrou em vários pedaços. O povo deve ter ficado impressionado.

Numa tentativa de o deter, o supervisor dos assuntos religiosos da época, de nome Pasur, ouviu este sermão e mandou dar uma surra em Jeremias, que ficou preso por 24 horas no tronco da prisão.
Neste momento doloroso, Jeremias faz uma estranha oração (Jeremias 20.7-12 -- VAM).

A CONDIÇÃO DE JEREMIAS

O profeta Jeremias falava o contrário do que o povo queria ouvir.
As pessoas queriam ouvir uma mensagem politicamente correta e bem adocicada: de que Deus amava a todos e não iria permitir que lhes alcançassem as consequências dos seus pecados. O povo queria ouvir que podia seguir a qualquer deus, que o verdadeiro Deus não se importaria. O povo queria ouvir que podia fazer o que bem entendesse, que Deus daria um jeito de o abençoar.

O que Jeremias dizia era refutado como sendo algo inaceitável. À sua mensagem o povo reagia com zombaria. Além da zombaria, o profeta tinha que enfrentar ameaças de morte. Outros estavam de olho nele esperando que cometesse algum deslize para o desmoralizar.

A RECLAMAÇÃO DE JEREMIAS

Jeremias reclama: ele prega exatamente como Deus lhe pede e apanha (literalmente) por isto. Aborrecido e confuso, o profeta, então, toma uma decisão. Podemos imaginar que tenha dito no seu coração: "Não vou pregar mais, não vou anunciar o amor de Deus para este povo. Eles é que arquem com os salários dos seus pecados. Lavo as minhas mãos. Fiz a minha parte".
No entanto, tal é o seu amor por Deus que não consegue se calar. O nome de Deus (isto é: Deus mesmo) lhe arde no coração e brota naturalmente dos seus lábios.

Os apóstolos Pedro e João, na manhã do Cristianismo, entenderam isto quando, proibidos de pregar sobre Jesus, recusaram colaborar, informando arriscadamente às autoridades: "não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido" (Atos 4.20). Quando flagrados pregando pelas mesmos donos do poder que lhes questionaram, responderam com redobrada ousadia: "Mais importa obedecer a Deus do que aos homens" (Atos 5.29).

A ATITUDE DE JEREMIAS

Em lugar de se recolher, Jeremias volta a falar do que tem visto e ouvido. Não olha mais para os seus inimigos. Ele não consegue não obedecer a Deus.
Não olha mais para os seus problemas. Ele olha para Deus. E se enche de uma convicção: "Deus está comigo" (verso 11). Deus está do meu lado -- eis a sua confiança.

Jeremias, então, olha para Deus como o que Deus é: Senhor dos Exércitos (verso 12). Esta expressão, própria da cultura da época, significa "comandante em chefe das forças armadas" ou simplesmente "o guerreiro mais valente". Jeremias enfrenta inimigos que se opõem a Deus, mas Deus, que ele vê como um "poderoso valente", vai lutar por ele e sabe de antemão quem vencerá.

O olhar de Jeremias para Deus faz toda a diferença e enche o seu coração de coragem. O que ele enfrentava demanda coragem. O que ele enfrentaria demandaria coragem.

Quando lemos as páginas seguintes do livro que leva seu nome, notamos que Jeremias viveu na certeza que Deus estava ao seu lado.

QUANDO SOMOS JEREMIAS, QUE FAZER?

Se estivermos sendo afligidos por inimigos, devemos buscar a solução que Jeremias encontrou. Na cultura hebraica, bastante concreta, não se pensa, como nós, em "problemas". Os hebreus preferiam pensar em inimigos de carne e osso. Os salmos estão cheios de orações por livramento de inimigos. Podemos entender a palavra assim e podemos ampliá-la para incluir todo tipo de problemas, sejam de pessoas ou de situações que nos fustigam e fazem sofrer.

Como Jeremias resolve o seu problema? A resposta é bastante simples: Jeremias ora.

Eis como devemos resolver nossos problemas: orando.

Como orar? Além dos ensinos de Jesus, temos mais de 220 orações de pessoas reais que colocaram suas causas diante de Deus. Ler estas orações é uma escola para nós.

O que aprendemos com a oração deste profeta?

1. Aprendemos que a situação de Jeremias encontra paralelo na condição da Igreja Cristã em todos os tempos e também nos dias que correm, tanto naqueles países onde os cristãos são perseguidos formalmente quanto naqueles (como o nosso) em que os cristãos são rejeitados não por comportamentos reprováveis (merecidamente nestes casos! que vergonha!) mas pela mensagem que pregam.
Qual é a origem do nosso problema?
Ele vem de nossa fidelidade a Deus ou vem de nossa infidelidade a Deus?
Ele vem de causas que não sabemos, de coisas que não fizemos?
Precisamos responder honestamente a estas perguntas.
Se nosso sofrimento vem de nossa fidelidade a Deus, em forma de perseguição, rejeição, ou ameaça, oremos a Deus para nos dar força para enfrentar o Pasur que nos ataca.
Se nosso sofrimento vem de nossa infidelidade, só resta pedir perdão a Deus, junto com uma unção para ficarmos firmes.
Se nosso sofrimento vem de inimigos que não conhecemos, peçamos ajuda a Deus para nos libertar destes flagelos.
Se for uma doença, para a qual não concorremos, peçamos a cura.
Se for uma doença com a qual contribuímos, peçamos o perdão e a cura a Deus.

2. Aprendemos que precisamos ser honestos em nossas orações. Se formos sinceros com as pessoas (em posição de chefia ou não), pode ser que não nos compreendam e até nos punam. Bem diferentemente, Deus sempre nos compreende e podemos abrir os nossos corações diante dele.
Ele não quer que oremos, em particular, procurando palavras. Não quer que pisemos em ovos. Não quer orações melosas. Não quer puxa-sacos. Quer corações contritos e verdadeiros, respeitosos, mas verdadeiros.
Se está doendo, gritemos: "Senhor, está doendo". Moisés gritou assim: "Agora, pois Senhor, perdoa o pecado deste povo; "se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito" (Êxodo 32.32). Elias desesperou-se assim: "Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais" (1Reis 19.4). Jonas reclamou assim: "Peço- te, pois, ó Senhor, tira-me a minha vida, porque melhor me é morrer do que viver" (Jonas 4.3). Jesus bradou assim: "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?" (Mateus 27.43)

Oremos como estes homens. Oremos como Jesus.

3. Aprendemos que, diante dos problemas, devemos olhar menos para eles e mais para Deus. Enquanto os problemas nos olham, devemos olhar para Deus. É Deus quem deve fazer arder o nosso coração, não pessoas, coisas, causas ou problemas.

O problema de Jeremias era imenso. Seu chefe religioso -- o sacerdote Pasur, filho do sumo-sacerdote Imer -- queria que ele mudasse a mensagem. 

Autorizado por seu pai, tinha poder para o torturar e prender, como o fez. Seu chefe político, o rei Zedequias, estava desgostoso, porque o profeta só falava de desgraça. Por isto, tentava alugá-lo para mentir. Seus assessores de marketing não podiam contar com uma palavra sequer para motivar o povo. A vida de Jeremias estava nas mãos do sistema religioso e político.
Jeremias não olhou para Pasur. Jeremias não olhou para Zedequias. Jeremias olhou para Deus. Jeremias teve raiva deles. Teve: mas entregou o destino deles a Deus. Precisamos ter a coragem de entregar o destino dos nossos problemas a Deus. Ele dará um jeito nele, que nós não saberemos dar.

Como perdoaremos a quem nos ofende, se não for Deus a perdoá-los por nós?
Como enfrentaremos as nossas enfermidades, se Deus não estiver do nosso lado?

Como termos forças para enfrentar as perseguições, se Deus não nos fortalecer?

Como cantaremos como Silas e Paulo [...] se Deus não puser em nossos lábios as canções?

Como Jeremias, precisamos confiar a Deus as nossas causas, sejam quais forem.

***

Devemos orar como Jeremias orou, entregando a Deus as nossas causas.

Israel Belo de Azevedo

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