sábado, 17 de setembro de 2011

Maravilhoso Jesus - João 11:39


Tirem a pedra

"Tirem a pedra", disse ele. João 11: 39, NVI.

"Cristo podia ter ordenado à pedra que se deslocasse por si mesma, e ela Lhe teria obedecido à voz. Poderia ter mandado aos anjos que se Lhe achavam ao lado, que fizessem isso. Ao Seu mando, mãos invisíveis teriam removido a pedra. Mas ela devia ser retirada por mãos humanas. Assim queria Cristo mostrar que a humanidade tem de cooperar com a divindade. O que o poder humano pode fazer, o divino não é solicitado a realizar. Deus não dispensa o auxílio humano. Fortalece-o, cooperando com ele, ao servir-se das faculdades e aptidões que lhe foram dadas" (O Desejado de Todas as Nações, p. 535).

A interação da humanidade com Deus permanece como uma das questões mais importantes da vida cristã. Debates teológicos sobre o papel da vontade humana têm existido desde o século V, quando Santo Agostinho discutia com Pelágio.

Cada homem trouxe sua própria história pessoal para o entendimento do assunto em questão – como ainda o fazemos. Agostinho, que tinha tido uma vida dissoluta antes da conversão, possuía um profundo senso do poder da graça. Parecia-lhe que sua vontade era fraca, inútil; que ele havia sido resgatado somente devido a uma intervenção sobrenatural, devido a Deus o haver predestinado para a vida eterna.

Pelágio, no entanto, tinha vivido uma vida de virtude moral. Para ele, a vontade parecia ser capaz de ordenar a vida, de escolher o caminho certo e andar firmemente nele. Segundo o pensamento de Agostinho Deus tinha determinado quem se salvaria ou perderia; Pelágio, entretanto, colocava a responsabilidade total sobre o homem.

Nosso texto bíblico de hoje, embora dito em um ambiente não-teológico, lança luz sobre o debate.

Primeiro vemos a iniciativa divina. Jesus está no comando – totalmente no controle. Se temos uma parte a desempenhar, será apenas porque Cristo foi o primeiro a agir. Tudo o que fizermos será por Sua orientação, trabalhando como Seus instrumentos para realizar Sua vontade.

A esse respeito, Agostinho, em vez de Pelágio tinha a razão. Ninguém pode se voltar para Deus, ou mesmo andar no bom caminho, se Deus não agir primeiro. Nossa vontade, enfraquecida e corrompida pelo pecado, nunca irá escolher a Deus a menos que Deus o Espírito Santo a ative.
Mas em segundo lugar, Deus exorta-nos a responder à sua iniciativa. "Tirem a pedra", foi a sua ordem. Temos um papel a desempenhar. Podemos recusar Seu chamado. Lázaro pode permanecer para sempre preso no túmulo. Ou podemos tirar a pedra que bloqueia a abertura para uma nova vida.

Podemos hoje tirar a pedra. Momento a momento, podemos confiar no poder divino, abandonando a nossa auto-suficiência, repousando inteiramente em Sua graça e amor.

ORAÇÃO

Querido Pai, ouço o Teu chamado para uma nova vida neste dia e de bom grado venho a Ti. Livra-me do que me embaraça e faça com que eu saia para viver a Sua nova vida.

Autor: William G. Johnsson

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